Saturday, August 23, 2025

The Map that Leads to You

 Na tradição de Nicholas Spark que o veterano realizador sueco Hallstrom algumas vezes adaptou surge um novo filme, com um ingrediente juvenil, de amor de verão numa road trip que acabou por ser um dos filmes chamativos da Prime para este verão, apostando essencialmente no valor comercial do momento da sua protagonista. Criticamente o resultado foi a mediania tipica deste tipo de projeto, mas comercialmente tem tudo para alimentar os adolescentes ligados a aplicaçao.

O filme tem uma base ja muito usada o amor durante uma viagem, o lado descontraido e associativo, cria logo a relaçao, com a imaturidade que o filme quer ter, depois o filme acaba por ser ligeiramente diferente numa road trip por espanha, com passagem por portugal, mas com a ideia que muitas vezes os protagonistas ficam, e bem, para segundo plano para fazer funcionar o contexto cultural da historia.

E nos detalhes narrativos e nos atalhos acima de tudo que o filme é extremamente imaturo, o amor imediato, a forma facil com que a viagem continua, e acima de tudo o casamento de uma relação passageira, acaba por ser tudo demasiado rapido, sem ser explicado para o contexto que o filme quer ter e isso acaba por levar o filme para uma humor imaturo, mais que forte.

Por tudo isto um drama romantico adolescente, com a virtude das localizações e fazer aproveitar as mesmas mas com uma serie de cliches levados ao extremo para o filme funcionar. A forma como desprediça conflitos tambem nos parece demasiado simplista para um filme de desgaste rapido para ser banda sonora ou marca de agua de alguns amores de verão

A historia fala de uma jovem americana que antes de aceitar um emprego, alegadamente de sonho, num banco decide fazer uma road trip pela europa com as amigas, ate que acaba por conhecer um peculiar viajante com quem acaba por iniciar uma relação intensa que a faz questionar os objetivos de vida.

O argumento do filme é simplista, adolescentes e imaturo, cheio de blocos que falham, mas mais que tudo cheio de cliches adolescentes. Claro que o lado emotivo em alguns momentos funciona, mas a ideia de um cinema de desgaste rapido existe a todos os momentos.

Hallstrom foi na passagem do milenio um realizador com alguma magnitude com alguns projetos de oscar que sempre foi ligado a emoçao e ao amor. Aqui e numa fase da carreira menos fulgurante surge percebendo a beleza da europa, mas ao mesmo tempo tambem fica a ideia que o cliche e a sua arma mais comum.

No cast temos uma Apa a procura de espaço depois de Riverdale. E um ator com limitaçoes que nos parece algo desgastado de um momento de sucesso imediato. AO seu lado Cline e uma das figuras da cultura pop do momento embora sem ainda grande percurso, papeis simples, alguma quimica e pouco mais.


O melhor - A europa por onde o filme passa

O pior - Todos os cliches


Avaliação - C-

Friday, August 22, 2025

Superman

 Se existe super herói que nos últimos anos tem tido diversas roupagens é superhomem, por muitos considerado o maior dos superherois, certo é que desde a adaptação de Donner nunca mais os seus filmes vincaram por ser demasiado concetuais, ou mesmo demasiado vagos. Este ano a DC apostada num novo estilo deu uma roupagem mais de comedia, um pouco no seguimento de Gunn tinha feito como Guardioes da Galaxia. Criticamente o resultado ate foi positivo com avaliações positivas. Do ponto de vista comercial um filme como este pode conduzir a que mesmo 600 milhoes de dolares em todos o mundo nao seja sinonimo de sucesso completo.

Sobre o filme rapidamente percebemos que a abordagem vai ser diferente, que mais que um filme de açao, com os poderes todos a aparecerem na personagem temos um filme comico, onde a personagem canidea de Krypto acaba por ser o ponto central da mesma. Isso faz com que por um lado o filme se leve menos a serio do que a maioria dos filmes anteriores do super heroi, mas isso da lhe uma toada diferente.

