Saturday, December 06, 2025

After the Hunt

 O ritmo de filmes que Guagadino tem lançado nos ultimos anos, tem-no tornado num dos mais hiperativos do circuito, se calhar a procura da fama europeia que muitas vezes é dificil de assimilar em contextos mais globais. A questão é que depois de Queer nao ter sido propriamente muito amado, este thriller sobre envolvimento universitario acabou por ser um desastre ainda maior, com criticas sofriveis e uma estrategia de distribuição estranha, com pouco tempo de cinema onde os resultados foram curtos para a Prime onde tambem nao me parece que as coisas tenham sido brilhantes, já que em streaming procura-se outro tipo e projetos.

Sobre o filme podemos dizer que temos uma intriga bem criada, mas rapidamente percebemos que o filme não vai ser direto, que se vai perder em preciosismos das personagens, muitas vezes mais pensadas no parecer do que no ser, e isso corta claramente o ritmo a um filme que se torna longo para nunca explodir narrativamente algo que se poderia pensar que fosse ocorrer na fase final.

Nao obstante dessas dificuldades esta longe de ser um mau filme. É um filme que entra num paradigma muito proprio, da exposiçao concreta dos professores no mundo universitário, no fenomeno da ilusão pela referência, mas acaba por ser nos maneirismos das personagens que conseguimos ver mais o cinema de Luca, já que no restante o realizador ausenta-se um pouco.

Por tudo isto temos um filme que se tivesse menos expetativa em face dos envolvidos até poderia ser interessante, mas sofre pela expetativa criada, mesmo no trailer que anuncia um filme em tudo diferente do que surge. Mesmo assim o filme acaba por ser proximo do espetador, num lume brando mas com a força de uma historia interessante.

O filme fala de uma professora universitaria a pensar entrar nos quadros de Yale, que de repente se vê no meio de um escandalo envolvendo uma jovem aluna filha dos financiadiores da universidade e o seu protegido, um professor mais novo, mas que a leva a duvidar de quem confiar.

O argumento tem uma base de conflito forte, que o filme deixa aquecer em lume brando para nunca ferver, esse pode ser um dos problemas maiores do impacto que o filme acaba por nunca ter junto dos espetadores. As personagens tem muitas dimensoes e isso funciona, mas o ritmo brando fica um pouco aquem.

Guagadino e um dos rostos do momento, pela quantidade de filmes e muitas vezes pela qualidade de algum deles, dai que seja, já uma referencia. Não e o seu melhor filme, aposto mesmo em dizer que é o mais comum e vulgar, com menos assinstura, mas isso seria bom para um outro qualquer.

O cast do filme tem uma ROberts que aceita a idade, embora nos pareça que recheia a personagem de maneirismos exagerados. Ao seu lado temos um Garfiel demasiado eletrico, acabando por ser a sempre competente Edebiri, e o omnipresente Stulhbarh a funcionarem melhor.


O melhor - A historia de base

O pior - O ritmo demasiado lento


Avaliação - C+

Thursday, December 04, 2025

Anemone

 Existem atores que para além da qualidade levam consigo o miticismo de uma carreira de sucesso, quase com o toque de midas que fez que quase tudo em que tocasse se tornasse sucessos instantaneos. Esse e o caso de Daniel Day Lewis que depois de mais uma vez anunciar o seu afastamento dos ecras surgiu novamente num projeto familiar, produzido por si, e realizado pelo seu filho. Criticamente espaço onde o filme tinha mais ambiçoes o resultado mediano, muito pouco para o que estamos habituados a todos os projetos do ator. Comercialmente as coisas também não foram brilhantes num filme com poucas ambiçoes neste particular.

Sobre o filme estamos perante um claro filme independente britanico, com alguns momentos esteticamente bem pensados, um Day Lewis com toda a sua intensidade mas um ritmo monocordico muito dificil de acompanhar. Fica a sensação que o filme se adormece na sua eloquencia e as explosões continuas da personagem sao espasmos soltos num filme que tem dificuldade em se expressar claramente junto do espetador.

O filme tenta ser um drama familiar, um que pode ser significativo sendo um filme escrito e trabalhado por pai e filho, mas fica a sensação que vamos sempre deambuilar ao sabor do caracter mitologico de Ray do que propriamente um filme consistente sobre uma familia. Existe momentos onde nos parece que o filme fica completamente perdido narrativamente refugiando-se numa comunicação por imagens que é quase sempre mais competente.

Por tudo isto este filme da familia Lewis acaba por ficar muito mais vincado pelo anuncio do regresso de Daniel do que propriamente pelo filme em si. Existe a clara sensação na maior parte do filme que existe dificuldade em articular historias em preencher os elementos das razões das personagens e isso e claramente pouco para um filme com esta expetativa.

O filme fala de um irmão que procura um outro refugiado numa vida solitaria em plena montanha, tentando que o mesmo regresse para tentar orientar o filme entretanto ambandonado que tem como referência parental o tio.

O argumento para alem do conflito familiar acaba quase sempre por ser um filme sobre uma personagens e os motivos de uma decisão, sendo o resto efeitos colaterais. POuco conteudo para alem do conflito no lado mais pobre do filme.

Na realizaçao Ronan tem aqui a sua estreia no leme com um peso incrivel de um dos maiores nomes no cinema, com o seu pai como muleta. Temos boas imagens o filme consegue muitas vezes captar o isolamento das personagens, mas o ritmo e muito lento.

No cast Day Lewis e um dos melhores atores da historia e aqui demonstra essa intensidade muito propria. Nao e a sua personagem mais trabalhada mas permite que os seus atributos surjam com alguma naturalidade. No restante cast temos uma serie de atores competentes mas o festival e de Day Lewis.


O melhor - ALguns momentos visuais cuidados

O pior - O ritmo inexistente do filme


Avaliação - C

Monday, December 01, 2025

Good Fortune

 Depois do sucesso total que Master of None teve nas comedias comicas seria uma especie de prazo curto percebermos a passagem do seu autor e ator Aziz Ansari para o cinema, desta vez em colaboração estreita com Seth Rogan. O resultado desta comedia foi criticamente interessante, mas comercialmente, mesmo com Keanu Reeves como ingrediente o resultado foi escasso, dando a clara sensação que e muito mais facil triunfar no streaming do que no sempre debatido mundo do cinema.

Sobre o filme podemos dizer que ele começa bem, com os ingredientes que fizeram de The Master of None uma serie de referencia, pela critica aos costumes, piada facil. Mesmo com a introduçao do seu antagonista o filme funciona no extremo, consegue ser engraçado mas percebe-se que perde muito do ritmo, quando entra na comedia a tres as coisas simplesmente deixam de ter graça e o filme perde-se na escolha de Reeves e pouco mais.

Fica a sensação que todos esperavamos uma mensagem muito mais forte na satira do que o filme acaba por conseguir ter. O problema é que o filme quer ser varias coisas tendo dificuldade em ser aquilo que inicialmente queria ser. Esta ambiguidade comica faz com que o ultimo segmento do filme seja claramente inferior e o inicio seja apenas uma boa ideia que acaba por ser desprediçada.

Por tudo isto Good FOrtune deixa um pouco sabor a quem gostou da serie do seu escritor e criador, fica a sensaçáo que o estilo é semelhante mas que se perde a mensagem. Nao sei se voltara a ter uma oportunidade desta ja que mesmo a escolha de Reeves como anjo Gabriel tinha tudo para funcionar em termos comicos mas parece tudo muito artificial, e para uma comedia isso acaba por ser mortal.

A historia segue um migrante nos EUA que tenta fazer com que economicamente seja possivel viver num pais de custo elevado, ate que conhece um magnata com a vida facilitada que um anjo decide mudar de vida para criar a empatia em ambos.

O argumento do filme ate poderia ter uma mensagem significativa como foi sempre tendo os filmes e series escritas por Ansari. Em termos de lado comico fica a ideia que o filme perde na primeira parte os melhores atributos e depois torna-se numa vulgar comedia de estúdio.

Na realização Ansari e conhecido pelo lado das series aqui com uma produção de alguma dimensão ao seu lado, fica a ideia que o filme não é propriamente muito trabalhado, seguindo o principio da televisão com pouco ou nenhum artefacto.

No cast temos Ansari no estilo habitual desajeitado, ao seu lado Rogen no seu estilo de humor e um canastro de nome Reeves a procura de espaço em papeis diferentes, tentando potenciar o contexto do seu estilo e pouco mais, num filme muito pouco de espetadores.


O melhor - A forma como o filme acaba por ter uma fase inicial bastante interessante


O pior - Desaproveitando indo de encontro a uma comedia mediana de humor.


Avaliação - C

 

Thursday, November 27, 2025

The Black Phone 2

 Nos ultimos tempos o primeiro episodio desta saga de terror foi um dos filmes mais valorizados e mesmo com melhores resultados comerciais, dai que seria facil prever uma sequela, com uma adaptação tendo em conta os acontecimentos do primeiro filme, mas com o mesmo registo estetico.Criticamente pese embora tenha novamente conseguido resultados interessantes ficou algo longe do sucesso do primeiro filme. Por sua vez comercialmente e tendo em conta o sucesso do primeiro capitulo os resultados foram muito consistentes e deixam questionar se não vai surgir um terceiro.

Sobre o filme um dos pontos que melhor funcionou no primeiro filme foi o lado cénico da personagem central, no seu lado de terror psicologico persistente. O filme necessitou de articular mudanças para fazer o seu elemento central aparecer e pode ser algo confuso todo o reagrupamento do filme. Fica a clara sensação que o filme nem sempre consegue ter o impacto desejado nesse momento.

Em termos de realização o lado fosco da abordagem acaba por ser uma escolha que funcionou bem no primeiro filme e volta a ter sucesso no seguinte. Fica a ideia que a personagem de Fynn morre um pouco, marcado pelo primeiro filme, mas isso acaba por deixar espaço a outros protagonistas, num filme intenso, que nem sempre consegue encontrar as linhas certas para se expressar.

