Wednesday, February 28, 2018

Ferdinand

A abertura do cinema de animação a outras realidades que não os EUA é algo que foi pautado nas apostas do presente ano. Depois da Pixar apostar na tradição mexicana do dia dos mortos, a Fox, através da Blue Sky apostou nas touradas espanholas, neste particular filme estreado para competir com Star Wars.Talvez devido a esta competição os resultados ficaram um pouco aquem dos melhores filmes de um dos maiores estudios. Criticamente pese embora avaliações medianas com ligeira tendencia positiva conseguiu a nomeaçao para o oscar de melhor filme de animaçao o que se pode considerar de imediato um sucesso dentro do genero.
Sobre o filme existe logo um facto que me parece exagerado e tem sido comum nos filmes de animação do presente ano, a sua longa duração. Fazer um filme com um publico alvo crianças quase com duas horas de duração é um exagero e neste caso totalmente injustificado ja que a determinada altura parece que o filme se torna algo repetitivo com excesso de dialogos entre personagens, e em algumas sequencias algo longas.
Mas e obvio que o filme tem uma mensagem positiva de ligação afetiva aos animais, contra os desportos de massacre como as touradas, o que pode ser discutivel em alguns paises mas nos outros e facilmente aceite. O filme nisso parece-me bem pensado na mensagem que quer transmitir numa sociedade mais global. Alguns dos momentos de criaçao da atmesfera madrilena sao bem feitos e sao o que de melhor produtivamente o filme acaba por ter.
Ou seja para alem da duração em termos comicos nem sempre o filme consegue ser muito engraçado, sendo quase sempre um filme mais ritmado do que eficaz. Tambem em termos de personagens e aquilo que elas trazem ao filme nao me parece que seja um filme equilibrado ja que na maior parte do tempo apenas a diferença entre os touros acaba por ser importante para a mensagem que o filme nos quer dar.
A historia fala de um touro de grande porte, criado com sensibilidade e anti violencia que se ve no meio de uma luta para derrotar o maior toureiro da historia, quando as suas convicções sao distintas ao desporto ao qual vai participar.
Em termos de argumento parece-me claro que este e um filme sempre muito mais eficaz em termos de moral e mensagem que quer transmitir do que propriamente nas suas componentes como personagens e elementos comicos, onde nem sempre parece-me que as coisas resultem em pleno.
Carlos Saldanha e o responsavel por sagas como Rio e Ice Age tem aqui um filme de estudio com dimensao onde o particular destaque vai para a criaçao de Madrid, de resto algum exagero na caracterização de algumas personagens. Nao e o seu melhor trabalho mas segue o espirito da sua obra,
No cast de vozes vale pela coincidencia fisica de Cena e de Ferninand, em termos do restante não sendo um adepto do estilo de humor de Mckinnon a sua personagem parece um despredicio de tempo para todo o filme.

O melhor - A mensagem

O pior - O excesso de duração

Avaliação - C+

Tuesday, February 27, 2018

Novitiate

O mundo da clausura na religião catolica é sempre um tema interessante na forma como tentamos perceber as motivaçoes para tais decisoes. Este ano existiu um filme que se debruçou a serio sobre as vontade de ser devota de deus, num filme que estreou em SUndance com boas criticas o que lhe permitiu a compra por parte de um estudio maior. Estreou com algumas ambiçoes na corrida aos premios muito concretos mas acabou por falhar principalmente a nomeaçao de Melissa Leo. Em termos comerciais um filme sem grandes figuras mediaticas acabou por ter resultados modestos que não lhe premitiram o impulso necessário para entrar na verdadeira corrida aos premios.
Sobre o filme é sempre dificil para alguem sem grande crença avaliar um filme que se sustenta apenas nisso. Parece-me um filme detalhado e promenorizado na forma como entra dentro da cabeça e indecisões das personagens sempre com aquela rigidez que desenhamos quando pensamos num convento.Nisso o filme é intenso criando uma atomesfera psicologica que alimenta o filme na sua essencia.
COntudo e um filme com um defeito claro é demasiado circular, talvez pelo excesso de duração durante grande parte do mesmo vimos repetiçao de sequencias com personagens diferentes e um desenvolvimento muito lento. Mesmo no que diz respeito a intensidade fisica penso que o filme teria espaço para mais nao fosse a sua criadora alguem que passou pelo processo que o filme transmite e assim ter algum respeito pelo seu passado.
Mesmo assim um filme com alguns pontos positivos, que mais uma vez nos demonstra a rigidez de ideias na igreja e a dificuldade de evolução, num filme que nao tras propriamente nada de novo ao genero, mas e um compentente filme dentro das regras que outros ja trouxeram para o conceito. Um filme sobre limites de resistência que é muito mais intenso a nivel psiquico do que fisico.
O filme fala de uma serie de jovens que estão na parte que antecede a tomada de posse como freiras, na fase final do processo, onde a exigencia total de devoçao a causa acaba por gerar conflitos internos principalmente numa fase em que a igreja passa por mudanças significativas no seu paradigma.
Em termos de argumento parece-me um filme algo balizado com receio de chocar os devotos mas tambem aqueles que nao compreendem o intuito das personagens. E sempre um filme mais descritivo do processo do que ideologo e neste tipo de filmes pode ser acusado de ser pouco audaz.
Na realização Maggie Bets uma total desconhecida tem um filme intimista onde consegue transmitir a intensidade psicologica de um ambiente de clausura, mas nem sempre com grande risco. Nao e dos filmes que brilha pela sua estetica pese embora seja quase sempre competente na imagem que nos da. A ver o percurso de uma jovem realizadora.
No cast uma serie de jovens quase desconhecidas com papeis interessantes mas totalmente ultrapassados pela intensidade que Leo da a sua personagem. A sua presença acaba por provocar toda a intensidade psicologica do filme ficando a ideia que com um filme maior a nomeaçao seria obvia

O melhor - Melissa Leo

O pior - ALguma falta de risco do filme naquilo que tenta ser

Avaliação - B-

Sunday, February 25, 2018

The Phantom Thread

Desde o inicio da sua carreira se percebeu que Paul Thomas Anderson seria facilmente um dos realizadores mais proximos da critica pelo menos durante a sua carreira. Talvez seja estranho em face desta relaçao intima que ate ao momento ainda não tenha saboreado qualquer oscar. Este ano num filme mais de epoca do que habitualmente faz parecia ter condiçoes para quem sabe ombrear pelos maiores premios, algo que conseguiu com muitas nomeaçoes nas categorias principais fruto de uma otima recepção critica.  Comercialmente parece-me obvio que PTA nao pensa nessa compoente com resultados naturais para um filme mais pensado para a critica do que para o grande publico.
Sobre o filme eu fui bastante adepto dos primeiros momentos da carreira de Andersone  menos dos seus ultimos filmes por achar que são demasiado ambiguos, demasiado pensados em serem estranhos do que serem filmes de eleiçao. Este acaba por ter o mesmo problema embora com uma narrativa bem mais simples do que os dois anteriores. Em termos tecnicos Andersson tem talvez o seu filme mais de autor e mais impressionante, com um registo estetico de eleiçao onde todas as cenas sao pensadas ao limite. Em termos de argumento parece-me claramente um filme menor do autor, que tem uma ideia circundante que usa e abusa ao longo de todo o filme.
Muitos poderão dizer que é uma historia de amor obsessiva realizado como poucos filmes são, eu ate concordo com a segunda parte, mas o filme perde demasiado tempo nos maneirismos das personagens sem que eles acabam por se refletir em algo concreto no filme. E obvio que no final temos mais intensidade o que leva o filme para melhores registos mas parece-me obvio que Anderson principalmente no significado da historia teria de ter um filme mais capaz se finalmente quer chegar ao oscar de melhor filme.
Ou seja embora um filme impressionante na sua forma de realizar e na sua componentes tecnicas quer a fotografia, guarda roupa passando pela banda sonora perde onde os filmes agora mais força tem de ter, que e o argumento. E isso muitas vezes e a fronteira entre um filme para a eternidade e um filme que se ve gosta-se moderadamente e o mundo segue depois de o vermos.
A historia fala de um obsessivo costureiro que acaba por iniciar uma relação com uma empregada de balcao que o vai levar a um conflito entre a obsessao pelo seu trabalho e por uma relaçao intensa sem limites.
O argumento e o calcanhar de aquiles do filme, nao e por acaso que e um dos pontos do filme que nao conseguiu a nomeaçao para o oscar. Temos alguns bons apontamentos de dialogos mas falta-lhe dimensao na mensagem e originalidade e criatividade na historia de base. Ja vimos Anderson escrever melhor.
EM termos de realizaçao e o filme mais trabalhado e bonito de Anderson o exercicio de estilo esta la todo com uma marca de autor. Fica a sensaçao que com um argumento mais trabalhado poderia ser este o filme que atingisse o topo por parte do realizador.
No cast Day Lewis e garantia de intensidade e sucesso, nao fosse ele o actor mais oscarizado da historia, Aqui temos um Day Lewis em boa forma mas longe dos seus melhores registos, parecendo que a nomeaçao se deve mais ao facto de ter anunciado a reforma do que propriamente pela força da personagem. Parecem-me mais fortes as suas auxiliares.

