Pablo Larrin é sem
duvida uma das revelações deste final de ano, ao apostar em duas
semanas em dois biopics sobre personalidades diferentes e em linguas
diferentes. Com isso conseguiu estar até ao final nas listas dos
melhores do ano conseguindo bons reconhecimentos criticos em ambos os
filmes, pese embora isso tenha sido mais notório neste Jackie, que
pese embora esteja ausente das nomeações principais para os
oscares, conseguiu três indicações, entre as quais Natalie
Portman. Comercialmente como a maioria dos filmes sobre
personalidades os resultados tem alvos muito proprios mas podemos
dizer que Jackie tambem comercialmente foi uma agradavel surpresa.
Sobre o filme como já
mencionei diversas vezes é dificil ficar fascinado por um biopic a
não ser que o mesmo consiga trazer algo de novo, ou uma abordagem ou
o risco, um pouco a semelhança do que Boyle fez o ano passado com
Jobs. Pois bem este filme narrativamente pode ter umas alterações
ao tradicional ao ser baseado numa entrevista de jackie kennedy, e em
termos de realização ter uma abordagem diferente e funcional, mas
na essencia o filme não rompe assim tanto com a essencia
tradicionalista do biopic a não ser pelo facto de se centrar num
espaço muito limitado de tempo da vida da personalidade em questão.
É em face desta
dificuldade eu penso que Larrin consegue potenciar o filme ao maximo,
principalmente porque da todo o protagonismo a Portman e a sua
intensa criação de Kennedy e deixa-a movimentar fornecendo uma
personalidade insegura mas presente com objetivos muito proprios se
bem que nem sempre com os meios mais indicados para os atingir. Assim
num filme curto mas principalmente bem realizado com influencias
claras de Aronofsky, temos aqui uma descrição sobre um momento
dificil de alguem que ficou na historia do EUA.
Claro que o facto de
colocar uma personalidade num momento tira muito do peso ou lado
maçudo dos biopic, dando-lhe uma intriga muito propria com
principio, meio e fim e nisso o filme é objetivo não tenta nos dar
muito sobre Jackie tenta sim demonstrar a forma como a mesma
respondeu a tragica morte do seu marido junto a si.
A historia fala na
reação de Jackie Kennedy depois do atentado que vitimou JFK,
concretamente o seu ajustamento, a preparação para o funeral e o
que realmente tal significou para a sua familia de então liderada
por si.
Em termos de argumento
penso que Jackie mais que um argumento de primeira linha, e um
argumento inteligente, já que ao cingir a personalidade num espaço
e num momento controla melhor a intriga sem ter que fazer grande
seleção. Mesmo assim muito merito para a forma como consegue em tão
pouco tempo corrido no filme nos dar uma personagem tão dimensionl.
Larrin é um jovem
realizador e argumentista que tem um ano de ouro em 2016 muito por
culpa de dois biopics. Neste filme tem o lançamento global muito por
culpa de boas influencias que lhe dá um traço proprio. Muito bem na
forma como conjuga as imagens com o passado.
No cast Portman tem um
papel que qualquer actriz desejava e aproveita-o para recriar com
todos os maneirismos necessarios Jackie Kennedy. Eu confesso que
mesmo sendo por vezes mais complicados pela existencia da comparação
logica, eu sou mais adepto de papeis criados de base e aqui penso que
Portman mesmo tendo um papel cheio de força e carisma fica um pouco
aquem de algumas das suas adversarias na corrida pelos Oscares. Mesmo
assim e no filme em concreto não deixa espaço para qualquer outro
colega de cast
O melhor – A forma
como o filme é inteligente em se centrar num acontecimento
O pior – Por vezes
pensava que poderia ter alguma maior rebeldia na abordagem
Avaliação - B-
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