Monday, December 31, 2007

I am a Legend




Will Smith se precisava de provas que actualmente e o actor mais rentavel do box office norte americano, saldou todas as duvidas com este I' Am a Legend. E certo que Smith orienta a sua carreira como pouco, escolhendo normalmente filmes com muito potencial comercial, tambem e certo que ele proprio pela sua forma de ser e carisma acaba por tornar qualquer historia como apetecivel, sendo o grande obreiro de mais um sucesso comercial sem precedentes, tendo dominado totalmente as bilheteiras norte americanas neste Holiday, a este aspecto junta-se uma campanha comercial grandiosa de promoçao deste titulo peculiar que anunciava um homem sozinho em nova york. E se comercialmente o filme foi um grande sucesso tambem no ponto de vista critico o filme teve uma resposa positiva embora sem unanimidade o certo e que este I Am a Legend pode-se considerar tambem um sucesso critico.

É dificil explicar a loucura em torno do filme, alias todo o filme e de uma simplicidade de mecanismos extremamente forte, dividindo as suas componentes em dois aspectos, uma mais narrativa, sobre a vivencia de uma pessoa sozinha em plena nova iorque e da sua forma de lidar com este aspecto e neste particular o filme nao so e inovador como interessante principalmente nos monologos sob a forma de dialogo de Smith. Contudo o filme tem a vertente de acçao com a introdução de uma especie de zombies com virus, e aqui o filme peca pela repetiação de outros filmes, nao trazendo neste particular nada de novo, tornando a narrativa nestes momentos mais que desinteressante algo repetitivo que e concluido de uma forma muito esteriotipada.

O filme conta a historia de um investigador que e um do 1% da população que e imune a um virus que pos em causa a sobrevivencia da humanidade, se existe filme que transmite a sensação de vazio com esta ameaça e mesmo este, a forma como contextualiza e produz estas sequencias e extremamente rica, principalmente na grandiosidade dos planos, contudo a introduçao dos contaminados acaba por ser desinteressante, demasiado colada a outros filmes sobre virus e ai o filme começa por ser algo limitado quer do ponto de vista de conteudo quer do ponto de vista de inovação. Sendo um filme algo dual neste aspecto, embora grandioso no genero, talves os elementos que inove nao sejam assim tao impressionantes para tanto relevo dado a esta obra.

O argumento e algo anormal, se do ponto de vista de conteudo e generalidade da historia esteja longe de ser uma grande historia principalmente porque nos parece na essencia demasiado repetitivo, e certo que do ponto de vista de aderessos poucos conseguem ir tao longe como este filme principalmente na contextualizaçao dantesca de Nova york.

Lawrence, mais que um relalizador de historias e mais um realizador de blockbusters, e sente-se como peixe na agua com os efeitos especiais e neste particular o filme e extremamente forte nao tem medo de arriscar, e e filmado sempre com uma carga mitologica que encaixa na perfeiçao naquilo que o filme necessita.

O cast, Smith tem conciliado nos ultimos anos o comercial com a critica e neste filme domina exclusivamente o filme, embora sem a exigencia de outros papeis Smith e a força do filme demonstrando estar em grande forma, e brilhando mesmo em papeis menos exigentes.


O melhor - As imagens de Nova York morta.


O Pior - A dinamica dos contaminados e a forma limitada como sao introduzidos no argumento .


Avaliação - C+


Call Girl

Casting
Soraia Chaves, Ivo Canelas, Nicolau Breyner, Joaquim de Almeida, José Raposo


Todos sabemos que o cinema portugues esta longe de ser prodigo em grandes obras, e que normalmente é um cinema aborrecido,centrado em imagens de actrizes a despirem-se em prol de um argumento mais que duvidoso. Quando vimos o trailer de Call Girl, pensamos que a formula vai se tornar a repetir desta vez com Soraia Chaves de novo a mostras os seus dotes corporais a um publico portugues ansioso por ver a sua sensualidade ao maximo. Uma aposta quase certa para se tornar em mais um dos grandes sucessos de bilheteira do cinema portugues mesmo que os filmes sejam mais conhecidos pelas suas sequencias de sexo do que propriamente pela qualidade dos seus filmes. Contudo neste filme começamos por ter algumas surpresas positivas, inicialmente porque encontramos um argumento bem montado, sem pontes abertas, maduro, e com o maximo de concretização tipico em Hollywood, ja em Imortais Pedro Vasconcelos tinha sido aquele que mais perto se tinha aproximado do primor de outros paises, e neste filme consegue fazer uma historia complexa, cheia de caminhos diferentes, e conseguir dar um rumo na maior parte das vezes razoavel a todas elas.

Claro que grande parte dos defeitos do cinema portugues tb estao presentes, desde logo a falta de recursos que nao permite o filme explorar sequencias mais fortes, por outro lado a dicção sempre forçada nas interpretações, onde principalmente o inicio de Joaquim Leitao é completamente surreal. E depois a falta de especificidades, ou seja se no global o filme ate consegue ser bastante positivo, falta aqueles aderessos que acabam por conferir qualidade a um filme.

Depois temos a carga erotica, Pedro Vasconcelos, substitui as imagens por uma linguagem extremamente forte, que acaba por fazer com que o filme adquira maior sensualidade um dos objectivos bastante visiveis do filme.

O argumento e do mais maduro e completo que se fez em portugal, talvez so o trilho de imortais consiga ser mais adulto, este consegue criar uma boa interação entre personagens, consegue empolgar o espectador, pela dinamica criada pela sua linhagem narrativa, embora perca nas especificidades nao criadas, parece por vezes demasiado objectivo.
a realização e o mais portuguesa possivel, ou seja com erros cruciais, e acima de tudo normalmente planos mal planeados,ou seja e daquilo que o filme tem de mais portugues, e que se realça negativamente num filme que ate tem qualidades exteriores.
O cast desde logo a presença super sensual de Chaves, ninguem podeira conferir a personagem tanta sensualidade como ela, embora nos pareça que as limitaçoes interpretativas da modelo condicionem o desenvolvimento da personagem. Joaquim de Almeida encontra-se com uma personagem cheia de força e a bom plano sem esquecer os seus irritantes tiques habituais. Ivo canelas ja demonstrou melhor forma principalmente em tv. Bryner confirma a cada dia que passa ser o melhor actor portugues,e a maior figura do nosso cinema, tendo repetido a qualidade interpretativa de Imortais.

O melhor : A sensualidade de Chaves

O Pior - A realização tipicamente portuguesa recheada de palavroes

Avaliação - C+

Saturday, December 29, 2007

Before the evil Knows you're Dead




Holywood à algum tempo que tem prestado pouca atençao a Lumet, um realizador com longo curriculo e que pela longevidade apesar de respeitado, nos ultimos tempos tem sido amplamente ignorado. E certo que os seus filmes tem sido desprovidos de grande conteudo, e muitos eram aqueles que aguardavam calmamente a sua refora, contudo no ano passado ja com Find Me Guilty, um filme adulto Lumet ja mostrava alguns indicios de nova subida de forma, que se veio a confirmar com este muito valorizado BDKYD, um filme com um titulo muito extenso que tem sido um dos filmes com criticas mais positivas do ano, sendo que no ponto de vista comercial entrou do registo habitual e pouco significativo de Lumet nos ultimos anos.

Quem ve este filme nao acredita que estamos perante um autor algo tradicionalista e principalmente com a experiencia de Lumet, pensa sim que estamos perante um jovem extrovertido explosivo da nova escola indie, e este aspecto e o que mais surpreende no filme a intensidade do mesmo, o movimento o extase, que foi sempre aspectos que nunca estiveram presentes de uma forma muito acentuada na colecçao de Lumet.

Mas as inovaçoes e a surpresa nao fica por aqui, tambem na forma como monta o argumento e na forma politicamente incorrecta e algo desconcertante o filme funciona positivamente e resulta nas suas dinamicas.

O filme e forte acima de tudo por uma argumento em forma de Puzzle de grande intensidade pela forma como e realizado e como os seus fragmentos vao sendo encaixados com gande primazia entre si.

Como pontos negativos alguma previsibilidade de alguns atalhos narrativos, principalmente nos nos mais dificieis de ligar, mesmo assim estamos perante uma obra que requere atençao sendo um dos bons filmes deste final de ano, talvez sem a dimensao de entrar na luta pelas estatuetas mas quem sabe para estar la representado.

O argumento tem varios aspectos interessantes, primeiro e arrojado, criativo e consegue ao mesmo tempo ser completo e maduro nunca perdendo o seu sentido e o seu objectivo, e nunca perdendo o contacto entre si o que e dificil tendo em conta a dinamica narrativa abordada. As personagens parecem um pouco geradas espontaneamente, mas este aspecto quase em nada intrefere com o proprio filme.

A realizaçao de Lumet, e uma grande surpresa, num autor que normalmente opta por planos longos e por focalizaçoes permanentes, o dinamismo e o movimentos das imagens neste filme, faz nos lembras um estilo mais Rutchie ou mesmo Carhan, e sempre bom ver que os mais conceituados e tradicionais tb podem apreender com as novas gerações.