O melhor  - A realizaçao

O pior - Um argumento com pouco alcance

Avaliação - B-

Saturday, February 24, 2018

Pitch Perfect 3

Chegar ao terceiro filme de uma saga e ainda conseguir ultrapassar os 100 milhoes nao tendo na sua essencia uma historia conhecida ou grandes efeitos especiais tem de ser louvado na estrategia comercial deste grupo de raparigas a cantar a capela. Pois bem se comercialmente o abrandamento do filme tem sido pequeno o que acaba por sustentar as respetivas sequelas, criticamente este filme foi claramente pior avaliado do que os seus antecessores com avaliações com tendencia negativa.
Sobre o filme eu confesso que nunca achei particular graça a nada desta saga, se o primeiro filme ainda nos mostra os dotes tecnicos das actrizes, os restantes acabam por ser repetiçoes de ideias com inclusoes ou exclusoes do grupo. Mas de todos os filmes este terceiro e sem sombra de duvida o mais vazio em todos os aspetos, quer no de competiçao onde se compara alhos com bogalhos mas tambem na forma como o filme quer algum suspense policial completamente desnecessario e totalmente amador a forma como o aborda.
Por tudo isto e facil perceber que a ideias que tiveram por tras desta saga ja secaram e que agora apenas temos uma tentativa de recuperar personagens para amealhar dolares e reproduzir a capela algumas das musicas pop mais conhecidas dos ultimos anos. ALias a unica coisa que parece alimentar comercialmente este filme e uma cultura pop adolescente enraizado na cultura musical que o filme aborda.
Agora parece obvio que o filme consegue lançar os dotes vocais das suas protagonistas principalmente Kendrick e Steinfield que inclusivamente ja iniciaram carreiras a solo no mundo da musica. Contudo parece me muito pouco para tres filmes e milhoes de dolares amealhados.
A historia continua a saga do grupo das bellas que depois de acabar a faculdade acabam por se reunir novamente numa competiçao junto dos soldados americanos na europa, onde tudo vai ficar pior com a ameaça de um mafioso com intençoes negativas.
EM termos de argumento o filme como o filme anterior e um vazio para alem da competiçoa e a musica, aqui vai mesmo mais longe no ridiculo na especie de policial que tenta incluir num argumento ja de si basico na comedia que e ainda pior neste genero.
Na realizaçao o leme ficou a cargo de Trish Sie uma realizador quase desconhecida que apenas tinha tido algum destaque no ultimo episodio de Step Up, um filme com algum paralelismo a este e onde o palco acaba por ser o mais importante. COntudo ninguem faz carreira em episodios de franchising.
No cast nada de novo todos repetam as suas personagens da saga, mais uma vez com uma WIlson longe de na minha opiniao ser engraçada no seu estilo de humor. e um vilao Lithgow, que num ano onde ate criou um interessante Churchill me parece claramente sem sentido neste filme.

O melhor - A tecnica musical

O pior - O policial dentro do filme, do mais amador possivel

Avaliação -D

Friday, February 23, 2018

Just Getting Started

Verão, Natal, comédia e terceira idade, tudo parece obvio num cocktail que tinha tudo para se tornar num rotundo floop de Natal e o que é certo é que assim o foi, criticamente este filme foi totalmente aniquilado nas suas avaliações, e talvez por isso e não só comercialmente foi um desastre para um filme que ainda conseguiu destribuição wide, mas como já se previa os seus argumentos eram pouco fortes para um mercado tão competitivo.
Uma das maiores dificuldades que um actor pode ter em Hollywood é entrar na 3º idade e não ter a capacidade de escolha dos filmes, dai que me parece obvio que dez anos antes nem Freeman nem Lee Jones alguma  vez podessem pensar entrar numa comedia tão fisica e tão sem graça como esta, que acabou por nada mais nada menos demonstrar ainda mais as debilidades fruto da idade dos seus protagonistas, numa especie de comedia que nunca consegue ser engraçada e com uma historia completamente desinteressante.
Muitas vezes ao longo do filme pensamos como e possivel um estudio de primeira linha lançar um argumento tão pobre como este a todos os niveis. Alias o filme tem um elemento policial que encobre a identidade da pessoa que tenta fazer mal a um dos protagonistas para depois ser uma personagem que nem entrou antes. Mas não é so aqui que o filme e absurdo a sequencia de comedia e de disputa entre protagonistas para alem de ter uma clara falta de graça tem momentos de uma realização quase amadora.
Por tudo isto este filme e uma das piores comedias não só deste ano mas dos ultimos anos, que tem a cereja no topo do bolo a tentativa de nos trazer um natal com calor que como todos sabem tem tudo menos o espirito desejado. Ou seja um conjunto de actos falhados que reuniram num filme que a determinados momentos faz-nos pensar se o seu objetivo não era mesmo fazer tudo mal.
A historia fala de dois idosos que se reunem num vila para reformados de primeiro nivel que começam uma disputa entre si pelo mais forte da vila. Tudo fica pior quando um deles começa a ser alvo de tentativas de homicidio relacionados com o seu passado.
O argumento e disfuncional a todos os niveis de analise, na vertente policial alimenta um suspense que acaba por nao dar a lado nenhum, e em termos comicos tenta tanto para resultado nenhum porque o filme nunca consegue ser minimamente engraçado.
Na realizaçao Ron Shelton é um realizador experiente mas que estava ha diversos anos fora de competiçao, e este filme vem demonstrar que talvez a reforma teria sido a melhor opçao porque quer em argumento mas principalmlente na realizaçao o filme e um completo desastre.
No cast é percetivel a dificuldade dos actores conseguirem filmes numa determinada idade, mas dois vencedores de oscares com dimensão como Lee Jones e Freeman nada ganham neste tipo de filmes para alem de demonstrar dificuldade em tar pronto para outros voos.

