Tuesday, October 31, 2017

Cars 3

A Pixar é talvez a maior produtora da historia da animação, tendo dado ao mundo do cinema o maior numero de sucessos comerciais e de markting da historia da animação. No caso do franchising de Cars parece-me claro que o sucesso foi bem maior em termos de markting do que propriamente no valor critico dos seus filmes, embora o prrimeiro filme tenha sido um grande sucesso. Neste terceiro episodio os resultados foram bem mais escassos, desde logo em termos comerciais com resultados muito curtos para um franchising como este, e criticamente a mediania que acabou por ser pano de fundo ao franchising.
SObre o filme eu confesso que gostei bastante do primeiro filme, embora me pareça um filme demasiado masculino, e não fui adepto de um segundo demasiado engenhoso e rebuscado para um filme que se quer simples de emoçoes simpaticas. Este terceiro filme volta a essa simplicidade a erre lado mais emotivo da saga se bem que longe da eficacia e surpresa que o primeiro filme nos brindou. ALias na maior parte do tempo o filme perde por ser demasiado obvio, sem capacidade de em momento algum nos surpreender de nenhuma forma, a nao ser pelo nivel tecnico onde mais uma vez a pixar leva a evolução da animaçao ao lado maior.
POr tudo isto e facil perceber que nao sendo Cars 3 um filme maior da produtora, encaixa-se bem naquilo que é a saga, sendo que os adeptos do conceito vao ficar contentes por novamente observarem os seus herois, e os restantes tem uma simples historia de animaçao de procedimentos narrativos faceis mas com alto nivel tecnico que nos deixa desejosos dos proximos projetos maiores da Pixar.
Provavelmente temos aqui o ultimo capitulo de um dos produtos de markting mais conseguidos da Disney nos ultimos anos, embora saibamos se alguem sabe reinventar historias e a DIsney e a pixar, embora aqui os resultados menos interessantes de bilheteira possam ter ditado o fim das aventuras de Lighteen McQueen.
A historia segue o mesmo heroi de sempre agora em fim de carreira, e ultrapassado com carros mais inovadores, aqui vai ter de reinventar o seu processo de treino para tentar voltar ao sucesso, algo que lhe vai conduzir ao seu passado e da relaçao que o conduziu a fama.
Em termos de argumento temos o normal num terceiro filme, alguma ligaçao ao primeiro filme, uma conjugaçao temporal, e uma moratoria bem definida, algo que normalmente a Pixar nao deixa em mão alheias. Repete alguma das formulas do passado, o que tambem acaba por ser normal por se tornar num sucesso junto dos mais pequenos.
E a nivel produtivo que o filme se lança para voos mais elevados. Aqui parece-me que o filme tem um nivel tecnico de excelencia e que deixa-nos com agua na boca para as proximas grandes apostas da Pixar.
A nivel de vozes o conceito foi ganho nas escolhas iniciais, com algumas introduçoes, bem escolhidas embora por si so elas nao sejam mais valia para um filme que vale por outros aspetos.

