Sunday, November 30, 2008

007 - Quantum of Solace



Starring:
Daniel Craig, Judi Dench, Giancarlo Giannini, Jesper Christensen, Mathieu Amalric
Directed by:
Marc Forster


É indiscutivel que a saga Bond passou nos ultimos filmes com Brosman por algumas dificuldades não só com a repetiçao sucessiva de guiões, bem como por filmes menos aperciados pela critica que conduziu a que se pensasse rapidamente numa alteraçao nao so no protagonista mas acima de tudo no proprio contexto da personagem, para isso ocorre duas mudanças a mais vincada na cara de James Bond, num dos processos mais discutidos e criticados de sempre depois da escolha de Craig como novo Bond, mas acima de tudo foi no argumento que surgiu o maior trunfo desta revitalizaçao da saga, com Haggis um dos melhores argumentistas da actualidade a pegar na batuta, e logo na estreia o que muitos consideram o melhor James Bond da historia Casino Royal, equipa que ganha nao se mexe, para o segundo capitulo com Craig, apenas alteraçao na realizaçao com Forster, poderoso realizador de filmes perto da critica a pegar num ideia de triologia para retomar bond no caminho do sucesso, e este Bond surge com muita expectativa. Os primeiros resultados sao algo ambiguos, se do ponto de vista comercial está mais que esclarecido o poder e o renascimento da personagem com alguns dos melhores resultados de sempre, do ponto de vista critica ao contrario do seu antecessor houve menos aclamação e acima de tudo mais divisão, mesmo sendo um filme com valoraçoes maioritariamente positivas.

Quantum of Solace, tem contra si um aspecto importante sucede o Bond mais forte da historia, e a comparaçao com ele tera sempre de se efectuar, e neste particular perde em quase tudo, por outro lado aqueles adeptos da saga que consideram o anterior muito denso e menos linear podem estar descansados poia a linearidade e simplicidade de processos voltou, talvez com a excepçao da mençao ao filme anterior principalmente para contextualizar alguma motivaçao suplementar de Bond. Quantum of Solace e mais simples e logo menos filme que Casino Royal, as personagens são mais futeis, e prende-se mais na acçao do que propriamente na riqueza do contexto, da mensagem, da narrativa e mesmo do dialogo, este é mais directo e desde logo isso vê-se na duraçao mais curta do filme sendo que maioritariamente se trata de um filme de acção pura

Perde em inteligencia ganha em musculo, mas volta a um caminho menos produtivo para Bond que o aproxima mais de uma futilidade vincada da saga que o filme anterior tinha apagado. Aqui a continuaçao e obvia, nao se descola do anterior como na maior parte dos filmes, tem a estrutura e um fio condutor similar, funciona como uma verdadeira sequela e espera continuaçao, pena e que tenha adquirido algum dos tiques dos ultimos filmes de Brosman e isso não seja a meu ver positivo.

Bond aqui continua apostado em destruir uma possivel organizaçao criminosa que ja estava bastante presente em Casino ROyal aqui mais centrado numas investidas pela agua da Bolivia, mas centrada e desenvolvida por todo o lado, com a ajuda de uma boliviana sedenta de vingança, bond vai tentar por um lado combater a organizaçao e ganhar confiança plena dos seus superiores hierarquicos mesmo quando posto em causa

O argumento do filme e o parente pobre por comparaçao, Haggis tem aqui talvez um dos seus argumentos mais pobres sem conteudos e sem grande essencia, o filme e linear cumpre os seus objectivos sem brilhantismo, pouco trabalhado narrativamente e a nivel de dialogos, salva-se num ou noutro promenor como por exemplo a boa construçao do vilao, mas perde em quase todos os restantes pontos de analise

A realizaçao e o unico ponto superior neste filme Forster mais ligado a filmes de culto e de argumento do que propriamente em inovaçoes tencologicas tem uma realizaçao imponente demonstrando ser um peso pesado o filme em termos de capacidade produtiva capaz de ombrear com os gigante blockbusters, nao tem medo da grandiosidade, e pensamos que Forster tem tudo para fazer daqueles filmes que marcam em todos os niveis, qualidade e grandiosidade.

Craig venceu os criticos no primeiro filme pela excelencia da interpretaçao, pois bem, se a ordem reverte-se nao seria tao facil para Craig salvar-se das criticas porque neste filme aproxima-se mais aquilo que James Bond foi sendo e que ele tao bem soube dar a volta, e no tradicional James Bond ele tem mais dificuldades em encaixar, e mais forte mais fisico, mas perde no aspecto mais subtil, talvez demasiado actor para um papel mais futil, Kurilienko e o ideal para estes papeis, jovem, bonita carismatica, nao precisa de muita qualidade interpretativa para o papel, e o françes Amlaric que parou o mundo no filme anterior Escafandro e a Borboleta, e a surpresa do filme com um vilão com muitos tiques de psicopata e um dos mais poderosos que combateu Bond nos ultimos anos


O melhor - A serie está revitalizada

O pior - Nao ter seguido a forma do seu antecessor voltando mais proximo da tradiçao



Avaliação - C+



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