Depois da alavanca que Creed teve na ligação com Rocky e o contexto proprio dos filmes marcantes de Stallone, eis que o Franchising abandonou o velho actor e decidiu seguir o seu caminho, mais na vertente social e destruturada da personagem que da nome ao filme, e na tentativa de ir recuperar os seus fantasmas do passado, num contexto algo diferente. Esta nova roupagem foi aceite pela critica com muito boas avaliações para o filme agora realizado por B Jordan. Em termos comerciais resultados interessantes demonstrando que para a franquia existe vida sem Stallone, o qual negou por completo o filme.
Creed é um filme de ação rapido, ao contrario se calhar do regresso e do primeiro filme que acabava por ser mais intenso, mais sobre personagens, este é um filme declaradamente comercial, que não tenta dar muito das personagens preferindo dar todo o protagonismo as lutas e à sua envolvência, essa simplicidade pode tornar o filme visualmente mais apelativo, mas parece na minha opinião esvaziar um pouco principalmente tendo em conta o primeiro filme desta nova saga.
Efetivamente existe um rompimento total com o passado, tirando Apollo nada é dito, e ficamos sem perceber muito bem porquê, este corte radical com Rocky mesmo nas menções é estranho e parece sermos transportados para um registo mais ao estilo afro americano de Fuqua do que propriamente na continuidade de Rocky, até o proprio espaço fisico do filme muda, sobrando apenas o Boxe no seu limite.
Por tudo isto Creed realmente é diferente do que tinhamos visto até agora, não propriamente, na minha opinião para melhor. COm tantos bons filmes de luta que foram sendo lançados fica a ideia que a franquia quer sair do lado mais intenso e maduro para dominar o lado comercial, pode ser uma aposta ganha mas fica a ideia que e claramente um filme menor da saga..
A historia segue um retirado Adonis Creed que tenta lançar a sua equipa no dominio, até que surge um seu ex-amigo do passado, depois de um período preso que vai levar o protagonista ao regresso contra um adversario que o conhece melhor que ninguem.
No que diz respeito ao argumento o filme opta pela simplicidade de procedimentos do primeiro ao ultimo minuto, quer na explicação do passado, na forma como esconde ou quase não trabalha as personagens conhecidas e novas, leva a que o filme seja de desgaste rapido e comercialidade total.
Michael B Jordan, um pouco como Stallone tambem fez em ROcky assumiu o seu projeto e também a realizaçao. Uma estreia razoavel principalmente na forma intima como filme a luta final, onde claramente consegue ser original, e intimista com toda a logica nas personagens, embora ate então tivesse estado demasiado adormecido.
B Jordan é Creed, sem que isso seja um elogio, ao terceiro filme não é clara a empatia do personagem com o publico, e muito por culpa de um Jordan algo ambiguo. Pode ser o plano para a personagem mas os herois do publico nao se afastam tanto. Isto acaba por dar a Majors espaço para maior intensidade, de um ator muito presente, embora me pareça sempre algo parecido nas suas dinamicas.
O melhor - A luta final
O pior - Tornar Creed e o Franchising Rocky claramente um filme de comercio
Avaliação - C
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