A ligação entre humanos e animais já foi por diversas vezes testada nos mais diferentes géneros do cinema, ora em filmes mais juvenis e de massas, mas também por vezes em filmes mais independentes. Neste caso temos um pequeno filme que foi lançado no ultimo festival de veneza e chamou alguma atenção, obtendo criticas de primeira linha que contudo foram insuficientes para lançar o filme na temporada dos premios. Estreado já em 2018 comercialmente o filme ultrapassou a barreira do milhao no mercado interno, algo que para um filme com pouca distribuição já se pode considerar satisfatorio.
SObre o filme Lean on Pete, mais que um filme sobre a ligação homem animal, é um filme sobre uma personagem concreta, com muito pouco que valorar na sua vida e que se liga ao animal, como se poderia ligar a outra coisa qualquer. Nisso o filme é inteligente na forma como centra tudo numa unica personagem que acaba por entrar do primeiro ao ultimo minuto, porque o filme é sobre ele. Na personagem temos tudo, a inocência a força a rebeldia, tudo que são as guias condutoras de um filme que muitas vezes deixa-se adormecer, mas que é quase sempre um filme emotivo.
Claro que é facil tambem perceber que o filme tem alguma falta de ritmo, principalmente na forma como em termos de road trip as sequencias não são particularmente movimentadas com algumas ressalvas. Fica a ideia que necessitavamos de algo mais principalmente nas dinamicas relacionais concretas que se vão criando. O filme nem sempre é equilibrado na gestão de episodios e isso faz com que em termos de ritmo o filme baloice ao longe da sua duração.
Por tudo isto Lean on Pete mesmo sendo um filme competente e com algumas valencias de primeiro nivel, da a sensação que deveria ter ido mais longe, deveria ser um filme com mais garra e menos adormecido. Isto porque na sua genese tem uma personagem que acaba tambem ela por ser na maior parte do tempo, uma pessoa também ela adormecida.
A historia fala de um jovem que reside com o pai, sem grande supervisao e sem qualquer objetivo de vida, que acaba por aceitar auxiliar um falido dono de cavalos de corrida, criando a ligação com um dos animais.
Em termos de argumento parece-me um filme mais emotivo do que racional, principalmente na gestão das sequencias. Tem impacto principalmente a este nivel, embora me parece que a gestão de ritmos atraves dos dialogos nem sempre seja a melhor.
Andrew Haigh é um realizador que deu-se a conhecer ao mundo com 45 years, que valeu a nomeaçao a Charlote Rapling, aqui tem uma realizaçao simples, emotiva e com estetica simples, funciona naquilo que sao os objetivos de um filme modesto, num realizador que me parece conseguir dar emoçao ao filme.
No cast temos o melhor do filme o jovem Plummer dá-nos uma das melhores interpretaçoes jovens dos ultimos anos, intensa, emotiva, com plena concretizaçao de cada sequencia, parece-nos estarem reunidas as condiçoes para o nascimento de um actor de primeira linha, com este a ser o seu papei de montra. Nao existe espaço para muito mais porque o ecra neste filme é todo dele.
O melhor - Plummer
O pior - Os ritmos demasiado desiquilibrados do filme
Avaliação - C+
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