Os casts de Lumet tem sempre grande surpresas, desta vez o protagonismo dado a Hawke, parece surpreender principalmente por alguma falta de sorte dos ultimos papeis do actor, certo e que poucas atençoes estao no trabalho ate positivo dele, ja que o brilhantismo de hoffman mais uma vez nao permite qualquer tipo de espaço para outros. Sendo um papel forte, e com muita presença.


O melhor - O argumento completar-se a cada articulação que faz.


O pior - O espectador conseguir prever a escalada que o filme assume


Avaliação - B

Tuesday, December 25, 2007

Cassandra's Dream




A carreira nos ultimos anos de Woody Allen poderia ser considerada uma autentica montanha russa, principalmente nos ultimos anos, contrastando sucessos criticos com visibilidade comercial com autenticos fiascos a ambos os niveis que o colocam como um autor cada vez menos certo. E obvio que a dinamica narrativa carregada de intensidade dos dialogos esta sempre presente nas obras do autor, sao mesmo a sua figura de marca de Allen. Este Cassandra's Dream teve como barmotero o festival de cannes, desde logo se observou que o filme teria dificuldades em se afirmar na vertente critica, com uma dualidade bastante acentuada, mas com uma toada marcadamente negativa. esse facto conduziu a que o lançamento do filme fosse adiado, abdicando de qualquer tipo de disputa por galardoes, esperando uma melhor recepçao comercial em momentos de menos azafma.

Woody Allen mudou a toada dos seus filmes, inicialmente introduziu uma vertente mais policial e com toques de thriller, depois mudou o contexto do seu filme, tentando que Londres conduzi-se de novo ao sucesso, contudo e apos uma boa primeira tentativa, ja tem marcada viagem para Barcelona, depois dos falhanços sucessivos primeiro com Scoop e agora com este Cassandra's Dream. O que nos parece em Allen, e que esta a adquirir a premissa do menos esforço, ou seja so tenta inovar depois de perceber que as formular utilizadas estao gastas. Conseguiu surpreender com Match Point, tentando copiar as dinamicas em Scoop e principalmente neste Cassandra's Dream, os filmes nao tiveram a aceitaçao nem tao pouco a qualidade que o nome dele representa. talvez no seu proximo titulo poderemos ver inovaçao de sua parte.

O mal de Cassandra's Dream e que nao consegue ser serio nem engraçado, ou seja se por um lado o stress das personagens nunca conseguem ser comicas, por outro lado a descontração tipica dos filmes de Allen tambem nao conseguem que o filme ganhe a intensidade do Thriller que a historia representa, nunca conseguindo criar o suspense necessario e exigido pelo filme.

Nao que a historia do filme nao seja interessante e que o filme seja mal concretizado, ao abordar a tentativa de dois irmao enriquecerem atravez de um acordo com um tio que consta em matar a principal testemunha num caso contra este. Depois a dinamica do crime e castigo, de vivenciar com a morte, e o conflito pela personagens, nunca conseguindo surpreender principalmente quem esteve atento aos seus ultimos filmes.

Obviamente que Allen tem mais propensao para a comedia dramatica, do que propriamente para o drama policial, alias o seu estilo narrativo e de construçao de argumento nao se adapta a este ponto, so conseguindo mesmo esta aliança em Match Point. Isto porque Allen centra-se muito na eloquencia das suas personagens, numa analise algo comica dos conflitos das suas personagens, e nao permite que os seus filmes ganhem a profundidade necessaria para um policial com mais acçao.

Na realização Allen nunca esteve com grande brilhantismo, limita-se a seguir com o seu estilo irrequieto as personagens, e neste particular nao e visivel uma marca pessoal como realizador propriamente dito, neste filme poucas aventuras e riscos limitando-se ao mais basico possivel, se bem que isto se enquadra bem no tipo de filme em causa.

O cast, nos filmes de Allen e sempre mais forte quando este nao protagoniza, ja que nao centra o seu guiao nas suas especificidades muito proprias, aqui porem parece-nos que ele aproveita reduzidamente os materiais que tem nao aproveitando a profundidade dramatica de Mcregor, nem tao pouco o lado mais indie de farrel, que apesar de ambos se encontrarem em nivel positivos nunca ganham espaço para brilhar.


O melhor - Os dialogos iniciais das personagens


O Pior - A dificuldade de Allen conseguir com que o filme adquire um teor mais serio.


Avaliação - C

My Blueberry Nights

Starring:
Norah Jones (II), Jude Law, Natalie Portman, Rachel Weisz, David Strathairn
Directed by:
Wong Kar Wai

A introduçao normalmente de autores estrangeiros no mercado norte americano, e sempre um pouco contrubado, muitos pensaram que Kar Wai tinha se salvado destas dificuldades com a aposta num elenco recheado de estrelas e acima de tudo de actores normalmente valorizados pela critica. Depois de uma estreia com grandes honras em Cannes, onde a valorizaçao do filme foi algo dividida eis que o filme foi sucessivamente atrasando tendo desaparecido por completo do imaginario e das expectativas do cinefilo, sendo previsivel uma estreia demorada sem grande brilho, e despercebido. pese embora a maioria da critica tenha valorizado o filme, o certo e que actualmente o filme nao parece reunir qualquer tipo de visiblidade tendo abdicado por opçao de estudio dos premios.
O filme de Kar Wai tem de alguma forma um sentimentalismo forte ou seja e um filme mais bonito e sensivel do que propriamente um filme de autor, e de grande dinamismo narrativo. O filme e simples, um empregado de mesa, encontra-se com uma jovem com o coraçao partido, entre eles cria-se uma cumplicidade muito forte, ate que esta vai trabalhar para outro local, onde é esta propria que recebe as desventuras amorosas de um casal, e acima de tudo a destruturação de uma jovem em plena desconfiança, apos esta viagem de um ano, a personagem tenta curar a sua dor. O filme é extremamente emotivo, na forma bela como cria as suas personagens e idealiza as proprias relaçoes. A densidade emocional e demasiado forte, que confere ao filme um ritmo bastante intenso. Obviamente que o filme ganha outra vida, quando existe interaçao entre as personagens basicas, Law e Jones, as outras personagens nunca conseguem intreferir e competir com a quimica criada entre as personagens, e isto faz com que o filme perca algum dinamismo na sua fase intermedia, principalmente com a intrudução da personagem de Portman.
O argumento e extremamente denso, pensa mais com o coraçao do que propriamente na construção de uma historia adulta, complexa e intensa. As personagens sao demasiado caracterizadas pelos seus sentimentos e menos pelas suas ambiçoes. O argumento e forte, mas não o grande objecto do filme.
A realizaçao do War Kai é extremamente dual, por um lado a forma quase primaria e amadora com que filma, pode não ser condizente com a beleza do argumento, contudo confere um clima de cumplicidade forte entre as personagens isto resulta bem principalmente nas interaçoes entre o casal protagonista, ja que confere a ideia que o proprio realizador nao quer interferir na cumplicidade destes.
O cast é surpreendente, a aposta em Jones, parece uma aposta arriscada, ja que e uma cantora em inicio de actividade, contudo a suavidade que esta transmite encaixa perfeitamente naquilo que o autor queria, resultando extremamente bem. A quimica com Jude Law funciona muito bem, sendo um dos casais mais funcionais do ultimo ano cinematografico. ja os secundarios, quer Sthrataim quer Weisz estao em bom nivel, ja Portman, evidencia mais indicios de necessitar de mais risco e versatilidade nos seus papeis.

O melhor - A relaçao Jones-Law

O pior - Os segmentos com a personagem de Portman

Avaliação - B-

Monday, December 24, 2007

I'm not there




A pergunta que se pode colocar aqueles que vão visualizar este filme é: Eles estão ai para conseguirem digerir uma obra tão criativa e exprimental como este filme? A resposta é provavelmente não. Se existe personalidade que poderia resultar num filme tao estranho como este, era sem duvida o enigmatico e omnipresente Bob Dylan. O filme inicialmente seria um biopic, e depois passou a dissertação o certo e que sempre criou muita celeuma em sua volta. Contudo a sua marca proprio encontrou dois pontos longe de consenso por um lado o comerical, ja que o filme nao e facil nem capaz de ser um filme para toda a gente, e depois critico a forma quase cinica com que e efectuado e acima de tudo o formato puzzle que adquire nao o tornou unanime, sendo o tipico filme que e amado por muitos e odiado por outra metade.