O melhor - Ron Shelton provavelmente não vai regressar

O pior - O filme não consegue fazer funcionar uma graça

Avaliação - D-

Wednesday, February 21, 2018

The Man Who Invented Christmas

De todos os livros de natal poucos conseguiram o mediatismo e força que Conto de Natal de Charles Dickens conseguiu. Pois bem depois de diversas adaptações do livro em si, este é um filme diferente um filme que aborda o processo criativo do autor, numa fase complicada da sua vida e que conduz ao lançamento de uma das suas obras mais singulares. Em termos criticos pese embora avaliações consistentes as mesmas foram insuficientes para servir de impulso ao filme que comercialmente conseguiu o resultado que qualquer filme com este tema conseguiria,
Os filmes sobre os processos criativos de autor são normalmente filmes algo confusos, porque a tentativa de entrar na mente de alguém é sempre um processo arriscado e nada objetivo. Pois bem o filme pese embora tente nos dar as personagens e coloca-las em dialogo  com o autor nunca consegue ser objetivo sendo muitas vezes confuso e sem grande sentido, pese embora a tradição e o espirito do livro esteja bem presente e acima de tudo um filme bem pensado do ponto de vista estetico.
Mas esta longe de ser um grande filme, principalmente porque já conhecemos a historia já conhecemos o seu desenvolvimento e tudo se torna demasiado obvio em todo o processo do filme e principalmente da personagens de Dickens, que nos parece sempre alguém perdido, o que é dificil de entender sendo um dos maiores escritores da historia. Alias penso que é na caracterização e definição de DIckens que o filme falha em grande linha, tornando-o quase numa personagem de comedia. Certo é que o filme com esta escolha queria dar ao mesmo um carater ligeiro e que lhe permitisse um filme familiar, mas parece sempre algo preso ao tradicionalismo do cinema britanico.
Por tudo isto parece-me obvio que sendo um filme sobre um acontecimento interessante e por ser um filme dentro do livro, é bem mais artistico e com mais mensagem os filmes sobre o livro em si, mas todos acabamos por ter a certeza que de tempo em tempo os grandes classicos da literatura de natal vejam filmes ou sobre a historia ou sobre a criaçao.
A historia fala de Dickens depois do sucesso de Oliver Twist e com dificuldade em escrever outro sucesso, que no desespero acaba por começar a interagir com personagens criadas pela sua mente, e que lhe vao levar a escrever o conto de natal, contra todas as apostas.
Em termos de argumento parece-me que o filme adopta um tom demasiado leve principalmente na forma como caracteriza Dickens. E num filme com uma base tão importante penso que o filme se deveria levar mais a serio no tom. O paralelismo de dimensoes nem sempre e obvia como deveria ser.
Na realização a batuta foi entregue a Nalluri um realizador indiano de pouca dimensão que tem um trabalho meritorio na construção temporal e na luz tipica dos filmes de natal de epoca. E um filme bonito mesmo que com pouco risco.
No cast 2017 vai ser o ano da impulsao de Dan Stevens, depois de a Bela e o Monstro e de Legion tem aqui mais um filme de grande protagonismo. Eu penso que ainda falta intensidade dramatica ao actor, demasiado ligeiro para tantos filmes. Aqui ainda se denota mais quando tem que partilhar cenas com a toda a intensidade de Plummer, que mesmo em face da idade teve um dos seus melhores anos.

O melhor - O espirito estetico do filme.

O pior - A personagem demasiado simples de Dickens

Avaliação - C

Monday, February 19, 2018

Basmati Blues

Numa altura em que Bollywood tem ganho novamente alguma força e mediatismo no cinema cada vez mais temos filmes que cruzam Hollywood e o cinema indiano. Esta produção que teve alguns avanços e recuos foi uma das que trouxe actrizes de primeiro nivel para a INdia. O resultado foi contudo muito pobre a todos os niveis, desde logo criticamente onde o filme foi absolutamente arrasado pela critica, e comercialmente onde Brie Larson por si só não conseguiu levar o filme para altos voos.
Basmati Blues é obviamente um filme com muitos erros, desde logo no excesso de musica, o que nos leva para os filmes de serie B de Bollywood, com um problema que contamina tudo, é que em nenhum momento as sequencias musicais são bem feitas, bem coreografadas e pior que isso fazem sentido no filme em si. Ou seja uma das caracteristicas que o filme quer fazer de uma forma vincada acaba por resultar num absurdo repetitivo, que acabam por prejudicar de imediato o filme.
Mas não é apenas neste ponto que o filme falha em toda a linha, um argumento totalmente basico que parece escrito e idealizado por uma adolescente de 13 anos, sem qualquer supresa, sem força nas personagens e mais que isso com um fim obvio nunca poderia resultar num filme com qualquer tipo de dimensao significativa, ficando apenas a questão de como Larson aceitou protagonizar um filme com tantos defices a todos os niveis.
Por tudo isto e facil perceber que embora Bollywood tenha um estilo proprio em termos de qualidade de cinema limitam-se a replicar historias e conceitos, que não alteram mesmo quandto tem a visibilidade da presença de uma actriz de primeira linha como Larson. O resultado e mais do mesmo, numa especie de musical que por vezes parece propositado na forma como as sequencias musicais não sao revestidas de qualquer proposito ou sentido.
A historia fala de uma cientista americana que depois de descobrir uma nova forma de fazer arroz, dirige-se para a INdia onde vai tentar implementar a sua descoberta, contudo vai perceber que a empresa para o qual trabalha esta longe de ter as melhores intençoes com os agricultores locais.
Em termos de argumento o filme e todo ele um cliche, quer nos compromissos de honra das personagens mas acima de tudo na historia de amor, tudo é mal construido e mais que isso pouco potenciado. Nos dialogos percebemos sempre que o filme não tem fio condutor e mais que isso as sequencias musicais sao absurdas.
O filme marca a estreia na realizaçao de Dan Baron, que tem um papel pouco interessante, nunca consegue retirar beneficios do contexto da india e mais que isso consegue parecer ridicula todas as sequencias relacionadas com musica. Ou seja como realizaçao um autentico desastre.
AInda hoje Brie Larson deve questionar a razão que a levou a aceitar e mais tarde concluir este projeto. A sua personagem como todo o filme é infantil e muitas vezes absurda, num cinema cada vez mais exigente deve-se ter cautela com este tipo de apariçoes.

O melhor  - Quem se quiser recordar de Bollywood tradicional

O pior - A forma como o filme atinge o absurdo nas sua componente musical

Avaliação - D

Sunday, February 18, 2018

Wonder

Nos ultimos tempos RJ Palacio tornou-se num dos autores de maior nome nos EUA, principalmente por filmes sobre dificuldades em idades mais curtas. Nesta segunda adaptação dos seus livros para o cinema tinhamos um obvio candidato a filme mais ternurento do ano. E parece ter cumprido os seus objetivos em termos criticos passou com avaliações moderadamente positivas, embora insuficiente para lançar o filme para os premios, o que tendo em conta a historia de domingo a tarde ate se percebe. Mas foi comercialmente que o filme conseguiu se tornar num dos grandes sucessos de final de ano, terminando com um resultado positivo para a sua produtora.
Sobre o filme eu confesso que fui adepto da outra adaptaçao do autor, bem mais do que deste filme simples, emotivo, com muito coração e recheado de personagens com bom fundo, mas que na verdade é quase sempre demasiado idealista no resultado, pensado obviamente mais para agradar do que propriamente para se debruçar sobre a condição que o filme relata. Essa opçao pelo lado feliz da coisa como sendo um mensageiro positivo e obvio em todo o filme que acaba por isso ser um filme emotivo mas nem sempre razoavel naquilo que tenta espelhar em termos de realidade.
O filme inicialmente parece querer ir mais longe num drama mais intenso quando altera o foco da narrativa, parece querer dar um filme mais que a personagem mas rapidamente abandona, sendo que todo o filme roda ao longo de Auggie mesmo quando critica isso o filme acaba por cair no mesmo erro tornando-se num obvio filme de domingo a tarde que se ve bem com simpatica mas com pouco registo.
E obvio que e um filme que as pessoas gostam, principalmente aquelas que menos exigem em abordagens mais diferenciadas, e um filme de padroes simples de desenvolvimento narrativo, onde apenas o paralelismo dos mundos como fuga parecem ser de maior risco. E um cinema que normalmente agrada mas parece-me curto para outro tipo de voos.
A historia fala de um jovem que integra a escola e tera de lidar com a reação de todos os seus colegas a uma condiçao fisica que lhe alterou por completo a fisionomia da face, sendo o filme esta adaptação nao so do proprio mas de toda a sua familia.
Em termos de argumento é um filme que transmite emoçoes bem mais do que um filme detalhado e com realismo sobre um problema. Claro que as mensagens positivas devem ser sempre reiteradas, mas neste caso parece-me que o filme e demasiado feliz para o que trata.
Na realizaçao Chbosky, tem neste seu segundo filme um trabalho parecido com o que tinha conseguido em Perks of Being Walflower onde da o protagonismo aos interpretes. Aqui repete em dois filmes bastante emotivos e que o realizador consegue tirar o melhor que a emoçao pode dar ao filme.
Em termos de cast são os mais novos que brilham, Tremblay e o actor jovem maravilha do momento e aqui da intensidade e entrega fisica ao papel. AO seu lado um bom sublinhado para a jovem Izabela Vidovic que acaba por ser a surpresa do filme no seu lado mais emocional. Wilson e ROberts parece escolhas naturais para os papeis

