Wednesday, May 31, 2017

An Sense of an Ending

Durante anos a terceira idade basicamente não existia em termos de cinema, contudo com um maior numero de filmes cada vez mais a ter luz do dia, o cinema independente tem apostado em filmes que acabam por seu autenticas reflexoes de fim de vida, algo que também tem sido tema para alguns projetos do cinema europeu. Nesta produção tradicionalista britanica, os resultados criticos acabaram por ser positivos pese embora não tenham sido entusiasmantes. No que diz respeito ao resultado comercial do filme, a tradição BBC acaba sempre por ter algumas limitações com resultados apenas conseguindo chamar a si alguns dos mais tradicionalistas.
Sobre o filme, eu penso que a reflexão de uma vida nos seus momentos finais pode ser um dos melhores campos para filmes emotivos, e com uma profundidade de significado superior a muitos outros contextos de filme. Contudo para isso funcionar tem de estar reunidos uma serie de factores que diferenciem este filme em muitos aspetos de todos os outros, e aqui o filme tem alguma dificuldade desde logo pelo ritmo, e pelo excesso de rigidez britanica para que a emoçao presente tenha o impacto capaz de dar o verdadeiro significado ao filme.
Parece-me um filme com uma ideia bem definida que na forma como joga em termos temporais entre o presente e o passado por vezes se torna algo confuso o que limita o impacto que me parece que o realizador quer dar a cada cena, como estabelecendo um paralelismo que nem sempre e na realidade conseguido.
Ou seja uma daqueles filmes que quando lemos a sinopse pensamos que podera ser um filme de uma dimensao superior aquele que realmente é, não só pela historia em si mas principalmente pelos seus interpretes e que no final acabamos a pensar mesmo as personagens e a sua historia merecia mais paixao e envolvencia na fora de filmar, e não um objeto algo cinzento que nos passa de forma simples uma ideia interessante.
A historia fala de um idoso, que após receber uma herança um diario da mae de uma das suas grandes paixoes tenta de alguma forma reviver e ultrapassar as sequelas do fim da sua adolescencia, mesmo que muitas outras coisas tenham passado entretanto.
A historia da procura de significado nos ultimos momentos ja foi retratado de diversas formas, algumas mais comicas outras mais dramáticas. Aqui não podemos dizer que a ideia de base é um poço de inovação, mas parece sempre um campo com muito para potenciar. Neste filme parece que mesmo dando a primazia a emoçao, as personagens sao melhores do que o seu desenvolvimento.
Na realização Ritesh Batra um produto do cinema britanico tem aqui o seu projeto maior e mais significativo. parece-me na abordagem ao filme muito preso ao tradicionalismo do cinema mais obvio britanico e isso acaba por o colocar pouco diferenciado junto a outros cineastas iguais.
Por fim em termos de cast, eu penso que Jim Broadbent e um dos actores mais intensos e empaticos da sua geração, e o filme funciona na sua personagem muito pela sua interpretação. Ele domina o filme, so deixando espaço para a presença de Rampling com o carisma que a caracteriza mesmo que a sua personagem seja simplesmente a sua presença.

O melhor - O campo de trabalho da terceira idade e os seus conflitos de uma vida.

O pior - O filme não conseguir transmitir o sentimento que deveria

Avaliação - C

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