DO ponto de vista comico, embora o filme nao seja sempre coeso ou equilibrado, tem bons momentos, consegue alguns momentos comicos insolitos, o que ajuda o lado mais dramatico e emotivo, muito centrado na ligaçao da personagem a base humana. Do ponto de vista narrativo e da historia de base o filme tem muito mais dificuldades fica a sensação de que nunca quer ir a fundo nas linhagens para fazer funcionar um filme rapido de comedia.

Por tudo isto temos uma abordagem de risco, nao sei se é a que o heroi necessita, fica um pouco a sensação de um filme algo pequeno para o heroi, mas que pelo menos o diferencia do que ja vimos nos ultimos tempos. Uma serie de atores jovens que encaixam no que o filme quer ser para o futuro, e um estilo que desgasta menos.

A historia segue um super homem ja totalmente envolvido na terra ate que Lex Luthor tenta organizar um plano para colocar a terra contra ele vendendo a imagem que as suas inteções na terra sao destrutivas.

O argumento do filme é comicamente irreverente, nao perde tempo num contexto que todos ja conhecemos, nao parece uma introduçao mas um filme direto ao ponto. Isso da ao filme uma espotaneadade maior mas perde um pouco na narrativa algo direta e demasiado dependente do lado comico.

Na realizaçao Gunn e um dos pioneiros do sucesso comercial e critico dos filmes de super herois pelo estilo rebelde e comico que ja entregou quer a DC quer à Marvel. Aqui asssume o comando do maior super heroi, mas parece ser so competente longe do lado iconico que fez nos seus guardioes.

O cast podemos dizer que Corenswet e uma aposta ganha funciona como heroi de açao e o lado desleixado humano. Brosnhan e uma escolha consistente num papel sereno pouco trabalhado. Como Luther Hoult tem bons momentos mas nem sempre funciona. Um bom leque de secundarios principalmente o lado comico de Finn.


O melhor  - Como comedia o filme funciona

O pior - Como filme de super herois funciona bem menos.


Avaliação - C+

Thursday, August 21, 2025

MIssion Impossible: The Final Reckoning

A aproximar-se de trinta anos desde o momento em que Brian de Palma deu a Tom Cruise a possibilidade de ser a cara da adaptaçao da serie Missao Impossivel ao cinema, eis que muitos filmes, milhoes e tarefas completamente impossiveis, a saga parece ter chegado ao fim, a não ser que Cruise tenha saudades e regresse nos proximos anos. Este alegado ultimo capitulo teve boas criticas ambora seja claro que o fulgor critico da saga ficou mais no meio. Comercialmente o filme consegue ter sempre alguma consistencia embora este ano tenha dividido o lançamento com a disney e o seu lançamento mais rentavel do ano.

Sobre o filme o mesmo tem alguns pontos que funcionam, na forma como vai buscar muito dos filmes anteriores, na forma como assume a conclusão e a homenagem ao que fomos vendo ao longo do tempo, unindo pontos de forma simples de uma forma mais estetica do que propriamente para unir pontes abertas, e nisso o filme e nostalgico e vai de encontro ao que se fez no cinema de açao ao longo de diversos filmes.

COmo filme em si, claramente a saga estava a perder fulgor, desde logo na narrativa cada vez mais isolada, um conjunto de frases feitas, atuais, como avisos ao mundo atual, mas as personagens ficaram vazias na sua essencia, temos menos humor de Benny, temos menos grupo, e acima de tudo temos menos palavras, as tres horas parecem contexto para Cruise e as suas sequencias de açao impossiveis, de um filme que quer ser mais falado sobre isso do que propriamente por fechar um filme com muitos capitulos.

Fica claro que o fim estava proximo, e que a saga acaba um pouco aquem do que conseguiu ao longo do tempo. Tem claramente uma assinatura o impossivel, que tem neste filme um nivel exagerado na sua sequencia final. As tres horas sao na maior parte do tempo vazias, mas o cinema atual de açao tem claramente esta saga como referencia, sendo a alegada conclusao satisfatoria sem nunca ser fantastica.

A historia continua a luta de Hunt e o seu grupo renovado contra a entidade com a disputa do seu vilao do filme anterior, todos tentar salvar o mundo de ambos, em aventuras impossiveis onde toda a logica e colocada de lado.