O melhor - O coraçao do filme

O pior - ALguma falta de razão

Avaliação - B-

Donwsizing

Alexander Payne tornou-se na ultima decada o autor e realizador mais efetivo com tres filmes que conseguiram todos entrar na discussao pelo oscar de melhor filme e renderam ao autor dois oscares de melhor argumento. Este ano era com expetativa que se aguardou o seu projeto maior, com mais meios. Pese embora este facto logo apos as primeiras visualizações em Veneza se perceber que ao contrario das suas obras anteriores este particular filme estava longe de ser unanime que de imediato lhe retirou pela corrida aos premios principais. Talvez justificado pelo pouco fulgor critico do filme tambem comercialmente as coisas tiveram longe de algum sucesso e tornaram este filme talvez o maior fiasco da carreira de Payne.
Sobre o filme eu confesso que a carreira de Payne para mim foi do menos ao mais, inicialmente nao percebia a loucura critica em torno do realizador mas com Nebraska fiquei arrebatado pela sua forma de contar historias onde o obvio nunca e obvio e tudo tem explicaçao. POis bem este Donwsizing e para mim um dos filmes mais subvalorizados deste ano, ja que me parece que mais uma vez temos uma historia bem contada, arriscada na premissa que consegue ao mesmo tempo potenciar personagens comuns, como outras que entram para encher o filme narrativamente. Contudo parece-me termos algo que nos filmes anteriores nao era tao trabalhado, ou seja, a capacidade de um filme tecnicamente dificil e que funciona.
E facil de aceitar que DOwnsizing nao e um filme facil, que se tem de entrar com mente aberta que ultrapasse o valor comico da situação, posto isto parece-me um otimo filme, bem escrito, com uma mensagem bem definica e com uma forma criativa de o contar. Numa altura em que nos queixamos vezes sem conta da falta de ideias originais por parte de alguns criadores, quando elas aparecem como e este o caso demonstramos talvez que ainda nao estamos preparados para elas.
A historia fala de um casal americano, a quem falta alguma coisa para ser feliz, que decide diminuir o tamanho, opçao entretanto criada de forma a aumentar os recursos da terra e mais que isso permitir que pessoa normais passem a ricos. Contudo neste novo mundo nem tudo corre como pensado.
Em termos de argumento penso que o filme funciona nos seus dois pontos de analise, uma ideia de base, criativa, original e bem montada ao qual se une um filme que acaba por dar muito dos seus personagens que encaixam uns com os outros. No final pode parecer demasiado filosofico, mas e facil conseguir atingir um ponto que o filme quer.
Em termos de realizaçao e o filme mais vistoso de Payne em toda a dificuldade do criar um mundo maior e mais pequeno em comparaçao. Nunca e um filme que quer grandes efeitos mas consegue tirar lucro na sua historia de base. Payne parece-me um realizador de momento preparado para tudo.
No cast parece obvio que o filme consegue ser inteligente nas escolhas que faz, Damon e seguro como protagosnista, ja que o filme nao exige muito do seu personagem para alem do equilibrio. Todos os louros vao para Hong Chau que desde o momento que entra domina o filme. As diversas nomeaçoes para os premios eram mais que justificadas, e a sua ausencia nas nomeaçoes aos oscares algo completamente incompreensivel.

O melhor - A forma como uma mensagem politica pode dar origem a um filme diferente

O pior - Os ultimos vinte minutos sao demasiado filosoficos

Avaliação - B+

Wednesday, February 14, 2018

Roman J Israel Esq

Dan Gilroy é sem sombra duvida neste momento um dos argumentistas mais procurados e conceituados do mercado, e o seu filme de estreia na realização (Nightcrawler) tinha sido uma otima surpresa critica, dai que a expetativa para este seu segundo filme fosse elevada. APos as primeiras visualizações percebeu-se que o filme estava longe da uninimidade com avaliações muito dispares que de imediato lhe retirou enquanto filme qualquer hipotese de entrar na corrida pelos premios. Comercialmente numa altura em que os candidatos principais aos premios se perfilavam o nao ter este rotulo acabou por diminuir a capacidade comercial do filme que esteve longe das melhores sensações.
Sobre o filme podemos dizer que é um filme de estilo naquilo como caracteriza uma personagem estranha que dura o filme todo sem percebermos muito bem o que temos em frente. Dai que o filme tenha muitos problemas em funcionar, porque nunca deixa de ser estranho, porque nunca conseguimos perceber o objetivo da personagem e muito menos do filme, que apenas no fim acaba por fazer imperar a sua moratório mas sempre num processo longe de ser totalmente funcional.
E o mais estranho e que o filme tem dificuldade em funcionar no seu guião, por tentar ser demasiado diferente, o que para um argumentista de primeira linha como Gilroy e obviamente estranho ja que usualmente estes sao aqueles que na diferença melhor conseguem fazer funcionar e transmitir as suas ideias, aqui isso nunca acontece. A determinada altura parece mesmo que o filme pouco tem a oferecer do que a irreverencia natural da personagem.
Dai que sobre muito pouca coisa de real valor no filme, a prestação de Washington que lhe valeu pelo segundo ano consecutivo a nomeaçao para o oscar, um ou outro apontamento sonoro e pouco mais num filme que parece sempre estar fora de tom e mais que isso nunca ter uma narrativa assimilada para transmitir.,
A historia fala de um advogado de escritorio que apos a doença do seu patrao acaba por integrar uma grande firma de advogados que o vai fazer sair do escritorios, e lança-lo a um mundo para o qual nunca esteve preparado.
Em termos de argumento o filme e dificil, a historia de base nunca e concretizada, realçando se apenas um ou dois momentos bem trabalhados, numa historia que esta longe de ser funcional. Nao e certamente com este argumento que Gilroy ganhou o espaço que conquistou.
Na realizaçao Girloy neste seu segundo filme tem uma realização particular de personagem e escura algo semelhante ao que tinha feito no seu filme anterior, embora neste caso o argumento nao permita grandes elogios ao filme como um todo.
No cast Washington esta num excelente momento de forma, e neste filme demonstra mais uma vez a sua intensidade em papeis diversos. O filme vale por ele, e mesmo com uma personagem nem sempre concreta o actor consegue levar a interpretaçao para niveis muito elevados,

