Wednesday, January 15, 2025

Firebrand

 A vida das casas reais inglesas ao longo do tempo foi sempre um campo muito fértil para filmes e abordagens, sendo que em 2023 e quase de uma forma silenciosa surgiu mais um filme sobre Henry VIII e mais uma das suas relações neste caso a ultima. O filme foi passeando por alguns festivais com receções medianas que acabaram por sublinhar essencialmente a construção de Jude Law como o polemico monarca. Em termos comerciais nos EUA o filme nao existiu no resto do mundo os resultados foram melhores nao sendo brilhantes.

Sobre o filme podemos dizer que foi estranho perceber a existência deste filme nas pre indicações dos Baftas e na presença de Jude Law entre os possiveis nomeados. O filme e simples e aborda de uma forma simplista a ultima relação de Henrique VIII do ponto de vista da sua mulher. E um filme com temas interessantes que parece ser muito mais eficaz quando entra nas loucuras da personagem do que propriamente no tema do impacto religioso que o mesmo quer ter.

E um filme academico na sua abordagem, principalmente no ritmo pausado, deixando que a historia faça o restante. Parece algo exagerado ou pelo menos pouco detalhado na forma como define personagens secundarias importantes, mas consegue contextualizar bem a loucura vivida naqueles anos em todos os aspetos e os seus exageros, claro que a batuta e de Jude Law e a sua prestação sendo os restantes pontos apenas razoaveis.

Assim mais um filme sobre personagens historicos da coroa britanica e os seus momentos, num ritmo pausado, deixando as personagens colocar no filme muito do seu lugar na historia. Todos conhecemos a importancia ou mesmo a loucura daqueles anos que o filme transmite bem, mesmo não sendo propriamente prodigo numa abordagem diferenciada, é um filme mediano, que tem nos papeis o seu melhor elemento.

O filme fala essencialmente sobre a ultima mulher de Henrique VIII na sua fase mais decadente de saude mas ainda com as suas manias. O filme fala tambem na caça as bruxas daquele tempo e na forma como a esposa do monarca conseguiu conciliar a sua relação com ele com as suas ideias.

O argumento do filme é mais descritivo do que criativo na originalidade. O filme tem os seus temas bem definidos trabalha-os com simplicidade deixando a historia sublinhar o que realmente e importante. Nao temos propriamente uma definiçao completa dos artistas historicos mas isso e o problema de um filme sobre um momento demasiado rico.

Na realizaçao temos Karim Ainoz um realizador de origem argelina com uma carreira mais assumida em festivais do que propriamente num lado mediatico, que acaba por ter um filme competente sem grande rasgo. Temos o detalhe da corte britanica sempre importante mas pouco diferenciado.


No cast temos Jude Law num dos seus melhores papeis, fisicamente disponivel, louco, vivo, Law esta num bom momento de forma e o filme tem nele o seu melhor elemento. Vikander esta numa fase dificil da carreira e este filme nao a melhora, parece sempre uma persoangem demasiado apagada para um filme sobre a sua personagem.


O melhor - Jude Law

O pior - A forma como o filme perde-se em detalhes importantes da historia de alguns dos seus protagonsitas


Avaliação - C+


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