No argumento nota-se que de filme para filme, a historia ficou mais curta para dar lugar a açao, o que e um contrasenso pelo facto dos filmes terem ficado mais longos, sendo as sequencias de açao muitas vezes interminaveis. A logica ja desapareceu faz tempo e o filme lida com naturalidade sobre isso.

McQuarrie foi o aliado total de Cruise neste projeto nos ultimos tempos, o filme da a liberdade ao ator de fazer do filme o que quer e o realizador, quase a tempo inteiro neste tipo de registo vive bem com isso, ja que toda a carreira neste lado foi sempre com Cruise e nao sabemos o que existira sem ele.

No cast as façanhas acrobaticas de Cruise sao incriveis embora como ator se esvazie bastante. No resto do filme fica a ideia que Pegg desaparece, que Atwell e o fetiche do momento do Cruise e pouco mais. ALgumas apariçoes iconicas de filmes anteriores mas um filme sem grandes personagens, para além de HUnt, e dai pouca interpretaçao.


O melhor  - A açao

O pior - O argumento vazio, feito de frases soltas atuais 


Avaliação - C+

Wednesday, August 20, 2025

Fixed

 Animaçao de adulto nao e propriamente um terreno que as produtoras arrisquem muito, principalmente o Streaming que encontra dificuldades em encaixar este tipo de projetos. Nao obstante deste risco a NEtflix trouxe-nos uma animaçao de adultos bem pesada, com um humor sexualizado do primeiro ao ultimo minuto com cães a mistura. Criticamente o resultado ficou pela mediania, e comercialmente o filme desapareceu rapidamente dos primeiros filmes montra da aplicaçao.

Sobre o filme para quem viu alguns filmes disruptivos dos ultimos anos conseguimos perceber onde o filme quer ir, mas acho que vai longe demais na rebeldia e muito curto em conteudo. As sequencias sexuais extremadas sao apenas nojentas mais do que comicas, e mais que isso a falta de conteudo do filme para alem disso acaba por fazer o filme inexistir noutros componentes, o que e curto principalmente tendo em conta ser um lançamento de verão da netflix.

Nao e esperado neste tipo de filmes uma produçao muito elevada, alias os esteritipos de desenhos mal elaborados funciona como elemento comico adicional embora aqui exagerado. O filme tenta em momentos encontrar alguma moratoria, mas desiste rapido para o absurdo sexual vazio em que se torna, num filme rebelde mas pouco mais.

Eu gosto de filmes de animçao para adultos que transmitam, alguma coisa, o desenho pode ter uma dimensao emocional adjacente que torne um tema mais intenso, mas o filme nunca procura e nunca encontra esse elemento. Um daqueles filmes rebeldes que quer ser mais conhecido por esse ponto do que propriamente por ser um filme trabalhado para transmitr o que quer que seja.

A historia fala de um cão que se apaixona pela cadela da vizinha, mas e claramente imaturo sexualmente ate que sai para a rua com os seus amigos tentando perceber a vida de cao vadio e as suas aprendizagens.

O argumento do filme e um conjunto de sequencias interminaveis de humor, ou tentative de, sexual, sem grande logica ou coerencia. O filme quer ser maioritariamente rebelde, mais do que contar uma historia ou ter um porque, e acaba por nao funcionar em nenhum desses elementos.

Na realizaçao temos Tartakovski um realizador de animaçao para adultos que se tornou conhecido num cinema mais infantil de humor de Hotel Transilvania. Aqui surge no local de origem com um estilo mais independente e um humor proprio, que parece longe do sucesso que tem quando tem mais filtros.

O filme tem diversas vozes conhecidas. Devine interpreta o que faz na maioria dos seus filmes e isso acaba por ser mais do mesmo. Surpreende Elba no personagem mais vigoroso que encaixa bem com o lado grave da sua voz.


