Sunday, January 29, 2017

Jackie

Pablo Larrin é sem duvida uma das revelações deste final de ano, ao apostar em duas semanas em dois biopics sobre personalidades diferentes e em linguas diferentes. Com isso conseguiu estar até ao final nas listas dos melhores do ano conseguindo bons reconhecimentos criticos em ambos os filmes, pese embora isso tenha sido mais notório neste Jackie, que pese embora esteja ausente das nomeações principais para os oscares, conseguiu três indicações, entre as quais Natalie Portman. Comercialmente como a maioria dos filmes sobre personalidades os resultados tem alvos muito proprios mas podemos dizer que Jackie tambem comercialmente foi uma agradavel surpresa.
Sobre o filme como já mencionei diversas vezes é dificil ficar fascinado por um biopic a não ser que o mesmo consiga trazer algo de novo, ou uma abordagem ou o risco, um pouco a semelhança do que Boyle fez o ano passado com Jobs. Pois bem este filme narrativamente pode ter umas alterações ao tradicional ao ser baseado numa entrevista de jackie kennedy, e em termos de realização ter uma abordagem diferente e funcional, mas na essencia o filme não rompe assim tanto com a essencia tradicionalista do biopic a não ser pelo facto de se centrar num espaço muito limitado de tempo da vida da personalidade em questão.
É em face desta dificuldade eu penso que Larrin consegue potenciar o filme ao maximo, principalmente porque da todo o protagonismo a Portman e a sua intensa criação de Kennedy e deixa-a movimentar fornecendo uma personalidade insegura mas presente com objetivos muito proprios se bem que nem sempre com os meios mais indicados para os atingir. Assim num filme curto mas principalmente bem realizado com influencias claras de Aronofsky, temos aqui uma descrição sobre um momento dificil de alguem que ficou na historia do EUA.
Claro que o facto de colocar uma personalidade num momento tira muito do peso ou lado maçudo dos biopic, dando-lhe uma intriga muito propria com principio, meio e fim e nisso o filme é objetivo não tenta nos dar muito sobre Jackie tenta sim demonstrar a forma como a mesma respondeu a tragica morte do seu marido junto a si.
A historia fala na reação de Jackie Kennedy depois do atentado que vitimou JFK, concretamente o seu ajustamento, a preparação para o funeral e o que realmente tal significou para a sua familia de então liderada por si.
Em termos de argumento penso que Jackie mais que um argumento de primeira linha, e um argumento inteligente, já que ao cingir a personalidade num espaço e num momento controla melhor a intriga sem ter que fazer grande seleção. Mesmo assim muito merito para a forma como consegue em tão pouco tempo corrido no filme nos dar uma personagem tão dimensionl.
Larrin é um jovem realizador e argumentista que tem um ano de ouro em 2016 muito por culpa de dois biopics. Neste filme tem o lançamento global muito por culpa de boas influencias que lhe dá um traço proprio. Muito bem na forma como conjuga as imagens com o passado.
No cast Portman tem um papel que qualquer actriz desejava e aproveita-o para recriar com todos os maneirismos necessarios Jackie Kennedy. Eu confesso que mesmo sendo por vezes mais complicados pela existencia da comparação logica, eu sou mais adepto de papeis criados de base e aqui penso que Portman mesmo tendo um papel cheio de força e carisma fica um pouco aquem de algumas das suas adversarias na corrida pelos Oscares. Mesmo assim e no filme em concreto não deixa espaço para qualquer outro colega de cast

O melhor – A forma como o filme é inteligente em se centrar num acontecimento

O pior – Por vezes pensava que poderia ter alguma maior rebeldia na abordagem


Avaliação - B-

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