O melhor - O nivel tecnico do filme

O pior - Nao ser propriamente uma novidade nos processos

Avaliação - B-

Manifesto

Em 2015 Julien Rosenfeld surpreendeu o mundo do cinema com este particular filme, recheado de monologos de personagens todas elas interpretadas por Cate Blanchet. Apresentado em alguns festivais mais independentes o resultado critico do filme acabou por ser na generalidade positivo, principalmente pela audácia de um filme a todos os niveis diferente. No que diz respeito ao desempenho comercial, algo que de imediato percebemos ser distante dos objetivos do filme os resultados foram curtissimos num filme que apenas conseguiu estrear-se dois anos depois.
SObre o filme eu confesso que não sou fá de exercicios de criativadade tão vagos e tão pouco objetivos na sua linhagem narrativa. Aqui temos mais uma dissertação escrita, que funcionaria bem em livro ou mesmo em peça de teatro mas não me parece ser o tipo de cinema poético de pouco ritmado que neste momento necessitamos. PEse embora este desacordo com o estilo e com a forma em si, existe dois pontos que é inegavel a qualidade do filme, o primeiro na qualidade das imagens e na força das mesmas, mesmo que na maior parte das vezes com um contexto estranho, e a mensagem de um filme que fala sobre o estado das coisas.
Mas e obvio que não é um filme fácil, e rapidamente desligamos dele, primeiro porque mesmo em termos escritos é demasiado metacognitivo, nem sempre é direto e assertivo nos seus procedimentos morais, e por outro lado o excesso de sequencias com personagens diferentes acabam por tornar o filme mais difuso, pese embora seja facilmente percetivel que se trata de uma tentativa que o filme ganhe algum ritmo, o que quase nao consegue.
Ou seja um filme completamente diferente de tudo o que foi feito, uma obra exprimental, sem grandes preocupaçoes de funcionar junto do grande publico. Um excelente exercicio para uma actriz de primeira linha, e imagens bonitas mas cuja cola de toda ela é na maior parte das vezes demasiado artistico para o entendimento do comum mortal, e na minha opinião isso cai num egocentrismo arrogante que o cinema deveria evitar.
A historia fala de diversas personages que nos vao apresentando monologos sobre diversos pontos do nosso planeta dos dias de hoje, e as preocupações, ou seja uma manifesto politico por imagens.
E dificil perceber se este filme tem realmente um argumento, se olharmos para o argumento na base de uma intriga é obvio que o filme é desprovido desta parte, ja que apenas temos uma dissertação continua sobre o estado das coisas ao longo de diversas personagens.
Na realizaçao, o trabalho tem sentido estetico e de imagens fortes, pena é que o filme seja demasiado estranho para fazer imperar o resultado global do realizador, que nos parece mais focado em fazer um filme para ele do que para os outros.
Este tipo de papeis e o sonho de qualquer actor e que poderia servir de portfolio para os mesmos, é obvio que Blanchet nao necessita desta apresentação, mas parece-me que se trata de um bom desempenho, rico em alteraçoes fisicas de uma actriz com dimensao para arriscar em filmes como este.

O melhor - ALgumas imgens soltas e Blanchet

O pior - Ainda existir muitos realizadores que se preocupam mais em ser diferentes do que artistas

Avaliação - C-

Sunday, October 29, 2017

Landline

Sundance é uma montra para diversos projetos mais indies, que muitas vezes mais não são do que historias comuns do dia a dia. Um dos filmes que foi lançado na ediçao deste ano foi este pequeno filme sobre dramas e conflitos familiares em pleno Nova Iorque. Em termos criticos o filme pese embora tenha mantido boas avaliações foram insuficientes para potenciar o filme para mais altos voos. Contudo conseguiu que o filme conseguisse alguma distribuição e resultados consistentes tendo em conta o filme que aqui.
SObre o filme desde logo parece-nos importante sublinhar que o lado suave e cómico com que algunsetemas são tratados no cinema indie acaba por tornar a dimensão dos assuntos pouco claro, principalmente quando os filmes não são acompanhados por uma abordagem artistica. Por isso parece-me que se trata de um filme extremamente diminuto no alcance e naquilo que significa na sua moratória.
Para além deste facto o filme tem uma intriga interessante do ponto de vista familiar na forma como os diferentes conflitos internos de cada personagem entram em jogo. Mas nisso parece-me que o filme nem sempre aproveita as intrigas centrais, perdendo-se em alguns paralelismos curiosos que pese embora coloquem alguma cor ao filme me parece ser extremamente pouco para o resultado final.
Ou seja um tipico filme de meio da tabela de Sundance, com alguns valores principalmente no argumento ou mais concretamente na simplicidade de processos que nos parecem valiosos. Perde por ser uma abordagem demasiado simplista das coisas, ser um filme demasiado novelesco e algo excentrico principalmente na personagem principal.
A historia fala de duas jovens desencontradas na personalidade que acabam por se unir quando descobrem que o seu pai encontra-se a trair a sua mãe, enquanto uma delas vive uma situação bastante parecida na relaçao que mantem.
Em termos de argumento parece-me claro que temos um filme tipico de um espirito independente que nos ultimos anos tem sido demasiado comum em Hollywood, uma historia comum, personagens algo excentricas e processos comuns do dia a dia. Nao temos um poço de criatividade mas o filme acaba por ser consistente nos seus processos mais basicos
Robespierre é uma realizadora quase desconhecida proxima de Jenny Slate a sua companheira criativa. Aqui temos um processo fácil num cinema de processos simples, que não será neste filme que ganhe qualquer tipo de dimensão significativo.
SObre o cast Jenny Slate e uma actriz que encaixa bem nos filmes independentes pela sua forma descontraida. Nao me parece um filme que seja um bom circuito para os seus interpretes. No lado secundário não nos parece ser um filme para grandes prestaçoes.

