Monday, March 30, 2009

Synecdoche, New York


Starring: Philip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Michelle Williams, Samantha Morton, Tilda Swinton
Directed by: Charlie Kaufman

Charlie Kaufman é ao mesmo tempo uma das mentes mais creativas, absurdas e brilhantes de Hollywood, com um naipe de filmes peculiares, onde o aso a sua imaginaçao algo abusiva da origem a filmes estranhos mas agradavelmente surpreendentes colocou num local de destaque no cinema norte americano, sempre no guião, eis que finalmente surge a sua primeira tentativa noutro mundo menos creativo, na realizaçao onde contudo nao se inibe de contar mais uma das suas historias peculiares. Contudo as criticas ausentaram-se um pouco da unanimidade que sempre contornou Kaufman, o mundo algo complicado e a narrativa exageradamente complexa fez com que o filme fosse aclamado por algumas frações mas nao resisitiu a indiferença de outros, quanto ao plano comercial, Kaufman nao e um autor de grande publico, e mais uma vez ficou-se pelos resultados minimos.
Kaufman e tipicamente um autor absurdo, onde as historias surgem como metaforas constantes, onde o mundo da imaginario entra rapidamente em contacto com a realidade num misto de creatividade, complexidade e absurdo. Neste filme talvez por ser ele a conduzir a realizaçao Kaufman arrisca ainda mais, torna tudo muito complexo, adorna com apontamentos de uma orginalidade brilhante, mas perde principalmente por tornar o filme demasiado confuso, por demorar a encontrar o rumo e o conceito que quer dar ao filme, so no final, ou nos apontamentos finais e que o filme consegue imprimir o verdadeiro sentido ao filme, em forma de ciclo constante.

Para mais que isso o filme é daqueles que facilmente entra na retina e acima de tudo no imaginario pela creatividade e absorvencia do guião, é um filme de promenores onde provavelmente a soma das partes resulta bem mais que o seu resultado final, talvez por o espectador nao conseguir quase nunca acompanhar o ritmo da imaginaçao e dos paralelismos de sentido de Kaufman, e facil se perder no sentido do filme, mesmo no guião, ja que a linhagem temporal nem sempre e mais obvia, mas nunca se consegue ficar indiferente a um filme com esta dimensao

A historia fala-nos sobre um encenador que tenta levar a si uma peça sobre a sua propria vida, com um tamanho megalomano, onde tudo e grandioso e tenta reproduzir ao maximo cada segundo da sua vida, onde os actores e a vida real se misturam, e as personagens vao dançando ao som da personagem central

O argumento e tipicamente Kaufmaniano, com muitos tiques de creatividade quase absurda com um guião penetrante nas mestes dos espectadores, o certo e que o filme por diversas vezes deixa o espectador boquiaberto com a forma quase natural com que a originalidade flui, contudo perde por nao se adequar , e por se levar constantemente na originalidade quando poderia certamente ficar mais preso a terra voa demais e perde ligaçao por isso

A realização de Kaufman e complementar ao seu guião, numa historia destas so ele propria a conseguiria realizar de forma a assegurar que o sentido nao se iria perder, o que nao seria facil, tendo em conta a historia em causa, mesmo assim nota-se ainda algum desconforto com a tarefa, mesmo que seja uma tarefa que tinha de ser obrigatoria para este

Quanto ao cast, Kaufman escolheu os actores que se encontram mais relacionados consigo e que conseguem incutir o espirito dele no proprio filme, Hoffman tem daqueles papeis para ficar a registar, o filme entra facilmente no seu ritmo num papel dificil, mas que o talento por diversas vezes referido de Hoffman torna natural, num dos papeis mais fortes de 2008, os secundarios ligados ao cinema independentemente estao naturalmente a um bom nivel, alguns habitues de Kaufman, como Keener, Morton, Watson deixam espaço a Williams para brilhar, pela surpresa

O melhor – A cratividade e genialidade de Kaufman

O pior – Dificuldade em seguir o ritmo do pensamento dele

Avaliação - B

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