Tuesday, November 11, 2025

The Hand That Rocks The Cradle

 33anos depois de Curtis Hanson nos ter brindado com um filme intenso sobre desejo de vingança e um thriller de qualidade forte, eis que surgiu o seu Remake, adaptado aos novos tempos, com um novo elenco e acima de tudo preparado para uma aplicação como a Hulu. Para alem do filme de base o filme não conseguiu propriamente impressionar, ao contrário do seu filme de base, com avaliações criticas medianas. Comercialmente a estratégia foi diversificada quer com lançamentos imediatos na aplicação quer com um atraso em termos europeus, mas nunca seria um filme para grande impulso comercial.

Eu confesso que gostei bastante do primeiro filme, intenso, com as personagens a encaixar naquilo que o filme necessitava, o que neste filme as coisas não encaixam tão bem, desde logo num passado difuso que apenas nos ultimos minutos conseguimos compreender o que aconteceu em concreto, com as personagens a ir de um extremo ao outro muito rapidamente e as personagens demasiado vocacionadas para um esteriotipo dentro das suas existências.

O que torna este filme claramente inferior ao primeiro é a tensão entre personagens, com o primeiro a ser claramente mais negro. Aqui fica a sensação que tudo se vai resolver com uma conversa, mesmo quando o filme se torna mais agressivo e esse lado mais colorido encaixa pior no estilo de cinema que o filme tem por base. Na parte final a escalada e muito rapida e os secundarios parecem sempre algo perdidos no filme.

A tarefa de efetuar um remake de um filme de sucesso parece sempre arriscada porque a fasquia esta muito elevada, independentemente da idade do primeiro filme. Aqui temos uma copia com muito menos qualidade, com a mesma base mas longe do sucesso ou efetividade na comunicação com o espetador do primeiro filme. E um telefilme com a maior parte dos defeitos do formato.

A historia segue uma familia que com o nascimento do segundo filho necessita da ajuda de uma Babysitter a qual começa a ser integrada na familia começando a surgir acontecimentos que colocam em causa a confiança nos reais propósitos da mesma.

O argumento do filme é semelhante ao primeiro filme na base, ou seja, alguem com um proposito desconhecido infiltra-se numa familia para procovar dor. Em termos de preenchimento fica a sensação que o filme esvazia por completo os secundarios que são importantes no filme de base. A gestão dos desenvolvimentos ritmicos do filme não são brilhantes.

Na realizaçao deste projeto temos Michelle Cervera que nos da um filme muito mais colorido, menos intenso, demasiado focado nas personagens e na forma destes reagirem facialmente. Nao temos propriamente uma realização com ambiçoes de autor num estilo telefilme de desgaste rapido.

No cast Monroe tentou ganhar o impacto que DeMornay teve no primeiro filme, mas intensidade e principalmente a dualidade ficam longe. Parece sempre uma personagem com o mesmo semblante mesmo nas oscilações. Winstead foi sempre uma promessa não cumprida e aqui é intensa, mas falta-lhe carisma, num filme a dois com nenhum espaço para os restantes.

O melhor - A intensidade dos ultimos dez minutos.


O pior - Ser um filme muito pior que o seu filme de base


Avaliação - C-

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