O cinema europeu sempre foi um dos mais vaguardistas no que diz respeito ao cinema de terror. Este ano e estreado em diversos certames de terror surgiu este filme com um principio no minimo peculiar, que chamou a atenção da critica com avaliações essencialmente positivas. Comercialmente e principalmente tendo em conta que se tratava de um filme europeu de pequeno orçamento o resultado foi bem mais modesto, estreando apenas no final do ano em alguns cinemas americanos.
Sobre o filme é dificil perceber os limites que os filmes neste momento têm para tentar fazer um filme de terror, pois bem aqui temos basicamente uma autopsia descritiva filmada na primeira metade do filme, que funciona mais pelo horror das imagens ou pelo menos no excesso de sangue do que propriamente pelo suspense ou pela capacidade de psicologicamente criar alguma tensao no espetador. mas mesmo assim para mim esta é a parte do filme que melhor funciona porque foge um pouco ao que é comum neste tipo de registo.
A segunda parte ja cai mais no tipico cinema de terror dos ultimos anos, de espiritos e aparições com o final trágico, onde apenas muda o contexto de uma morgue particular desenhada para criar esse efeito e pouco mais. Aqui parece que o filme perde muita da originalidade que poderia ter no primeiro segmento para se tornar a todos os niveis mais vulgar.
Por isso temos um filme que até ameaça ser algo de diferente na sua construção mas que acaba por ser mais do mesmo alterando apenas o contexto fisico do filme, num genero que necessita de mais novidade que mesmo narrativamente coloque mais ideias novas que fuja do que ano apos ano encontramos.
A história fala de um pai e filho medico legistas que se dedicam a autopsias, tudo fica mais estranho quando recebem um cadaver de uma desconhecida com um habito interno inexplicavel o que conduz a uma sucessão de acontecimentos que acabam por colocar em risco a vida de ambos.
Em termos de argumento é obvio que a ideia da autopsia e a forma detalhada dos primeiros momentos do filme é original e funciona mais na logica do thriller do que o horror, na segunda fase mais relacionada com a segunda fase o filme torna-se a todos os niveis mais vulgar, essencialmente insistindo numa premissa sempre utilizada e gasta.
na realização temos um cineasta europeu com um cast americano, aqui até podemos encontrar alguns apontamentos interessantes no terror, como o contexto fisico e alguns promenores como o espelho. Tambem algum realismo na sequencia de autopsia, com outro argumento o seu trabalho poderia ser mais significativo.
Sabemos que o terror não é terreno para grandes interpretações e aqui novamente volta a não ser, Cox e Hirsh parecem na minha óptica ja ter exprimentado melhores momentos da carreira, sendo que mesmo sendo melhores que a maioria dos interpretes do genero, estão claramente piores que os melhores momentos das suas carreiras.
O melhor - A parte como a autopsia dá novidade ao contexto de terror.
O pior - A segunda parte claramente mais proxima do cinema de terror de pouca qualidade comum nos últimos anos
Avaliação - C
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