O melhor - A forma como as coisas simples da vida acabam por ser tratadas no filme.

O pior - TUdo é demasiado simples nos processos

Avaliação - C

Saturday, October 28, 2017

American Made

Com o sucesso da serie Narcos era previsível que o tema dos narcotraficantes fosse uma inspiração para diversos filmes de hollywood. O primeiro desses foi este pequeno filme de Doug Liman com Tom Cruise de uma das figuras americanas deste fenomeno. Em termos criticos o resultado acabou por ser positivo com avaliações essencialemente positivos. Em termos comerciais um filme com Tom Cruise tem automaticamente que ter mais ambiçao do que propriamente o filme conseguiu ter neste filme.
Sobre o filme pode-se facilmente perceber que o filme perde por vir na mesma altura do que a serie Narcos, ja que esta vai mais longe, é mais detalhada e trabalhada do que o filme, ainda para mais porque a historia deixa de ser novidade para quem viu a serie. Mesmo assim temos um filme com uma abordagem rebelde interessante, com uma realização de autor, mas que me parece que a montagem acaba por ser algo confusa misturando a grande ritmo cenas diversificadas que torna o filme algo confuso.
Mas parece-me obvia que tamos perante um filme com valores interessantes no seu interior, desde logo  na forma como o filme dá um ritmo elevado e acima de tudo na maneira como tudo nos parece que conta a realidade de uma historia, única e singular com uma forma muito própria. O filme potencializa também uma interpretação muito consistente de um protagonista com uma personagem algo diferente, para o seu interprete.
Por tudo isto nos parece que este é daqueles filmes que aproveita bem o momento em que é lançado, mas também nos parece que perde por ser uma historia mais conhecida da maior parte das pessoas. è um filme que tem um ritmo e um estilo interessante e que preenche os requesitos dos filme, mas não me parece que aproveita todas as suas potencialidades muito por uma montagem demasiado percipitada.
A historia fala-nos de Barry Seal, um aviador comercial que  é contratado pelo Cia para intermediar alguns negocios dos americanos com o lado mais negro da america do sul, concretamente intermediando o trafico de droga e armas com os carteis.
O argumento é uma historia insolita baseada na realidade, parece-me que se trata de um argumento demasiado aberto para uma historia que deveria ser mais balizada. A personagem central parece-me bem criada, tudo o resto parece-me mais limitado.
No que diz respeito à realização Liman é normalmente alguém mais relacionado com o cinema de ação, que aqui tem o seu projeto mais adulto e mais profissional. COntudo denota-se mais risco, mais autoria no que diz respeito aos seus filmes anteriores, num realizador a seguir nos proximos projetos.
TOm Cruise estava nos ultimos tempos demasiado prese ao cinema basico de ação. Aqui tem um papel mais forte, mais versátil, mais diferente. Temos Tom Cruise com um dos melhores papeis dos ultimos anos, que merecia alguma atenção num filme que o potencia. Nos secundarios pouco destaque.