O melhor  - QUando o humor e mais negro e menos sexual.


o pior - Pouco espaço para este humor


Avaliaçáo  - D +

Tuesday, August 19, 2025

Night Always Comes


 Aproveitando o nivel comercial que Kirby atingiu no cinema com o sucesso de Fantastic Four a Netflix, sempre oportuna lançou um drama, que tem a atriz como protagonista, num registo menos comercial e mais dramatico, quem sabe tentando lançar uma eventual candidatura a premios, mesmo a longa distancia. Criticamente se esse era o objetivo as coisas correram moderadamente bem, o filme tem algumas boas avaliaçoes mas insuficientes para um impulso suficiente para esse desidrato. Comercialmente com ferias todos os produtos novos da Netflix tem espaço, e este parece ter conseguido o mesmo.

Sobre o filme temos um drama intenso baseado essencialmente no caracter e luta de uma unica personagem. O filme acaba por ser monocordico, abandonando as personagens de forma permanente, e com um final que nos da a sensação que tudo foi em vão, mesmo para o espetador que ve muitas das respostas logicas nao serem resolvidas.

O filme tem um ritmo razoavel e Kirby tem a intensidade da sua personagem de levar o filme consigo para um terreno mediano. No final o filme consegue a unica mensagem mais sublinhada de um filme que na maior parte do tempo e mais angustiante do que interessante. O ritmo do filme funciona com as suas pausas, mas o drama nao existe para alem dos conflitos da personagem.

Por tudo isto um filme mediano, que parece mais de inverno do que de verão. Nota-se a tentativa de criar ao maximo uma Kirby com diversos atributos de uma atriz num sentido ascendente da carreira que leva o filme atras de si, para um resultado mediano, mas que num ano mau pode trazer algumas nomeaçoes para a atriz.

A historia fala de uma jovem que carrega em si o peso de tentar garantir a sua casa e da sua familia, numa noite cheia de aventuras de forma a obter a quantia necessaria a salvar a casa da sua familia, onde reside um irmão com deficiencia mental que tental salvar.

O argumento perde-se um pouco durante as aventuras ficando a ideia que o filme quer ir para espaços que sao desconhecidos. QUando o embrulho e aberto na sua fase final o filme tem uma mensagem mais forte do que denota ao longo do filme e isso acaba por dar-lhe algum nivel maior.

Na realização Benjamin Caron surpreendeu-me o ano passado em Sharper depois de muito sucesso na tv com Andor e The Crown, um estilo escuro, proximo da personagem, num filme claramente independente que nao quer ser cuidado mas cru. Fica a ideia que e melhor na televisao do que em filme.

No cast Kirby tem o filme totalmente na sua personagem, nos seus conflitos que permite uma interpretaçao que sustenta um bom ano e que com menos competiçao pode levar a algumas nomeaçoes na temporada de premios se esse for o objetivo NEtflix. Domina o filme e deixa pouco espaço para os restantes.


O melhor - A mensagem final e mais forte que o filme.

O pior - Os secundarios aparecerem e desaparecerem sem grande historia


Avaliação - C+

Friday, August 15, 2025

Jurassic World: Rebirth

 O franchising de Jurassic World parece ter mais vidas que um gato, depois da primeira explosão com Spilberg aos que se seguiram alguns filmes menos entusiastas, eis que o filme ressurgiu em 2015 com o sucesso de Mundo Jurassico que viria a perder-se nos filmes seguintes, mesmo tendo as mesmas personagens. Eis que em 2025 o filme tenta dar uma nova reinvenção com novas personagens, contudo criticamente as coisas ficaram numa total mediania. COmercialmente, no entanto o conceito continua a ser incrivel sempre com resultados entusiasmantes que fará, sem qualquer duvida o franchsing lançar mais elementos.

Sobre o filme, como qualquer virgula o filme surge de uma forma lenta, apresentando personagens e o grupo, o que acaba por ser demasiado longo para o aproveitamento que o filme depois lhe dá, já que são personagens totalmente unidimensionais com pouco, ou nenhum interesse para o desenvolvimento da narrativa que se segue, para alem do lado emocional.

Quando o filme entra na evolução visual as coisas são mais competentes ou não estivessemos perante um dos blockbusters de maior investimento do ano. CGI de ultima greação que nos leva a imagens incriveis, mas fica a sensação de alguma falta de realismo de muitas das sequencias. O filme acaba por ter um caminho demasiado previsivel, mas acaba por cumprir os minimos exigidos num blockbuster de verão, fica a sensação que e ligeiramente melhor do que o anterior, mas nem sempre com muito espaço para segiuir a partir daqui.

