Sunday, December 08, 2024

Between the Temples

 Estreado no ultimo festival de Sundance com boas criticas, este filme conseguiu a luz do dia com uma distribuição curta e muito direcionada para a população judaica. Agora no final do ano e com o aparecimento da temporada de premios, nos mais pequenos e independentes tem-se percebido a presença de Carol Kane em algumas listas. Comercialmente o filme não tinha objetivos propriamente fortes e isso acabou por conduzir a um resultado essencialmente curto.

Sobre o filme podemos dizer que tem um estilo totalmente independente na forma de filmar, atuar e nos dialogos a maior parte dos mesmos sem grande sentido, mas apostados essencialmente em criar alguns momentos diferentes. O estilo do filme acaba por nao lhe permitir dar a dimensão emocional que em determinados momentos o filme pensa que pode ter na fase final, e que acaba por surgir sem esse impacto.

Eu confesso que nao gosto particularmente deste tipo de filmes, não porque o cinema não consiga os objetivos que se propoem, mas esta procura pela diferença por si só, e muitas vezes pelo non sense, se nao tiver atras de si uma mensagem subliminar forte parece apenas um exercicio de estilo sem grande porquê, e o filme acaba por passar muito essa dimensão.

Ou seja um filme que tem alguns valores, principalmente para quem gosta do cinema mais implementado na vertente das tradições judaicas, as quais parecem bem longe. Talvez o mundo esteja um pouco distante delas atualmente devido aos acontecimentos entretantos passados, e o filme sofra tambem por essa falta de empatia atualmente presente.

A historia segue um cantor judaico que nao consegue fazer a sua arte depois da morte da sua esposa, que acaba por conhecer a sua antiga professora de musica e os quais começam a formalizar uma ligaçao proxima.

O argumento tem muitos apontamentos culturais mas o seu estilo disperso demasiado independente não ajuda o filme a tornar-se empatico com o espetador. Fica a sensação em muitos momentos do filme que o mesmo quer ser mais estranho do que eficaz.

Na realizaçao Nathan SIlver é alguem que gosta de cinema associado a um maior judaismo e as suas diferentes componentes. Nota-se em muitos momentos que o filme quer ser estranho e ter o proprio ritmo, mas isso muitas vezes torna-se non sense. E deliberado mas na minha opinião não e funcional.

No que diz respeito ao cast Schartzman e um habitue neste tipo de filme e personagem que parece criada para ele. Kane e uma atriz de quarta linha, com alguns filmes mas pouca fama, que tem aqui a sua construção talvez mais meritoria.


O melhor - Alguns apontamentos culturais do judaismo

O pior - A forma como o filme acaba por deambular por lado nenhum


Avaliação - C-

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