O melhor Washington

O pior - Um argumento quase sempre a deriva

Avaliação - C

Sunday, February 11, 2018

The Post

Um filme que reuna Tom Hanks, Merlyl Streep e realizado por Steven Spilberg tem obviamente tudo para ser por si so um acontecimento, ainda mais lançado em plena epoca de premios e sobre uma historia real sobre liberdade do jornalismo, foi automaticamente considerado um natural candidato aos premios. As boas avaliações acabaram por garantir ao filme a nomeaçao para melhor filme, pese embora apenas a consagrada atriz tenha conseguido juntar uma segunda indicação. Comercialmente para um filme com mais ambiçoes de premis podemos dizer que o resultado foi consistente.
Sobre o filme o tema é atual e nisso poucos tem a astucia de Spilberg para lançar os filmes com um timming pertinente, quando se discute a relação da imprensa com a casa branca. De resto temos um filme competente, detalhado, bem  interpretado, que acaba por ser uma boa criaçao de epoca, mas que se torna algo repetitivo na base, ou seja basciamente o filme e um recheio de indecisões para um final esperado.
Nao e nem de perto nem de longe um filme brilhante nem sequer dos melhores filmes de Spilberg, é daqueles registos que fica bem no seu curriculo mas que ninguem se vai lembrar do realizador particularmente por este filme. Parece- quase sempre um filme politico de ideias sublinhadas mais do que propriamente um filme sobre personagens num dado momento. Tambem na abordagem temos algum tradicionalismo que apenas e ultrapassado na recriaçao do print do jornal.
Por tudo isto Post e um filme que vamos achar interessante no seu ponto de vista, um filme que vamos achar pertinente e atual, mas que dificilmente ira ser um filme que nos surpreenda que nos deixe deslumbrados, ficando a ideia que esta equipa reunida poderia resultar num filme muito mais vincado para o cinema.
O filme fala sobre a indefinição no Washington Post depois de ter acesso a relatorios secretos sobre a guerra do vietname e a indecisao entre publicar ou nao os mesmos, tendo em conta as consequencias legais que poderiam surgir.
EM termos de argumento temos uma historioa detalhadas, mas nao e propriamente um argumento original ou mesmo diferenciado. Conta a historia com simplicidade e rigor, mas nem sempre coloca as personagens no nivel primairio.
Na realizaçao Spilberg atualmente mais que um criativo e um executor competente, aqui temos um trabalho meritorio na criaçao do contexto das cidades mas pouco mais. Nesta fase da carreira SPilberg parece muito mais um homem de equilibrios do que propriamente um criador.
No cast Hanks e Streep sao obviamente uma garantia de competencia em ambos os papeis, Longe do melhor da carreira de ambos mas com papeis interessantes parece obvio que uma nomeaçao em ambos os casos poderia ser apenas como premio pela carreira tendo a sorte caido a Streep.

O melhor -. Uma historia contada com detalhe

O pior - COm este elenco esperavamos algo de distinto

Avaliação - B-

Saturday, February 10, 2018

Thor: Ragnorok

Este foi sem duvida um ano de grande trabalho para a Marvel Studios com o lançamento de SPider Man, o segundo capitulo de guardioes da galaxia, e o terceiro de Thor, que atualmente ja acaba por ser mais um capitulo de Avengers do que outra coisa qualquer. Em termos criticos a Marvel tem conseguido boas recepções e este capitulo de Thor não foi diferente com avaliações essencialmente positivas. Comercialmente não existe forma de ganhar dinheiro como a Marvel e este também cumpriu os objetivos.
Eu confesso que  todos os filmes da Marvel Thor era obviamente aqueles que menos entusiasmavam pela rigidez das personagens e mais que isso pelo excesso de mitologia associada. Neste filme temos um registo completamente diferente, a Marvel desiste de fazer filmes de ação para optar pela comedia e digamos que o resultado e bem melhor em termos de entertenimento, mesmo que a historia de base seja completamente rudimentar.
Em termos de inovação para o desenvolvimento dos Avengers temos pouco, talvez a introdução nos post credit scenes e pouco mais. Em termos do desenvolvimento das personagens o filme não se procupa muito, estando na minha opiniao mais centrado em provocar algumas gargalhadas e descontração nos espetadores. Por isso não sendo o mais complexo dos tres e sem duvida o mais engraçado.
Em termos produtivos claro que temos a Marvel no seu melhor nivel com efeitos especiais de ponta, mundos criados com todo o pormenor e um elenco de primeira linha. Marvel sera certamente o franchising com melhores resultados da historia do cinema, nao pela complexidade dos seus argumentos embora surjam alguns filmes melhor que outros, mas acima de tudo porque consegue divertir como poucos.
A historia segue Thor que vai ter de salvar Asgard das mãos de uma sua irmã que acaba por assumir as redear daquele mundo com tirania e que vai por em causa a sobrevivencia do povo.
Em termos de argumento e obvio que o filme pensou pouco na logica ou mesmo no valor narrativo da historia central para apostar acima de tudo na comedia, com personagens criadas unica e exclusivamente com esse intuito. Nao e algo de transcendente como Deadpool conseguiu ser, mas consegue ser engraçado.
Estranho foi a Marvel entregar a realizaçao a um total desconhecido Waititi tem um papel interessante como tarefeiro. COm o nivel produtivo de um filme como este existe pouco por onde falhar, sendo que o filme tambem nunca tem uma assinatura propria
No cast ja e impossivel dissociar as personagens dos seus interpretes. Nas novas aquisições GOldblum tenta uma vertente mais comica, e Blanchet a vila, se bem que me parece que ambos são pouco mais do eficazes.

O melhor - Funcionar como comedia

O pior - Nao trazer nada de particularmente novo a saga

Avaliação - B-

Suburbicorn

Estreado no festival de Veneza com toda a circunstancia este filme que marcava a reunião dos irmãos Cohen como argumentistas e Clooney como realizador tinha tudo para ser uma das figuras principais na temporada dos premios, pelo menos parece ter sido criado com esse objetivo. COntudo logo apos as primeiras visualizações se percebeu que o resultado ia ser bem distinto com uma recepção critica negativa todas as esperanças ruiram de imediato. Comercialmente o filme tornou-se num dos maiores floops do ano que vai certamente fazer Clooney pensar no seu estado atual como realizador.
Sobre o filme é obvia a tentativa do filme ser mais uma comedia negra ao estilo dos maiores sucessos dos irmãos cohen, mas é daqueles filmes em que parece que nada resulta, ou seja tudo e tão estranho que não consegue fazer sublinhar o seu tom ironico e critico da sociedade, e mesmo em termos tecnicos o que parecia um bom inicio acaba rapidamente por ser uma realização banal quase sempre escura e sem grande interesse.
O principal problema do filme e a incapacidade de encontrar o seu estilo, a tentativa de um filme violento e agressivo cai de imediato no tom dos dialogos que mais parece vindos de uma comedia. Por outro lado o filme nunca tem graça natural o que faz que também nunca se aproxime realmente do espetador. No fim temos um filme de choque do disposto a tudo, mas cujo o paralelismo narrativo acaba por nunca ter qualquer sentido.
Assim acaba por ser facilmente um dos filmes que mais talento desaproveita nos ultimos tempos, com apostas fortes no cast, argumento e realizaçao é um filme acboslutamente distante dos seus objetivos e mais que isso é um filme que desde inicio percebemos que nunca vai funcionar.
A historia fala de uma familia, numa comunidade particular mas que de repente se ve envolvida num assalto e na morte do seu elemento feminino, contudo rapidamente se percebe que a questão por tras desta morte é mais completa do que o simples assalto.
Em termos de argumento podemos dizer que o filme é um desastre, a forma como não consegue balançar nunca o paralelismo das historias extremamente forçada. A forma como apenas num momento consegue ter dialogos de qualidade, e mais que isso a falta de tom, faz deste filme talvez o pior argumento dos irmaos Cohen.
Na realizaçao o filme começa bem, e pensamos que Clooney vai nos dar uma america colorida dos anos 50, mas rapidamente se esquece isso dando um filme negro, sem chama e dinamica, num momento menos feliz do realizador.
Por fim no cast, Damon também não teve um ano feliz, dois filmes com ambiçoes que se tornaram floops circunstanciais. Aqui parece nunca encaixar bem no Bad guy. Tambem Moore parece sempre muito artificial e repetitiva nos ultimos tempos.

