Se existe uma tradição que também é comum no mundo do terror é ter pelo menos uma vez por ano um filme sobre exorcismo, tendo este filme um ingrediente surpreendente que é a presença de um ator de primeira linha como Russell Crowe a encabeçar o projeto, mesmo não estando o ator na sua melhor forma. O filme conseguiu passar a critica com uma mediania que não foi a alavanca diferenciadora do projeto e comercialmente os resultados foram razoaveis muito por culpa do valor comercial do ator.
Sobre o filme podemos dizer que inicialmente pensamos que vamos ter um filme diferente sobre exorcismos, quer pela banda sonora das primeiras sequencias, pelo estilo mais descontraido do personagem central, que nos faz inicialmente esperar alguma diferença que rapidamente se esbate, já que ao entrar na intriga o filme torna-se num filme igual a tantos outros de exorcismo e procura da causa, que não nos consegue levar a qualquer sentimento relevante, principalmente tendo em conta a quantidade de filmes iguais que ja surgiram.
E obvio que ter Crowe como interprete permite a ligeiras melhorias, mas que acabam por não ter qualquer impacto, ja que a propria personalidade do personagem e a sua irreverência desaparece no epicentro do filme, o qual se preocupa com o lado gráfico, onde não é diferenciado quando comparado com o que já se fez e numa tentativa de dar uma intriga maior para explicar o demonio, que também não é muito interessante.
Por tudo isto temos um filme sobre exorcismo igual a muitos que foram efetuados recentemente, sendo que a presença de Crowe deixa de fazer sentido logo aos quinze minutos do filme quando este decide seguir o trajeto comum do genero e não dar uma roupagem ligeiramente diferente nem que fosse no tom escolhido.
A historia segue o responsável pelos exorcismos do vaticano o qual tem de se deslocar a espanha de forma a estudar a possessão de um jovem numa antiga casa agora em reconstrução para habitação familiar e perceber o que realmente está a possuir o jovem e combater uma força demoniaca relevante.
O argumento é igual a todos os filmes que nos ultimos anos foram sendo lançados sobre a materia, numa especie de roupagem nova do sucesso de Exorcista com a mesma história, mesmo já se tendo passado decadas sobre o filme de sucesso.
Na realização Julius Avery é um realizador de terceira linha americana que procura ainda o filme que o faça subir de divisão. Não me parece que seja neste tipo de projetos e mesmo com Crowe que o consiga, já que graficamente e na abordagem não trás nada de novo ao genero.
No cast, podemos dizer que temos um Crowe a procura de espaço que parece ter perdido, num genero que me parece demasiado pequeno para ele. Fica a ideia que os melhores momentos são dele mas não é neste contexto que vai recuperar o impacto da carreira que manteve, mesmo numa atuação a solo como esta.
O melhor - A banda sonora descontraida dos primeiros quinze minutos.
O pior - O filme caminhar para o que ja vimos repetidamente no genero
Avaliação - C-
No comments:
Post a Comment