A esta altura da corrida aos Oscares já não existe grande dúvida
que este filme será o vencedor e por isso o filme mais reconhecido do ano. As
razões para este trajeto imaculado reside acima de tudo numa unanimidade
critica que poucos filmes nos últimos anos conseguiram de uma forma tão
objetiva e por outro lado com um trajectória comercial também forte fizeram com
que o filme com toda a naturalidade se tornasse mais que o grande candidato o
hipotético vencedor, ainda para mais em numero grande de estatuetas.
Sobre o filme depois de duas horas de
espectáculo cinematográfico e não só de primeira linha mas como emocionalmente
forte. É daqueles espetaculos que conjuga em si muito de todas as artes, desde
música, cinema, dança e artes plásticas, todas as sequencias são pensadas ao
limite e torna-se uma experiencia sensorial única para o espetador, que sai
deliciado na forma de fazer cinema que mesmo sendo tradicionalista não diz que
não á evolução das técnicas.
Assim é facil considerar uma obra prima
este filme onde tudo encaixa na perfeição, desde o cast as sequências, e mesmo
quando o filme parece narrativamente adormecer, acaba por potenciar um final de
primeira linha, que torna o inicio e o fim do filme num dos maiores espetaculos
visuais dos ultimos anos. Por momentos existe a sensação que temos que aplaudir
o que estamos a ver e quando isso acontece é sinonimo que tudo o que o filme
nos quer dar, acaba por conseguir.
Podemos apenas considerar como um
ligeirssimo senão, na essencia o filme ser uma simples historia de amor entre a
música e o cinema, e nisso poderá se dizer que o filme poderá ter um alcance
algo reduzido. mas mesmo quando nestes elementos se consegue ter emoção,
racionalidade e realismo isto acaba por ser uma critica que se esbate, já que
quando se chega a este nível pouco ou nada se pode realmente apontar a uma das
obras mais singulares dos ultimos anos.
Em termos de história, o filme debruça ao
longo de um ano os altos e baixos da relação entre um aspirante pianista de
jazz e uma jovem aspirante a ser estrela de cinema.
O argumento pode na base ser simplista mas
na forma como o mesmo é potenciado com momentos musicais com um peso forte,
pela forma como conflitos reais no balanço vida pessoal carreira pode trazer e
mais que isso na riqueza de personagens multi dimensionais faz com que um
argumento simples se torne também ele numa mais valia para o filme, ainda que
menos vistoso que os outros elementos do mesmo.
Danien Chazelle é sem duvida neste momento
o maior prodigio de hollywood, se já em Whiplash tinha conseguido
surpreendentemente dar uma intensidade inacreditável no balanço musica cinema,
neste filme vai muito mais longe, dando um dos melhores, senão o melhor
trabalho de realização dos últimos anos, conjugando diversos elementos, uns
mais atuais outros mais tradicionais, mais que um filme temos uma obra de arte
em todos os sentidos.
No cast Chazelle foi magistral na escolha
do casal protagonista, algo que o filme dependia. Desde logo porque combinam
bem essencial na forma como o filme se aproxima dos espetadores. E depois
porque consegue tirar de cada um aquilo que o filme necessita. Mais exigente
para Stone, que consegue imperar durante todo o filme, com momentos de
interpretação ao mais alto nivel e que provavelmente e de forma justa irá culminar
no oscar de melhor actriz. Gosling parece-me uma escolha mais comercial pela
forma como consegue ser o gala sensivel e próximo do público feminino. Com
claros menos atributos vocais o certo é que controna isto com outros elementos
como presença e um historial de filmes romanticos.
O melhor - A realização, uma das melhores alguma vez vistas
O pior - Podemos sempre dizer que é uma
simples história de amor.
Avaliação - A-
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