Charles Manson é uma pessoa proibida ao longo do tempo para o cinema norte americano pela horror causado pelo seu grupo, foi sempre considerado aquele que o seu nome não se poderia pronunciar com receio que devotos florescessem. Apos a sua morte Hollywood parece ter acordado para o temivel psicopata e surgem os primeiros registos sobre a vida ou aspetos da vida do mesmo. Um desses filmes pela mão de Mary Harron realizadora de American Psycho foi este filme sobre a sua "familia". Os resultados criticos do filme não foram entusiasmantes com uma mediania que não lhe deu o destaque necessario, sendo que comercialmente o facto de não ter um elenco de primeira linha acabou por condicionar o resultado comercial do filme.
Charlie Says e um filme que mais que qualquer coisa tenta entrar nas dinamicas do grupo de Mason mais que explicar a personagem em si. E neste particular o filme tem um razoavel sucesso na forma como nos dá um grupo de pessoas a deriva, procurando orientaçao, e uma personagem central cujo carisma conduz quase a um endeusamento perigoso. Nessa construçao o filme é eficaz sem nunca no entanto conseguir ser brilhante.
Do ponto de vista factual o filme não é tal interessante, principalmente na forma quase suavizante dos homicidios provocados e do terror causado, na forma como tem um principio quase desculpabilizador dos praticantes dos homicidios e talvez por centrar demasiado o filme nos elementos femininos perdendo rasto do elemento masculino central.
Fica uma boa construção da personagem de Mason com os maneirismos conhecidos, e a sua loucura, a forma como a sua familia se construiu e a noçao que pode ter sido um principio interessante para que no futuro tenhamos um filme que retrate com mais arte o que realmente aconteceu naquele momento.
A historia fala de um grupo de jovens que se une a um culto em torno de Charles Mason, acabando por conduzir ao assassinato a cru de diversas pessoas. Sendo que o filme acaba tambem por procurar as personagens no pos homicidio com as mesmas ja detidas.
O argumento do filme tenta na minha opiniao ir longe de mais ao ter foco no antes e depois dos homicidios, um filme mais centrado numa dessas partes poderia ser mais competente ou mesmo mais empolgante. O melhor do argumento e a caracterização do grupo e a evolução das personagens dentro dele.
Mary Harron e uma realizadora de segundo plano que teve a sorte ou a competencia de conseguir como poucos dar-nos uma adaptaçao literaria de primeiro nivel com o seu American Psycho. Desde então pese embora tenha por diversas vezes tentado novos registos polemicos, nunca obteve o mesmo sucesso, tendo acabado mesmo na televisao. Aqui temos uma realização simplista quase ao ritmo de telefilmes que não vai dar folego a uma carreira em claro abrandamento.
No cast Smith teve a cargo a dificil tarefa de encarnar Mason e fá-lo com eficacia, com carisma e maneirismos interessantes, numa escolha que nos parece feliz. O ator domina o filme, sendo que no lado feminino jovens atrizes oriundas de series famosas, que dao o lado de inocencia transformada mas pouco mais.
O melhor - A escolha de Matt Smith
O pior - O filme não ser cru nos factos concretos centrais.
Avaliação - C+
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