O melhor - A forma como a historia ganha um estilo rebelde proprio

O pior - A montagem

Avaliação - C+

Friday, October 27, 2017

Girls Trip

Dois dos géneros mais conhecidos da comedia norte americana juntaram-se neste filme de verão com resultados impressionantes quer comerciais quer criticos, juntar a tipica comedia afro americana por um lado com os seus maiores interpretes com a tipica loucura de um conjunto de mulheres com temas sexualizados garantiu que o filme se tornasse rapidamente num acontecimento comercial do ano, muito por culpa de avaliações essencialmente positivas.
No que diz respeito ao filme podemos dizer que o mesmo consegue com um tema actual e funcional em termos de comedia, com um humor adulto e ritmado dar-nos mais que tudo uma comedia competente que funciona em alguns momentos em termos humoristicos pese embora por vezes nos pareça cair no exagero do humor fisico. Em termos da historia de base podemos achar que o filme é demasiado facil, demasiado parecido com muitos outros com o mesmo guião, mas isso acaba por demonstrar a simplicidade de procedimentos que o filme nos pede.
Um dos pontos interessantes do filme e a cadencia humoristica elevada, trata-se de um filme com uma duraçao longa mas que nunca acaba por ser chato, acaba sempre por dar o ritmo certo aquilo que o filme quer dar e assim acaba por ser uma comedia com diversidade de humor muito dirigida para um publico alvo bem definido neste caso a comunidade afro americana dos EUA, que gosta de ver a sua expressao elevada ao maximo.
Mesmo nao sendo um filme de uma abrangencia elevada, e uma comedia no feminino igual a algumas que nos ultimos anos tem saido com sucesso, este acaba por repetir esse mesmo sucesso, num estilo mais dirigido para a comunidade. A forma como o filme percebe que é no sexo que a maioria das comedias tem funcionado acaba por ser o seu maior segredo.
A historia fala de um grupo de amigas que se junta numa viagem, sendo que a sua amizade vai ser posta a prova quando descobre a infedilidade do marido de uma delas, uma bem sucedida apresentadora cujo o termino da relaçao pode colocar em causa a sua carreira. Numa luta entre a carreira e a amizade.
Em termos de argumento podemos dizer que a base narrativa do filme acaba por ser simples, sem grandes riscos, seguindo pisadas que muitos outros ja fizeram. Nao me parece que seja contudo uma obra de referência mas que funciona no mais basico e essencial para o seu resultado o humor.
Malcom D Lee e um dos mais famosos realizadores de comedias afro americanas, já com alguns sucessos e outros filmes menos brilhantes parece obvio a sua capacidade para fazer filmes que saibam precisamente o que a sua comunidade quer e que os faz rir. Nao sendo um realizador de primeira linha sabe entender o seu publico.
Numa comedia simples como esta pouco dependente do seu cast, o preenchimento do elenco e quase demasiado simplista para ter qualquer tipo de problema. POdemos dizer que o filme acaba por ser eficaz nas suas escolhas, sendo em termos comicos o melhor papel o da menos conhecida Tiffany Haddish.

O melhor - A forma como consegue ter um ritmo de humor elevado

O pior - Nao deixa em momento algum de ser um filme demasiado parecido com a onde atual

Avaliação - C+

Wednesday, October 18, 2017

3 Generations

A questão da troca de sexo, ou principalmente o desconforto por nascer no sexo errado, é um tema que principalmente na adolescencia nunca foi tratado com complexidade por filme nenhum. Este é um pequeno filme que pese embora se proponha tratar deste assunto o faz de uma forma ligeira, longe de ser o filme com a dimensão necessária que este tema exige. Talvez por isso e depois das primeiras visualizações o filme acabou por criticas demasiado medianas que não o potenciaram para grandes voos. Em termos comerciais os resultados acabaram por ser limitados fruto da pouca distribuição que o filme acabou por ter.
Sobre o filme, tudo até parece encaixar bem numa fase inicial, a introdução de uma personagem problematica com dificuldade de inclusão devido aos seus objetivos e mais que isso à sua situação, contudo rapidamente temos um filme que se torna demasiado ligeiro, numa familia complexa, que conduz o filme muitas vezes para uma dimensão mais cóica do que prorpiamente dramatica. Na questão da procura do progenitor, principalmente para um filme tão pequeno, parece que na maior parte do tempo o filme procura caminhos que não se relacionam consigo proprio.
Talvez por isso o filme seja demasiado pequeno para ser a bandeira do tema. O que com o cast que acaba por ter me parece que poderia ir muito mais longe, trabalhar mais nos conflitos das personagens e familia, ir mais ao fundo no desconforto fisico e emocional do que está ali em causa, acabando por se tratar de um filme demasiado simplista e ligeiro para o que toca.
Mas mesmo assim tem bons momentos os maneirismos da personagem central, a ligação familiar, a mensagem positiva dao a este filme a conotação positiva e de final feliz que se exige numa primeira instância quando hollywood tenta trabalhar o tema. Mas parece-me que este tema em si merece neste momento um filme com mais corpo.
A historia fala de uma familia que tem que abordar com o desejo de uma adolescente em trocar de sexo. Tudo fica mais complicado quando nesta decisão acabam por surgir o pai biológico e de criaçao da menor como decisores de tudo o que ira acontecer.
Em termos de argumento é pena que o tema sirva mais para contexto do que propriamente como base para o argumento. parece-me que tudo começa pelo caminho certo, contudo algumas opções tornam o filme mais um drama familiar comum do que propriamente um filme sobre o tema em si. aqui parece-me alguma falta de arte em perceber a importancia do que ali estava.
No que diz respeito à realização, simplista de Gabby Dellal ela não consegue também levar o filme para outros voos sendo demasiado simplista, alias como a maioria do filme. A realizadora ja com alguma experiencia ainda procura o seu filme mais conceituado, que provavelmente não será ainda este.
No cast todas as despesas do filme estavam da caracterização e interpretação de Fanning, a jovem actriz que se encontra num bom momento de forma, tem momentos interessantes outros onde nos parece mais rebelde do que alguem compenetrada no problema. Num estilo de filme que normalmente funciona bem para potenciar interpretaçoes, fica a sensação que tudo poderia ser bem melhor. O mesmo acontece com Watts, com um papel que poderia ser mais exigente do que aquilo que realmente foi,

