Carnahan foi a determinada altura considerado pela maioria da critica especialziada como um dos novos realizadores de uma vaga marcada pela irreverência e pela ação que parecia trilhar um caminho de sucesso. Pese embora alguns sucessos nos ultimos tempos a sua carreira parece ter estabilizado num estilo de cinema por vezes irreverente mas que aos poucos se foi afastando da critica, que começou a olhar com mais reservas para o seu percurso. Este ano surgiu este filme de açao numa esquadra da policia com resultados criticos satisfatorios, principalmente tendo em conta o genero em questão. Comercialmente o filme arriscou nas biilheteiras mas os resultados ficaram algo distantes do esperado.
Sobre o filme podemos dizer que os elementos principais na forma do realizador tratar os seus filmes estão bem patentes, ou seja, ritmo, rebeldia, e muitas aproximações ao cinema mais típico de Ritchie. De resto temos a dureza dos atores, num filme musculado que funciona melhor quando as personagens são trabalhadas para a irreverencia do que na intriga demasiado embrulhada com avanços e recuos que não beneficia muito daquilo que é a evolução natural quer da intriga quer das personagens.
Podemos dizer que a irreverência do filme e a sua primeira assinatura e que as personagens ou mesmo a agressividade que o filme vinca acaba por ser uma assinatura bem patente na forma do filme comunicar, mas ao mesmo tempo penso que isso nao leva a que o filme trabalhe bem a sua narrativa, a sua historia e a forma como a mesma acaba por se traduzir em imagem. Os avanços e recuos finais e apenas uma confusao bem realizada e pouco mais.
Fica a ideia que os filmes do realizador se limitam nos dias de hoje a trabalhos concetuais de disparos ou mesmo de personagens pouco presas a um argumento em confronto. Isso ja tinha sido muito pautado em Smoking Aces mas aqui apesar de em confinamento de espaço volta a cair nessa tentaçao. Muitas vezes um bom conceito nao da um bom filme e este e um caso disso
A historia fala de um individuo associado ao crime que e preso numa esquadra, e que tudo se transforma num rebuliço na tentativa de aniquilar este criminoso naquele contexto, numa luta entre assassinos profissionais, policias e afins uns contra os outros num cenario de caos.
O argumento e confuso, nao so na explicaçao de toda a intriga e de onde vem cada personagem com as suas motivaçoes, mas acima de tudo na forma como a propria historia e a ligaçao entre personagens se vai criando. E quando o argumento nao desata os nos a comunicação com o espetador fica sempre danificada.
Caranham e um realizador com atributos, com assinatura, com ritmo, e atual, mas nos ultimos tempos vinca mais a rebeldia do que o conceito e a maturidade e isso tem levado a que nao consiga evoluir como realizador nos seus filmes, perdendo mesmo o impacto ja conhecido da sua forma de obter imagens, este filme demonstra esse declineo.
No cast podemos dizer que a escolha de Grillo e Butler e fisica, e a irreverencia e a explosao fisica que o realizador quer, mas principalmente o primeiro tem diversas limitaçoes que lhe permita encabeçar um filme como este. O melhor destaque vai para o excelente papel de Toby Huss, que demina o filme enquanto a sua personagem dura.
O melhor - A forma das imagens demonstrarem a rebeldia que o filme quer ter.
O pior - A confusao do argumento
Avaliação - C
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