O melhor - O generico

O pior - A forma como o filme nunca consegue encontrar o seu espaço

Avaliação - D+

Thursday, February 08, 2018

Daddy's Home 2

DOis anos depois de Whalberg e ferrel se terem unido numa comedia de pais e padrastos, eis que a sua sequela surge com normalidade em face do sucesso da primeira. Agora para alem dos pais conhecidos temos os avós, bem diferentes numa confusão de pais avos e padrastos. O resultado critico foi bem pior do que o primeiro filme, com avaliações bastante negativas. Comercialmente pese embora tenha piorado o resultado do primeiro filme foi consistente o que podera significar um terceiro filme em pouco tempo.
Sobre o filme, eu confesso que gosto da forma de Will Ferrel fazer comedia, pese embora a mesma em termos de cinema seja demasiado repetitiva. Este filme é mais do mesmo, ou seja exagera em cada um deles, opta por um humor fisico e tenta aproveitar o clima natalicio para amealhar mais dolares. Em termos de resultado o filme produtivamente parece-me melhor feito que o primeiro, em termos de graça, o exagero do humor fisico e o absurdo de muitas das situações fazem-no uma comedia igual a muitas dentro do genero.
No que diz respeito as novas personagens penso que Lithgow funciona comicamente bem melhor do que GIbson, que parece estar o filme todo com a mesma gargalhada. NO que diz respeito a historia nada de novo, um percurso obvio de um filme de comedia com poucas preocupações em consistentes. A niveis humoristicos um filme com bons e momentos menos felizes à semelhança do que tinha acontecido com o primeiro filme.
Ou seja em face do acima exposto, e facil perceber que quem gostou do primeiro filme vai tambem gostar deste, já que o estilo é igual. Vai rir-se de piadas parecidas e das curiosidades que o filme dá. Quem não gostou do primeiro filme nao vai certamente ficar fascinado para um filme que nada inova na abordagem.
A história fala de Brad e Dust que nesta altura com a relação estabelizada vão passar o primeiro natal juntos na companhia dos pais de ambos, que vai acabar por desorganizar o que já estava organizado e tornar tudo novamente numa luta de galos.
Em termos de argumento o filme para alem da introdução das duas novas personagens, nada inova em termos de percurso narrativo, estilo de humor e personagens. Na vertente comica não funciona sempre mas acaba por ter alguns momentos interessantes.
Na realização Sean Anders é um realizador de comedias fisicas, que sabe os truques das mesmas e o ritmo a dar, mas não lhes da roupagens significativas. Provavelmente com este registo ao longo da carreira nunca vai sair do piloto automatico.
NO cast, Ferrel e Whalberg encaixam perfeitamente nas personagens e mais que isso funcionam bem juntos. Nas novas aquisições parece-me obvio que Lithgow sente-se mais confortavel na comedia e naquilo que o filme lhe pede, do que propriamente Gibson.

O melhor - As piadas voltam a funcionar parcialmente

O pior - E uma repetição clara do primeiro

Avaliação - C

Murder on Orient Express

Agatha Christie teve um ano é que os seus livros foram novamente base para alguns filmes, sendo a maior produção este filme de estudio com Kenneth Branaghan a começar a sua fase da autora por um dos seus livros mais conhecidos. Pese embora o ambicioso projeto, principalmente em termos de produção o resultado critico não foi brilhante com avaliações demasiado medianas que de imediato retiraram qualquer ambição que o filme poderia ter para entrar na corrida aos premios. Comercialmente fruto da força do livro e de um elenco de primeira linha os resultados foram consistentes dai não extranharem se no futuro virmos novamente o ator ingles como Poirot.
Sobre o filme é obvio que se trata de uma grande produção e isso é percetivel desde logo na riqueza dos cenarios, e mais que isso numa envolvencia forte que demonstra bem o investimento do filme. Pese embora este facto acho que tudo no filme cai num erro de um remake que nada pode dar de novo narrativamente. Primeiro porque o livro e talvez a obra mais conhecida da autora, e mais que isso o primeiro filme foi de tal forma conceituado que conduziu Albert Finney a um oscar da academia, dai que não existia muito espaço para funcionar.
E o certo é que narrativamente o filme está muito longe de funcionar, primeiro porque se centra mais na personagem de Poirot sem a desenvolver, do que propriamente por cada uma das pontas que liga cada uma das personagens ao cadáver, algo que em outros filmes é melhor trabalhado. E mesmo a mitica resolução final é pouco ou quase nada explorada no filme, através de uns flashbacks apressados. E quando um filme de Agatha Christie falha narrativamente muito fica condicionado nem que esteticamente seja um filme de primeira linha.
Em face do acima referido achei um filme sem chama, que simplifica em termos de guião e argumento aquilo que nunca poderia ser simplificado, mas acima de tudo um filme egocentrico de um realizador que da a si um protagonismo de uma personagem que na intriga tinha que ser acessoria, e que Branhagan coloca na primeira linha de tudo.
A historia e a conhecida morte durante o trajeto do expresso oriente que traz no seu interior do detetive Poirot, que vai tentar perceber quem foi o assassino percebendo cada um dos seus passageiros.
Em termos de argumento é onde o filme falha, principalmente nas escolhas de protagonismo, depois na falta de dialogos que nos forneçam mais sobre cada uma das personagens mas mais que isso na forma rapido com que se conclui. Se existe argumento dificil de errar era este e mesmo assim ele falha.
Na realização temos um filme grande, com cenarios muito bem construidos notando-se ser um filme de primeira linha. Em termos da abordagem de Branaghan parece-me claro que a forma como ele passeia pelas carroagens da movimento ao filme, de um realizador que neste momento me parece mais um tarefeiro do que um criador.
No castissimo cast pouco ou nada é potenciado, branagham gosta de se ver como Poirot e abusa disso na camara. A sua construção ate pode ser interessante não fosse um bigode completamente absurdo. Nos restantes pouco a registar a não ser uma Pfeiffer intensa e que podera assim marcar o regresso a un cinema que a tinha particularmente esquecido.

O melhor - Os cenarios

O pior - Um argumento mal balançado

Avaliação - C-

Wednesday, February 07, 2018

The Star

É conhecido que nem sempre a vertente religiosa da origem do natal é aproveitada pelo cinema de forma a tentar contar a historia mais conhecida do mundo. Pois bem este ano e aproveitanto a epoca festiva um dos grandes estudios de animação aproveitou a ocasião para nos dar a historia do nascimento de cristo sob o ponto de vista do burro. Criticamente as coisas não correram muito bem com avaliações medianas com tendência negativa. Comercialmente para um filme de animação também se espera mais, principalmente aproveitando as ferias de natal.~
Sobre o filme podemos dizer que pese embora tenha a base conhecida o que o torna narrativamente facil, tem algum risco a explorar a relação entre Jose e Maria. Mesmo com alguma simplicidade e um humor moderado neste particular o filme é corajoso já que ate ao momento nunca ninguem explorou a relação entre ambos no cinema, mesmo que de forma leve como este pequeno filme para crianças.
Mas fora esta coragem o filme é demasiado simplista em todas as suas formas. Nem sempre muito coeso nas personagens que vao aparecendo e desaparecendo sem grande logica, mas mais que isso com um humor demasiado tradicionalista, mas penso que aqui foi no sentido de minorizar o impacto que outro estilo poderia ter, tendo em conta o assunto. Também a nivel produtivo, para um filme de grande estudio estamos longe de grande brilhantismo.
Por isso The Star e um filme de animação simples, de uma segunda linha, sem grandes ambições narrativas e mais que isso produtivas, que talvez tenha como unico objetivo dar uma roupagem a historia conhecida do Natal, para a mesma chegar a esta geração. Algo que nos parece ser ciclico em Holywood. Nunca sera um filme de animação para recordar, mas sim um filme pontual
A historia fala de um burro Boo, que sonha integrar a comitiva real, mas uma vez solto acaba por iniciar uma relação com Maria e Jose, que vai conduzir ao nascimento de Jesus com a sua ajuda.
Em termos de argumento o filme aproveita a base biblica para lhe dar uma roupagem e um estilo mais descontraido e ligeiro. Em termos de humor o tradicional e bastante moderado, e pouco mais do que aquilo que nos sabemos. Mas quando se lida com escritos religiosos todo o cuidado e pouco.
Na realização e produçao Reckast estreia-se em grandes produções depois de ter estado na produção de Anomalisa. Aqui parece que o estudio não quis fazer uma aposta de primeira linha. Mesmo assim uma execução simples que não coloca em causa os objetivos do filme.
No cast de vozes podemos dizer que o resultado é eficaz, sem grandes nomes nas personagens centrais, mas com alguns bons momentos em algumas personagens secundarias escolhidas com rigor para as personagens em questão, com sublinhado para Winfrey, Morgan e Perry como os camelos, que acabam por ter o maior destaque.