Por tudo isto temos um filme claramente inferior ao primeiro, mesmo tendo alguns atributos que funcionam bem no primeiro filme que são potenciados no segundo. Nota-se a capacidade do realizador conseguir ir buscar os melhores momentos, em cada espaço. Nota-se a capacidade do filme de criar personagens, mas acaba depois por perder algum norte no que diz respeito a historia e a conjugação temporal

A historia segue as personagens do primeiro filme, anos depois e marcados pelo acontecimento do primeiro filme, quando em sonhos a irmã do protagonista começa a contactar com o passado da sua mãe, levando-a para um acampamento de neve onde algo grave aconteceu começando a interagir com os fantasmas do passado.

O argumento do filme acaba por ser o espaço onde a abordagem é menos forte. Fica a sensação que a mistura temporal nem sempre é a mais eficaz para aquilo que o filme quer transmitir. As personagens nao evoluem de filme para filme e acaba por ser o aspeto com mais dificuldade.

Derrickson e um realizador de terror que ja tentou outros espaços com menos sucesso, e volta ao espaço onde se sente mais confortavel e isso é evidente ao longo do tempo do filme. Nota-se a marca de autor numa franquia de sucesso de terror, onde soube usar bem o lado sinistro do seu protagonista.

No cast temos um Hawke desfarçado mas num papel iconico, sendo que ao seu lado temos dois jovens atores lançados no primeiro filme com carreiras diferentes Thames foi um dos atores comerciais do ano e tem a carreira lançada a jovem McGraw ainda tenta encontrar o seu espaço, embora seja ela o grande epicentro do filme.


O melhor - A forma como o filme acaba por usar bem o lado estetico do primeiro filme


O pior - A comparação com o primeiro filme, onde sai a perder


Avaliação - C+

Tuesday, November 25, 2025

Soul on fire

 O cinema religioso tem sido uma clara praga com diversas produtoras a crescerem e a lançar cada vez mais filmes por semana. Este filme trás-nos uma historia real de sobrevivência e acima de tudo de alguém que nunca desistiu. Com o cliche emocional da maior parte das escolhas, o filme teve dois anos na gaveta acabando por ser lançado, novamente  com criticas medianas, algo que é comum ao tipico registo deste género, sendo que comercialmente os resultados foram rudimentares.

Sobre o filme podemos dizer que a historia de base é interessante, desde logo os motivos do incidente, a resiliência familiar e mais que isso a forma como a comunidade de uniu para ajudar a familia. Na parte adulta temos um cliche relacional, com pouco ou nenhum conteudo, num estilo de telenovela de segunda linha onde os elementos individuais acabam por ser a maior adversidade do projeto.

Nota-se que o filme que ter um ar simpático, religioso, familiar exagerado, que faz com que os diálogos ou mesmo a forma sejam totalmente irrealistas, sendo um exercicio de maquiagem demasiado cliche para um filme de base. Infelizmente este tipo de cinema ocupa cada vez mais salas, sem que se perceba um ganho artistico concreto em termos de obras de referência.

Temos um filme sobre o fazer bem, emocionalmente facil de gostar, uma historia positiva, mas pouco mais. Interpretações e situações criadas para o impacto emocional maior, cheio de cliches narrativos e acima de tudo a ideia clara que o cinema de base já não necessita de muito para existir, ficando a clara ideia que tudo poderia ser feito por IA:

A historia segue um jovem que depois de um incendio em casa fica com grande parte do corpo danificado, mas com a ajuda da familia e comunidade acaba por sobreviver adaptando-se a uma nova realidade que conduziu a ganhos posteriores tornando-se numa figura de referência em palestras sobre acreditar.

O argumento do filme é um claro cliche de situações, para fazer a historia conhecida funcionar. Este e o registo das produtoras atuais, com pouca factualidade, mas com um objetivo concreto de fazer a emoçao e a pessoa funcionar.

Na realização temos McNamara um realizador de estudio, com muitos dramas de vida, que nos ultimos tempos tem-se aproximado de um cinema mais religioso, talvez por ter perdido algum espaço em termos de produtoras maiores. Pouco risco, e acima de tudo tentativa de fazer potenciar os contextos emocionais das personagens.

No cast Courtney foi um despredicio depois do sucesso inicial de Super 8 nunca se concretizou, acabando por se tornar num ator deste tipo de registo, com todos os problemas de conceito que isso trás. Nos secundarios atores arredados de grandes projetos a procura de minutos em filme com alguma dimensão comercial.


O melhor - A historia e interessante


O pior - O filme acabar por ser um conjunto de cliches


Avaliação - C-

Light of the World

 Num mundo cada vez mais polarizado o cinema cristão de base tem conseguido cada vez mais adeptos e acima de tudo mais produções no sentido de passar a mensagem da historia de jesus, sendo o segundo filme este ano com esse objetivo. O filme num estilo de animação mais tradicional, passou com mediania na critica, com um propósito unico igual a muitos outros, ou seja, chegar com a palavra de jesus a mais gente. Comercialmente os resultados foram residuais, porque a historia já é conhecida e acima de tudo a animação não e propriamente a mais apelativa.

Sobre o filme podemos dizer que são diversos os filmes que tratam da mesma história, relativa aos últimos dias de  Jesus Cristo, mudando apenas a perspetiva, sendo que tudo o resto são as passagens bíblicas que todos conhecemos, numa tentativa simples e estética de chegar aos mais pequenos, sem qualquer tipo de inovação ou introdução significativa.

Um dos pontos que o filme parece estar desatualizado é claramente no nivel produtivo muito precário, quando comparado com outros filmes do género que foram sendo lançados com resultados já eles demasiado pequenos, o que nunca poderia ser impulsionador para o que o filme aqui tenta ser.

Enfim um filme que marca o seu apontamento religioso, com pouca ou nenhuma inovação, algo que cada vez mais é comum, e sem qualquer risco, na abordagem. O cinema tem que ser mais ambicioso do que marcar um ponto num filme que ja vimos com todas as roupagens possiveis, que é interessante para quem acredita mas nada de novo para todos os outros.

A historia traz-nos o ponto de vista de João naquilo que é o aparecimento e os ultimos dias de Jesus, até aos acontecimentos que todos conhecemos sobre a condenação e morte do messias.

O argumento é o conhecido de todos, nos primeiros dez minutos tenta introduzir com um lado mais humano as personagens, mas acaba rapidamente por desaparecer para deixar os acontecimentos bíblicos funcionarem por si só, o que nos parece claramente curto para um novo filme.

A animação fica a cargo de dois obreiros da disney de base que foram desaparecendo pelo menos sem grande evolução que tem um projeto, esteticamente desatualizado do primeiro ao ultimo minuto. Existe momentos em que o cinema é ligado a sua data.

No que diz respeito ao cast de vozes, podemos dizer que temos escolhas simples, de atores desconhecidos com frases feitas que também não permitem uma evolução particular. Num filme que mais parece uma produção baixa para preencher aulas de catequese.


O melhor - Os primeiros dez minutos indiciam um filme diferente


O pior - Mais do mesmo


Avaliação - D+

Monday, November 24, 2025

In Your Dreams

 É conhecido o fascínio da NEtflix pelo terreno da animação onde começaram a ter alguma força inicial quando surgiram, dai que os seus projetos são sempre filmes que lançam alguma expetativa, contudo nos ultimos anos, principalmente a força critica tem-se perdido um pouco. Este ano surgiu este filme sobre sonhos e irmãos que acabou por ter avaliações positivas sem ser entusiasmantes, contudo comercialmente com as maiores apostas da aplicação para os oscares escondeu-se um pouco no catalogo.

Sobre o filme podemos começar por dizer que acaba por funcionar no lado mais emocional e moral, naquilo que é o sublinhar da relação entre irmãos, numa conjugação da magia dos sonhos com a realidade. Fica a sensação que o filme é sempre mais divertido e curioso na realidade do que quando embarca na imaginação dos sonhos onde as ideias se perdem um pouco e o filme divaga mais.

E um filme famaliar, ligeiro, sem a força moral dos filmes de animação da historia, mas um filme com bons momentos, cum uma premissa de conflito que é curiosa, com alguns apontamentos de estetica nos sonhos também interessante, acaba por ser um filme positivo, sem nunca ser deslumbrante ou sublinhar aquilo que quer transmitir. E um filme para passar o tempo bem, mais do que nos lembrar-mos dele para a eternidade.

Pode ser um filme de natal para a familia, principalmente pelo lado ligeiro e pela temática claramente familiar. E um filme com um humor facil, principalmente entre irmãos, e com uma mensagem positiva de união familiar acima de tudo. Falta algum rasgo de espontaneadade ou uma criatividade emocional mais forte, mas cumpre os seus objetivos.

A historia fala de dois irmãos que prespetivando a eventual separação dos pais, entam encontrar o senhor dos sonhos para o mesmo cumprir os seus desejos, o qual reside nos sonhos durante a noite dos mesmos.

O argumento e fragmentado entre o mundo real e imaginário, onde funciona claramente muito melhor no primeiro nível de analise. No segundo a creatividade centra-se em alguns cenarios e a previsibilidade do twist nao permite que o filme se conduza para um nivel mais elevado.

Na realizaçao temos uma dupla que se estreia em equipa e em longas metragens. O filme é colorido, de estudio, com pouco risco, em que a abordagem não é protagonista. Acaba por isso deixar o filme ser eficaz, mesmo sem grande arte. Para primeiro filme cumpre, veremos o que vem depois.

No cast de vozes como vi a versão portuguesa nada irei comentar sobre a escolha original de vozes.


