Tuesday, August 20, 2024

The Union

 Mark Whalberg tem sido um dos atores que mais tem dedicado o seu tempo, e talvez o seu mau momento de forma para alimentar com produções de alguma dimensão as diferentes aplicações de streaming espalhadas pelo globo. Este ano e num verão onde a maior parte das aplicações tiveram calmas eis que a Netflix lançou o seu filme de açao, juntando a Whalberg uma Halle Berry também longe dos momentos mais efusivos da sua carreira. Esta ligação acabou por surgir com avaliaçoes mediocres, mesmo que tenha todos os elementos para se tornar num produto comercialmente interessante da Netflix.

Sobre o filme uma especie de comedia de ação amorosa, que tenta ir buscar os bonecos mais habituais da sua dupla de protagonistas mas que acaba por falhar nos mais diversos aspetos. Onde falha num primeiro momento, e onde se pensava que tal seria mais dificil e na quimica entre os protagonistas, sente-se sempre que algo nao funciona entre os dois, talvez porque o filme nao de aos mesmos momentos de relação, fica sempre a sensação que no casal algo nao ta certo, e que um esta demasiado vocacionado para o lado comico e ela para a açao, onde se sentem mais confortaveis.

O segundo ponto que funciona mal e o argumento, o filme acaba por resgatar num pseudo vilao, abandonando metade dos personagens da equipa para tornar num filme a dois, onde alguns dos pontos, principalmente comicos se perdem, acabando tudo por se tornar muito predifinido numa dinamica demasiado denunciado para onde o filme vai e para onde ele efetivamente quer ir. Denota-se que se trata de um projeto de atores em baixo de forma, numa tentativa de os resgatar para espaços de dimensão que se torna dificil eles novamente atingirem.

Sobra assim um filme de ação algo frouxo, que ate aposta numa localização dividida como os grandes filmes do genero, mas falta-lhe ideias, divaga entre os estilos de filme que quer abraçar mas mais que tudo acaba por nunca fazer uso do star value de ambos os protagonistas, quer porque estes estão em clara baixa de forma, mas essencialmente pelo facto de eles em conjunto terem muitas dificuldades em funcionarem.

A historia segue um grupo governalmental que tanta impedir a compra de uma base de dados que podera ser mortal nas mãos erradas, para isso o grupo tem de arranjar alguem desconhecido para entrar no mesmo, sendo a aposta, num antigo interesse amoroso de um dos elementos, um fanfarrão dos suburbios.

No que diz respeito ao argumento, muitas dificuldades na forma como o filme consegue articular e chamar a si os seus diferentes tipos de abordagem. Fica a sensação que inicialmente o filme vai para o lado mais comico, que abandona para dar mais entoação ao lado de ação onde tudo funciona demasiado proforme e sem pontos que o façam ser diferenciados.

Na realizaçao do projeto a Netflix escolheu Julian Farino um habitual colaborador de televisão que tem aqui um filme com estrelas de ação e que as usa da forma mais simples possivel, com muita apoximação ao telefilme, o que sabe a pouco mesmo tendo em conta que se trata de um produto para tal transmissão.

No cast há vinte anos Berry e Whalberg no mesmo filme seria uma demonstração de força de qualquer produtora, os anos passaram e os mesmos acabaram por ficar ligados a generos muito proprios perdendo algum do estatuto. Aqui nao funcionam individualmente com procedimentos algo repetitivos e tambem nao o fazem em conjunto.


O melhor - Ser um filme de facil visualizaçao

O pior - A quimica inexistente entre os protagonistas


Avaaliação - D+

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