Os dinossauros sao um fascinio ao longo dos anos, e enquanto este espaço for preenchido pelo franhising o sucesso está garantido. E um filme grande, simples nos processos, sem muito de novo para o que se segue, mas que consegue trazer consigo a evolução visual do tempo. Claro que muitos preferiam menos CGI mas nos dias de hoje tal seria totalmente impossivel.

A historia segue uma serie de exploradores numa equipa que tem como objetivo recolher perfil genetico de três tipos de dinossauros os quais vivem numa  ilha cuja viagem e proibida devido a sua perigosidade, mas os objetivos do grupo colocam-se a frente da sua sobrevivencia.

O argumento do filme e simples, fica a ideia que no balanço da duração do filme, espera demasiado tempo para personagens pouco trabalhadas e isso acaba por ser o ponto fraco do filme, o cliche da maior parte das personagens. No resto pouco risco, e acima de tudo o potenciar de sequencias de sobrevivencia ao limite.

A escolha para realizador foi forte, ao dar a Edwards com um passado de sucesso em monstros, para este novo episodio. Nao tendo particularmente um toque de autor, que se calhar pelo nome ja criado pelo realizador seria esperado, o filme sabe usar os seus meios como um grande filme de verão, e isso e o minimo exigido num projeto desta magnitude.

Por fim no que diz respeito ao cast, apesar de um elenco de primeira linha com muitos atores conhecidos, os personagens sao pouco trabalhados funcionando apenas a componente de ação. Nao estao propriamente no seu melhor momento, talvez Bailey na sua explosão o ano passado, mas da-lhe presença num filme muito visto.


O melhor -  As sequencias de ação.

O pior - Demasiado tempo a introduzir personagens demasiado simples


Avaliação - C

Thursday, August 14, 2025

The Bad Guys 2

 TrÊs anos depois da Dreamworks transformar uma serie de viloes naturais num grupo de herois de filmes de animaçao, eis que surge a sua sequela, depois de algumas curtas metragens e acima de tudo um conjunto de livros comercialmente bem famosos. Este segundo filme conseguiu em termos criticos o lado positivo que ja o primeiro tinha conseguido, com muitos elogios ao ritmo fernetico do filme. Comercialmente os resultados ficaram muito aquem, desde logo porque fica a clara ideia que o primeiro filme nao tenha sido tao fantastico junto da população para uma grande aposta para sequela, ficando a sensação que em termos de terceiro filme a aposta ainda nos parece muito mais arriscada.

Sobre o filme podemos dizer que o que funciona no primeiro filme tambem funciona no segundo, a ação, o humor simples para toda a familiar mas acima de tudo o ritmo acelarado sempre acompanhado por uma banda sonora de primeira linha. O problema do filme e que tudo acaba por ser demasiado denunciado, e fica a sensação que neste segundo filme os objetivos finais sao algo exagerados, mas como entertenimento de animaçao funciona, mesmo sendo um filme longo.

Claro que nao tem o impacto moratorio de muitos dos filmes que tem conseguido maior sucesso em termos de animaçao. Se calhar ja vimos muito disto noutros conceitos comerciais, embora o ritmo do filme seja uma assinatura mas e claro que e um filme com mais ambições comerciais do que ser uma saga de sucesso em termos de animaçao. E o filme de acçao dos mais pequenos mais pouco mais.

Enfim um filme que da para manter os mais pequenos entretidos quase duas horas, um filme que funciona nas particularidades de cada personagem, um sentido de humor simples, mas acima de tudo um daqueles filmes que funciona na sua duração, mas os mais pequenos nao vao propriamente ficar muito ligados a saga.

A historia segue o grupo de agora bonzinhos que tenta enquadrar-se sem sucesso na nova realidade, ate que surge um outro grupo com o objetivo de efetuar o maior golpe da historia utilizando o grupo como manobra de diversao.

O argumento do filme e simplista, aposta na açao, humor simples, que funciona moderadamente sem deslumbrar, fica a sensação que o filme funciona como saga, mas que trara pouca novidade de capitulo para capitulo.