O melhor - A forma descontraida que o filme aborda a historia

O pior - Basicamente sabemos tudo o que vai acontecer

Avaliação - C

Monday, February 05, 2018

Molly's Game

Andy Sorkin é reconhecidamente um dos melhores argumentistas da atualidade, não só no que diz respeito ao cinema mas também em televisão. Dai que foi com expetativa que o mundo do cinema aguardou pela sua estreia na realização que teve base neste filme sobre uma das mais singulares historias dos ultimos anos. Em termos criticos o filme teve uma aceitação razoavel pese embora insuficiente para o lançar como candidato a serio na corrida pelos oscares onde se ficou pela nomeaçao para melhor argumento. Em termos comerciais na sempre competitiva epoca de premios, o não ter sido um frontrunner acabou por danificar as suas prespetivas.
Sobre o filme é obvio que a historia de Molly é interessante, principalmente se o filme fosse mais alem do que aquilo que o livro nos da, ou seja se entrasse mais na historia do que aquilo que é conhecido e que todos percebem que e um pequena parte daquilo que Molly poderia contar. Mas mesmo assim temos um filme detalhado, com muitas personagens com bons dialogos e ritmo elevado, mas que me parece ter dois problemas de base, por um lado a historia envolve demasiadas personagens o que torna tudo relativamente confuso. E por outro lado o filme é demasiado longo porque Sorkin quer ir ao detalhe e nunca partir de pressupostos e isso pode ter tornado o filme demasiado longo.
Mas é obvio que temos aqui um filme interessante, principalmente bem escrito e pior montado, os avanços e recuos do filme em termos de linhagem temporal deveriam ter mais significado e nem sempre e percetivel o proposito do filme, o seu estilo narrativo parece-me o unico que poderia funcionar, e aqui Sorkin acaba por nos dar uma boa versão do seu poder de relato atraves de dialogo.
Provavelmente todos ficamos com a sensação que o filme deveria ir mais longe, que provavelmente deveria ter arriscado mais naquilo que conta do que propriamente nao ir para alem do l.ivro, mas quando lidamos com personagens reais a aparentemente poderosos isso pode sempre não ser possivel.
A historia fala-nos de molly Bloom uma jovem ex atleta de sky que se dedica a organizar um jogo secreto de poker para celebridades mas que se ve envolvida num jogo de mafiosos que a conduz ao contacto com a justiça.
E obvio que o argumento e de referencia, que Sorkin vai ao detalhe com dialogos de primeira linha e principalmente com personagens bem trabalhadas. Perde por ir demasiado ao promenor num filme que poderia e devia ter menos tempo.
Na realização Sorkin não arrisca muito, quase sempre com uma abordagem propria mas simples. Demonstra ainda alguma inexperiencia neste campo na forma como tem dificuldade de lidar com as linhagens temporais. mas provavelmente vamos encontrar filmes mais fortes no futuro.
No cast Chastain é uma escolha certa em diversos patamares, quer na intensidade do seu registo, quer na forma como consegue entregar a sua personagem uma sensualidade pensada. Não e o seu melhor registo mas e o tipico papel que fica bem numa carreira. Melhor Elba que depois de algum tempo sem grandes registos tem aqui um papel significativo e que o pode conduzir novamente a melhores momentos.

O melhor - O detalhe do argumento

O pior - Os saltos temporais excessivos

Avaliação - B

Saturday, February 03, 2018

Darkest Hour

É quase sempre certo quando um filme de alguma dimensao aposta em recriar um dos acontecimentos mais marcantes da historia recente da humanidade que o filme obtenha reconhecimento e entre na luta pelos premios maior. Talvez com menos intensidade do que esperado, fruto de criticas positivas mas não unanimes certo é que Darkest Hour para alem de lançar isoladamente Oldman para o oscar de melhor actor conseguiu a nomeaçao para melhor filme o que faz de imediato este filme como um sucesso critico. Comercialmente num ano em que a segunda guerra mundial esteve em alguns filmes o resultado tambem foi positivo em face das expetativas iniciais.
Retratar um dos episodios mais conhecidos da historia mundial, nem sempre e uma tarefa facil para qualquer cineasta uma vez que vai transmitir o obvio, dai que o sucesso do filme esteja sempre dependente de detalhes que com um argumento de base podem ser mais descuidados. Em face desta exigencia podemos dizer que mais que tudo este filme é competente, por um lado porque Wright dá-lhe uma roupagem estetica muito interessante, principalmente pela beleza da fotografia do filme que torna o mito ainda maior, e principalmente pela magistral interpretaçao de Oldman que faz do filme um show do seu talento.
E obvio que o filme tambem nao e uma obra prima, que tem alguns defeitos assinalaveis, desde logo na forma como se centra num aspecto muito proprio da personagem explorando-a a exaustão. Depois fica a ideia que o filme não quer ou não consegue dar qualquer relevo aos personagens secundarios mesmo aqueles que dividem o ecra grande parte do tempo com o protagonista. O que nos parece é que é um argumento muito pensado na componente interpretativa de Oldman, o que ate pode ser uma opção correta ja que funciona em pleno.
POr tudo isto este e um filme obvio, bem feito, e bem protagonizado, que significa o registo em filme de um acontecimento de grandes dimensoes, por um bom estudio e um bom realizador, mas acaba por nao ser em termos de cinema nada de particularmente novo ou relevante que o levem a altos patamares de qualidade.
A historia fala da ascenção de WInston Churchill a primeiro ministro de inglaterra, a forma como as suas relações politicas o levaram a tal cargo e a forma como teve de gerir um ataque iminente dos alemães na segunda guerra mundial.
Em termos de argumento é demasiado obvio, o filme quase da todo o protagonismo as palavras ja conhecidas de Churchill no seus discuros e pouco mais. E algo previsivel no seu desenvolvimento mas sendo o relato de um acontecimento historico conhecido nao existia muito mais a fazer, peca talvez por as personagens secundarias nao terem qualquer relevo.
Joe Wright é um realizador com uma intensidade muito especial que faz dos seus filmes normalmente filmes bonitos e proximos do grande publico. COm excepçao de PAn os seus filmes seguem algum tradicionalismo mas acima de tudo sao filmes com um cunho de assinatura propria que este tambem tem. A realizaçao principalmente na junção com a fotografia e brilhante e um dos apontamentos de grande nivel do filme, talvez o que poderia ter maior destaque nao fosse Gary Oldman.
E no cast que o filme tem o maior trunfo. TOdos os olhos apontavam para Oldman e ele convence em toda a linha a sua construção e intensa, carismatica e de dificil execução. Era facil encontrar erros num papel pensado para oscar. Mas todos tiveram de se render as evidencias de um papel de uma vida.

