Sunday, April 09, 2023

Chupa

 Numa altura em que a Netflix quase lança um projeto para semana para todos os segmentos e momentos, eis que o seu filme da Pascoa para toda a familia foi este projeto mexicano, que tem como obreiro o filho de Alfonso Cuaron, que tenta tornar a mitica criatura de Chupa Cabras numa especie de ser protetor. Em termos criticos, como a maioria dos filmes da produtora o resultado não foi brilhante e a origem mexicana do filme não deve premitir que seja um sucesso total da aplicação.

Chupa e um filme familiar, igual a muitos outros de união entre uma personagem infantil e um animal, neste caso a mitica criatura mexicana. O filme e ligeiro, tem muitos elementos da tradição mexicana, quer do ponto de vista da luta livre quer alimentar, a questão é que a produção não e propriamente de primeira linha, e os efeitos digitais estão longe de ser realistas, e depois e demasiado simples em quase todos os procedimentos como guião, falas e personagens, num claro filme de serie B.

Um dos pontos que me parece que não faz o filme funcionar e o mesmo trazer pontos que não explora e que abandona o que é particulamente estranho num filme como este, desde uma cobra que não tem seguimento, as propriedades curativas do personagem central, e um vilão cujos objetivos e fim não são claros torna o filme desorganizado em algumas ideias o que é particularmente preocupante tendo em conta o tipo de filmes simples que o mesmo e.

Ou seja um filme familiar, para hora e meia em familia, com sentimentos positivos, mas igual a tantos outros com defeitos quase incompreensiveis em face da facilidade que se torna ter um projeto deste. Numa altura em que a Netflix tem sido criticada pela falta de risco nos seus projetos este é um serie B que encaixa perfeitamente nessas criticas.

A historia fala de um jovem mal integrado, que vai passar ferias com o avô paterno no mexico de forma a encontrar o pais natal do seu pai falecido, mas acaba por se associar a uma estranha criatura com poderes magicos.

O argumento do filme é simples na mensagem que passa, igual a muitos filmes de serie b juvenis. Fica a ideia que lança pontas que por esquecimento desaparece e isso e um defeito forte num filme com alguma visibilidade netflix, ou seja mediocre.

O filho de Cuaron tenta ganhar espaço para alem de ser filho do seu pai, vários anos depois do seu primeiro projeto acaba por ter alguns meios, fica algo perdido com o CGI utilizado e o filme consegue ser simples, mas com pouca marca de autor, e isso não e propriamente o que ele desejava.

No cast um conjunto de atores jovens de origem mexicana que funcionam no que quer para cada um deles, Birch que acaba por ser presença continua em todos os filmes que representam o México, na personagem talvez mais absurda que desempenhou, e um vilão Slater que tenta resistir ao esquecimento, numa personagem de filme de terceira linha.


O melhor - Transmite bons sentimentos.

O pior - O criar aspetos no filme que abandona


Avaliação - C-



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