Starring:
Mickey Rourke, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood, Judah Friedlander, Ajay Naidu
Directed by:
Darren Aronofsky
The Wrestler é daqueles filmes que seduz só a sua intenção de reunir num filme todo ele rebelde um dos realizadores mais carismaticos e polemicos dos ultimos anos, o ainda jovem Aronofsky com um dos actores mais polemicos e discutiveis das ultimas duas epocas, o filme era de risco ou estariamos perante um desastre pegado capaz de deixar tudo na mó de baixo ou de um filme reconhecido quase culto para a maioria dos verdadeiros cinefilos, contudo na sua montra em veneza logo se viu que o destino do filme seria o sucesso, leao de prata, uma euforia generalizada em torno da interpretaçao de Rourke lançou o filme na competiçao pelos galardoes onde mesmo nao sendo um front runner, os premios consecutivos de Rourke assumiram um filme que mesmo nao tendo chegado ao fim da corrida foi um dos filmes mais aperciados do ano.
Aronofsky foi sempre conhecido por um autor de historias proprias creativas, um realizador de filmes peculiares nem sempre generalistas, contudo se em termos de realizaçao e cunho pessoal o filme seja bem integrado na linha do realizador, ja em termos de da historia de base estamos numa simplicidade aparente que torna o filme num objecto quase telefilme, negro, mas ciclico, o filme podera ser mesmo á imagem emocional dos seus intervenientes onde o topo e a miseria se tocam lado a lado, o filme acaba por se tornar numa panoplia de emoçoes, bem exploradas, que torna um filme no seu conteudo vulgar num filme crescido forte e acima de tudo naqueles filmes para se tornar aperciado pela generalidade do publico
E daqueles pequenos filmes que se torna grande pela aura que o envolve, desde todo o miticismo de uma personagem bem criada, bem real, onde toca pontos interessantes relacionados com os valores que assumimos nao so para nos proprios mas para os que nos estão proximos, e um filme com muito conteudo, mesmo que como objecto cinematografico nem sempre seja facil de ver as maiores qualidades de um titulo disfaçado de uma historia de vida simplista que contudo vem inerente um interior moral do mais forte dos ultimos meses em Hollywood, talvez nao seja o filme de grande publico que a maioria das pessoas esperaria nem a excentricidade pura e que tantos fãs recolhe do seu realizador mas é sem sombra de duvida uma obra forte do cinema de 2008
A historia aborda a vida de um ex lutador de wrestling a entrar na epoca de falta de frescura fisica e sem planos nem objectivos na vida que tenta em seu torno arranjar um motivo para dar sentido a sua existencia, sendo esta luta a três, por um lado no recontacto com a sua filha, por outro numa paixao contrubada por uma Streeper, ou os ringues.
O argumento nao e uma obra de creatividade, mas para os seus proprios meios consegue tornar o filme numa historia simples, eficaz com uma boa dinamica de emoçoes que tornam o filme muito forte neste ponto de vista na facilidade com que explora cada segundo das relaçoes das personagens para potenciar um maior valor no filme na globalidade, explorando acima de tudo a construçao de uma personagem do mais complexo e bem criada do ano, e que mais proxima esta daquilo a que nos chamamos crise de identidade
O realizador deste filme tem tanto de excentrico e polemico, como de artista, mais que realizador estamos perante um dos maiores genios da 7 arte dos ultimos tempos e a forma peculiar com que filme as suas obras consegue ser verdadeiros quadros de movimento, sem ter medo de arriscar o seu proprio estilo, pode nao ser sempre consensual, mas certamente ja deixou um cunho proprio no cinema
O cast e de que forma arriscado, dar o protagonismo ao talvez actor mais polemico dos ultimos anos, e principalmente quando a força do filme depende quase na totalidade na força da interpretaçao poderia ser um suicido nao so a nivel do resultado final, mas mesmo na distribuiçao do filme, que so ficou assegurada depois do extase em veneza, Arofonsky venceu a batalha em toda a linha, nao sou demonstrou talentos escondidos em Rourke como lhe ofereceu daqueles papeis que o coloca na eternidade, talvez consiga o impensavel tornar Rourke num actor nomeado e quem sabe galardoado numa gala dos Oscares, num papel de uma vida, que tornou Rourke num papel de um nivel quase sobrenatural, que torna Marisa Tomei com um bom papel algo inocua para o filme
O melhor - A dupla RourkeAronofsky
O pior - A falta do toque mais creativo do realizador
Avaliação - B+
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