Depois do sucesso comercial que o primeiro filme desta saga
teve, dando à Apple uma vertente comercial que nunca teve propriamente, seria
uma questão de tempo surgir uma sequela. Esta sequela trás novos elementos
familiares e a tradição de levar a familia para outros locais. Criticamente as
coisas não melhoraram com avaliações negativas, por sua vez comercialmente numa
altura de Natal a Apple em expansão terá sempre resultados consideráveis com
este tipo de registo.
Sobre o filme posso dizer que já o primeiro filme era um
completo cliché sobre vidas duplas, com algum humor ligeiro que poderia
funcionar, acabando este filme por ser o mesmo ponto, com o ingrediente de ir
para cidades europeias de primeira linha, um ingrediente que funciona sempre em
alguns planos de ação mas pouco mais.
Um dos problemas para o filme não resultar são os
secundários introduzidos, um vilão muito pouco competente, demonstrando sempre
estar inferioridade perante o herói, alguns atalhos narrativos sem grande
utilidade, e um humor que apenas funciona em espaços, nunca sendo coerente ou
particularmente trabalhado.
Por tudo isto parece sempre que este projeto e uma forma de
ganhar dinheiro fácil, que nunca consegue trazer dinâmicas próprias para um
filme onde o primeiro já tinha tido algumas destas adversidades. Claro que o
seu caracter simples poderá sempre trazer um funcionamento comercial, mas em
termos de historia o filme vale muito pouco.
A historia fala da familia do primeiro filme, a qual numa
viagem pela europa percebe o aparecimento de um novo elemento da familia, com o
objetivo de enternizar o trabalho de familia, e que necessita que a familia se
organize para responder a essa ameaça.
Em termos de argumento temos uma historia muito próxima do
primeiro, alguns elementos novos, mas pouco brilhantes, um cliché narrativo e
algumas piadas que funcionam bem e outras que não funcionam. Esta longe de ser
uma historia particularmente interessante.
Na realização Simon Cellan Jones repete o leme, sendo um
filme de estúdio com pouca arte. Boas escolhas nas cidades que acabam por ser
protagonistas mas pouco mais de um realizador que parece um tarefeiro de
comedia de estúdio.
No que diz respeito ao cast Whalberg na sua vertente cómica
de ação que tem, na essência preenchido o seu percurso nos últimos anos, numa
personagem cliché. Algumas vezes estes filmes ganham alguma vivacidade com as
escolhas dos atores mais novos o que não acontece neste filme. No lado do vilão
Harrington tenta ganhar espaço pos Game of Thrones mas este papel fica muito aquém
de um controponto que o filme necessitava.
O melhor – Algumas localizações do filme.
O pior – O cliché do primeiro filme replicado com piores
vilões
Avaliação – C-

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