Na realizaçao temos o mesmo comandante do primeiro filme, agora com colaboraçao, num filme que tem no ritmo acelerado a sua maior assinatura e que o filme sabe alimentar. Perfiel ainda so tem esta saga em si, mas o futuro dira o seu lugar no cinema de animaçao, para ja apenas de estudio.

No cast de vozes, mais uma vez vi a versao dobrada impedindo o impacto das escolhas originais do filme.

O melhor - O ritmo

O pior - Fica a sensação que de filme em filme nao temos muito de novo


Avaliação - C+

Wednesday, August 13, 2025

The Pickup

 A Amazon Prime esta a apostar muito neste ano com filmes lançados para cada epoca, sendo que para pleno Agosto surgiu uma comedia de ação muito proxima dos filmes dos anos 80 que traz Eddie Murphy para a sua zona de conforto, com um realizador de estudio tambem talhado para o mesmo genedo. O filme de procedimentos simples esteve longe de entusiasmar a criticas com avaliações muito negativas, sendo que comercialmente acabou por rapidamente deixar de ser um dos grandes cartazes da operadora.

No que diz respeito ao filme desde logo para quem viu a carreira tipica de Eddie Murphy temos um desses filmes mas completamente desfazado no seu tempo. Tenta fazer um duo com o humor de Davidson mas a simbiose esta longe de ser funcional, quer pela divergencia do estilo que o filme tenta ir buscar, mas essencialmente porque a diferença de idades entre ambos faz com que a Buddy comic nao funciona quase nunca.

Mas nao e apenas no plano comico que o filme tem dificuldades, em materia de ação Story tenta alimentar o filme com sequencias grandes de carros, explosoes contudo tudo fica muito aquem do realismo de grande estudio, ficando a ideia que a simplicidade da historia, nao exigia tanto investimento da açao pura, principalmente quando existe dificuldade em a tornar real.

Por tudo isto temos um filme muito sofrivel, para encher cartaz, tentando ainda dar algum poder de heroi comico de açao a Murphy que acaba por ser mais uma homenagem do que algo que funcione nos seus melhores momentos. Mesmo para hora e  meia de filme acaba por muitas vezes o projeto ser exageradamente repetitivo por falta de ideias.

A historia segue um veterano guarda de carrinha de valores que tem que fazer equipa com um novato e estranho colega, que acaba por desencadear um golpe que os faz refem, num disputa por salvar o seu trabalho e acima salvar as suas vidas do grupo criminoso.

O argumento e simplissicimo em todos os momentos no estilo. Fica a ideia que comicamente quer fazer uma mistura de estilos que nunca encaixa em momento algum. Na intriga policial tudo demasiado denunciado e com clara falta de fulgor no seu proposito.

No que diz respeito a realizaçao Story e um velho conhecido mas com muita dificuldade em ter assumido um papel relevante. Colecionou comedias essencialmente raciais pouco elaboradas, acabando este filme de estudio por exibir as dificuldades que foi tendo como realizador ao longo de uma carreira ja grande que falhou sempre quando teve mais risco.

Murphy tradicional mas com mais idade, nao e a mesma coisa. Davidson tem um humor disparatado que tem as poucas fases funcionais em termos de humor do filme, mas muito pouco para um filme de verao da Prime.


O melhor - ALgumas frases soltas de Davidson

O pior - A falta de conexão dos estilos humoristicos


Avaliação - D+

Sunday, August 03, 2025

My Oxford Year

 Quando alguém tem um sucesso tremendo enquanto adolescente é dificil perceber como fazer a transição principalmente quando se fica demasiado pegada uma personagem. Isso aconteceu em toda a dimensão ao cast de descendentes que vêm agora os seus frutos a tentar sair da zona de conforto. De todos Carson e a que tem dado os passos mais significativos. Aqui surge como grande aposta da NEtflix numa comedia romantica, que criticamente este longe da mediania, e em termos comerciais tem tudo para preencher tardes de tedio dos mais jovens.