O primeiro adjectivo que podemos usar para descrever esta obra singular de autor, é dificil, ou seja e um filme extremamente dificil de ingerir, primeiro porque raramente consegue ser objectivo, preferindo dissertar sobre as diversas facetas do musico, sempre trantando a sua individualidade de forma multipla e com multiplas caracterizaçoes, e depois porque o filme entra por uma vertente exprimental, que apenas a contextualizaçoa dos seus objectivos permite simplificar. è obvio que tem vantagens, principalmente na forma artistica com que haynes preenche todo o filme, na forma quase documentario que usa em determinados momentos, e acima de tudo na homenagem extremamente sentida a uma personalidade unica, admirada, mas acima de tudo dificil de entender. Haynes aposta tudo na diferenciaçao das diferenças das diferentes personalidades existentes ao longo da vida de Dylan, escolhendo seis actores, e actrizes completamente diferentes para dar vida as diferentes personalidades do musico, o filme acaba por ser um puzzle com 5 historias diferentes, que apenas tem em comum serem a historia do musico.

O cinismo tipico de Hayns esta presente no argumento a incapacidade de considerar um biopic, de assumir Dylan no filme, é demasiado escondido e mascarado, sendo que a sua presente deveria ser mais notoria e tornar assim o filme mais facil e mais maduro de um ponto de vista de construçao narrativa. Mesmo assim a originalidade na construçao do argumento e por demais evidente, sendo obvio a capacidade imaginaria desta realidade paralela que se chama Dylan.

Se no argumento parece existir arestas por limar na carreira de Hayns, ja no que diz respeito a realizaçao o realizador parece estar no seu estado de maior maturaçao, as imagens sao extremamente fortes, conjugando a beleza musical com uma fotografia de grande qualidade.

Se existe ponto onde a avaliação do filme estava em jogo era nas diferentes prestações dos interpretes de Dylan, e aqui na maioria das partes saiu a ganhar, principalmente com a mais discutivel Blanchet, por uma mulher a desempenhar dylan parecia suicidio o certo e que esta foi aquele que mais se aproximou quer fisicamente quer na construçao da personagem da nossa noçao de Dylan, Tambem Bale e Ledger encontram-se a bom nivel, sendo menos visiveis as interpretaçoes de Winshaw e principalmente de Gere, mesmo assim nao deixa de ser um dos elencos do ano.


O melhor - Blanchet clonar Dylan.


O Pior - Demasiado exprimental para um biopic, mesmo que seja o de Dylan


Avaliação - B-

The Jane Austen Book Club




Jane Austen tem sido uma das personalidades mais em foco nos ultimos tempos na industria cinematografica, para alem da adaptaçao da maioria das suas obras, este ano assistimos a duas obordagens diferentes sobre a autora, um biopic, que atingiu alguma notoriedade, e um filme mais pequeno, que se centrava numa discussão sobre os seus livros no tempo actual, que é este filme que agora analisamos. E certo que o filme e sempre projectado como algo pequeno, algo romantico, com poucas expectativas, dai que quer do ponto de vista critico quer do ponto de vista comerical este seja um filme indiferente em ambas as vertentes

O filme é uma comedia simples, alias um pouco aquilo que Austen fazia que era reencontrar as personagens para o amor, e é isto que o filme tenta fazer e digamos na maior parte das vezes recorrendo ao qb de originalidade e nunca com grande rasgos, o filme e interessante facil de ver, calmo, sem grandes explusoes narrativas, mas mantendo um ritmo seguro. Sendo um filme que nem se gosta nem se detesta.

Alias o filme ate poderia evoluir, porque tinha muito por onde ir, apesar de nos parecer que o paralelismo entre os livros analisados e as historia pessoais tem muita ligação parece-nos que este seria daqueles filmes que ganharia com uma divisão mais acentuada, mais partilhada, entre livro e personagem, talvez requerendo ai mais mateira, um argumento mais forte e intenso e não algo tão descontraido.

Este filme é mais uma comedia romantica que caminha a bom ritmo para o Happy Ending, nem sempre bem regulada sentimentalmente, mas com os aspectos fulcrais que Austen adoptaria se escreve-se nos nossos dias.

è notorio o balanceamento feminino do filme, que provavelmente ficaram bastante mais ligadas ao filme, ja que este se debruça na maior parte do mesmo na forma feminina de ver as coisas, sendo mais complicado de ser ingerido por mentes masculinas.

O filme fala sobre 6 personagens centrais em luta com as diversidades do amos, que resolvem fazer um grupo de leitura sobre os livros de Jane Austen, que vao sendo analisados ao longo de encontros mensais, sendo que as proprias vidas destes vai se alterando ao sabor da leitura que vao efectuando. Um filme que na base parece com principios algo independentes e algo intimista, mas que na sua realização se transformam numa vertente mais tipica,e colada ao habitual das comedias romanticas mais familiares.

O argumento tem toques de originalidade principalmente na sua genese sendo obvio a ligação constante do filme ao universo mais romantico da literatura. Alias o argumento do filme parece-nos mesmo que teria melhor resultado como livro de que como filme, porque poderia abordar mais as vivencias sentimentais de cada personagem. Mesmo assim na sua essencia estamos perante um argumento eficaz,

A realização neste tipo de filme e quase sempre indiferente, limita-se a filmar a dinamica das personagens, sem grandes aventuras.

O cast claramente feminino aposta em alguns nomes de renome critico como Redgrave e Bello e une duas jovens diferentes, por um lado uma das surpresas do ano passado Blunt, e a estrela de Lost Grace. Todas conseguem sem brilhantismos estar ao nivel que o filme exige, sendo que apenas Blunt, merece aqui uma salvaguarda especial, mostrando novamente que estamos perante uma atriz em grande evolução.


O melhor - O paralismo livro-vida.


O Pior - O filme nao consegue fugir a alguma leitura demasiado novelesca.


Avaliação -C+

Sunday, December 23, 2007

Elizabeth: The Golden Age




É pouco usual encontrarmos um Bipic com sequela, já que normalmente as homenagens e as historias retratadas conseguem ser integradas e apenas tem logica num unico filme. Dai que so uma vida interessantissima conseguiria este feito. E uma das unicas personalidades historicas que poderia dar o mote a isto, era mesmo a rainha Elizabeth, que à alguns anos atras conseguiu surpreender a critica com um filme inteligente e intenso, eis que alguns anos depois, o mesmo realizador e acima de tudo a mesma protagonista, dao vida de novo para esta personalidade, numa fase diferente da sua vida. Contudo o filme parece-nos surgir fora de tempor, primeiro porque talvez o mundo cinematografico não tivesse a confirmaçao do talento de kapur, e depois porque esta inovação poderia soar a tentativa de sucesso facil. E o que se sucedeu foi que o filme esteve longe de obter boas criticas, sendo mais uma vez valorizado a interpretaçao de Blanchet, sendo que resultados comericiais foram ainda mais deprimentes.

A toada do filme é bem definica pegar no contexto do primeiro filme e fazer a criaçao de outro momento historico de grande densidade, neste caso as lutas religiosas com Espanha, e acima de tudo mais uma vez centrar-se nas paixoes e desaventuras amorosas que resultaram na sua permanencia como solteira.

è verdade que o filme tem muito menos densidade narrativa do que o primeiro, que a intriga e muito menos rica, que parece ter estudado muito bem o sucesso do primeiro filme, e tentar potenciar aquilo que de mais valorizado este teve, contudo não conseguiu balançar este aspecto, perdendo demasiado tempo neles e claudicando por vezes a evolução da narrativa abordada. O paralelismo narrativo, entre as componentes pessoais e de estado de Elizabeth, apesar de bem articuladas nem sempre funcionam, fragmentando por diversas vezes o argumento.

Contudo mesmo assim, sem ser um filme brilhante, ou mesmo um filme grandioso como o primeiro, acaba por ser um filme competente, com uma magnifica dimensao produtiva.

O argumento do filme está longe de ser excelente, primeiro porque se perde em dar carisma a uma personagem ja carismatica por si só, e depois porque lhe custa a definir os interesses e as personagens secundarias, que acabam por ser sempre figuras conhecidas com motivações enigmaticas.

A realização de Kapur, é de alto nivel, quer nos planos de blachet, quase sempre artisiticos, que poderiam resultar nas obras mais perfeitas de Boticceli, que na forma quase semelhante com que filma as sequencias de acção, e acima de tudo na forma como o filme e produzido e desenvolvido. Denota-se taltento, parece e nao conseguir arrancar para uma carreira mais conceituada e com fulgor.

Quanto ao cast, kapur nao arriscou e nada melhor do que manter os bastioes da mesma equipa, Blanchet regressa ao papel que lhe valeu grande notoriedade e acima de tudo a primeira nomeaçao para o oscar e encontra-se outra vez em grande nivel de excelencia e que provavelmente lhe podera valer nova nomeaçao. Rush encontra-se mais uma vez num bom nivel, Contudo o brilho mais supreendente do filme vai para a beleza angelical de Cornish, que demonstra todos os atributos para ganhar gradualmente mais espaço em Hollywood. No ponto de vista mais negativo, Owen, estamos habituados a mais presença e brilho.