O melhor - Uma mensagem positiva

O pior - Pode ser algo previsivel nos momentos em que tenta não o ser


Avaliação - B-

Saturday, November 22, 2025

The Senior

 A Angel Studios tornou-se na produtora dos costumes tradicionais norte americanos, o que conduz a filmes que muitas vezes ficam muito tempo no arquivo que vejam a luz do dia, dando tempo de antena a atores de uma segunda linha e normalmente em fases apagadas. Este ano foi este drama desportivo que viu a luz do dia, com criticas medianas e comercialmente também longe do fulgor que a Angel pensa que tem nos seus temas mais fortes.

Sobre o filme temos a historinha tipica, totalmente ficionado do primeiro ao ultimo minuto para louvar um feito incrivel de resiliência e busca do designio. Alias em termos artisticos o filme na sua essência não existe vivendo do feito que o filme quer relatar e ai não podemos como nao valorizar a historia que conta, mesmo que para isso tenhamos um mar de cliches, mas no meio de tudo sem grandes dos chavões da Angel.

Claro que estamos perante um filme que arrisca zero, e uma telenovela de domingo a tarde que pede zero aos seus interpretes, que cria as situações para o lado basico das escolhas e em termos produtivos a ANgel nao gosta de grandes budgets que forma a minorizar perdas. E daqueles filmes standart para ocupar hora e meia com uma historia interessante e pouco mais.

E neste particular pode residir em muito aquilo que a Angel nos dá nos dias de hoje, filmes totalmente previsiveis em todas as vertentes, sem qualquer risco que tem como designio contar uma historia de alguem filiado. Neste caso o filme limita-se ao essencial, sem grande ambições ou atributos para ser mais do que uma passagem.

A historia fala de um indivíduo que não concluiu a universidade e acima de tudo a passagem pelo futebol americano universitário, pelo seu perfil conflituoso, que muitos anos depois volta a universidade para cumprir o que falhou na primeira fase.

O argumento do filme tem uma historia de vida e desportiva muito relevante, que o argumento adorna com uma serie de cliches para ser ainda mais impactante e emocional, mesmo que sem grande qualidade ou atributos narrativos.

Na realizaçao temos Rod Lurie um experiente realizador que foi ficando sem espaço, mesmo não tendo filmes na sua coleção particularmente relevante e que encontrou na Angel um espaço para continuar a trabalhar, em piloto automatico e sem grandes momentos diferenciadores.

No que diz respeito ao cast, parece claro que o desastre do primeiro Fantastic Four marcou negativamente a carreira de Chiklis, que passou a um secundario quase desconhecido. O filme tem outros atores que tiveram alguns momentos mediaticos mas fica a sensação que este tipo de filmes nunca potencia qualquer tipo de estetica.


O melhor - A historia de base e os seus méritos

O pior - Um cinema chiclet puro


Avaliação - C-

Friday, November 21, 2025

Kiss of the Spider Woman

 Quarenta anos após um curioso filme ter conseguido dar a William Hurt o oscar de melhor ator, eis que surge o seu novo remake, com uma versão claramente mais musical, tentando potenciar todo o lado musico e dançável de Jennifer Lopez, sob a condução de Bill Condon, uma referência nos musicais modernos. O filme estreou na fase final do ano com algumas ambições de prémios sendo que criticamente o filme teve boas criticas mas não com grande entusiasmo. Comercialmente o resultado foi totalmente desastroso em todos os sentidos, denotando-se claramente que o original teve todo o impacto esperado.

Sobre o filme podemos começar por dizer que o lado politico e as sequencias da prisão e da ligação entre as personagens até acabam por ser interessantes na forma como o filme cria essa quimica entre os dois personagens. O que fica a ideia e que o lado do filme pensado surge pouco enquadrado no filme, mesmo no lado metaforico que quer ter e isso acaba por ser segmentos musicais, bem coreagrafados, pequenos, as que acaba por nao ser propriamente impactante no seu real significado.

Musicalmente também não estamos perante um filme muito forte, fica a ideia que as músicas os cenários são pensados, mas o pequeno budget do filme parece condicionar totalmente o impacto que o filme quer ter. Existe momentos em que parece que temos dois filmes que nunca se juntam e isso para um titulo com ambições não é propriamente um cartão de visita muito interessante.

Por tudo isto fica a homenagem, fica a roupagem nova, mas fica um filme claramente muito distante do caracter mais mitico do filme de base. E um um remake com alguns elementos cénicos mais desenvolvidos mas percebe-se que o fato do filme ter ficado algo ausente do lado mais divulgado percebeu-se que na maior parte dos pontos o filme seria pequeno.

A historia segue um cableireiro homossexual que é preso e introduzido na cela de um ativista politico de forma a tentar ganhar a confiança do mesmo e tentar perceber quais os objetivos do mesmo, mas a relação torna-se mais proxima quando juntos idealizam um filme para passar o tempo.

O argumento do filme até pode ter uma ideia forte, mas fica a clara ideia que o filme não consegue fazer funcionar a ponte entre os dois apontamentos  e as duas realidades. Todos os toques são demasiado subtis para fazer o filme ter o impacto ideologico esperado.

Na realização COndon e um dos senhores dos musicais, quer em argumentos quer na realização. Ao longo do tempo o seu cinema foi ficando mais distante do lado mais comercial, mas foi buscar alguns dos melhores projetos. Aqui podemos perceber o lado musical, sem grandes meios mas pouco mais.

No cast temos Tonatiuh a dominar o filme, num papel que foi oscarizavel, mas aqui e um claro apontamento queer ainda mais tendo em conta o simbolismo do interprete. Sente-se confortável no registo embora muito menos iconico e surpreendente do que o papel de base. Lopez funciona no lado musical, Luna sente-se algo perdido no estilo.


O melhor - Os pequenos momentos musicais


O pior - A ligação entre partes


Avaliação - C

Wednesday, November 19, 2025

Roofman


Outono é sempre uma época de projetos mais escondidos, que surgem com uma dualidade de não ser uma aposta concreta mas com alguma expetativa. Acabou por ser esse o contexto deste filme que nos trás uma historia curiosa de um assaltante, baseado numa historia real que conseguiu boas criticas, principalmente tendo em conta o seu tom ligeiro. Comercialmente com um bom elenco os resultados foram medianos, embora ficasse a sensação que poderia valer mais.

Sobre o filme podemos dizer que um dos pontos que mais impressiona acaba por ser a capacidade concreta de nos levar para os anos 90 e para a distância tecnlogica quando comparada com os dias de hoje, e isso o filme faz bem, e com um rigor assinalável que poderia ser difícil.

Outro ponto positivo do filme acaba por ser a curiosidade da historia e a forma como tudo se torna mais curioso no detalhe, principalmente quando a personagem começa com a vida dupla e na forma como os seus detalhes caracterizam bem o lado materialista da personagem, sem entrar em grandes reflexões e deixando a sua forma de agir detalhar tais características.

Por tudo isto este é um filme competente, que mesmo sendo ligeiro consegue cumprir mesmo as metas mais maduras que o filme acaba por ter. Claro que tem muitos momentos que aligeiram o filme, numa clara roupagem de comedia, mas que acaba por fazer o projeto funcionar, mesmo sem a densidade para mais altos voos.

A historia fala de um ladrão de telhados, que após ter sido detido, e completamente isolado, decide fugir e começa a residir dentro de uma Toy’r Us ao mesmo tempo que inicia uma outra vida com uma funcionária, até que o seu passado reaparece.

O argumento do filme tem uma base muito curiosa que acaba por ser o epicentro da história. Seria difícil não aproveitar o insólito real. No resto o filme procura aligeirar a abordagem e acaba por perder alguma densidade ou algum moralismo, mas funciona como comunica com o espetador.

Na realização Ciafrance quando surgiu surpreendeu pela densidade dos seus filmes, mas com o tempo foi perdendo algum do fulgor, principalmente depois de alguns dos seus filmes com mais expetativa tivessem ficado algo na sombra. Aqui o trabalho produtivo de nos levar para os anos 90 é incrível embora o resto seja demasiado pensado para um filme familiar.

No cast Tatumm tenta atualmente reconstruir a sua carreira com mais risco, mas ainda tem dificuldade em despir o lado e Good Guy. Nota-se a tentativa de reinventar de fornecer novos dados mas ainda não cumpre por completo. Dunst tem o lado amargurado que a personagem quer ter, e Dinklage dá o lado comico ao filme.

 

O melhor – A transformação dos anos 90

O pior – O filme procura um lado suave que lhe tira alguma densidade

 

Avaliação – B-

Monday, November 17, 2025

Frankenstein

 Anunciado como um dos acontecimentos cinematograficos do ano, a visão de Guillermo del Toro de Frankenstein viu a luz do dia como uma das apostas maiores da Netflix neste temporada de premios. As criticas positivas impulsionaram o projeto e comercialmente a Netflix fez do filme a sua bandeira comercial com resultados até ao momento impressionantes, podendo ser o impulso necessário para ser uma presença concreta na noite dos Oscares.

Sobre o filme começamos por onde Del Toro nunca falha, no plano visual, cada cena, cada sequencia é pensada ao limite do impressionismo estético e o filme nisso é irrepreensivel ficando a ideia que merecia um ecrã muito maior do que propriamente a televisão de streaming consegue dar. Ao longo das mais de duas horas e meia temos tudo, e acima de tudo temos diversos postais para quem gosta de cinema de eleição.

Onde o filme está longe de ser brilhante acaba por ser no ritmo, demasiado lento, demasiado refletido para o genero, fazendo o filme adormecer em demasiadas vezes, principalmente no caracter circular da parte inicial do conto da criatura. Fica a sensação que já vimos em termos de historia Del Toro fazer mais, mesmo com bases rigidas como de uma historia conceituada, parece-nos que o filme tem algum receio de trazer novos elementos ou mesmo uma visão mais propria.

Por tudo isto este acontecimento, mesmo sendo um bom filme, não nos parece uma obra de referência sublinhada pela dificuldade de ritmos, fica a ideia que o filme não seduz o suficiente, é um filme com muitos bons elementos mas em que a parte parece sempre ser mais impactante do que o filme todo em si, não obstante de Del Toro como sempre deslumbrar naquilo que melhor sabe fazer que é criar imagens.

