Vinte e cinco anos depois do mundo do terror ter tido uma lufada de ar fresco com o seu juvenil Scream, e depois de quatro filmes com as mesmas personagens e com o mesmo conceito, eis que surge uma sequela ou como o proprio se chama a si proprio uma requela. Como a maior parte dos filmes da saga o filme ate conseguiu uma receção critica razoavel, principalmente tendo em conta que se trata de um genero sempre dificil de se afirmar. Do ponto de vista comercial os resultados foram bastante positivos que nos fazem perguntar se a escolha por Janeiro foi a mais feliz.
Sobre o filme podemos começar por dizer que Scream tem duas vertentes que funcionam bem, desde logo o jogo do esconde do assassino e das suas motivações, e os comentários do filme e do cinema dentro de cinema que acabam por ser ao mesmo tempo extremamente curiosos como engraçados e que acabam por dar uma toada leve mas ao mesmo tempo inteligente a forma como o filme de constroi e nisso Scream é fiel aos seus principios de sempre.
Em termos de guião no entanto fica sempre a ideia que na base o filme nem sempre se leva a serio na criação da narrativa para este filme, ficando quase sempre a ideia que a historia de base do filme em si e o menos importante e algumas escolhas parecem coladas à pressão, principalmente no que diz respeito a ligação da personagem principal a Billy e as suas aparições nada interessantes.
Por tudo isto e para alem da homenagem que de vez em quando os filmes de terror vão sendo alvos com reboots, ou sequelas, temos um sublinhando minimanente interessante na capacidade do filme nos seus elementos de analise ao cinema ser interessante, sendo que no resto acaba por ser algo repetitivo do que realmente ja vimos na saga. Apenas nos parece algum maior horror em algumas mortes, algo que nos filmes anteriores não tinha acontecido. E tambem temos muitos sobreviventes para um assassino tal letal.
Em termos de historia o filme continua a ir atrás do Ghostface e de uma nova apariçao de terra de sempre que acaba por assolar e conduzir ao regresso a casa de uma filha ilegitima do primeiro assassino, que vai ter de perceber quem está a ressuscitar o fantasma com a ajuda dos protagonistas de sempre.
Em termos de argumento a narrativa de base deste filme acaba por ser mais do mesmo, do que vimos no primeiro filme e nas sequelas. No epicentro narrativo o filme não consegue propriamente dar muito de novo. Funciona nas curiosidades da metaanalise do filme dentro do filme, ficando tambem a ideia que o filme nao sabe propriamente como ligar as novas personagens as de sempre.
Na realização e com a morte de Wes Craven o grande criador do filme, eis que a batuta ficou a cargo de uma dupla de realizadores a crescer no terror juvenil e que ja tinham tido algum conceito no seu ready or not. O filme consegue ser fiel a base, com mais horror embora concetualmente pudesse ser mais proximo do primeiro filme.
No cast temos os de sempre nos papeis de sempre, embora as personagens em si os deixem perdidos no filme. No cast o filme aposta em jovens com algum crescimento em hollywood, principalmente a mexicana Melissa Barrera e Jack Quaid que demonstra atributos para funcionar em diversos estilos embora o filme não exija muito de nenhum deles.
O melhor - As curiosidades da analise do terror e dos diferentes filmes dentro do proprio filme.
O pior - Nao sabe o que fazer e como encaixar as personagens de sempre
Avaliação - C+
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