O melhor - A forma como Blanchet e filmada.


o Pior - Faltalhe alguma densiada epica


Avaliação - C+

Friday, December 21, 2007

Awake




Existem filme que são conjugações perfeitas para as derrapagens criticas, e este Awake tem uma serie de pressupostos que fazia deste filme um alvo facil para os criticos mais acerrimos. Primeiro porque surgia numa epoca em que os criticos estao com os gostos apurados principalmente porque nesta altura surgem os filmes mais fortes. E depois porque a dupla de actores protagonistas estao longe de cais no goto das preferencias dos criticos de Hollywood. dai que sem qualquer tipo de surpresa o filme foi na generalidade arrasado pela critica salvando-se as opinioes de alguns mais abertos que acharam o filme dinamico e original. Na bilheteira este aspecto ressentiu-se não conseguindo se impor nas dificeis batalhas comerciais.

O primeiro aspecto é que o filme esta cheio de boas intensões, ou seja tenta ser dinamico, original, com uma serie de perssupostos interessantes, que resultam num filme mediano, mas com valor em aspectos particulares, que poe em causa todo o derrotismo em torno do filme. E certo que por vezes cai em facilitismos demasiado romanticos, e muito ficcionais, como o reencontro mae filho no mundo paralelo, que soa um pouco a falta de imaginaçao, ou entao a dinamicas mais primarias de como construir um argumento, que na sua base ate parece capaz de render, e que nos parece que isso acontece a espaços, mesmo que na sua totalidade existe determinados momentos em que a imaginação dos criadores estava de folga.

E obvio que o filme e surpreendente, contudo esta surpresa nunca e grandiosa, ou seja tudo e montado a um ritmo interessante, mas nem sequer permite que o especator pense muito sobre isso, ou seja apesar de ritmado, falta alguma densidade narrativa ao filme.

A historia conta-nos um jovem casal, em que o homem decide fazer um transplante do coraçao, ate que ve que a sua anastesia apenas funcionou num ponto de vista fisico e nao no que diz respeito a sensações, depois uma panoplia de twists narrativos, quase alucinantes que torna o filme interessante para ver, sem muito exercicio atençao e de reflexao.

O argumento apesar de nos parecer interessante na vertente mais enterteiner, parece-nos por vezes descabido de densidade e profundidade, que lhe carece de alguma qualidade de pontos especificos. Este aspecto e muito visivel principalmente na criaçao e definiçao das personagens.

A realização é demasiado mediana para ser analisada, quase nunca damos por ela, mesmo pensando que o argumento poderia ser interessante, se fosse filmado de uma outra forma.

O cast é algo dicotomico, se por um lado penso que Christiensen, ate se consegue salvar num papel dificil, dando a entender que e um pouco mal amado na critica, ja Alba denota que e pouco mais que uma cara bonita, sem pouca chama ou densidade artistica. Ja Howard merece filmes mais profundos e fortes dramaticamente.


O melhor - A objectividade narrativa do filme


O pior - ALgum romantismo em alguns atalhos da historia


Avaliação - C+

Thursday, December 20, 2007

The Golden Compass


STARRING



Existe produções em Hollywood que sao autenticos poços de ambiçao, apostadas em controlar tudo o que e cinema, markting e se possivel conciliar isto com bons resultados criticos. Dois sao os generos que tem este poder, por um lado a vulgar animaçao familiar, e nos ultimos anos, os chamados filmes fantasticos, conjugando um caracter fantasioso, com uma açao epica. nos ultimos anos quer Senhor dos Aneis, quer Cronicas de Narnia foram os porta vozes deste novo fenomeno. Dai que nao e sem contexto que vimos a mesma produtora de Senhos dos Aneis apostar num projecto com paralelismos declarados com a obra de Jackson. Mas se o pacote nao deixava duvidas das semelhanças o certo e que o produto era diferente, e estava longe de corresponder ao rotulo que trazia, dai que a recepçao critica nao foi muito calorosa, e por outro lado, para as expectativas do filme, esteve longe de convencer com resultados comparativamente com as expectativas muito baixos, que o tornam o floop natalicio, aspecto que poucos previam.

A unica certeza que podemos ter deste filme e que sabemos que existe bons produtores de ficção cientifica na New Lina, alias quem vir o filme sabe onde foi canalizado todo o budget, e se inicialmente ja ficamos estupfactos com a perfeiçao dos animais falantes, quando começamos a ter contacto com as sequencias de acçao entre ursos polares, vimos que o filme, nao brinca neste aspecto. Contudo isto nao chega para fazer um filme fantastico que seja ao mesmo tempo simples, e epicamente grandioso, e é neste aspecto que o filme falha, primeiro porque os pressupostos de interealidade, sao tao simples que acabam por ser confusos na sua genese final, e depois porque o filme por esta mesma simplicidade e forma de articulação da historia nao consegue adquiri a grandiosidade necessaria para um epico. Assim saimos com a sensaçao que o filme não nos preenche, que apenas ficamos com uma tentativa que nao resulta em obra quase nenhuma, senao vejamos as sucessivas tentativas de preencher tempo com pouco conteudo para acçao.

outro erro do filme e que rapidamente vimos, que o filme esta a pensar na saga, na forma calma como vai introduzindo os dados, na forma espaçada e como se centra os planos, na forma como esconde as personagens, contudo tudo esta dependente de resultados, e para uma historia assim, deviam de alguma forma ter estudado a probabilidade do filme nao resultar, como parece estar a aconter.

O argumento, parte de um livro e neste particular tenta ser fiel a sua fonte, a forma como caracteriza as personagens, como tenta ser denso, ate e louvavel, contudo nunca consegue adquirir os traços necessarios para ser grande. Falha na forma lenta como introduz o filme talvez para render para os outros filmes, mas isso faz com que rapidamente os especadores se desliguem do filme, talvez de forma permanente.

Weitz e um bom realizador, principalmente porque é certinho naquilo que faz, contudo nota-se que encontra desfocado do seu genero, mais ligado a comedias sentimentalistas e intimistas, ja que sente-se mais a vontade e arrisca mais nas expressoes da personagem do que propriamente em fazer render os efeitos especiais, mesmo que estes nao precisem de muito esforço para se fazer notar.

Se existe filme que nao e de personagens e este Golden Compass, alias o actores sao tao pouco postos a prova que de alguma forma ate nos abstraimos dos grandes nomes que entram no filme, ficando a sensação que o filme teria o mesmo valor independentemente da participaçao de Craig, ou Kidman.


O melhor - Os efeitos especiais


O pior - A falta de dimensao do filme para os seus pressupostos.


Avaliação - C-

Monday, December 17, 2007

Michael Clayton




O cinema é prodigo em surpresas agradaveis, principalmente quando as suas estrelas maiores, apostam em experiencias de novos realizadores com nada a perder e tudo a ganhar. Foi o que aconteceu com Clooney, neste thriller, do escritor da saga bourne. O filme desde a sua estreia recebeu os maiores louvores criticos, que o tornou de tal forma visivel e comercialmente rentavel, que o coloca para ja na linha da frente na corrida pelos premios dos diferentes criticos.

O filme é acima de tudo um bom filme e competente nas suas bases principais, consegue ser maduro, coeso, interessante, com um bom ritmo, não e daqueles filmes que surpreenda o espectador, mas e de tal forma bem montado e competente que ficamos agradados com o facto de um realizador ainda recente conseguir desde ja apresentar uma obra tão matura.

A base e complicada, mas aos poucos é simplificada em prol do espectador, Michael Clayton e um advogado numa crise da meia idade, que se ve de repende chamado para remediar a loucura de um outro advogado da sua firma em loucura aparente, depois vê-se emaranhado num jogo de conspirações ao melhor nivel que o cinema nos conseguiu dar.

E daqueles filmes que deve ser valorizado pela forma como consegue ser simplista no cinema que apresenta, e porque demonstra que ainda se pode fazer filmes fortes sem uma forte vertente criativa. Mesmo que nao seja um filme magnifico, por este facto e dos filmes mais bem planeados e produzidos do ano, saindo-se bem em quase todos os pontos de valiação de uma obra cinematografica.

O argumento e uma das grandes vantagens do filme, e aqui e notorio que Gilroy mais que um realizador e um argumentista de primeiro nivel, pela forma coesa e planeada com que monta o seu guião, pelo facto de completar todos os espaços, pela forma como vai defenindo e planeando os movimentos temporais do filme, tudo e pensado nao so na concretização do filme sob o ponto de vista critico mas tambem para que este seja um objecto mais proximo do publico. Num argumento que e exemplo para mais novos.

Na realização parece-nos que Gilroy ainda tem muitas arestas por limar, por um lado porque nao arrisca nos planos, depois porque se centra em demasia das personagens que parecem por vezes desprovidas de contexto, achando que este aspecto se deve mais potenciado num futuro digamos promissor.

O cast do filme e o ponto mais valorizado do filme, se Clooney, surpreende com uma prestação intensa, embora nos pareça super valorizada, com a quantidade de premios que tem ganho, sendo uma prestação segura, densa, mas longe do brilhantismo necessario para este tipo de recepçao, nem que seja porque Wilkinson domina todas as cenas em que entra, e este sim um forte concorrente a estar nos premios de Janeiro e Fevereiro.