A historia segue a criação de um monstro de raiz por parte de um medico com ambiçao de mudar o mundo, até que a sua criação acaba por sair fora do seu controlo levando-o ao desespero sobre as consequencias do que fez.

A historia de Mary Shelley é um debate ético levado ao máximo, e o filme tenta ser fiel ao estilo do livro apetrechando o lado estetico. isso faz com que o filme adormeça nos ritmos e mesmo na forma como se partilha. E no guião que o filme tem a sua maior dificuldade.

Na realização DelToro é um dos maiores realizadores do momento e tem o toque de abrilhantar todas as cenas que idealiza como poucos, mesmo entrando no estilo de cinema de base dele, com o horror psicologico. E um dos grandes do cinema e aqui prova-o na sua tarefa mais concreta.

No cast Isaac tem a loucura necessária e a dualidade de Viktor. Nunca me pareceu o ator mais carismatico do mundo, mas é funcional e intenso. Os olhos estavam todos em Elordi um dos atores do momento, com uma caracterização levada ao extremo que funciona pela sua altura e pela forma como o filme aproveita mais a sua estatura do que propriamente pela dificuldade de um papel que no entanto entrou no lado positivo da critica


O melhor - O lado visual de Del Toro

O pior - Os balanços de ritmo do filme


Avaliação - B

Saturday, November 15, 2025

A Merry Little Ex-mas

 Nos ultimos anos existe uma nova tradição de Natal Netflix, que é ir buscar uma serie de atores perdidos no tempo, e dar-lhes uma especie de comedia romantica de Natal em busca de dinheiro facil, náo obstante das mas avaliaçóes e do péssimo momento de forma dos seus interpretes. Este ano surgiu este peculiar filme com algum sucesso comercial e um desastre completo critico.

Sobre o filme podemos dizer que quem viu o fenomeno Hallmark sabe perfeitamente o tipo de filme que vamos encontrar, esteriotipos, tradições natalicias, uma vila pequena e acima de tudo uma comedia romantica escrita por inteligencia artificial, e temos um produto para render visuaçlizações numa aplicação de massas.

O que fica mais no filme foi a forma como longe da fama tantos atores envelheceram tão rápido. Ao contrario da maioria dos atores de Hollywood pensamos que os seus interpretes são muito mais velhos do que realmente são. Fica a ideia que os anos longe do ecrã conduziu a uma forma fraca de interpretar e tudo nos parece mau deliberadamente quando sabemos que o objetivo comercial seria distinto.

Tudo bem que é uma nova tradição, mas talvez um fenómeno que todos tínhamos de esquecer rapidamanente. Porque o que nos passa pela cabeça em todos os momentos do filme é como é que eles envelheceram tão rapido e tão mal e isso nunca será um bom cartão de visita para qualquer tipo de filme.

A historia fala de um casal em divorcio que se junta para um ultimo natal, não obstante das novas relações assumidas, até que começam a descobrir que o que tem em comum é muito mais do que o que realmente os separou.

Em termos de argumento, humoristicamente um floop total, fica a sensação que o filme nunca se encontra. Mais que isso fica a ideia que o restante e um basico filme romantico escrito por inteligencia artificial o que é muito pouco para os dias de hoje.

Na realizaçao Carr foi sempre um mau realizador de comedia que alimentou a carreira na sombra dos filmes de Sandler, principalmente os mais fracos. Tenta efetuar algum humor fisico com camara mas sente-se perdido ainda nesses momentos. Talvez por isso seja o tarefeiro para este tipo de filmes.

No cast Silverstone foi uma das estrelas desaparecidas de Hollywood e envelheceu pessimamente. Nunca foi uma atriz com recursos mas agora nem o lado estetico a favorece, algo que poderia ser totalmente copiado nos interpretes mais famosos do filme.


O melhor - O inicio do espirito natalicio

O pior - A falta de capacidade de fazer humor minimo


Avaliação - D-

Finding Joy

 Fica a sensação que nos ultimos tempos Tyler Perry e o seu cinema para massas da população afro americana tem deambulado pelas diversas aplicações de streaming de forma a obter fluxo dos seus filmes cada vez em maior numero. Criticamente o resultado é sempre muito parecido com avaliações essencialmente negativas. Comercialmente este tipo de produto tem uma população alvo que normalmente o circunscreve

Sobre o filme no inicio temos uma introdução de telenovela típica do registo de Perry, diversas personagens, estereótipos fáceis e rapidamente percebemos o que o filme nos vai trazer. A questão muda quando o par romântico entra em ação em que o filme fica monocórdico, sem ritmo, situado em diálogos intermináveis e básicos entre as duas personagens que acabam por ocupar a duração quase completa do filme.

O filme perde alguma da descontração inicial, fica a sensação que o filme quer ser uma comedia, rapidamente percebe que não tem muita graça e tenta ser romântico através das palavras, pese embora fique na maior parte do tempo a sensação que o filme deambula entre géneros sem nunca se encontrar, mesmo para o estilo Perry ja vimos formato mais simples e mais diretos.

Por tudo isto mais um projeto igual a muitos de Perry, conhecido por ser um realizador de filmes medíocres para a uma população concreta que acaba por ser mais um entre muitos, com poucos elementos diferenciadores com um cast muito mais medíocre e acima de tudo a sensação que a procura do dinheiro fácil e a única ambição do realizador.

A historia fala de Joy uma aspirante a modelista que acaba por tentar encontrar o seu amor, quando apos um desgosto amoroso se perde na floresta e é resgatado por um surpreendente individuo preso numa cabana que lhe vai dar uma nova forma de ver a vida.

Em termos de argumento uma serie de ideias vulgares pouco trabalhadas, num filme com ritmos diferentes. Uma primeira fase de telenovela de segundo nivel e uma segunda fase de dialogos longos sem grande desenvolvimento que acaba por se tornar demasiado repetitiva.

Na realizaçao Terry tem uma forma demasiado pensada para televisao dai que tenha encontrado o seu norte no streaming onde tem pouca necessidade artistica, mas acima de tudo parece que deixa as personagens e os seus esteriotipos funcionarem. Por tudo isto tem um espaço proprio e pouco revelante criticamente

O cast do filme acaba por ser um conjunto de atores desconhecidos, afro americanos a procura de espaço. O filme tem personagens esteriotipadas e nunca consegue que as interpretaçoes tenham qualquer sublinhado. Esquecemos ja os nomes dos interpretes


O melhor - Os primeiros quinze minutos de cinema facil de Perry

O pior - QUando tenta complicar com palavras


Avaliação - D+

Friday, November 14, 2025

Playdate

 Aproximando-se a epoca natalicia e de ferias e com as familias a ficar mais por cada é esperado que as aplicações de streaming apostem por um lado nos ja tipicos filmes de natal, mas tambem em alguns conceitos de ação comedia para toda a familia como é o caso deste brocom que foi aposta deste mês da Prime com o sempre presente Kevin James e com Alan Ritchson um dos atores iconicos da aplicação. Comercialmente este tipo de projeto até pode ser bem recebido mas criticamente foi um desastre com algumas das piores avaliaçoes do ano.

Sobre o filme ora bem quem está habituado ao registo tipico do cinema de James, pois bem, mais do mesmo mas com o lado do humor idiota a ser amplificado ao seu limite maximo. Em termos comicos um humor fisico desatualizado, na maior parte do tempo repetitivo que faz com que muitas das gargalhadas nunca sejam propriamente presença no filme pese embora ele seja quase sempre o único objetivo do filme.

Por outro lado a historia que junta vizinhos, clonagem e mestres da tecnologia numa salgalhada de momentos, ligações que não transmitem nada, a não ser o lado FF de algumas cenas para potenciar humor que parece videos caseiros dos anos 80, num autentico festival de cinema comico de ma qualidade.

Claro que este registo acaba por ser a carreira quase toda de James, que continua a ter espaço para novos filmes, com as ideias repetidas e sem nunca conseguir dar ao seu filme qualquer novidade no estilo. Um estilo que está desatualizado faz anos que aqui demonstra que com o tempo se torna cada vez pior.

A historia segue um padrasto que se tenta ligar ao seu enteado, até que tropeçam numa díade semelhante com o qual se ligam, mas percebem que estes, com muitas particularidades estão a ser seguidos por um grupo criminoso com intenções maquiavelicas.

O argumento do filme é um disparate do primeiro ao ultimo minuto, na base, na execução, no humor que tenta escolher, fica sempre a ideia que o filme não consegue nunca ser original e funcional. Nos dias de hoje exige-se muito mais do humor e acima de tudo ideias novas.

Na realizaçao temos Luke Greenfield um habitue no estilo de humor convencional, que acaba por ficar na maior parte do tempo associado a filmes serie B com pouca expressão artistica. Aqui temos o lado ridiculo com que faz os movimentos rapidos de imagem serem protagonistas sem qualquer tipo de sentido.

No cast James é o que sempre foi, humor fisico do nerd pouco integrado que aqui remete pela enesima vez. Ao seu lado Ritchson tenta procurar no humor o balanço ao lado mais fisico do cinema de ação mais comum no seu percurso. Um estilo que já estamos habituados noutras figuras do genero.


O melhor - Pouca duração


O pior - A incapacidade do filme conseguir ser minimamente engraçado


Avaliação - D

Thursday, November 13, 2025

Hedda

Baseado numa peculiar peça de teatro a Amazon Prime lançou neste final de ano um peculiar filme sobre uma especie de nobreza relacionada com uma casa onde interesses amorosos diversos se vão relacionando. o filme com uma realizadora que já teve algum conceito até adquiriu algumas boas avaliações criticas, mas comercialmente fica facil perceber que não é o tipo de projeto de sucesso de streaming normalmente apostado em provocar sensações mais no imediato.

