Sunday, June 15, 2008

You don't Mess With Zohan


Starring: Adam Sandler, Rob Schneider, Emmanuelle Chriqui, Nick Swardson, John Turturro Directed by: Dennis Dugan


Adam Sandler e indiscutivelmente um dos valores mais serios do novo cinema, contrapondo alguns titulos de autores mais conceituados, onde tem arriscado em titulos mais dramaticos e prestigiantes, com os seus proprios filmes num registo humoristico mais proprio, nem sempre com bom gosto, principalmente quando esta em conta a sua produtora, apesar de guardar sempre os melhores argumentos para si, normalmente com resultados positivos de bilheteira. O seu titulo deste ano, aparece desde logo mais proximo aquilo que ele tem produzido para os seus secundarios, com um humor menos logico, mais ridiculo. Os resultados baixaram do ponto de vista comercial, mesmo assim bem melhor do que as tentativas de rentabilizaçao dos seus secundarios, ja a nivel de bilheteira o filme este longe de qualquer tipo de recepçao gloriosa.
Uma das coisas que Sandler normalmente guarda para si, e um humor mais comedido, apesar do seu genero proprio associado a uma dinamica moral extremamente elaborada. que inclusive resultou em comedias de grande qualidade. Contudo nesta sua ultima aventura, Sandler apostou num registo que normalmente utiliza para os seus secundarios com pouca reputaçao a perder, pelo non sense de todo o filme pela limitaçao do humor a um conjunto de gags fisico, com muita pouca inteligencia na forma de efectuar humor. Dos pontos tipicos das comedias de Sandler apenas sobra algum dinamismo, e satira politico o cultural, mas que se encontra emaranhado num conjunto de personagens, dinamicas e humor extremamente exagerado caindo quase sempre no ridiculo.
Este filme é o tipica comedia de 2 plano, com piadas obvias, humor fisico exagerado que podemos ver em diversos filmes inclusive produzidos por sandler mas que este sempre se afastou em dimensao, nos titulos que aproveitava para o seu desenvolvimento como actor. Aqui parece-nos um passo atras, embora os resultados de bilheteira ate possam de alguma forma dar um bom ar a um titulo algo deprimente, e que vem contrariar uma dinamica de crescimento que sandler parecia demonstrar nos seus ultimos filmes.
O ridiculo e o absurdo de toda a historia parte logo da historia de base, um militar israelita, uma autentica maquina de guerra, decide aventurar-se nos USA na busca do seu objectivo de vida ser cableireiro onde tem contacto com as comunidades islamicas dos EUA, aqui entra em contacto com o publico inimigo, tudo isto num humor fisico, quase sempre sexualizado, repetido por tiques fisicos de todos os protagonistas, num filme no seu geral dotado de um histerismo massificado.
Os argumentos de Sandler constumam conciliar muito bem a forma como alia a comedia com uma satira politica e social, neste filme embora seja aqui a sua jogada politica mais forte o filme acaba por ser totalmente submergido pelo ridiculo de toda a historia de base, que contagia nao so uma construçao patetica de personagens que se tornam mais pateticas com o evoluir da historia, em situaçoes irrealisticamente absurdas.
A realizaçao tem a seu favor uma boa gama de meios disponibilizados, para comedia a realizaçao esta um pouco acima do que estamos habituados principalmente na forma como segue a hiperactividade da interpretaçao de Sandler, e consegue ser uma arma a favor da comedia.
Neste filme Sandler coloca a seu redor todo o filme de uma ponta a outra, numa das suas interpretaçoes mais histericas e primarias que a memoria num actor cada vez menos rigoroso, um actor da dimensao de Sandler nao se pode expor a um ridiculo tao grande como este, ao qual traz um john Turturo que por mais de uma vez ja experienciou este tipo de registo. Mesmo nas suas comedias Sandler poderia tirar mais dividendos como autor e acima de tudo como actor.

O melhor - A satira politica sempre presente

O pior - O ridiculo de quase todas as situaçoes do filme

Avaliação - C-

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