Muitos anos depois de Garland e Boyle terem surpreendido o mundo do cinema com uma reinvenção do mundo dos mortos vivos e depois de uma sequela onde acabou esta união por nao ser clara, ambos juntam-se em mais um filme passado 28 anos depois do primeiro. Em termos criticos as coisas correram bem na junção com avaliações muito interessantes, do ponto de vista comercial os resultados foram competentes sem serem excecionais para um filme de verão, se calhar porque os primeiros filmes ja tem algum tempo.
Sobre o filme começamos pela primeira fase onde ate funciona na forma como nos transmite a comunidade criada, embora com a introduçao de uma das personagens centrais comecem a existir mais duvidas do que respostas que o filme acaba por esconder ate ao fim. De resto temos a luta pela sobrevivencia em ação bem realizada mas pouco mais. Na segunda parte do filme parece-nos mais concetual, mais artistico, mas ao mesmo tempo mais distante do grande publico, ficando a sensação de serem dois filmes distintos.
Podemos dizer que em determinados momentos o filme foge do que os seus antecessores foram, fica a ideia que o filme quer ser mais sobre personagens do que sobre conceitos, mas tambem fica a ideia da forma como esconde a personagem do medico poderia conduzir a resultados mais claros do que se segue. O filme mesmo sendo bem filmado, com momentos pesados parece nao funcionar sempre como um conjunto sendo dois filmes diferentes.
Por tudo isto mesmo sendo um filme competente o ritmo nao e o mais elevado e nem sempr e facil fazer a conjugação em termos de triologia. Fica tambem a sensação que muitas vezes este tipo de filmes deveria ser mais direto, dar mais respostas do que duvidas, principalmente tendo em conta do potencial humano que o filme junta em todas as suas componentes, fica a sensação que deveria ser mais impactante.
O filme fala do mesmo virus, agora numa comunidade que se defende numa ilha dos ataques, mas que sai os seus maiores lutadores para o exterior. Tudo fica mais dificil quando um menor tenta perceber o problema da sua mae e resolve sair do espaço em busca de um excentrico medico que pensa poder resolver o problema.
O argumento do filme nao e fantastico, ate funciona na contextualizaçao da comunidade e das suas falhas e menos impactante nas escolhas que faz para fugir aos cruzamentos narrativos. O final nao e propriamente o mais explicito, e fica sempre a sensação que algo pelo caminho deveria ter mais respostas.
Boyle e um otimo realizador que construiu uma carreira unica que nos ultimos tempos tem estado mais parada. Parece regressar as sequelas dos seus filmes de conforto mas fica a ideia que nenhum consegue reunir os lados proprios dos seus originais e neste caso, mesmo com a inovação da forma de filmar fica longe do apocalipse do primeiro filme, surgindo apenas alguma autoria na fase final.
No cast Johnsson e um ator de açao a procura de momentos comerciais, Corner e intensa mas a sua personagem e algo repetitiva, o filme ganha dimensao com o surgimento da personagem de Fiennes mas entra demasiado tarde quando o ritmo ja e lento, mesmo assim o melhor do filme, num ator novamente em excelente forma.
O melhor - O contacto com o Dr.Kelson
O pior - A forma como filme foge a muitas respostas
Avaliação - C+

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