Sobre o filme temos imensas personagens, com diversos objetivos que se cruzam numa festa evento, com diversas aproximações e recuos, numa escalada lenta que torna o filme, principalmente nos seus primeiros momentos algo monotono, e difuso nos espaços que quer dar a cada uma das personagens. isso torna o filme demasiado vago e perde muitas vezes o contacto que quer ter com o espetador.

Nota-se que da Costa quer ter um filme intimista, com muitos apontamentos no seu estilo disruptivo depois de ter tido dificuldade em sublinhar o seu estilo em filmes mais comerciais, mas a fuga ao simples torna o filme complicado de seguir, sem nunca conseguir, principalmente na parte final ir retirar a intensidade esperada a escalada rapida de acontecimentos, que torna o filme quase um ato falhado.

Por tudo isto temos um filme que tem muita dificuldade em pautar ritmos, um filme que na maior parte do tempo se parte e que tem muita dificuldade em ir minorando os danos causados por um inicio demasiado perdido e vago. O cinema deve causar impacto e ficamos demasiado tempo neste filme a procura do que ele quer transmitir, se calhar por isso o Streaming foi a via direta escolhida.


A historia segue um evento organizado por um peculiar casal, com muitas pessoas com outro tipo de ambições tendo em vista ficar com uma propriedade, num jogo do gato e do rato numa intriga entre diversos elementos por ambiçoes proprias.

O argumento do filme é confuso, existem peças de teatro que pelo movimento solto das personagens funcionam mas que como filmes tem dificuldade de ir buscar a sua essencia, e este filme tem essa clara dificuldade porque se perde em preciosismos que pouco dão a historia base do filme.

Nia daCosta foi uma das promessas de Hollywood que falhou quando abraçou o projeto Marvel, teve de dar muitos passos atras, tentar ir buscar a sua essencia artistica, mas aqui perde-se em apontamentos colaterais que tiram alguma força ao filme. Vai ter de reconstruir a carreira doutra forma.

No que diz respeito ao cast Thompson foi daquelas atrizes que fulgor rapido, esteve no epicentro depois do sucesso de Thor mas foi perdendo fulgor tornando-se numa atriz serie b que tem aqui um protagonismo mais de tempo que intensidade da personagem. Nos secundarios fica a sensação que falta um as de trunfo que leve o filme para os melhores momentos que acabam por ficar a cargo, ainda assim de Nina Hoss

O melhor - O lado teatral do filme

O pior - O lado vago que o filme tem na maior parte da sua duração

Avaliação - C-

Tuesday, November 11, 2025

Ballad of a Small Player

 A Netflix apostou tudo este ano com um lançamento quase semanal de filme com ambições a prémios de realizadores que estiveram presentes nos ultimos anos, com os seus novos projetos num forcing total para conseguirem ganhar o premio mais ambicionado na corrida. Uma das apostas foi este filme de Edward Berger, após o sucesso de Conclave sobre o mundo do jogo em Macau. Com muita expetativa o filme ruiu rapidamente com as pessimas criticas para um candidato, e em termos comerciais com o lançamento de Frankestein perdeu a primeira fila da aplicação.

Sobre o filme podemos dizer que Berger é um grande realizador, a sua forma unica de captar imagens, personagens, cor e intensidade fazem a primeira hora de filme resistir enquanto seguimos a loucura desorganizada da personagem central, que deixa sempre o filme desorganizado, não sendo percetivel para onde vai e como, e isso acaba por dificultar o impacto final do filme.

Com a sua reorganização o filme vai ganhando melhores momentos e o final retifica quase todas as perguntas que fazemos ate então, com uma redenção da personagem inesperada que faz o filme surpreender o espetador que até então gozava apenas o lado estetico impressionante que o filme acaba por ter na sua base.

Por tudo isto, este mal amado, tem bons momentos, tem realizador e uma interpretação de base de primeira linha. Pode ter ideias desorganizadas, pode no final já ir tarde para as organizar. O lado rebelde do filme pode ser demasiado para alguém com ambiçoes academicas, mas o filme transmite coisas e principalmente é feito para impressionar esteticamente.

A historia trás-nos até Macau dos nossos dias, num ambiente de jogo e um perdedor emaranhado em dividas em que a sua vida muda quando conhece uma estranha nativa que o faz mudar a prespetiva e acima de tudo alterar a sua sorte.

O argumento do filme tem muito lado asiatico no lado mistico, com muitas superstições que faz esconder um pouco dos seus objetivos. Quando procura ser mais claro na sua mensagem alguns ja podem se ter perdido na hiperatividade do filme, mas o filme reorganiza um filme com as ideias competentes para o que quer.

Na realização Berger tem sido um dos realizadores mais ativos e com melhores avaliações dos ultimos anos. Com mais meios e com o olho do falcão em cima de si, trouxe um filme bonito, luz, excelentemente realizador, sendo dificil de perceber as criticas constantes ao filme. Nota-se um toque na procura do detalhe obsessivo mas esse e um traço de autor de primeira linha.

No cast Farell e um dos atores do momento, com uma interpretação impressionantemente ativa, muito própria. Nota-se que pode ser um bocadinho em demasia, mas é em termos interpretativos one man show. Perde por o filme ter sido mal recebido ja que estamos perante uma das interpretações mais diferenciadas do ano, de um realizador numa forma incrivel.


O melhor - O lado estetico do filme.


O pior - A primeira hora pode ser mais rebelde do que efetiva


Avaliação - B

The Hand That Rocks The Cradle

 33anos depois de Curtis Hanson nos ter brindado com um filme intenso sobre desejo de vingança e um thriller de qualidade forte, eis que surgiu o seu Remake, adaptado aos novos tempos, com um novo elenco e acima de tudo preparado para uma aplicação como a Hulu. Para alem do filme de base o filme não conseguiu propriamente impressionar, ao contrário do seu filme de base, com avaliações criticas medianas. Comercialmente a estratégia foi diversificada quer com lançamentos imediatos na aplicação quer com um atraso em termos europeus, mas nunca seria um filme para grande impulso comercial.

Eu confesso que gostei bastante do primeiro filme, intenso, com as personagens a encaixar naquilo que o filme necessitava, o que neste filme as coisas não encaixam tão bem, desde logo num passado difuso que apenas nos ultimos minutos conseguimos compreender o que aconteceu em concreto, com as personagens a ir de um extremo ao outro muito rapidamente e as personagens demasiado vocacionadas para um esteriotipo dentro das suas existências.

O que torna este filme claramente inferior ao primeiro é a tensão entre personagens, com o primeiro a ser claramente mais negro. Aqui fica a sensação que tudo se vai resolver com uma conversa, mesmo quando o filme se torna mais agressivo e esse lado mais colorido encaixa pior no estilo de cinema que o filme tem por base. Na parte final a escalada e muito rapida e os secundarios parecem sempre algo perdidos no filme.

A tarefa de efetuar um remake de um filme de sucesso parece sempre arriscada porque a fasquia esta muito elevada, independentemente da idade do primeiro filme. Aqui temos uma copia com muito menos qualidade, com a mesma base mas longe do sucesso ou efetividade na comunicação com o espetador do primeiro filme. E um telefilme com a maior parte dos defeitos do formato.

A historia segue uma familia que com o nascimento do segundo filho necessita da ajuda de uma Babysitter a qual começa a ser integrada na familia começando a surgir acontecimentos que colocam em causa a confiança nos reais propósitos da mesma.

O argumento do filme é semelhante ao primeiro filme na base, ou seja, alguem com um proposito desconhecido infiltra-se numa familia para procovar dor. Em termos de preenchimento fica a sensação que o filme esvazia por completo os secundarios que são importantes no filme de base. A gestão dos desenvolvimentos ritmicos do filme não são brilhantes.

Na realizaçao deste projeto temos Michelle Cervera que nos da um filme muito mais colorido, menos intenso, demasiado focado nas personagens e na forma destes reagirem facialmente. Nao temos propriamente uma realização com ambiçoes de autor num estilo telefilme de desgaste rapido.

No cast Monroe tentou ganhar o impacto que DeMornay teve no primeiro filme, mas intensidade e principalmente a dualidade ficam longe. Parece sempre uma personagem com o mesmo semblante mesmo nas oscilações. Winstead foi sempre uma promessa não cumprida e aqui é intensa, mas falta-lhe carisma, num filme a dois com nenhum espaço para os restantes.

O melhor - A intensidade dos ultimos dez minutos.


O pior - Ser um filme muito pior que o seu filme de base


Avaliação - C-

Saturday, November 08, 2025

Good Boy

 Numa altura em que cada vez mais os animais tem assumido um papel relevante no que diz respeito à forma como interpretam eis que surge cada vez mais filmes em que os protagonistas deixam de ser humanos para ser animais, sendo este um claro filme adulto desta natureza. Depois de quatro anos de produçao o filme foi lançado em festivais menores com resultados criticos interessantes. A curiosidade em torno do filme conduziu a que conseguisse uma boa distribuição com resultados bem melhores do que as expetativas iniciais criadas.

Sobre o filme podemos dizer que se trata de um projeto inovador com alguns elementos de terror com o animal e a sua prespetiva sobre a perda como principal elemento. O filme pode parecer na maior parte das vezes demasiado monotono, talvez por isso não consiga mais que a hora e dez de duração porque sabe que os ritmos baixos do filme não permitem outra intensidade.

O ponto que nos parece mais importante no filme é a prespetiva, a vertente ideologica de nunca querer trazer personagens humanas o que torna o filme diferente sem que isso seja sinonimo de qualidade. A ideia que a base do filme não tem grande capacidade de desenvolvimento acaba por levar o filme para um ritmo quase sempre demasiado pausado.

Por tudo isto mais que um bom filme, um filme acontecimento pela sua base. Deve ser sublinhada a capacidade do filme ir buscar nos seus elementos mais naturais a originalidade de uma abordagem dificil, embora fique a ideia que quando analisamos o filme no seu registo final falta alguma coisa e parece que o filme tem dificuldade em aguentar uma duração ja de si curta.