A historia é o cliche do sonho americano, desta vez em oxford, a unica grande mais valia do filme, a visita guiada pelo contexto e pelas ruas marcantes da universidade tradicional inglesa, pois a historia tem o indivíduo bon vivant que se torna na paixao e esconde um segredo tragico que aos poucos percebemos existir. Depois o lado idilico de tudo correr bem e pouco mais, num filme pouco elaborado, quase sempre monocordico.

Um dos problemas maiores do filme são as suas personagens e a dificuldade que as mesmas tem em crescer. Fica sempre a ideia que estas não sao introduzidas e que mesmo romanticamente acabamos por entrar no jogo a meio, mesmo que este nao seja propriamente do mais elaborado possivel. Nao e uma comedia, e no final torna-se num drama intenso que ninguem pensou que vinha, mas no lado do sofrimento o filme despe esse fato pois nao quer ser um filme drama de domingo a noite.

Fica a sensação que NEtflix quer tornar Carson numa atriz de primeira linha, dando-lhe diversos papeis como heroina romantica jovem, nao aproveitando aqui o seu lado musical. O filme acaba por em muitos momentos ser algo monocordico, levando mais a atenção as ruas e o palacios de Oxford do que qualquer outra coisa.

A historia segue uma jovem americana que antes de embarcar no seu percurso profissional decide estudar literatura tradicional, um ano em Oxford onde cria uma ligação de amor odio com um jovem professor que esconde um terrivel segredo.

O argumento e todo ele um cliche do primeiro ao ultimo momento, na forma como o filme tem a sua base narrativa, nos dialogos e mesmo na forma de lidar com a perda final. Claro que a Netflix tem muitos filmes de encher mas este acaba por ser um cliche em toda a linha.

Na realizaçao temos Iain Morris um argumentista que ja colaborou com realizadores algo famosos que tem aqui um trabalho como realizador que consegue explorar os atributos de Oxford mas pouco mais, no restante o filme perde-se na telenovel de fim de tarde que nao augura grande sucesso ao realizador

No cast Carson encaixa na inocente romantica que o filme quer que ela seja, mas nao me parece com capacidade para papeis muito mais artilhados. Ao seu lado temos um desconhecido  Mylechreest que entra no cliche britanico, num filme que explora pouco as personagens.


O melhor - Oxford por dentro

O Pior - O cliche total do projeto


Avaliação - C-

The Life of Chuck

 Estreado em festivais que antecede a temporada de premios a passagem de Flannagan para o cinema foi apreciada pelos criticos ainda que com pouco fulgor para conduzir o filme na temporada de premios. isso acabou por conduzir que apenas neste verão o filme tenha conseguido a distribuição wide e a sua divulgação, com resultados distantes do valor comercial que o seu criador tem principalmente no que diz respeito as suas colaborações com a NEtflix.

Sobre o filme podemos dizer que é arrojado, sendo simples naquilo que quer transmitir. O filme conta-se ao contrário e acaba por ser no primeiro segmento, em que tudo como conhecemos se começa a apagar que o filme acaba por ser mais competente, criando uma inquietudo no espetador que acaba por nos momentos seguintes não ter propriamente muita contuidade.

Nos dois blocos seguintes, os quais ocupam a maior parte do tempo do filme, a sensação que fica é que o filme se perde em eloquencias, em momentos bonitos mas que nao transmitem nada para alem desses momentos. Podemos gostar da forma como o filme é contado, com a interpretaçao do narrador mas o sumo do filme, na fase final e dificil de perceber qual é, e isso faz um filme com condiçoes para ser especial, que fique a sensação que alguns, muitos pontos fiquem pelo caminho.

Por tudo isto a minha expetativa com o filme era mais que momentos interessantes, era mais personagem, mais resposta, mesmo que o filme consiga na maior parte do tempo ser original na abordagem e ter alguma aura de originalidade isso acaba por ser insuficiente para resgatar o projeto que o filme quer ser. O cinema necessita de mais objetividade de uma abordagem mais trabalhada na uniao de pontos que o filme acaba por ter dificuldade em ser.,

A historia segue Chuck um jovem orfão e a sua ambiçao de ser boa pessoa e de seguir os seus pontos, até ao momento da reflexao final sobre a sua vida, onde tudo tenta fazer sentido.