O melhor - Gary Oldman

O pior - Nem sempre o filme desenvolve as personagens secundarios

Avaliação - B

Friday, February 02, 2018

Crooked House

Uma das modas que compareceu este ano foi a adaptação de filmes sobre livros de Agatha Christie. Depois de diversos anos onde este tipo de projetos nao tiveram lugar, talvez porque as adaptações ja tinham sido todas feitas, surgiu este ano dois filmes, com produçoes de tamanhos diferentes, apostadas em dar-nos uma roupagem de dois dos mais famosos livros da autora. A menor produçao das duas foi este pequeno filme, com chancela britanica que ate conseguiu avaliações suficientes na critica mas que nao foi potenciada comercialmente pela falta de estrelas de primeira linha.
Em termos de filme e facil os filmes de Agatha Christie prenderem o espetador que aguardam pelo final, tentando descobrir o que realmente aconteceu. Este estilo policial tradicional foi abandonado mas aqui é recuperado com essa tradição inglesa, de espaços longos, personagens ambiguas e um misterior assumido, e nisso o filme consegue ser balançado, sem nunca no entando nos dar algo de particularmente novo.
Mas como todos os filmes de Agatha Cristie tudo vale pela forma como o filme consegue dar impacto ao seu final, e aqui o filme parece nem sempre saber aproveitar o final que tem, e a surpresa do mesmo, já que parece ter medo de ir mais longe, dai que o filme acabe de repente depois de nos dar tudo sem nunca inovar mais a moratoria desse fim.
Ou seja e um filme que os amantes do policial vao ficar presos ao ecra sem grande deslumbre, e que os menos amantes vao achar igual a muitos outros, parecia existir espaço para inovaçao em alguns pontos do filme, ja que assim e apenas um compentente filme que adapta uma obra de Agatha Cristie.
O argumento fala de um detetive que acaba por se deslocar para a casa de uma ex namorada de forma a investigar o alegado homicidio de um rico patriarca, onde todos os elementos do agregado tinham algum motivo para cometer o crime.
Em termos de argumento é um filme pouco arriscado, segue a linha do livro com tradição, as personagens seguem os elementos que o filme precisa sem mais. Nao temos dialogos de primeira linha, e existe pouco aproveitamente da parte final, mas no restante o filme e eficaz.
Na realizaçao Paquet-Brener e um realizador que ja trabalhou com algumas figuras do cinema mas nunca com grande sucesso, aqui tem uma realização tradicionalista inglesa simples sem grandes truques. Nao vai ser aqui que ganhara mais dimensao, apesar de ser competente na sua obra.
No cast temos uma serie de actores de segunda linha que pese embora cumpram minimamente nao dao dimensao ao filme. Principalmente no que diz respeito a Irons o descendente de Jeremy parece sempre algo repetitivo no seu lado rebelde sem causa.

O melhor - Nao complicar o que é facil

O pior - Pouco risco na abordagem

Avaliação - C+

Wonder Wheel

2017 ficara na historia como um ano maldito para Woody Allen, o experiente realizador viu reacender a polemica relativas ao seu comportamento sexual muito empolgado pela luta politica do momento em hollywood, mas criticamente este que era um filme que pela sua data de lançamento poderia entrar na luta pelos premios acabou por nao conquistar a critica com avaliações medianas com tendencia negativa e comercialmente ficou muito longe daquilo que o melhor Allen conseguiu.
Wonder Wheel é um projeto maior do Allen, nem tanto do ponto de vista narrativo onde é um filme de dialogos longos e ritmados como Allen nos habituou mas sim na criação dos cenarios na recriaçao da Conney Island dos anos 50. Nesse particular, ou seja na componente tecnica o filme tem valor, com uma preocupação com a fotografia que muitas vezes os filmes de Allen nao tem dando primazia ao argumento. Neste caso pese embora a formula seja a mesma temos um Allen virado do avesso.
E temos esta caracteristica porque o calcanhar de aquiles e o ponto que provoca dano irremediavel ao filme e mesmo a narrativa e um argumento previsivel, sem força que nos conta obviamente uma historia menor igual a tantas outras e mais que isso um filme que nunca consegue nos dialogos ter o simbolismo de Allen, parecendo tudo demasiado forçado e quase sempre sem qualquer tipo de chama. Esta fraqueza clara no argumento torna o filme pouco interessante sendo que o espetador acaba por estar mais atento a cor e fotografia do filme, ja que o resto e claramente pouco interessante.
Assim se resume um projeto que se percebe ser ambicioso de Allen mas que falha onde normalmente ele é mais certo. Provavelmente porque nos habituou com filmes muito mais ricos na especificidade e significado seja dificil de gostar desta obra, mesmo que seja facil reconhecer um bom trabalho de realizaçao, fotografia e interpretaçao, o argumento coloca tudo em causa.
A historia fala de uma mulher que mantem uma relaçao pouco intensa com um marido mais velho que inicia uma relaçao com o nadador salvador da praia, contudo esta relação vai ser vista de forma diferente por ambos, ainda mais quando entre ambos aparece a enteada da primeira.
E no argumento que o filme falha em toda a linha, personagens quase sempre mal definidas com excepção da central, dialogos demasiado teatralizados e uma narrativa pouco original e interssante fazem deste argumento pouco ou nada apelativa e que nada conjuga com as outras componentes do filme.
Na realizaçao Allen tem um dos seus trabalhos mais arriscados e mais vistosos, pena que todas estas componentes sejam desprediçadas num guiao de menor qualidade, para um realizador em fim de carreira e que merecia um filme mais consensual sobre todos os prismas.
No cast algum desiquilibrio, Winslet tem uma interpretaçao intensa e forte, levando o filme para os seus melhores momentos, fica a sensaçao que com um filme mais proximo da critica WInslet poderia sair beneficiada numa corrida aos premios. O seu grande problema e que os restantes actores estao sempre num nivel bastante inferior.

O melhor - A recriação da Wonder Wheel

O pior - O argumento

Avaliação - C

Thursday, February 01, 2018

Tragedy Girls

O Terror e o absurdo são formas muitas vezes utilizadas de forma a ridicularizar a satirizar com diversos assuntos. Este ano e lançado em alguns dos festivais da especialidade surgiu este pequeno filme de terror adolescente que acabou por obter criticas razoáveis dentro de uma mediania tipica dos filmes de terror. Comercialmente e fruto da ausencia de figuras de primeira linha os resultados foram bem mais modestos, mas sublinha-se que este filme está longe de ser um filme para multidões.
Sobre o filme parece-me claro que o objetivo do filme e a satira com a adolescencia e com as novas tecnologias e nesse particular o filme funciona pela forma com que ironiza e leva ao extremo as situações de forma a fazer passar a sua ideia. Alias e sempre mais vincada a vertente comica do filme do que a de terror, que pese embora seja quase sempre exagerada nunca impressiona o espetador, mesmo com o sangue em dose elevada.
Tragedy girls mesmo caindo muitas vezes no absurdo e ai penso que o filme deveria ser mais pausado ou não ir tão longe tem a sua graça pelo exagero, pelo insolito das situações, mas tambem por uma mensagem cada vez mais clara que muita gente faz tudo para ser falado em redes sociais, e nisso o filme acaba por ter uma mensagem bem actual mesmo tendo em conta o exagero do que relata.
Ou seja um misto entre terror juvenil de exagero com uma comedia de adolescentes, de um filme que com um tema serio nem sempre se leva a serio, com alguns apontamentos que mais parece retirados de filmes que gozam com outros filmes do que propriamente de uma comedia com objetivos proprios e bem delineados, mesmo tendo em conta o excesso de violência presente e o lado demasiado asburdo de muito das suas opções.
A historia fala de duas adolescentes que fanaticas por crimes em series tentar criar o seu legado deixando um rasto de sangue e morte pela escola que frequentam. Contudo tudo vai ser colocado em causa quando uma inicia uma relação com um individuo da escola que a faz pensar no modo de vida.
Em termos de argumento e obvio que a ideia e a concretização da ideia e quase sempre disparatada e desprovida de grande sentido. Contudo quando analisamos o seu caracter satirico encontramos um valor claro num filme exagerado mas com uma mensagem bem delineada.
Em termos de realização é claro que o filme exagera na violenca gratuita das sequencias algo que me parece que o filme não necessitava Mcyntire é um realizadores de filmes de terror serie B e aqui adopta essa forma de realizar.
No cast o duo de jovens protagonistas interpretam bem o que as personagens tem, o lado perfido com a inocencia da adolescencia acabam por encaixar quer do ponto de vista de interpretação quer fisico. Nao e propriamente neste tipo de registos que os grandes actores se criam, mas pode ser uma chamada de atenção para ambas.

O melhor - O valor satirico do filme

O pior - Demasiado absurdo em varios momentos

Avaliação - C+