Friday, January 01, 2010

Invictus


STARRING

Morgan Freeman, Matt Damon, Tony Kgoroge, Patrick Mofokeng, Matt Stern, Julilian Lewis Jones and Bonnie Henna

Clint Eastwood prometeu muito com este pseudo biopic de uma das figuras mais marcantes e populares do panorama politica da historia moderna, principalmente pela forma realista e competente com que o realizador consegue exprimir os seus filmes, mas tambem pela força da personagem e do tema, foi desde logo perfilado como um dos candidatos aos galardões normalmente atribuidos todos os anos. Contudo os primeiros feedbacks apesar de positivos e inaltecerem mais uma vez a capacidade eastwood nunca desiludir o certo e que as preferencias dos criticos tem apontado para outros filmes. comercialmente foi um filme dentro do esperado, sem grandes resultados mas ao mesmo tempo com a capacidade de ser um filme extremamente visivel.
O ponto mais forte do filme, e nao cair no marasmo de tentar ser um puro biopic da personagem, nem se centrar nos momentos mais controversos desta, mais concretamente na sua prisao, pelo contrario opta por se debruças no apoio a um desporto e acima de tudo na metafora que este desporto acaba por desenvolver no sentido politico do pais, e esta escolha e extremamente inteligente, por um lado porque nao permite tornar o filme penoso, da-lhe intensidade e acima de tudo fortelece todos os seus pontos individuais, tornando-o num objecto comercialmente mais apetecivel. Contudo ao ser demasiado curto no seu alcance o filme torna-se num conjunto de frases soltas, e divagações ideologicas efectuadas para facilitar todos os paraleleismos que o realizador quer transmitir.
E um filme competente extremamente bem feito, mas falta-lhe uma maior força interior, falta-lhe talvez tocar noutros pontos que o separem por completo de mais um filme de desporto, que acaba por se tornar volvida a primeira metade do mesmo, tirando-lhe algum valor factual.
E daqueles filmes que é indiscutivelmente conseguido, mas que pensamos que não será um filme inovador, alias grande parte das linhas do dialogo, são frases comuns de incentivo, faltando alguma maior personalidade na forma como as personagens sao criadas, parecendo apenas caracterizar o mito das individualidades.
O filme debruça-se sobre a ligaçao entre Mandela e o capitao da selecçao de Rugby da Africa do Sul, durante o campeonato do mundo de 1995, e a forma como este paralelismo esta relacionado na ligaçao de um pais dividido por cor.
O argumento apesar de coerente acaba por ser o parente pobre do filme, principalmente por nao dotar de forma eficaz de individualidade qualquer das personagens que apresenta, centrando.se mais em nao destruir a forma como estas sao vistas, nao arriscando neste prisma, o que torna os dialogos cheios de frases usadas, que pouco ou nada inaltecem o caracter do filme
E impressionante a forma fisica de Eastwood, mesmo ja com idade avançada o realizador aventura-se em sequencias desgastantes que estao realizadas quase na perfeiçao as sequencias dos jogos sao fabulosas, e demonstram o porque de Eastwood ser um dos mais premiados realizadores da historia
O cast era a partida a grande atracção do filme, Freeman um oscarizavel por si só, consegue uma boa caracterizaçao e uma boa envolvencia no papel, que acaba por ter nestes aspectos o seu maior valor, ja que em termos de dificuldade nao se trata de um papel invulgar ou com grau de dificuldade tremenda, a nomeaçao para oscar deve ser conseguida mais pela envolvencia do que pela qualidade da interpretação. Ja Damon tambem ele provavelmente nomeado, tem na sua prestaçao mais garra e acima de tudo maior dificuldade, principalmente pelo envolvimento fisico necessario, e que Damon efectua quase na prefeiçao num papel forte e intenso, com o carisma necessario. Neste ponto o filme potencia tudo o que tem

O melhor - A realizaçao nas sequencias dos jogos

O pior - Alguma limitaçao na forma como as persoangens sao presas à ideia comum destas

Avaliação - B

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