O melhor - O tema de base

O pior - Acabar por esquecer este tema como central em toda a trama

Avaliação - C

Sunday, October 15, 2017

Vincent n Roxxy

O cinema é prodigo em alguns filmes que tentam aproveitar o balanço de figuras numa antecamara de sucesso tentando dar a alguns filmes de projetos menores uma dimensão diferente. Este pequeno thriller junta no seu cast um naipe de actores conhecidos. Mesmo assim a indiferença critica por este projeto acabou por nao lhe dar dimensao, dai que a sua estreia no contexto americano apenas tenha surgido um ano apos o seu lançamento. Comercialmente a sua pouca expansao nao lhe permitiu resultados significativos.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo é dividido em dois momentos com resultados distintos naquilo que significam para o espetador. Uma primeira fase onde o filme e um thriller romantico, cheio de cliches e mais que isso com linhagens narrativas sem grande sentido. E onde nos parece obviamente que o filme raramente funciona na interligaçao entre as personagens e mais que isso pelo claro desinteresse daquilo que acaba por nos contar.
Nos ultimos vinte minutos o filme torna-se particularmente diferente, mais cru, mais fisico, menos falado, e aqui ganha alguma intensidade e um lado mais escuro, expresso pela sua violência quase gratuita aqui o filme torna-se melhor, mais simplista, mas ao mesmo tempo com mais conceitos, mesmo que o seu resultado final seja longe de se tornar um filme agradavel sequer.
Acontece a muitos actores mais jovens arriscar em papeis e filmes mais arriscados, aqui parece-me que alguns valem mais do que o filme, outros tem aqui o reflexo de um momento de forma menos feliz. Existe um aspeto do filme que nos parece pior que todos os outros, neste caso uma banda sonora que acompanha todo o filme e que se torna totalmente irritante.
No que diz respeito ao filme, fala-nos de dois jovens que se encontram numa situaçao limite que acabam por iniciar uma relaçao, contudo o passado de ambos vai acabar por coloca-los numa luta pela sobrevivencia e pela vingança.
Em termos de argumento a maior parte do mesmo e um conjunto de cliches, pouco interessantes, e mais que isso pouco potenciados. Em termos de argumento o filme nunca consegue subir a uma primeira linha porque os condimentos do argumento sao sempre demasiado basicos.
Na realizaçao Shultz um quase desconhecido que neste caso me parece nem sempre conseguir dar o lado negro que na maior parte do tempo o filme parece querer. Acima de tudo parece-me um filme que poderia ter um lado mais criativo de abordagem que nunca tenta ter.
No cast, constituido essencialmente por quatro jovens diferentes, o melhor destaque aqui vai para Kravitz que ao pouco tem ganho o seu espaço em Hollywood e aqui demonstra ter intensidade e capacidade de açao. A um bom nivel temos  Emory COhen um actor com intensidade e versatilidade com um papel competente. No lado negativo um Hirsch quase sempre sem chama para um actor que ja teve muito mais acima em termos de niveis de desempenho.