O melhor - A maturidade de um argumento simples.


O Pior - A falta de risco da realização


Avaliação - B

Sunday, December 16, 2007

Hitman




Se olharmos para as adaptaçoes de jogos de computador ao cinema muito poucas entram dentro do limite do aceitavel, embora haja sempre alguma expectativa em torno destas, Hitman nao fugia a regra principalmente tendo em conta a força e a presença do protagonista, existia alguma expectativa pela forma como iria ser retratado no cinema. Desde logo a escolha de um actor em subida de rendimento poderia antever algum sucesso. E se do ponto de vista comercial o filme ate conseguiu comparativamente com outras adaptaçoes ter algum sucesso, do ponto de vista critico o filme foi na onda de outras adaptaçoes com uma recepçao bastante negativa.

O mal deste tipo de filmes, e principalmente de Hitman, e que apenas pega no conceito e nao o consegue dotar de complementos eficaz a historia minimalista de um jogo de computador, sendo que grande parte das vezes o filme é apenas uma pequena historia, sem qualquer tipo de recheio e pouco conteudo, e nestwe Hitman isso realça-se mais que nunca, primeiro porque para complementar a falta de ideias o realizador limita-se a filmar os passos sem qualquer tipo de conteudo da personagem, e acima de tudo porque o sumo do filme e tao minimalista, que achamos mesmo que tem menos pontos de contacto do que propriamente o jogo.

O filme tem uma falta de interesse gritante, ou seja o filme e fragmentado, pouco coeso, com um argumento que e ao mesmo tempo pouco logico, como confuso, nao se percebendo quase nunca o porque, nem quando as explicaçoes sao dadas, num filme que parte de um pressuposto e uma intenção de ser o mais simples possivel.

A historia e a do jogo, um assassino que nao sabemos como nem onde aparece, tem que matar uns quantos e depois ve que depois esta a ser ele tambem presseguido quer por outros criminosos quer pela propria policia de diferentes policiais, depois o jogo do rato e gato. E termina a parte compreensivel do filme tudo o resto e uma confusao tremenda, num filme que vem mais uma vez provar a fraca imaginação dos argumentistas da adaptaçao de jogos.

Alias o argumento do filme e o ponto mais debil do filme, as personagens sao desprovidas de qualquer caracterização nem tao pouco contextualizaçao, sao personagens que vagueiam e lutam por si propria, a tentativa de dar adereços ao filme é um autentico atentado ao entertenimento, tornando o filme quase indegesto.

A realização e o ponto mais positivo do filme, efectuada da forma como o jogo e filmado, sem duvida que esta fidelidade e extremamente interessante, principalmente nas imagens e na forma como a caracterizaçao fisica do personagem faz as pessoas associar sempre o jogo, e a atmosfera criada neste.

O cast exigia uma personagem forte com carisma, e Olyphant ainda esta longe dos requesitos para este papel, e quando parado o actor ainda consegue ser um bom interprete para o agente 47, quando o papel exige mais fisicamente quase nunca se encontra aquilo que o nosso imaginario pedia, mesmo que o filme nunca exiga grandes dotes de interpretaçao que talvez o actor tb nao o tenho.


O melhor - As imagens de tras do personagem


O Pior - Aquilo a que se chama total confusao no argumento


Avaliação - D+

Enchanted




Para o final do ano, é normal aparecerem as apostas em imagem real da produtora BuenaVista acessoriada pela Walt Disney, normalmente estes filmes tornam-se sucessos comerciais com grande fulgor, contudo este ano pensavasse que este Enchanted fosse um filme mais infantil com mistura de animaçao, e nao uma aposta muito forte por parte desta produtora, contudo a verdade foi outra, o filme foi um verdadeiro Boom, em todas as circustancias, ja que se tornou um bom sucesso de bilheteira, e um dos filmes mais valorizados do ponto de vista critico chegando mesmo à nomeaçao para o globo de ouro para a protagonista Amy Adams, e ser mesmo referida por alguns criticos como possivel concorrente ao oscares da academia.

O cinema busca cada vez mais ideias novas, e filmes creativos, e neste particular Enchanted vai muito longe principalmente no facto de pegar na forma mais tradicional do cinema como a animação basica do filme de encantar, enquadrando-a num ambiente nova iroquino, num misto total de animaçao e imagens reais.

O filme consegue ao mesmo tempo dois pontos muito interessantes, ser um filme ao mesmo tempo infantil na forma basica com que contextualiza sentimentos e personagens, mas tambem comsegue ser um filme comico.

A historia parece absurda mas acaba por ser muito bem traduzida em imagens, uma princesa de um filme de animaçao vê-se de repente perdida em nova york actual, onde quase nada parece retirado de uma historia de encatar, e onde relaciona-se com uma famila monoparental, depois regressa o seu principe encantado, e a bruxa má, numa mistura com um produto final muito positivo. O unico ponto que nos parece menos elaborado e a forma de conclusao do filme, demasiado obvia e sem a intensidade normal deste tipo de filmes.

O argumento tem todos os ingredientes que estes devem, ter e coerente com os seus propositovos, original, creativo, as personagens muito bem caracterizadas e com a capacidade de se aproximar de uma forma simplista do publico, enfim a grande mais valia do filme.

A realização é um pouco incoerente, se por um lado tenta sempre que as suas imagens sejam fortes para o espectador por outro nao consegue controlar alguns impulsos, mais exagerados, quando nos parece que os meios nao permitiriam tais riscos. mesmo assim nao coloca em causa a qualidade do filme.

Neste tipo de filmes o tipico era econtrarmos actores proximos do publico, mais conhecidos pela sua imagem do que propriamente pelas suas capacidades de interpretação, mas aqui encontramos plenamente o contrario, ja que Adams, e mais reconhecida pela critica do que propriamente pelo publico, sendo uma surpresa agradavel para estes, ja que consegue conciliar os aspectors de uma boa interpretação com uma presença fisica forte. Nos papeis masculinos se Madsen se encontra mais ligado ao esteriotipo acima descrito, apesar de este ano ter surpreendido num conjunto forte de papeis. Dempsey, em mare alta pela prestaçao em Anatomia de Grey, encontra-se no seu estilo tipico, e funciona muito bem nos objectivos do filme


O melhor - A criatividade do guiao.


O pior - O final do filme.


Avaliação - B

Saturday, December 15, 2007

The Nanny Diaries




Todos os anos, para alem da lista de surpresas existe um sem numero de filmes que apesar de grandes expectativas resultam no oposto em fraudes surpreendentes, capaz de fazer rolar cabeças em produtoras.Pois bem este ano, um desses filmes foi Nanny Diaries, apostado em vender a imagem da sexy Johansson, como gata borralheira, o filme a partida que tinha grandes ingredientes para se tornar proximo do espectador resultou num tremendo falhanço, primeiro no seu principal objectivo a bilheteira, mas tambem a nivel critico onde a forma como e produzido e realizado deixam antever tambem aqui alguma expectativa, num filme que podera ter feito rolar cabeças na Weinstein Company.

O filme peca acima de tudo pela indefenição dos seus objectivos, por um lado tenta ser demasiado indie e complexo para familiar, mas por sua vez a sua historia de base nao consegue ir mais alem ou seja e uma pura e simples historia familiar, dai que o filme nao consiga quase nunca sair desta indefiniçao, ficando a meio caminho de ambas. E este aspecto tem muito que se lhe diga, se por um lado os momentos mais independentes fazer sugerir que o filme vai enverdar por uma dinamica narrativa diferente, aos poucos vamos percebendo que tudo nao passa de pequenos caprichos do autor, sem qualquer tipo de conjugaçao com o proprio filme, nao que isto seja provido de nexo, mas ja vimos este tipo de articulaçoes muito mais bem efectuadas.

A historia e simples, um antropologa recem lecenciada encontra-se na indefiniçao da sua vida ate que um pouco sem contar aceita ser a ama de uma filho de um casal de linha alta com muitos problemas familiares, aos poucos começa ela a ser o suporte emocional da criança nesta busca de identidade permanente da personagen, nao se antes intrometer-se a sua dinamica amorosa com um vizinho do casal. Ou seja em tudo o filme e um misto de um filme mais intimista e indie com a familiaridade de uma historia da disney.

Parece-nos que este parametro por um lado nao se encontra bem enquadrado e resultou no falhanço critico, por outro lado tambem nao o tornou uma boa obra de entertenimento e resultou no falhanço comerical.

O argumento e damasiado ambicioso para a sua historia de base, tenta complicar o simples e isso danifica o produto final em causa principalmente na incapacidade de o filme fluir para um publico mais jovem. Mesmo assim o filme acenta num ponto interessante que e a mutaçao das personagens defenindo o ser humano como algo contextualizado.

