Saturday, January 08, 2011

The Fighter





Desde cedo que as primeiras previsoes apontavam este filme como um claro natural concorrente aos Oscares, nao so pelo tema, mas acima de tudo pelos interpretes, realizador e uma produtora sempre muito eficaz na promoçao dos filmes para estes premios. Com o desenvolvimento do ano observou-se que a concorrencia ia ser forte e o filme poderia ter problemas no concurso. E se e certo que nao passara e certo da nomeaçao a probabilidade de outros premios podem indiscutivelmente fazer deste filme um sucesso critico, ao qual reuniu um bom desempenho comercial, numa altura em que titulos mais vistosos poderiam comandar.

The Fighter e daqueles filmes que reune um sentido proprio muito intenso, quer como drama familiar quer como filme de desporto, e acima de tudo transmite consigo uma historia recheada de um grande coração. E daqueles filmes que olhando no fim, nem sequer e muito original, tirando todas as intervençoes de Dickey completamente extra tudo o que ja foi visto no cinema actual. De resto ate pode ser considerado um filme de locais comuns, mas ao mesmo tempo tudo e feito com um profissionalismo e uma força interior que apaixona o espectador, quer nos silencios do protagonista ou na excentricidade do seu irmao.

E daqueles filmes que pese embora nao tenham um argumento de excelencia mesmo que bem adaptado, tem todas as outras componentes ao melhor nivel que hollywood e capaz de fazer e isso torna o filme naturalmente um fora de serie, num ano com alto registo competitivo.

O filme fala no trajecto de um mediano lutador inserido num apoio familiar ate ao titulo de campeao do mundo, com muitas vitorias desportivas e acima de tudo pessoais para conquistar este titulo.

O argumento pese embora nao seja um poço de originalidade e bem montado na forma como introduz o documentario no interior do filme, na forma como fortifica interiormente as personagens ou mesmo na riqueza de alguns dialogos, principalmente com a personagem de Leo.

Russel tem uma grande realizaçao e arriscada, mesmo de ante mao sabendo que nao seria uma realiaçao esteticamente bonita, consegue que a mesma contextualize brilhantemente todo o filme, ja vimos sequencias de boxe mais bem filmadas e verdade mas tambem temos que dizer que nao e por aqui que o filme perde qualquer tipo de ponto.

Em termos de cast estamos talvez em algumas das quatro melhor interpretaçoes do ano, liderados obviamente por Bale, com uma prestaçao para uma vida, que contudo ja e lugar comum no actor, nao so na forma fisica com que se entrega a personagem mas toda a intensidade e sentimento que tras consigo. Whalber lidera bem o filme da forma como a personagem requer, ou seja ele e o silencioso de todo o filme e encaixa na perfeiçao nele. No lado feminino talvez a luta interna por melhor secundaria. A minha aposta vai para o vigor de Adams, em deterimento de alguma frieza de Leo, mas e inquestionavel o grande valor destas duas interpretaçoes


O melhor - O cast


O pior - Faltar alguma pimenta ao argumento


Avaliação - B+

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