O argumento do filme ja de si nao e facil perceber o seu intuito sendo que filmado ao contrario a capacidade de comunicar nao e a melhor. Tem bons momentos principalmente na forma como o narrador e protagonista, mas fica a sensação posterior que em alguns momentos o filme tem apenas isso.

Na realização Flannagen e nas series um dos novos mestres do terror, mas aqui tenta algo mais, que fica no oculto mais simpatico. Nota-se a preocupação emocional do filme, mas nem sempre as peças se unem bem. Falta a intensidade do terror onde se sente mais confortável

No cast temos um bom cast estetico na evolução da personagem, sendo que Hiddleston funciona no momento dançante e pouco mais. Um cast grande, com algumas figuras mas personagens curtas na sua exploração.


O melhor - O filme consegue ter carisma quando se esconde.


O pior - Mas nunca se apresenta completamente


Avaliação - C

Saturday, August 02, 2025

28 Years Later

 Muitos anos depois de Garland e Boyle terem surpreendido o mundo do cinema com uma reinvenção do mundo dos mortos vivos e depois de uma sequela onde acabou esta união por nao ser clara, ambos juntam-se em mais um filme passado 28 anos depois do primeiro. Em termos criticos as coisas correram bem na junção com avaliações muito interessantes, do ponto de vista comercial os resultados foram competentes sem serem excecionais para um filme de verão, se calhar porque os primeiros filmes ja tem algum tempo.

Sobre o filme começamos pela primeira fase onde ate funciona na forma como nos transmite a comunidade criada, embora com a introduçao de uma das personagens centrais comecem a existir mais duvidas do que respostas que o filme acaba por esconder ate ao fim. De resto temos a luta pela sobrevivencia em ação bem realizada mas pouco mais. Na segunda parte do filme parece-nos mais concetual, mais artistico, mas ao mesmo tempo mais distante do grande publico, ficando a sensação de serem dois filmes distintos.

Podemos dizer que em determinados momentos o filme foge do que os seus antecessores foram, fica a ideia que o filme quer ser mais sobre personagens do que sobre conceitos, mas tambem fica a ideia da forma como esconde a personagem do medico poderia conduzir a resultados mais claros do que se segue. O filme mesmo sendo bem filmado, com momentos pesados parece nao funcionar sempre como um conjunto sendo dois filmes diferentes.

Por tudo isto mesmo sendo um filme competente o ritmo nao e o mais elevado e nem sempr e facil fazer a conjugação em termos de triologia. Fica tambem a sensação que muitas vezes este tipo de filmes deveria ser mais direto, dar mais respostas do que duvidas, principalmente tendo em conta do potencial humano que o filme junta em todas as suas componentes, fica a sensação que deveria ser mais impactante.

O filme fala do mesmo virus, agora numa comunidade que se defende numa ilha dos ataques, mas que sai os seus maiores lutadores para o exterior. Tudo fica mais dificil quando um menor tenta perceber o problema da sua mae e resolve sair do espaço em busca de um excentrico medico que pensa poder resolver o problema.

O argumento do filme nao e fantastico, ate funciona na contextualizaçao da comunidade e das suas falhas e menos impactante nas escolhas que faz para fugir aos cruzamentos narrativos. O final nao e propriamente o mais explicito, e fica sempre a sensação que algo pelo caminho deveria ter mais respostas.

Boyle e um otimo realizador que construiu uma carreira unica que nos ultimos tempos tem estado mais parada. Parece regressar as sequelas dos seus filmes de conforto mas fica a ideia que nenhum consegue reunir os lados proprios dos seus originais e neste caso, mesmo com a inovação da forma de filmar fica longe do apocalipse do primeiro filme, surgindo apenas alguma autoria na fase final.

No cast Johnsson e um ator de açao a procura de momentos comerciais, Corner e intensa mas a sua personagem e algo repetitiva, o filme ganha dimensao com o surgimento da personagem de Fiennes mas entra demasiado tarde quando o ritmo ja e lento, mesmo assim o melhor do filme, num ator novamente em excelente forma.


O melhor - O contacto com o Dr.Kelson

O pior - A forma como filme foge a muitas respostas


Avaliação - C+