O melhor  -  Os ultimos vinte minutos de um cinema mais simplista e mais cru

O pior - A maior parte do filme e um conjunto de cliches muitas vezes que nao funcionam em simbiose

Avaliação - C

Saturday, October 14, 2017

The Secret Scripture

O estar perfilado como um candidato natural aos oscares pode-se tornar no seu reverso quando apos as primeiras visualizações as avaliações não sustentam esta candidatura, sendo sempre dificil sobreviver a este designio. Isto foi o que aconteceu com este filme estreado e avaliado em 2016, que fruto das avaliações essencialmente negativas de imediato percebeu que as suas hipoteses seriam nulas. COmercialmente so quase um ano depois conseguiu estrear silenciosamente nos EUA com resultados praticamente inexistentes.~
Sobre o filme eu confesso que a exigencia de oscar contender muitas vezes faz filmes com alguma qualidade serem desastres autenticos de critica. E aqui podemos dizer que se trata de um deles, um filme intenso sobre uma pequena aldeia em guerra e a forma como as diferentes personagens vao interagindo com uma bonita mulher. A forma como o conceito social domina todos os acontecimentos do filme é muito bem alinhavada ao longo de toda a duração do filme, que funciona sempre muito melhor nos predominantes flashbacks do que na acçao presente.
ALias o grande problema do filme é na falta de conteudo da acçao presente, e na forma como esta se torna previsivelmente importante para a definiçao final do filme, que peca por ser demasiado romantizada tendo em conta alguma dureza que o filme acaba por ter na maior parte da sua duração. Aqui parece-me que o filme deveria ser mais trabalhado mais dividido entre o passado e o presente.
Mesmo assim e longe de ser uma obra prima capaz de lutar pelos oscares, temos um filme competente, por vezes demasiado previsivel, que perde em algumas escolhas de cast. Mas mesmo assim num cinema cada vez mais descartavel filmes como estes estão longe de ser o problema do cinema que nesta altura temos em frente.
A historia fala de uma jovem que fruto da guerra tem de ir viver com uma tia para uma pequena comunidade fracionada. Ai acaba por ser o centro das atençoes de diversos homens que vao acabar por guerrear ao limite pelo seu amor, mal visto pela sociedade.
EM termos de argumento mesmo sendo um filme demasiado seguidos dos procedimentos normais, tem intensidade principalmente na historia contada. Por vezes algo previsivel na sua definiçao final, e nem sempre muito bem trabalhada no que diz respeito a cada relaçao, acaba por ser mais valiosa em termos do que significa moralmente.
Na realizaçao Jim Sheridan e um realizador de altos e baixos, ora fazendo filmes para a eternidade, principalmente na causa das irlandas, ora fazendo filmes de menor dimensão em generos pouco tipicos para um realizador com o seu percurso. E um filme tradicional, de um realizador experiente, mas de quem se espera sempre melhores momentos.
NO cast a escolha da Mara e interessante, no papel mais dificil e forte do filme, tem intensidade dramatica, simplicidade, num papel que talvez justificasse mais atençao. Pior claramente os seus companheiros de cast James, não é actor para este nivel dramático e Reynor perde por ser uma personagem nao aproveitada

