Thursday, December 28, 2006


A good year - Um Bom Ano



Nos ultimos anos temos assistido a uma rejeição de Hollywood de obras mais intimistas e sentimentalistas, principalmente quando estas vêem de realizadores conceituados. E se com Crowe no seu ELizabethtown a obra acaba por se enquadrar perfeitamente na sua trajectoria cinematografica, este Good Year funciona como um choque termico na carreira movimentada do homem de acção chamado Ridley Scott. è certo que em Amigos do ALheio ja tentara dar uma dimensão mais pausada e menos fisica dos seus filmes, mas dai a entrar no terreno do sentimentalismo puro, e recordações de infancia e reencontro do eu vai uma grande distancia.

Pois bem, e isso que conta o filme, o regresso a um local onde a personagem arrogante interpretada por Crowe nao evoluiu, ou seja continua uma criança existindo uma busca da personagem do sua existencia mais pura, acedendo a sentimentos adormecidos. Tudo num filme emocionalmente interessantissimo, de deixar um sorriso no espectador sem despertar a gargalhada. Contudo nem critica nem espectadores estavam preparados para estes passos de Scott, a critica que continua preso a um grandioso mas passado Gladiador, e os espectadores mais adeptos dos filmes musculados do realizador, nao aderindo a uma vertente mais intimista do realizador. Scott nao se devera preocupar por realizar um dos floops gigantes do ano, ja que o mesmo sucedeu com o Papa dinheiro Verbenski quando arriscou no seu esquizoide Homem do tempo, devera ser objecto de estudo sim a negação critica a um filme claramente interessante.

A historia do filme é bonita, realizada e articulada para o ser, se bem que poderia ser mais, se não se prendesse a uma tentativa de humor a toda a linha forçada, mas que em nada compromete a força interior que o filme transmite.

E dos filmes que nos faz pensar, que provavelmente quem nos conheceu em miudo, tem uma ideia muito propria de nos, talvez diferente da que nos proprios temos, mas também verdadeira, na personagem de Max poderia estar qualquer um de nós.~

Para alem deste aspecto o choque cultural por vezes impercetiveis em culturas tao proximas como a britanica e francesa e inaltecida no filme, com a desadaptação do personagem ao seu novo meio, aqui por vezes caia num exagero ridiculo.

O argumento poetico acaba por ser interessantissimo, perdendo so em algumas situações de um lirismo desmedido, mas que esta construido de forma a gradualmente caminhar para a redenção da personagem ao seu passado, e uma nova contrução do futuro. ou seja o filme funciona em grande escala do ponto de vista dramatico claudicando nos aspectos mais humorisiticos.

A realização de Scott parece um estado de introspeção com planos fechados quase sem movimento, parecendo que o realizador, haituado a oferecer movimento conatagiante aos seus filmes, se limitou a observar o desenvolvimento de uma historia rica.

O cast, parece-me extremamente valioso para um filme tao intimista, ate os secundarios Finney e Highmore sao de primeira linha, e que nada trazem ao filme. Crowe parece-me desadaptado a comedia, nao e o seu genero,ou sera falta de habito dos espectadores em vê-lo neste tipo de papeis, mesmo assim soa a estranho. Brilhante foi a aposta em Collitard, desde Taxi que a espetacular actriz francesa merece mais oportunidades ja que me parece mais talentosa do que Tatou e com o charme e beleza de Belucci enfim a conbinação perfeita. E por fim a aparição daquela que muitos apontam para a estrela australiana do futuro a estonteante Cornish, que brevemente iremos ouvir falar com maior destaque.

Enfim um filme forte, denso mas que ninguem estava preparado para assistir proveniente de Scott


O melhor - O reencontro gradual da personagem com o seu passado


O pior - A tentativa de fazer do filme uma comedia, em vez de assumir o seu teor melodramatico


Avaliação - B

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