A realizaçao encontra um aspecto curioso a necessidade de invar e complexificar ao sabor do argumento e aqui a realiação nao consegue atingir os aspectos mais complexos e criativos do argumento, salvando-se mais nas interações puras do filme.

O cast centra-se acima de tudo em Johansson, sem querer aproveitar a sua imagem, e digamos que ja a vimos em bem melhor nivel, a actriz parece presa a alguns tiques que ja resultaram principalmente em Lost in Translation, mas peca na inovaçao e na necessidade de mais dinamismo, num papel longe de grande valor. Nos secundarios actores de renome, como a sempre eficaz Linney e o independente Giamatti, sendo que o filme apenas toca o familiar nas prestaçoes mais modestas de Eavans e Keys.


O melhor - A flexibilidade das personagens.


O pior - A incapacidade de o filme conjugar os objectivos a que se propos.


Avaliação - C-

Tuesday, December 11, 2007

Dan in Real Life




Há algum tempo que Carrel conquistou o seu espaço proprio a nivel de comedia, apesar do seu grande sucesso acabar por ser em filmes onde desempenha papeis mais dramaticos. Sendo ja uma das figuras de proa da comedia norte americana. Neste Dan in Real Life esperava-se uma toada mais sentimentalista e uma comedia menos fisica e mais emocional. O filme apesar de nao ser um blockbuster declarado conseguiu bons resultados ao nivel de bilheteira, mas foi a nivel critico que mais surpreendeu, com criticas bastante positivas, salientando a boa caracterizaçao e definiçao das personagens com o sentimento de amor, colocando-se desde ja como um dos candidatos a estar presente na vertente comedia dos globos de ouro.

O filme é uma historia simples sobre sentimentos puros, e acima de tudo sobre a simplicidade e a vivencia pura destes, e este aspecto e que valoriza o filme, o facto de centrar esforços em fazer um filme sobre o amor, e sobre a densidade familiar, que consegue pro um lado ser um filme sob uma toada emocional forte, quer em sentimentos puros como amizade e companheirismo, bem como na forma que caracteriza o amor, e as suas mais diversas vertentes e estrategias colocadas ao serviço de cada uma das personagens.

Talvez perca por ser um filme algo negativista neste sentimento, por insidir em demasia na parte sofrida no amor, na parte irracional deste, o que lhe tira algum do espirito positivo que o filme poderia ter, contudo esta ganha nos outros pontos principalmente na relaçao da personagem principal com as suas filhas.

A historia aborda a visita familiar de uma familia monoparental constituida por Carell e as suas tres filhas em diferentes faixas etarias e com personalidades todas elas muito vincadas. Nesta visita este apaixona-se pela nova namorada do seu irmao mais proxima.

O filme talvez nao vai mais longe por limites de ambiçoes e isso parece ser um valor muito assumido no filme, que nao tenta ir onde declaradamente sabe que nao consegue ir.

O argumento do filme nao e muito rico, mas e um filme que aproveita todas as suas potencialidades, e um filme que assume como prioridade ser um filme de amor, e consegue defenir como poucos este sentimento e acima de tudo as suas vivencias. As personagens tem todas muita quimica entre si, e o ambiente familiar muito bem recriado.

A realizaçao peca por falta de ambiçao parece nunca conseguir dar o melhor das personagens, apenas se revela na parte final na forma poetica e muito musical com que consegue efectuar jogos de luzes na sequencia final do filme.

Carel nao e um actor de eleiçao as suas defeciencias sao bastante observadas, e acaba por ser o ponto menos potenciado do filme, se por um lado o seu lado algo reservado serve o filme, por outro a sua baixa densidade emocional condiciona vivencias mais fortes quer do ponto de vista amoroso quer na relaçao que deveria ser mais quente com as suas filhas. No restante bom nivel quer para Binoche quer para Cook


O melhor - O romantismo puro do filme


O Pior - O protagonista poderia ser mais denso emocionalmente.


Avaliação - B-

Monday, December 10, 2007

Southland Tales




Confesso que não fui fã do maior sucesso de Kelly como realizador, por achar que se torna facilmente absurdo e sem qualquer tipo de sentido, contudo e certo que o filme era original e formou um culto em torno de Donnie Darko, dai que a expectativa relativamente ao novo filme, daqueles que muito apelidaram de novo Lynch era grande, contudo os sucessivos atrasos e a recepçao pouco calorosa em Veneza o ano passado fizeram logo antever, aquilo que o cast, ja deixava antever, ou seja que estavamos longe de uma obra prima. Muito tempo depois o filme finalmente estreia nos EUA, com resultados de bilheteira quase residuais e uma recepçao critica na maioria negativa.

O mais obvio neste filme, e que Kelly cai totalmente no entusiasmo provocado pela aceitaçao massiva do seu exoterismo e multipica-o em dimensoes industriais, so que o que por vezes tem graça quando exagerado, para alem de patetico torna o estranho em algo absurdo e incapaz de ser consumido. E e o que acontece com este filme, capaz de tornar Inland Empire o filme com mais sentido do mundo, este Southland Tales e um festival de sequencias sem sentido, com a mistura de ficçao cientifica e sub natural, que o tornam num dos objectos mais intragaveis do ano, e capaz de fazer duvidar da sanidade mental de Kelly.

O filme ate começa com uma abordagem interessante, com algumas ideias soltas bem conseguidas, principalmente na forma como aborda algumas sequencias, mas um filme sem qualquer ligaçao, sem fio condutor, com sequencias totalmente descabidas de qualquer sentido, dá-nos um conjunto de mais de duas horas de puro desvaneio de um autor, totalmente extasiado pelas valorizaçoes anteriores, e dopado pelo sucesso.

Em momento algum o filme consegue ser racional, consegue ser serio, e capaz de ser caracterizado, acaba em determinados momentos principalmente na conclusao como um virus informatico que teima em persisitir e nao acabar.

O argumento ate podia ser analisado se existisse, algo mais do que a tentativa de um autor em ser original, com a articulação de personagens sem sentido pratico, real e logico, enfim um atentado puro ao cinema como um veiculo contador de historias-

O pior de tudo e que como realizador Kelly tem talento e demonstra isto neste filme na originalidade com que introduz as acçoes na forma diferente com que faz o filme, num misto de humor, denuncia e paranormal, contudo neste filme perde totalmente a noçao da realidade na tentativa de atingir um nirvana... que era bem mais facil de atingir sem tanta necessidade de marcar a diferença-

A arrogancia e eloquencia de Kelly começa logo na escolha do cast, recheado de actores de qualidade mais que duvidosa, herois de filmes de adolescentes, que se encontram ao seu nivel primario de actuaçao, contudo este aspecto conjugado com todo o filme acaba por surpreendentemente de todos os pontos negativos de nem ser o mais acentuado. De referir apenas neste aspecto o bom registo de Timbarlake, que começa a ganhar algum espaço em Hollywood.


O melhor - A sequencia musical.


O Pior - A loucura total em que caiu Kelly.


Avaliação - D-

Sunday, December 09, 2007

August Rush




Cast:




Muitos dos jovens actores de Hollywood começar a sua carreira de forma fulgurante mas comçam rapidamente a perder o ritmo, Highmore e claramente o "puto" do momento, liderando grandes casts em diversos filmes, tem sido a grande aposta destes ultimos anos pelos grandes estudios, contudo se o inicio foi brilhante nota-se ja este tipico decrescimo de qualidade, nao tendo sido ate ao momento um ano muito feliz para o jovem, que apostava quase tudo neste drama musical, contudo e se a nivel comercial os primeiros resultados faziam prever um desastre bem maior, a nivel critico o filme foi na maioria dos casos criticado.

De referir que o filme parece desde logo ser efectuado unica e exclusivamente com o coraçao, o que tem de mais em poesia, romantismo e sentimentalismo barato, acaba por perder na razao, na capacidade de efectuar um filme logico interessante, e maduro e nao um filme que acaba por ser extremamente romantizado, perdendo em diversos momentos a razao.

O filme parece sempre querer transmitir um poder sobrenatural que nunca se concretiza, tenta sempre ser especial, prejudicando por diversas vezes as opçoes narrativas, novelando em grande dose a forma como evolui a historia.

A historia nao e nova, fala de um casal separado por circunstancias familiares, e pela separaçao de ambos do seu filho menor, ambos tem aptencia para a musica e acaba por ser esta que pauta toda a evoluçao da historia e a forma como as personagens se vao cruzando, a dimensao fantastica e especial contribui para que o filme nunca consiga atingir a profundidade exigida.

A nivel de argumento a simplicidade acaba por ser exagerada, as personagens sao caracterizadas apenas do ponto de vista de sentimentos, nunca existindo qualquer tipo de traços de personalidade, oferece a sua dimensao ao sentimentalismo puro e barato que torna por vezes o argumento com a facilidade que nao contribui no amadorecimento do filme.

na realizaçao consegue-se entender desde logo o sentimentalismo e a profundidade romantica tipicamente feminina, perdendo alguma da racionalidade e originalidade. Apesar da sua curta carreira na realizaçao o facto de ser filha de um dos realizadores irlandeses mais conhecidos da-lhe uma escola que podera ser importante na sua evoluçao futura, seguindo os passos do Sheridan. Para primeiro filme nao esta mal, mas tem que evoluir para conseguir ganhar espaço.