A historia segue um cão e a ligação ao seu dono, um jovem doente terminal que se refugia num ex-casa da familia onde os fantasmas do passado assolam a existência prespetivava pelo canideo nos ultimos dias de vida do seu companheiro.

O argumento tem uma base narrativa original, mas fica a clara ideia que por vezes o filme não consegue ir para alem disso. Era sempre dificil colocar de lado o lado humano e querer ritmo mas o filme roda uma ideia so e isso isola um pouco alguns elementos do filme.

Na realizaçao este e ate ao momento o projeto de uma vida de Ben Leonberg, que dedicou-se quatro anos com o seu cão num filme pessoal, que pela originalidade tornou-se noticia. Nao sabemos o que se segue mas o lado exprimental esta bem vincado.

No cast temos apenas um cão, sempre o mesmo, que e o heroi do filme, consegue transmitir mensagem ao espetador e isso e o que de melhor podemos avaliar de uma interpretação animal.


O melhor - A ideia original

O pior - Mesmo com uma duração curtissima tem muita dificuldade no ritmo


Avaliação - C+

Friday, November 07, 2025

Dead of Winter



 

O gelo do norte americano por si só é sombrio em qualquer filme, principalmente quando os projetos querem transmitir algumas sensações de claustrofobia. Este pequeno filme estreou com alguma projeção, pese embora seja pequeno, muito por culpa de uma resposta critica interessante. Comercialmente as coisas foram bem mais modestas com resultados rudimentares que não permitiram que o filme passasse algo silencioso nas salas de cinema.

Sobre o filme podemos dizer que temos uma abordagem narrativa simples, ou seja uma psicopata, pronta e obstinada em conseguir os seus intuitos e uma vitima e uma pessoa no sitio errado a tentar contrariar essa intenção. Na base o filme é do mais simples que pode haver, existindo mais força naquilo que é a construção da personagem, principalmente pelo seu passado e naquilo que é a intensa interpretação da vila.

Não obstante destes pontos poucos elementos para alem da neve conseguem ser diferenciadores de um filme que sabe as suas limitações, não o quer, nem consegue contornar. Da ao filme um estilo próprio muito visual com a neve mas pouco mais. Nota-se que a personagem central é preparada para suportar o filme, mas sempre com a sensação que falta alguns pontos à sua execução.

Por tudo isto um filme normal, que ocupa o seu espaço sem grande pretensiosismo, um filme que na maior parte do tempo da prevalência ao seu espaço, a caracterização mesmo física das suas personagens, mas acima de tudo um filme pequeno que se calhar viu-se a balançar em criticas positivas quase sempre melhor do que o filme na realidade acaba por ser.

A historia segue uma viúva que para cumprir a promessa ao seu ex-marido acaba por embarcar numa viagem até ao gelado lago, e tropeça num plano maquiavélico de um casal para salvar a vida do seu elemento feminino sacrificando uma jovem raptada, numa luta posterior entre o gato e o rato.

O argumento do filme é simples, direto, poucos atalhos. Nota-se a preocupação em blindar a personagem central já que sabe que é o epicentro maior do filme. O desenvolvimento do filme segue o lado mais previsível e acaba por ser o parente simples do filme.

Na realização temos um realizador oriundo da televisão que acaba por ser alguém que passa a maior parte do tempo a pensar o filme nos seus conteúdos estéticos. utiliza bem o espaço mas é um filme pequeno e muitas vezes esse o ponto que os filmes tem para fazer o contexto funcionar.

No cast Thompson e uma atriz de primeira linha que tem o filme com a intensidade que da ao filme o lado intenso e mesmo interpretativo que o filme quer. E dos melhores elementos do filme e Judy Greer consegue também fornecer esse elemento de balanço. E um dos pontos mais trabalhados do filme.


O melhor - As interpretações


O pior - O argumento demasiado standartizado


Avaliação - C+

Tuesday, November 04, 2025

The Strangers: Chpt 2

 Quando Renny Harlin anunciou uma triologia sobre o filme de terror The Strangers, os analistas de cinema ficaram surpreendidos, por um lado porque o filme de base esteve longe de ser um sucesso e porque o experiente realizador de filmes de ação serie B esá longe de ser um prodígio do mercado e acima de tudo porque o filme em si também não era propriamente muito apelativo. O primeiro filme teve um sucesso moderado comercial, mas como a triologia estava montada teve de ver a luz do dia. Este segundo filme foi um desastre critico, sendo que comercialmente os resultados foram péssimos, o que leva todos a pensar o que se vai fazer com o capitulo final.

Sobre o filme podemos dizer que este filme, fica os primeiros 45 minutos em perseguições intermináveis que acabam sempre da mesma forma, sem qualquer evolução no guião, nem que seja porque o primeiro filme fez todas as introduções, e pouco restou para os outros dois filmes a não ser trabalhar em alguns flashbacks a historia do lado dos assasinos, que acaba por ser a unica novidade no filme, embora sem grande desenvolvimento.

Por tudo isto temos um filme vazio, mesmo em termos de terror, muito longe da intensidade de outros projetos que tem sido lançados, com pouco horror e acima de tudo uma ideia que resulta para 90 minutos de filme simples, mas que é totalmente insuficiente para uma aposta de triologia de algo que mesmo para um filme era limitado.

Fica a sensação que Hollywood por vezes patrocina registos que não se percebe bem, e que são autoestradas para a falha total. A ideia que o filme deveria ter outro impacto e que deveria ser parado para o desastre das sequelas era obvio, mas quando se faz três filmes de uma vez estes tem de ser escoados de qualquer maneira e a imagem que fica é que um outro ainda vai sair.

O filme segue a personagem sobrevivente do primeiro filme, embora sem explicar como tal ocorreu, e a continuação dos seguimentos com o mesmo desenvolvimento de sempre com alguns apontamentos sobre a base dos personagens e as suas motivações.

O argumento do filme acaba por ser limitado à base do primeiro filme, num alongamento sem grande conteudo. Mesmo no que diz respeito às personagens que dão nome ao filme, muito pouco em termos de desenvolvimento das mesmas para além do lado sanguinário.

Harlin é um dos mal amados de Hollywood, uma carreira longe recheada de fracassos comerciais e criticos que pensou que uma triologia de um filme fraco poderia dar-lhe uma lufada de ar fresco. Sem resultado, todos os seus defeitos estão presentes no projeto.

No cast o filme tem como protagonista uma jovem Petsch a tentar passar da tv para o cinema de uma forma fácil do terror juvenil , com uma personagem que grita e foge mas pouco mais. Dá minutos mas nao da muito mais, mesmo sendo um filme a solo.


O melhor - Nao e daqueles filmes que nos faz pensar muito.

O pior - Completamente desnecessário


Avaliação - D

 

Monday, November 03, 2025

A Big Bold Beautiful Journey

 Apresentado em festivais de alguma dimensão, este filme romantico com um elenco de luxo, com dos dos atores em melhor forma da atualidade, conduziu a que a expetativa em torno do filme fosse grande, principalmente por nos trazer um realizador oriental. Contudo, após as primeiras visualizações as criticas foram longe de ser brilhantes, defraudando as expetativas dos que esperavam por uma obra romantica de referência. Comercialmente mesmo com um elenco de primeira linha o resultado foi desolador, não conseguindo sequer pagar o budget do filme.

Sobre a historia o filme é ambicioso, tenta ser bonito, intenso no romanticos, um pouco o que The Eternal Sunshine of Spootles Mind fez há quase vinte anos, mas com um problema concreto que as peças não se unem, e a maior parte das sequencias nunca consegue ter o impacto desejado, ficando a sensação que a ideia tem tudo para resultar mas nunca o consegue fazer minimamente nem nas personagens, nem na força dos segmentos individualizados e o resultado e demasiado aquem das expetativas.

A originalidade do projeto merece o sublinhado, a forma tinha tudo para fazer a quimica das personagens aumentar, do romanticos nos proporcionar momentos intensos dramaticos, mas fica sempre a sensação a cada parcela que a mesma fica muito longe do que poderia ser. Podem ser os dialogos que sejam pouco trabalhados ou mesmo o filme que se perde em preciosismos mais esteticos do que em ligar o filme.

Por tudo isto um daqueles filmes que achamos que vai ser brilhante, próximo, romantico mas que acaba por ser uma mão cheia de nada. Ficamos com a sensação que o filme nunca consegue acionar a intensidade, a força, as personagens, chegando a ser um projeto sem sabor, onde os protagonistas e mesmo o estilo merecia muito mais do que o filme na realidade nos dá.

A historia e peculiar, um casal reune-se num casamento criando alguma cumplicidade mas depois surge um afastamento, contudo apos o aluguer de um carro estes unem-se numa viagem pelos acontecimentos mais marcantes do passado de cada um deles.

O argumento do filme parte de uma base original e corajosa, mas é no argumento que o filme falha, pela forma como as personagens não crescem, os dialogos se tornam quase sempre algo repetitivos, e pela falta de intensidade dos seus momentos.

Na realizaçao temos Kogonada um conceituado realizador asiatico que teve um filme de base de Hollywood com uma orignialidade concetual interessante mas que acaba por fazer um filme bonito esteticamente mas quase sempre vazio. O argumento e o maior problema do filme, mas o lado estetico nao foi suficiente para resgatar o filme.

No cast Farell e Robbie são dois atores do momento e tem aqui uma prestação que estava mais dependente da quimica de ambos do que os seus papeis a solo. O filme tem alguns momentos que parece que a dupla vai arrancar, mas que nunca acontece. Fica a sensação que a ideia dos dois é muito melhor que a sua concretização.

O melhor - ALguns promenores esteticos.


O pior - A forma como uma boa ideia se esvazia no seu conteúdo.


