Existem pequenos
filmes, percursores muitas vezes de carreiras mais conceituadas dos
seus protagonistas, que acabam posteriormente por ganhar alguma
dimensao mediatica pela presença destes mesmos actores. Isto pode
ser muito bem o que chamou a atençao para este pequeno filme, já
estreado em alguns festivais mais pequenos mas que so em 2017 teve a
luz do dia em cinemas mais especializados em cinema de autor. Os
resultados criticos do filme ate foram interessantes com avaliações
essencialmente positivas, mesmo que comercialmente os seus resultados
tenham sido residuais.
Os filmes sobre as
derivas mentais de uma personagem sao normalmente campos de trabalho
para realizadores mais corajosos já que obriga o filme a ir para
alem do obvio, e normalmente isso e mais dificil de resultar com
eficacio. O que faz com que muitos destes filmes acabem como lixo sem
qualquer tipo de significado e alguns como obras primas de referencia
para os anos seguintes. Este acaba por nem ser uma coisa nem outra
acabando no sempre possivel meio termo,.
O lado positivo do
filme e ambiçao da fração entre vertentes da mesma personagem, a
separaçao, a distinçao e a forma como cada uma delas e filmada, o
que acaba por fragmentar um puzzle que acaba por inqueitar durante a
duração do filme o espetador. Por outro lado para um filme deste
genero tem dois defeitos gigantescos, por um lado a falta de ritmo,
tipica dos filmes mais independentes que acaba por emabalar em
demasia o espetador, e por outro lado a falta de uma realização
mais ambiciosa, mais proximo do que por exemplo e feito e Mr Robot
com o mesmo protagonista, em conceitos muito semelhantes.
Ou seja mesmo no que
diz respeito a fração da mente temos um filme por vezes competente,
muito ciente dos seus objetivos, com algum arrojo narrativo, mas que
em termos de cinema e demasiado adormecido, demasiado parado,
demasiado preocupado em sair fora do circuito e normalmente isto
resulta em filmes mistos nos sentimentos e nos resultados,.
O filme fala de um
empregado de hotel que passa as noites sozinho, ate que conhece um
estranho cliente que lhe coloca uma questão existencial, que acaba
por mudar todo o seu paradigma de vida e os valores dos diferentes
vetores da mesma vida.
O argumento e dificil,
corajoso na base e nos seus objetivos que mesmo conseguindo atingir,
adcaba por nunca ser dotado de grande brilhantismo, principalmente
por alguma dificuldade na caracterizaçao de personagens e em o filme
ter o seu movimento natural.
Na realização Sarah
Adina Smith tem aqui o seu trabalho mais visivel e significativo para
uma realizadora relativamente jovem. O filme tem um bom enquadramento
e bons momentos como um todo ainda tem alguma dificuldade em
funcionar,
No cas este e um filme
totalmente dominado por Melek de principio a fim, muito parecido com
a sua construçao em Elliot Andersson funciona bem no limite da
normalidade embora me pareça ser necessario mais versatilidade
noutros papeis.
O melhor .- O risco
narrativo.
O pior – Adormecer
facil demais
Avaliação - C
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