O elenco e a primeira vista riquissimo, Highmore e um actor dimensionalmente muito forte e acima de tudo consegue desde logo ter um carisma algo especial para um menor da sua idade, neste filme nao se encontra ao nivel que ja demonstrou, mesmo assim esta em bom plano, em niveis inferiores estao o restante elenco do cast, principalmente os mais conceituados Howard (num registo quase insignificante) e Williams, que começa cada vez mais a repetir tiques algo exagerados...


O melhor - O sentimentalismo puro do filme


O pior - A falta de razao.



Avaliação - C

Saturday, December 08, 2007

This Christmas




A cada vez mais enigmas relativos a certos sucessos comerciais em Hollywood filme que a partida parecem produzidos para figurar eternamente numa prateleira de videoclube acabam por ser lançados comercialmente com alguma dimensao e eis que surpreendentemente o resultados nao so sao positivos como batem mega produçoes. Normalmente o grande trunfo destes filmes e falar sobre temas que estao na ordem do dia, e nada melhor do que um filme sobre unica e exclusivamente o natal, para ser mais um exemplo deste tipo. Este This Christmas quase unicamente protagonizado por desconhecidos, conseguiu se impor de uma forma muito forte na bilheteira e passar bem na guerra da critica onde muitos titulos nao conseguem passar.


O surpreendente neste This Christmas e que o filme todo pensado para nao ter muito alarido, a historia centra-se nas vivencias familiares e de uniao familiar, tematica muito utilizada e reenquadrada nos filmes de natal, tudo de uma forma simples sem grandes rodeios, sem grandes ambições. O filme e agradavel, vê-se facilmente, sob a toada e a dimensão narrativa tipica de uma telenovela, o filme é daqueles que se vê bem mas no final pouco ou nada retiramos daquilo que vimos, ou seja os propositos todos do telefilme, dai a surpresa de uma aposta tao forte e resultados tao fortes por parte do filme.


Dentro desta linhagem o filme e completo com um bom naipe de personagens esteriotipadas como e usual, em pleno contacto uma com as outras, no que falha na originalidade e acima de tudo em alguma dificuldade em apresentar e tornar familiar as personagens o filme ganha no verdadeiro clima e espirito natalicio que emprega no filme, todas as personagens transmitem a sensaçao de familia e de ligação entre si, com uma quimica intressante e que valoriza o filme.


Contudo, parece-nos que o centro da comercialização do filme esta na tentativa de vender um pouco mais a imagem do cantor Chris Brown, protagonista dos momentos musicais do filme e que nos parece nao so descontextualizados de todo o filme, mas como os segmentos mais debeis deste This Christmas.


O argumento e simplista ao maximo, puro, sentimentalista, com clara falta de originalidade, escrito como se de uma telenovela se tratasse e se por um lado permite que o filme seja facil e agradavel de ver, por outro torna-o demasiado linear e pouco profundo.


A realização é o aspecto mais irrevelante o filme, raramente damos por ela, apenas nos momentos de caracterizaçao natalicia dos diferentes espaços denotamos um trabalho mais elaborado no restante apenas limita-se a filmas a interecçao entre as personagens.

O cast sem grandes nomes, justifica esta opçao pela falta de requesitos de interpretaçao aos actores, as personagens sao demasiado lineares, a acabam por caber facilmente nos papeis sem grandes testes as suas capacidades. No geral todos os actores cabem bem nos seus papeis sem dizer com isto que estao a bom nivel


O melhor O ambiente natalicio.


O Pior - As limitaçoes obvias de um filme nunca pensado para tanta gente


Avaliação - C+

Thursday, December 06, 2007

No Coutry for Old Man



Directors:Ethan CoenJoel Coen

Tommy Lee Jones, Javier Bardem, Josh Brolin, Woody Harrelson, Kelly Macdonald


No Coutry for Old Man e daqueles fenomenos que precorre totalmente o ano cinematografico, desde a sua estreia precoce em Cannes que foi apontado como um dos grandes filmes do ano, e candidato mor a luta pelos galardoes e quem sabe os Oscares, a sua fama foi tao transversar que acabou por estar presente ao longo de todo ano, assim foi sem surpresa que o filme estreou com um reconhecimento critico quase sem igual, com valorizaçoes totalmente brutais, empolgado por este aspecto acabou por reunir tambem um resultado de bilheteira satisfatorio que o coloca desde ja na linha da frente na luta pelos Oscares.


Mais que um grande filme esta ultima obra dos irmaos Cohen e um filme completo, com drama, acçao, terror comedia tudo compilado numa historia de base interssantisima e recheada de momentos Kodak. O filme e grande em quase todos os niveis, no argumento extremamente bem conseguido e bem adaptado ao cinema, nas personagens do melhor efectuado nos ultimos anos, no conteudo tematico e moral, se bem que o facto das personagens nao conseguirem manter todas o niveis acaba por contrastar em alguns aspectos e faz decrescer um pouquito o ritmo na fase final.


A historia adopta o paralelismo que cada vez mais assume relevancia nestes titulos, a historia de 3 homens, um pobre que cai de repente na retina de um perigoso sociopata e ainda por cima com uma mala cheia de dinheiro, deste, um dos psicopatas mais letais da historia, e um policia que tenta buscar os dois, correndo sempre um passo atras do assassino, para alem do interesse da narrativa, o fulgor da ironia e humor das personagens preenche totalmente o ecra, bem como a profundidade dos mesmos.

Talvez o regresso da dureza e frieza dos filmes cohen seja dos factores ainda mais valorizados do filme, reunindo um humor negro num conjunto de filmes de personagem, e daqueles filmes vigorosos que rapidamente sentimos ser forte por dentro e por fora.

O grande valor do filme encontra-se sustentado na forma brilhante como e escrito, partindo de um ponto de vista interessante potencializa-o ao maximo e a cada uma das suas linhas de montagem. Este aspecto ganha mesmo especial dimensao na forma como as personagens estao ligadas, nos dialogos que mantem, e acima de tudo da força vertical e carisma da construçao e caracterizaçao das personagens.

De todas as vertentes quase perfeitas do filme a que menos reluz e a realizaçao, nao que Joel Cohen se encontre em perda no filme longe, disso, mas a suavidade e quase ausencia de protgonismo das camaras acaba por dar mais força a contextualizaçao do filme e acima de tudo as personagens. E neste ponto esta ausencia de protagonismo e sempre benvinda.

Por ultimo o ponto mais forte do filme esta nas actuaçoes, desde logo Bardem, conquista o filme de uma ponta a outra, numa das melhores e mais fortes personagens dos ultimos tempos, demonstra todo o talento do actor, e caracteriza um dos viloes mais fortes e dinamicos da historia. Com mais que cheiro a Oscar. Por sua vez e quando Bardem parecia ter todos os louros, de referir tambem a excelente interpretaçao de Brolin, ainda para mais quando este é menos consagrado, mas surpreende em toda a linha a cada cena que roda. Menos luz para Lee Jones que acaba encoberto pelo brilhantismo dos seus companheiros de ser.


o melhor - O devolver de um cinema de grandes personagens.


O pior - A personagem de Lee Jones poderia ter mais para dar.



Avaliação - A-

Wednesday, December 05, 2007

The Mist




Hollywood nem sempre demonstra gratidão por aqueles que lhe dão grandes filmes, so assim se percebe a pre campanha negativa perante este novo filme de Dabaront, apenas com a visualisação de um trailler, esquecendo-se por completo as grandes adaptaçoes que o realizador ja tinha efectuado com as obras deste autor, e tendo na memoria apenas um filme com insectos gigantes com thomas Jane, enfim, o caos. Os primeiros criticos ainda foram por esta campanha anunciando um autentico desastre de filme contudo com a expansao do filme, comçou a existir criticas mais valorativas ate que conseguiu um respeito mais ou menos generalista à sua volta, e que nos leva a pensar que com outro tipo de campanha o reconhecimento ainda teria sido maior, a unica coisa que nao conseguiu reverter foi a campanha modesta comercial, muito aquem de resultados minimamente agradaveis.

Desde logo podemos definir o filme de acordo com a campanha critica que efectuou, começa algo deprimente com tiques tipicos de filmes de acçao de segunda, com uma introduçao muito debil ao ponto da caracterizaçao de personagens e das relaçoes contudo com o evoluir o filme vai crescendo acabando por nos fornecer uma das ultimas meia horas mais surpreendentes do ultimo ano cinematografico.