Avaliação - C

Sunday, November 02, 2025

The Long Walk

 Inspirado numa das histórias mais futuristas de Stephen King, com um elenco de jovens na mira dos grandes filmes este filme de Outuno veio ocupar um pouco do cinema sobre sociedades totalitarias juvenis, que teve em Hunger Games um dos seus filmes de maior sucesso e que tem aqui o seu realizador de base a embarcar numa nova aventura. Com criticas muito interessantes tendo em conta o genero, e sem grandes estrelas, comercialmente os resultados ficaram um pouco aquem do que Lawrence ja fez nos seus filmes mais conhecidos.
Sobre o filme podemos dizer que tem uma permissa propria ao longo da sua duração, uma serie de jovens numa caminhada até à morte onde ganha quem resistir, o filme é simples e baseia-se nas personagens, nas suas motivações e nas suas ligações. O lado das personagens é bem montado embora com algum cliche na forma como as mesmas se posicionam. Do lado do terror de desgaste o filme é forte, violento acabando por lhe dar alguma riqueza concetual.

Claro que podemos sempre dizer que é previsivel nas suas escolhas, que rapidamente assistimos ao eliminar constante de personagens por uma ordem que acaba por ser demasido denunciada, mas que leva o filme para as escolhas finais, bem interpretado, com personagens que ocupam as intrigas do filme, temos um filme que nos faz enterter, escolher, numa especie de Big Brother ficional onde escolhemos os nossos favoritos mesmo que a vitoria estivesse declarada.

Um filme original, uma historia montada para um momento, numa produçao diminuida, é um filme sobre personagens e os seus dialogos mais do que um filme de autor. Fica a sensação que podia existir mais risco concetual, mais trabalho na produçao mas isso da um lado simplista que faz o conceito funcionar do primeiro ao ultimo minuto por si só.

A historia segue um conjunto de jovens que são escolhidos para fazer a The Long Walk, onde o vencedor fica multimilionario, mas para isso tem que ser o ultimo resistente de uma caminhada sem fim, com guerras e ligações até a vitoria final.

O argumento do filme acaba por ter uma ideia de base totalmente eficaz em termos de entertenimento e o filme preenche bem os espaços nos seus personagens. Fica a sensação que o final poderia ser mais surpreendente mas a simplicidade esta presente em todos os vetores do filme.

Lawrence e um experiente realizador que teve na base de Hunger Games o seu maior sucesso. Tenta aqui ir buscar muito do lado mental desse filme mas com um lado menos estetico mais cru. Sente-se confortavel no registo mas a carreira foi de altos e baixos.

No cast o filme e Hoffman tenta ir buscar o lado mais intenso do pai, para a sua personagem perde para os seus colegas de cast. Fica a sensação que JOnsson e o ator em clara ascenção do filme ficando os melhores momentos de um ator com recursos para muito mais. Um bom cast geral jovem.


O melhor - O conceito basico do filme.


O pior - A forma como o final pode ser algo simplista


Avaliação - B

Saturday, November 01, 2025

The Roses

 Em finais de Agosto com um elenco de primeira linha, surgiu uma comedia particular que trazia nada mais nada menos um remake de Guerra das Rosas um curioso filme dos finais dos anos 90 sobre disputas conjugais levadas ao limite. Com um bom elenco e com um realizador de primeira linha criticamente se calhar esperava-se mais pelos seus elementos. Em termos comerciais o resultado tambem ficou um pouco aquem, principalmente tendo em conta a qualidade do cast.

Sobre o filme podemos dizer que é uma vertente muito mais comica de Guerra das ROsas do que propriamente o original e que a comedia nem sempre acaba por ser o segmento onde os protagonistas de primeira linha se sentem mais confortaveis, isso faz com que a quimica do casal não seja impressionante, mas que acaba por em muitos momentos funcionar, nos lados mais impactantes, mas acaba por ser nos pontos mais casuais que o filme consegue ter o lado comico mais eficaz.

COmicamente o filme nem sempre e coeso mas funciona em muitos momentos principalmente quando chama a si a maior parte dos secundarios, com a exceção de Mckinnon sempre mais estranha do que eficaz em termos comicos. O exagero, os planos da casa e do sucesso funcionam na comedia de costumes que consegue sempre chamar a si as capacidades interpretativas dos seus dois interpretes.

Por tudo isto temos uma comedia que consegue ser engraçada principalmente em alguns apartes, satirico, exagerado, concetual. Perde porque se percebe que por vezes e demasiado comica sem o lado mais forte do lado do conflito de casal. Ficamos na maior parte dos tempos presos ao desenvolvimento do casal, denotando-se no final que o filme nao arrisca o mesmo final, porque e claramente mais claro que o filme de base.

A historia fala de um casal aparentemente com tudo para funcionar as mil maravilhas ate que a confusao entre ambos começa numa escalada cada vez maior que mais que o casal coloca em causa a existencia de ambos ao longo dos anos.

O argumento tem a base da Guerra das ROsas mas com uma roupagem diferente, mais atual, mais comico, mais exagerado o filme funciona comicamente na maior parte dos seus momentos, com uma boa integração geral dos secundarios num filme variado. No impacto da historia e satira dos casais, o filme por vezes leva-se pouco a serio.

Na realizaçao temos Jay Roach, um veterano realizador que vem da comedia, com algumas passagens por um cinema mais serio com algum sucesso e que regressa a casa de partida. Sabe exagerar as cenas na vertente comica, e sente-se confortavel no estilo, mas nao e propriamente um cineasta de eleição.

No cast temos um elenco de luxo, COleman mesmo no lado comico consegue um impacto incrivel, mesmo sendo um peixe fora de agua. Cumberbacht acaba por ser mais estetico, e acaba por ter a si as maiores despesas comicas do filme. Nao sao grandes papeis mas o filme ganha com a qualidade dos seus interpretes.

O melhor - A capacidade do filme funcionar na maior parte das sequencias humoristicas

O pior - A ideia que o filme cria que a dinamica de casal nao existe fora da comedia


Avaliação - B-

Thursday, October 30, 2025

A House of Dynamite

 A Netflix prometeu um ano de 2025 com diversas estreias de alguns realizadores com muitos filmes ultimamente premiados com o objetivo de finalmente conseguir chegar ao oscar de melhor filme que lhe tem espacado, pese embora a aposta todos os anos em diversos filmes dos melhores autores. O certame começou com uma ja premiada e normalmente autora de filmes que se tornam classicos instantaneos de guerra com a mesma tematica. Comercialmente Bigelow continuou a conseguir chamar a si as criticas sendo que o impacto comercial na Netflix ainda de procura neste momento.

Sobre o filme, um dos pontos que fez da carreira da realizadora um sucesso e a capacidade de transformar filmes de guerra em autenticos documentarios ficcionados o que faz mais uma vez em filmes partilhados por personagens sobre um ataque que mudara para sempre a perceção da realidade. O filme nao procura uma historia mas sim reaçoes e nisso consegue quase nos transportar para uma realidade inexistente mas nem sempre com o impacto que na maior parte do tempo o filme pensa ter.

Se calhar o problema do filme é o acontecimento previsto ser o protagonista e não uma personagem de carne e osso, isso faz com que o filme abrande o ritmo, seja algo repetitivo em muitos segmentos e isso tire muito da dimensáo mais intensa que Bigelow queria dar ao filme. O estilo é arriscado mas a sensação que o filme fica muitas vezes perdido na sua reação acaba por o tornar muito mais pequeno que os ultimos filmes da realizadora.

Por fim, pese embora cumpra alguns dos seus objetivos e claro que é um filme menor da realizador, mesmo em termos esteticos, percebendo-se que o streaming limita custos, principalmente de produçao. O filme e montado para um estilo que se calhar acaba por nunca ter o impacto que o filme em muitos momentos pensa que iria ter, tornando-o menos impactante.

A historia fala de diversas personagens com importantes papeis na defesa norte americana os quais percebem que uma arma de grandes dimensões vai atingir uma cidade importante americana sem qualquer aviso.

O argumento fracionado baseia-se nas reações, mais do que propriamente num filme com principio, meio e fim, isso tira ao filme algum fulgor, principalmente com o passar de personagem a personagem. O filme nota-se que procura muitas vezes a emoçao, mas sem continuidade da personagem isso perde-se.

Bigelow consegue dar uma realidade aos seus filmes, principalmente em guerra pouco vista. Aqui vai mais para o escritorio, e o filme esconde-se mais em termos visuais. Uma boa abordagem nas personagens mas sem o poder de fogo dos seus filmes anteriores depois de muitos anos parada, nota-se menos força neste filme.

O cast nao e facil para os seus protagonistas pois as personagens sao vagas, com curto espaço e acima de tudo com pouca capacidade de se exibirem no proprio filme. Um cast rico, recheado mas que fica a sensação não conseguir levar o filme para outra dimensão pela sua maquete de base.


O melhor - A forma como o filme joga com emoçoes desconhecidas

O pior - A fraçao das personagens torna o filme mais fraco


Avaliação - C+

Monday, October 27, 2025

The Conjuring: Last Rites

 Nos ultimos vinte anos James Wan é a figura de referência de um terror mais comercial, não só por ter iniciado a saga Saw, mas acima de tudo por ter criado ao longo do tempo um conjunto de narrativas sobre almas por resolver com um nivel estetico elevado que leva quase a crianção de um cinematic world quase sem precedentes em termos de sucesso. Este alegado ultimo episodio de The Conjuring, sobre os Warren acabou por não ser propriamente o mais bem avaliado criticamente ficando a ideia que a maior parte do entusiasmo com a saga ja passou. Não obstante desta dificuldade comercialmente demonstrou ainda ser um produto bem apetecivel com resultados muito interessantes.

Sobre o filme podemos dizer que na maior parte do tempo ele tenta ser mais filme, com mais personagem, mais contexto que os anteriores o que o torna num filme muito lento na maior parte do tempo. Apenas no fim o filme ganha o fulgor do susto, sempre com uma estetica pensada nos seres maquiavelicos mas se calhar sem a consistencia visual que os filmes anteriores tiveram, principalmente com Wan ao leme.

