Saturday, March 01, 2025

A Complete Unknown

 Anunciado como uma produção de estudio sobre a vida e principalmente a ascensão de Bob Dylan a curiosidade em torno do filme foi crescendo desde logo pelo facto de se ter percebido que os interpretes iriam cantar as proprias canções e depois por tentar revelar algo mais sobre um dos artistas mais enigmaticos da historia da musica. O filme foi lançado com criticas importantes o que acabou por conduzir o filme a uma carreira segura na temporada de premios, o qual foi do menos ao mais. No que diz respeito ao trajeto comercial do filme o interesse pelo Icon fez do filme o sucesso necessário para ser obviamente um dos filmes do ano.

Sobre o filme o que podemos começar por dizer e que ao contrario da maior parte dos biopics conhecidos aqui nao tentamos perceber a personagem mas sim o contexto e o que ia na cabeça nas suas musicas, e isso leva a que o filme seja quase mais um documentario musical com outros interpretes do que propriamente um filme sobre o seu autor, o qual continua mesmo apos termos visto o filme um completo desconhecido.

A riqueza do conhecimento musical esta la, a capacidade de gerar os momentos iconicos da carreira, ou melhor da primeira fase está la, mas enquanto narrativa de personagem o filme não e propriamente muito evoluido. Fica a ideia que o filme tem algum receio de arriscar naquilo que e a forma de ser de Dylan e acaba por deixar a musica fluir acabando por ser uma opção sensata, mas pouco arriscada.

O filme é bem produzido, musicalmente muito bem interpretado, o ponto mais brilhante do filme, mas fica a sensação que tinha de ter mais elementos, tinha de ter mais do que as musicas das persnagens ja que se torna mais facil ser aceite por todos gostam das musicas mais iconicas de Dylan e ai o filme joga sempre pelo seguro.

O filme fala de Dylan a chegada do mesmo a Nova Iorque e a forma como cresce dentro do ambiente sonoro do FOlk ate ao momento em que se questiona e tenta explorar outra liberdade creativa em busca do que ele quer ser mais do que os outros querem que ele seja.

O argumento do filme nao e propriamente muito trabalhado, acaba por ir a lugares comuns, da pouco da personagem central, que esconde nos tiques conhecidos do musico, e deixa serem as musicas e as letras a sua forma de transmitir. E uma opçao consistente mas mais facil que qualquer outro registo.

Mangold e um realizador de altos e baixos, que funciona quando tenta entrar no detalhe historico, que consegue fazer filmes consistentes, maduros proximos do publico, mas que depois falha quando abraça projetos de entertenimento maior. Aqui teve um dos seus pontos maiores que lhe levou a nomeaçao ao oscar, que o podera tornar num autor de filmes mais coerentes e mais distante de algumas tarefas que lhe foram sendo propostas.

Um dos pontos que tem sido melhor avaliados no filme são as interpretaçoes, muito a custa da riqueza musical. E sem duvida impressionante o que Chalamet e Barbaro fazem musicalmente embora me pareça que os melhores momentos sáo mesmo os musicais, o resto são um conjunto de tiques e pouco mais em termos de dimensão interpretativa. Mas e obvio que quando se da premios a atores que se limitaram a fazer playback quando quantam as coisas tem de ser ainda melhor avaliadas.


O melhor - A riqueza musical do filme.


O pior - Se tentarmos perceber o que o filme tem para alem da musica sobre pouco


Avaliação - B

1 comment:

Liliane de Paula said...

Gosto do ator Timotee, mas sem interesse na história.