O melhor - O significado social do filme

O pior - Os homens do cast

Avaliação - C+

Friday, October 13, 2017

My Little Pony: The Movie

Poucos foram os filmes nos ultimos anos no terreno de animaçao que apostaram no cinema tradicional 2D. Mesmo os que arriscaram neste estilo na maior parte do tempo acabaram por não tiver grande sucesso. Este filme que acaba por ser um filme sobre o conhecido pequeno poney estreou com alguma surpresa em muitos cinemas. Os resultados criticos foram negativos num estilo que normalmente não fica muito proximo da critica. Por sua vez no que diz respeito ao valor comercial do filme parece-me obvio que se trata de um filme com potencial reduzido, cujos resultados se aproximaram daquilo que o filme em si poderia valer.
SObre o mesmo o pequeno ponei e um filme naturalmente infantil e feminino, dai que é necessario avaliar o filme em dois pontos distintos, um inicial que e o valor para o seu publico alvo, onde penso que o filme acaba por conseguir alguns momentos comicos interessantes, e acima de tudo alguma luz. Mesmo que numa altura em que os mais pequenos estao mais implicados num cinema de animaçao mais digital esta imagem mais tradicional pode funcionar menos.
Em termos de aplicaçao para outros publicos alvo parece-me obvio que temos um filme com muito menos abrangencia, um filme que nao funciona para os rapazes e acima de tudo para o publico adulto. E numa altura em que o cinema se encontra cada vez mais universal este tipo de opçao parece-me redutor num genero cada vez mais competitivo.
Por tudo isto mais que um mau filme, este e o tipo de registo pouco interessante pois e pouco mais que um episodio de maior duraçao de um filme para crianças. Parece-me que o cinema precisa de filmes mais abrangentes ou mesmo mais delineados e quando assim o é, quando os filmes sao demasiado pensados num publico muito definido acaba por lhe faltar fundamento para muito mais.
A historia segue cinco pequenos poneis que tem de sobreviver ao ataque de um grupo de mal feitores que tenta roubar o poder que permite utilizar a amizade.
Em termos de argumento uma historia a todos os niveis basica, muito no segmento da serie em si. De resto pouca graça natural, pouco risco no argumento num filme que acaba por ser básico em todos os sentidos.
Optar pelo 2d nos nossos dias ou tem um caracter artistico que o diferencie ou é um autentico disparate. Em face da falta do primeiro elemento parece-me que temos um filme que nao conseguiu medir o risco de uma aposta deste genero. ja nao se fazem filmes como este.
No cast de vozes mesmo o enchimento em personagens mais secundarias de algumas figuras conhecidas acabam por em si nao potenciarem o filme para grandes voos, ja que as personagens tambem nao sao trabalhadas para esse efeito.

O melhor - A forma como o filme respeita a base

O pior - Isto nunca poderia dar um filme

Avaliação - C-

The Dark Tower

Quando este projeto foi anunciado, e principalmente devido à riqueza do seu cast de imediato se pensou que se trataria de um blockbuster de ação, grande produção capaz de conquistar principalmente o grande publico. O primeiro indicador que estranhou os analistas foi a sua curta duração, algo que ficou de imediato refletido nas avaliações extremamente negativas que o filme recebeu pela critica especializada. Em termos comerciais, num filme com ambições claras os resultados foram extremamente escassos e tornaram este filme num dos maiores falhanços do presente ano.
Quando se tenta fazer um blockbuster a dinamica de entertenimento tem de estar plenamente presente em quem faz os filme. E aqui começa o grande problema deste filme. Trata-se de uma história confusa, desinteressante, pouco trabalhada, e mais que isso no que diz respeito ao elementos complementares do argumento temos sempre serviço minimo, não existe produção de sequencias de dialogo com conteúdo, alias grande parte dos dialogos duram apenas um minuto, e mais que isso não tem qualquer elemento que funciona em termos da interação com o publico, muito por fruto de uma historia limitada, que com o carater simplista com que foi nos dada ainda torna tudo ainda mais sofrivel.
Mas não é apenas na historia e no argumento em si que o filme falha em toda a linha. Em termos produtivos, tirando um ou outro cenario, parece-me que os efeitos especiais são um desastre para um filme com esta dimensão. O abuso do digital acaba por tornar o filme em alguns momentos quase amador, o que tendo em conta que se trata de um filme de grande estudio torna tudo assustador.
E facil por isso perceber que Dark TOwer e provavelmente o pior projeto do ano, não só em termos de custo beneficio, mas principalmente pela falta de qualidade daquilo que nos da em quase todos os elementos de analise. Provavelmente veremos este filme bem representado nos Golden Raspberry, o que não deixará de ser justo em toda a linha, já que qualidade é algo que deveria estar escondido pois ninguém consegue ver.
A historia fala de um jovem que em sonhos vai conhecendo um mundo onde um homem vestido de negro tem como objetivo controlar todos os poderes para dominar o universo. De forma a tentar impedir este facto acaba por entrar num portal que lhe dá acesso ao mundo onde tal vilão se encontra, onde vai recorrer à ajuda de um pistoleiro com o mesmo interesse.
E no argumento que começam todos os problemas do filme, a historia de base é de si desinteressante a reduçao que o filme faz ao minimo em termos de adereços, torna tudo quase serie B, com ambiçoes de serie A. Mas o pior de tudo acaba por ser a tentativa de dar algum carisma a personagem do vilão que torna tudo ainda mais ridiculo.
Arcel foi a aposta da Sony para encabeçar este projeto que tinha a ideia de resultar em mais que um filme. Um realizador inexperiente a este nivel e que demonstra nem para tarefeiro se encontrar ainda preparado. A incapacidade de utilizar efeitos de ponta é claro, e esteticamente o filme nunca aproveita as possibilidades que acaba por ter. Tenho duvidas que pelo menos num futuro proximo tenha uma oportunidade de visibilidade como esta.
Mas e no cast que o investimento foi maior e aqui tudo acaba por ser como em quase todo o filme um autentico desastre. Elba, tem um papel inexistente em toda a linha, mesmo na relação com o heroi juvenil acaba sempre por não existir. Mas pior que isso e McConaghey, um papel alegadamente para ser carismatico que não funciona num unico momento por culpa do argumento mas por culpa de um actor que nos ultimos dois anos tem dificuldade em encontrar os papeis certos para um vencedor de um oscar.