No resto, num quarto episodio fica a sensação que ja vimos quase tudo, fica a sensação no final de uma despedida, na forma como o filme mais que novas narrativas parecia querer alimentar o museu dos Warren com novos objetos mais do que com novas ideias. Neste filme temos um espelho bem menos estetico do que os anteriores elementos.

Por tudo isto um filme que vai de encontro na base narrativa ao que ja vimos anteriormente, vimos um filme que por vezes perde-se em trabalhar lados da historia de uma forma mais complexa do que depois esses elementos se tornam relevantes e quando tal aconteceu surge por vezes a ideia de um filme a procura de pontos, quando se calhar deveria ter sido bem mais diretivo.

Seguimos o casal Warren, numa nova aventura desta vez apostado em tentar encontrar resposta para a nova relação da sua filha, a qual esconde um passado peculiar, e que os leva de encontro a uma familia que se encontra a ser seguida por espiritos do alem, num ultimo trabalho com consequencias mais proximas.

O filme em termos de argumento tenta ter mais conteudo de personagens, entrando nas dinamicas familiares dos Warren, sem nunca conseguir na essência o fazer. No que diz respeito ao restante, mais do mesmo, um novo elemento e muitos sustos ate ao resultado final.

Na realização Wan encontra-se apenas na produção fornecendo o leme a Michael Chaves o discipulo que ja tinha assinado a sequela anterior e o segundo de The Nun. visualmente é muito mais limitado do que Wan, nota-se que pensa bem as sequencias de terror mas pouco mais.

Em termos de cast Farmiga e Wilson personificaram as personagens, mesmo que estas tenham, na maior parte do tempo pouco conteudo. Nas novas aquisições algumas despesas de personagem para Mia Tomlinson uma quase desconhecida que funciona melhor no terror do que no restante.


O melhor - A ultima meia hora


O pior - A sensação de hora e meia em que quase nada acontece


Avaliação - C

Sunday, October 26, 2025

The Twits

 Se existe genero onde cedo a Netflix demonstrou capacidade de se impor acabou por ser a animaçao, com filmes que apareciam no catalogo de forma silenciosa mas que entusiasmavam não so os mais pequenos como alguns graúdos. Nestas colaborações com filmes de Roald Dahl eis que surge mais uma adaptação de cinema de animação de base que ao contrário de outros projetos teve longe de ser brilhante do ponto de vista critico com avaliações sofriveis. Nao obstante deste ponto fica a clara ideia que mesmo assim este tipo de registo tem sempre alguns pontos comerciais.

Sobre o filme posso começar pelo estilo que confesso que gostei, numa clara homenagem mais clean ao que Tim Burton e mesmo outros sucessores foram fazendo, o filme tem uma estetica propria, que nao sendo tecnologia de ponta, longe disso consegue transmitir bem a mensagem que quer passar no absurdo e exagero.

Acaba por ser do ponto de vista narrativo que a adaptação está longe de ser feliz, desde logo pela dificuldade total que o filme tem em ser emotivo, mesmo que as personagens mais pequenas queiram muito cumprir essa parte, mas acima de tudo a forma como na maior parte do tempo o filme mais que simbolico procura ser exageradamente repugnante, e quando assim acontece fica um pouco exagerado demais.

Por tudo isto um filme que cumpre nos seus pontos mais baixo os propositos que se propoem. Longe dos melhores filmes de animaçao Netflix que lhe foi dando um palco muito proprio, mas acaba por ser essencialmente um filme que vê-se, mensagem simples, sendo o lado visual o unico ponto onde o filme tem capacidade para se diferenciar.

A historia segue um casal de idiotas, trapaceiro que tem como unico objetivo tentar abrir um estranho parque de diversões. Quando tal é impedido acabam por se vingar na cidade e receber a resposa de um grupo de orfãos.

O argumento do filme tem a base sempre mataforica presente de Dahl, mas cai num exagero atual que muitas vezes é demais. O lado emocional do filme nem sempre sai da forma mais trabahada e a ideia que surge no maior parte do tempo e a tentativa de uma comedia facil, mais que uma animaçao fulgurante.

Na realizaçao o filme teve tres timoneiros com experiencias diferentes e tirando o lado visual, isso normalmente significa que o filme nao e propriamente uma obra de referencia ja que as ideias se vao perdendo. Mesmo com este apontamento acaba por ser um dos pontos que melhor funciona no filme.

No cast de vozes como vi a versão portuguesa nao analisarei as escolhas originais.


O melhor - A forma como o filme cria o lado visual.


O pior - O exagero do grotesco


Avaliação - C+

Saturday, October 25, 2025

Vicious

 Inicialmente planeado para uma estreia em cinema, em epocas baixas, apostando em ocupar mais um lugar no tipico cinema de terror comercial, as estrategias de lançamento foram mudando e o filme acabou por ser lançado na aplicação ainda pouco expansiva da Paramount +. Criticamente embora tenha sido um filme de alguem com ja alguns filmes do genero os resultados foram medianos, e comercialmente o veiculo de comunicação nunca será o melhor, dai os resultados terem sido rudimentares.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de um filme com uma filosofia simples, uma maldição a cargo de uma caixa e uma serie de acontecimentos quase num ato a solo da protagonista para tentar reverter o destino. O filme tem alguns momentos de susto, embora seja um filme maioritariamente previsivel e mais que isso um filme que acaba por viver dos sustos que lança mais do que propriamente pela tensão da historia.

Claro que num momento em que muitos filmes de terror entram numa dinamica paranormal quase impercetivel, o lado simplista do guião acaba por ser uma boa opção, mesmo que nem sempre as coisas sejam explicadas, alias acaba por nunca o ser minimamente apenas sabemos o poder da caixa sem nunca saber o porque de tudo aquilo e isso acaba por deixar demasiadas perguntas por eslcarecer.

Assim um filme de terror de estudio com pouco lado artistico na abordagem, com muitos sustos, bodyhorror mas pouca consistencia ou novidade na historia de base. Existe momentos em que fica a sensação que o filme vai surpreender mas tudo acaba sempre por seguir apenas o lado mais esperado, com muitos pontos que poderiam e deveriam ser melhor trabalhados.

O filme fala de uma jovem adulta isolada que recebe uma visita surpreendente de uma idosa que deixa em sua casa uma caixa e um relogio de areia com um destino fatal a não ser que cumpra os requisitos pedidos pela caixa.

O argumento do filme é na base simples e isso acaba por ser o que funciona melhor no filme nas suas debilidades. Fica a sensação que tudo e muito standartizado sem grandes surpresas e mesmo a revelação final acaba por ser algo esperado.

Na realizaçao temos Bryan Bertino um estusiasta do terror de estudio ja tinha estado na base dos primeiros Strangers aqui tenta misturar a tensão psicologica, o paranormal e o body horror mas sempre pelo lado comercial e pouco artistico, um tarefeiro do genero.

No cast temos Fanning que apostou no terror para exprimir a sua intensidade e aqui esta sozinha no filme, com muitos gritos, sofrimentos mas uma construção que acaba por na maior parte do tempo por ser algo limitada. AO seu lado a sempre força estetica de Hunter.


O melhor - Não complicar ,muito o guião.

O pior - A sensaçáo que o filme não consegue surpreender e explicar a maior parte dos aspetos


Avaliação - C-

Friday, October 24, 2025

Him

 Dos produtores de Get Out, mas com um novo timoneiro ao leme, surgiu este filme de terror psicologico e gráfico com um elenco quase desconhecido mas apostado em conduzir as pessoas à tensão tipica dos filmes desta natureza. Ao contrario dos filmes maiores de Jordan Peele a critica recusou a abordagem com avaliações muito negativas, sendo que comercialmente este feedback negativo a falta de figuras de referência comerciais conduziram o filme a resultados mediocres em face do esperado.

Sobre o filme podemos dizer que a característica mais clara do filme é que impercetível, onde quer chegar para além de momentos de tensão estética, mas narrativamente temos muita dificuldade em perceber os objetivos do filme, onde quer chegar e os processos, é um filme confuso, muitas vezes difuso e com dificuldade em comunicar o que realmente quer.

Em termos de terror para além de alguns apontamentos gráficos fica a ideia que o filme estimula demasiado o espetador para no final ter pouco. Tenta fazer bodyhorror mas no final fica a sensação que muitos desses pontos ficam um pouco aquem, na intensidade. Muitas vezes pensamos que o filme tem muita dificuldade em comunicar as personagens e os seus objetivos para alem da excentricidade.

No final temos um filme basicamente sobre uma sociedade secreta e a forma como um aspirante a estrela de futebol americano é ensinado pelo seu antecessos numa serie de passos que escondem um segredo escondido.

No que diz respeito a historia temos um aspirante a estrela que depois de um ataque que colocou em causa a sua carreira começa a ser treinado num espaço isolado pela maior estrela anterior numa serie de passos que vai muito para alem do lado desportivo.

O argumento tem uma base que até poderia ser interessante, mas fica a clara sensação que o filme não organiza as personagens, as ideias, deixando apenas o espetaculo visual ser protagonista, longe do que se poderia esperar de um filme como este.

Na realizaçao o projeto e assinado por Justin Tipping um completo desconhecido apadrinhado aqui por Jordan Peele, mas cujo resultado deixa muito a desejar. E clara a ideia do filme ter estimulos, a preocupaçao visual, mas isso nunca consegue fazer com que o filme concretize a sua missão mais concreta.

No cast temos um Wayans muito longe da comedia que pautou toda a sua carreira, num papel mais intenso mais diferenciado de um ator que poderia ter intensidade para voos mais elevados. Como protagonista temos um jovem em ascenção a procura de minutos de ecra, concretamente Tyriq Withers que é algo repetivivo na sua construçao.


O melhor - Visualmente consegue em espaços isolados ter algum impacto


O pior - A forma como nunca consegue ser percetivel nas ideias ao espetador


Avaliação - D