Saturday, January 18, 2025

Nightbitch

 Produzido e pensado para estar em grande na temporada de premios de 2023, com a greve dos autores o filme foi atrasado um ano e a expetativa esmoreceu daquele que poderia ser o papel para uma vida de AMy Adams. No meio de muitas estreias o filme acabou por ser lançado sem grande resultado critico que o ditou a uma mediania que imediatamente retirou qualquer tipo de expetativa de luta pelos premios ao filme. Essa falha acabou tambem a resultados comerciais desoladores fazendo crer que a primeira ideia do filme ser lançado na hulu diretamente seria a mais eficaz.

O filme tem um tema interessante e começa bem, naquilo que é a descriçao de uma nova mãe que deixa de existir a todos os niveis de forma a ser essencialmente mãe. O filme nisto e bastante direto, na forma como a personagem acaba por ter os seus proprios comentarios e duvidas. O filme funcionaria e conseguiria conduzir Amy Adams para uma interpretaçao de primeira linha não fosse a metafora canina entrar em jogo. Aqui o filme perde um pouco o norte, torna-se exagerado sendo que o seu significado acaba por ser demasiado paralelo.

Adams e os pequenos atores vão segurando o filme o qual vai perdendo em alguns momentos a sua direção. Torna-se ideologicamente estranho num tema tão comum. A forma como a vida familiar vai sendo gerida tambem parece na escolha final algo pouco trabalhada, mas isso nao retira as nuances de um filme bastante interessante no tema, na forma como o aborda, onde vai na sua analise, pensando apenas que a metafora e exagerada.

Assim um filme concetual, que tem medo de ser simples, quando determinadas vivencias e as duvidas que dai surgem sejam complexas mas comuns. O filme consegue ter numa Adams preparada para o papel a sua ancora, mas nunca consegue como filme ir para alem de alguma mediania.

A historia fala de uma artista que abandona o emprego para ser mãe a tempo inteiro, contudo a sua falta de existencia e o desgaste provocado por pelas necessidades do menor começam a conduzir a mesma para instintos caninos que colocam em causa toda a sua base familiar.

O argumento do filme tem o dom de tocar num tema muito impactante e na maior parte das vezes algo tabu, que e a forma como vimos a maternidade. AI o filme e intenso, completo, trabalhado, mas depois tenta na metafora fazer o seu assunto e ai perde força.

Na realizaçao Heller e uma das figuras da nova vaga de autores de Hollywood que consegue chamar a si atores de primeira linha, mas aqui tem pouco risco, demasiado pregada ao cinema mais independente, aqui falta alguma diferenciaçao na abordagem. Depois de um inicio forte nos ultimos filmes fica a ideia que ficou um pouco aquem.

Adams e uma excelente atriz, a entrar numa fase da carreira diferente, aqui tinha tudo para brilhar mas o argumento leva para um caminho que torna o papel e a personagem algo difusa para ser amada. Mesmo assim a competencia esta sempre la e a entrega fisica. McNairy tem sempre o seu lado diferenciado embora aqui apagado propositadamente. Os gemeos que acabam por interpretar o menor são uma cereja no filme.


O melhor - A forma como toca num tema muitas vezes tabu.

O pior - A metafora nao funciona por completo


Avaliação - C+

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