E um filme algo hipocrita, demonstra ser uma coisa, e acaba por ser outra, que se vai alterando sem nunca ter consciencia o espectador que o filme esta em mutaçao a cada minuto que passa. E a cada minuto que passa mais o filme se transforma num drama sentimentalista, com o intuito de causar reflexao sobre as crenças e sobre os limites emotivos do ser humano. O filme que inicialmente é muito dificil de seguir principalmente pela falta de logica e consecução das cenas, e ja no final um filme adulto que se debruça do ponto de vista metaforico nas verdadeiras questoes da existencia humana, com um final epico a todos os niveis.

O filme nao se improta muito em cair no ridiculo, acaba em certos pontos por ser mesmo primario neste aspecto, mas este acaba por compensar e passar para segundo plano ja que toda a tendencia do filme esta no argumento.

O argumento e o verdadeiro misterio no filme, começa com um nivel quase miseravel que nos leva a questionar a sanidade mental e a razao do filme, em todos os niveis como caracterizaçao da personagem e relaçoes, mas acaba ao melhor nivel de Dabaront, o filme assume-se torna-se cada vez mais adulto a cada segundo que passa, conseguindo ainda com este inicio ter um impacto mais forte e surpreendente no espectador.

A realizaçao de Dabaront vai no sentido de todo o filme, ou seja oscila de momentos de grande realizaçao com outros de um primarismo quase preocupante, embora nao como na toada gradual do filme, esta oscilação parece nos menos estudada e consequentemente menos valorizada no filme.

Quanto ao cast, talvez aqui e que Dabaront poe em causa o filme, ou seja a escolha de Thomas Jane e uma escolha comprometedora para quem quer que o filme seja levado a serio, quer pela sua carreira quer pelas suas dificuldades de interpretação e neste filme esta dualidade e por de mais notorio. Se principalmente nas dinamicas de acçao ele move-se como quer nos momentos mais dramaticos a queda em overacting e por demais evidente e preocupante. num filme que com outro tipo de cast poderia ter mais ambiçoes.


O melhor - Os twists finais


O pior - Thomas Jane nao tem a dimensao necessaria para o papel


Avaliação - B

Tuesday, December 04, 2007

Mr. Magorium's Wonder Emporium




Com o passar do tempo cada vez tem sido mais usual a existencia de prototipos fantasiosos de Tim Burton, apostado na irreverencia das suas personagens e acima de tudo no caracter fantastico dos cenarios criados. Helms foi talvez aquele que mais se aproximou neste filme daquilo que ele mais gosta de fazer ou seja testar as crenças dos espectadores. Ou seja no que diz respeito ao conceito de filme e aquele que a primeira vista foi mais perto na semelhança. Contudo Helms nao e Burton, nem actualmente Hoffman e Depp dai que o filme nem sequer foi grande exito de bilheteira, onde os resultados foram mesmo algo desoladores, nem de critica que nao se adaptou bem ao universo criativo de Helms.

Obviamente que a colagem e por demais evidente, chega mesmo a roçar a colagem, principalmente de Charlie e a Fabrica de Chocolate, sem o musical que presenteia a obra de Burton. Contudo os genior marcam a diferença por si so, e Helms nao e um genero dai que facilmente caiu no terreno perigoso da fantasia por si so, e acima de tudo no tremendo ridiculo das suas personagens, perigo que Burton sempre conseguiu ultrapassar sem dificuldade.

O filme sofre de diversos erros, primeiro a pouca profundidade do guiao que nao tem intensidade sentimental, nao tem logica e acima de tudo nao tem profundidade. Limitações da fotografia limitada para os objectivos do filme, e acima de tudo falta de interesse moral,ou seja enquanto, ou seja tudo aqui parece um pouco limitado, com pernas para andar mas claramente sem motivação para o fazer.

E depois cai facilmente no exagero em aspectos que sao totalmente insignificante como por exemplo a idade do protagonista.

A historia fala de uma loja debrinquedos magica, que necessita de um novo processo de passagem de gerencia, contudo esta passa-se num clima de amor e amizade, e com a ternura habitual de um filme declaradamente para mais pequenos, contudo acho que exagera na indefiniçao desta população

Enfim o filme poderia ter sido muito bom, primeiro com outra realização do argumento e com outro criador por tras.

O argumento apesar de ter um ponto de base muito interessante, e acima de tudo pontos especificos muito interessantes para um filme fantastico, contudo na concretizaçao o filme nao consegue atingir grande niveis, principalmente na forma como caracteriza as personagens demasiado unidimensionais, na forma como facilmente o guiao cai no absuro e como de abstrai facilmente em deterimento das imagens parecendo que nunca consegue conciliar estes dois aspectos, ou seja a imagem nunca auxilia directamente o guiao.

a realização de Helms esta demasiado presa a Burton e isso acaba por colocar a barreira demasiado elevada, nota-se trabalho e algum talento mas a defeciencias ainda estao muito vincadas, principalmente na ansiedade de fazer tudo ao mesmo tempo e de uma forma muito condicionada.

O cast a primeira vista muito bem constituido acaba por ser grande desilusão, desde logo Hoffman longe da boa forma de outros tempos nao consegue convencer numa peronsgem algo irritante e que Hoffman nunca consegue parecer engraçada, percisando de novos projectos para nao cair rapidamente na reforma antecipada, ja Portman ate ao momento uma actriz jovem, com boas escolhas parece cair de paraquedas neste filme primeiro porque nao consegue transmitir a ternura necessaria para este tipo de papeis, bem como a sua vertente mais comica esta longe de estar desenvolvida.


O melhor - O risco do guiao e sempre positivo este tipo de desafios


O Pior - A sucessao de pro-burtons com pouca dimensao


Avaliação - C

Sunday, December 02, 2007

Beowulf




Zemeckis um dos maiores nome do cinema contemporaneo, tem nos ultimos anos dedicado toda a sua atençao a evolução da animação, inicialmente numa aposta mais infantil, e agora tenta ir mais longe com um epico, um filme adulto agressivo, e acima de tudo apostado a inovar ainda mais no terreno das novas tecnologia, a aposta estava feita e como obvio as expectativas eram muito elevadas, para mais esta conquista na animaçao para adultos. Os resultados algo dispares, se de um ponto de vista mais critico os resultados ate foram positivos com criticas na generalidade positivos e bastante melhor do que Polar Express, o certo e que do ponto de vista de bilheteira o publico parece preferir as versoes de carne e osso, sendo os resultados ate ao momento algo decepcionantes especialmente nos EUA.

Beowulf antes de mais e falando apenas do seu teor tecnico é impressionante a produção e o nivel da animação e brilhante e isto por si só varoliza em grande escala este filme. Depois e um filme totalmente pensado para os cinemas IMAX, dai que as versões tipicas do filme nos pareça sempre limitadas e nao se desfruta totalmente do tamanho do valor do filme. Na experiencia 3D, o argumento fica totalmente para segundo plano ja que o espectador fica extaseado com o que esta a vivenciar. Contudo e analisando na sua vertente mais tipica de 2 dimensoes apesar de menor o choque o certo e que mesmo neste formato a qualidade produtiva e evidente.

No que diz respeito ao filme em si, podemos considerar um epico forte do ponto de vista de força, de imagens e de acção, contudo como alguns filmes tem alguma dificuldade em inserir o plano sobnatural no seguimento do filme. Ou seja parece um filme a primeira vista extremamente complexo do ponto de vista de personagens e ligações mas que avaliando o seu real valor, encontramos uma historia na sua simplicidade algo simples e repetido.

Mesmo assim o filme e uma experiencia agradavel, principalmente por conjugar ao mesmo tempo o caracter epico do mediaval com o caracter fantastico dos filmes deste genero, mesmo que no final o resultado pareça que fica um pouco aquem do que poderia atingir. Ou seja um filme nas suas componetes especificas muito forte mas o resultado nao consegue passar do bom.

O argumento e forte com todas as tendencias necessarias a um bom epico fantastica personagens muito fortes em todas as dimensoes, grandes sequencias de acção e acima de tudo uma boa articulação com as personagens, falta talvez o toque de individualidade dos autores, ja que o filme na essencia da sua historia e demasiado presa ao tipico.

A realização de Zemeckis e brutal, todo o filme e filmado com um nivel excepcional de produçao fornecendo uma coleçao de imagens digitais do melhor que visualizamos ao longo desta historia, sendo que a experiencia Imax oferecida e inesquecivel, contudo mesmo ao nivel das duas dimensoes temos um filme de primeira linha no que a realizaçao diz respeito.

No cast surpreendetemente Zemeckis utiliza imagens digitais dos seus actores, e para liderar uma aposta que nunca a faria em imagens reais, ja que Winstone nao tem qualquer tipo de poder nem carisma para assumir um papel destas dimensoes, mesmo que tenha mais que talento para o fazer, com imagens digitais a conjugação e perfeita porque os dotes vocais do actor sao uma mais valia plena para a personagem. Os restantes elementos do cast principalmente Gleeson e Hopkins estao a um bom nivel.


O melhor - o nivel produtivo do filme.


O Pior - Com tantos pontos de interesse o filme poderia ser mais satisfatorio


Avaliação - B-