O melhor - O escasso tempo.

O pior - A sensação que tudo no filme não funciona mesmo.

Avaliação - D-

Thursday, October 12, 2017

Walking Out

Sundance nos ultimos anos tornou-se uma montra não só para jovens realizadores, mas para alguns que com carteira em filmes menos conhecidos tentam o salto em obras mais exprimentalistas. Um dos filmes que foi apresentando em 2016 e com resultados criticos positivos foi este Walking Out, que só agora viu o seu lançamento comercial existir com resultados plenamente rudimentares muito por culpa da falta de uma verdadeira estrela.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um filme simplista sobre a relação pai filho num contexto de diversidade de interesses. E aqui surge alguns dos momentos de maior intensidade emocional, principalmente quando o filme entra na luta pela sobrevivencia, aqui o filme adquire mais ritmo, mais profunidade em termos dos niveis que atinge, e acima de tudo mais significado. Talvez por isso o filme consiga ter um valor que muitos outros filmes igualmente independentes e com argumentos mais difusos não consigam.
Contudo tendo em conta que se trata de um filme emocionalmente pesado parece-nos obvio que a escolha dos seus protagonistas deveria ter sido mais ponderada. E aqui principalmente a escolha de Matt Boomer deixa muito a desejar pela forma como na maior parte do tempo o actor exibe fragilidades na intensidade que fornece aos seus momentos de sofrimento sendo quase sempre as sequencias perdidas para o seu jovem companheiro de reparto.
Por outro lado tambem na fase inicial e na dosagem de flashback nem sempre o filme consegue potencializar ao maximo aquilo que o mesmo poderia valer neste ponto, principalmente na fase inicial onde penso que a relação entre os protagonistas deveria ser mais trabalhada para assim resultar numa caracterizaçao mais efetiva de cada momento.
A historia fala de um jovem que visita o pai, uma pessoa com interesses muito proprios, principalmente no mundo da caça. Um pouco a contragosto o jovem embarca numa aventura com o progenitor em busca de caçar um animal particular que se vai tornar numa luta pela sobrevivencia.
Os filmes de luta pela sobrevivencia e de desafios fisicos são habitualmente filmes demasiado parecidos ou com processos muito similares, aqui pese embora alguns dos dialogos ou tensão emocional pai filha seja interessante e bem potenciada parece-me também que o filme nunca consegue ter um sublinhando completamente diferenciador.
Na realizaçao a dupla de Smiths ainda desconhecidos tem uma realização simplista mas onde o horizonte e a neve contextualizam a todo o nivel. Sera certamente um bom balanço para uma carreira mais visivel, pese embora ainda surja algumas dificuldados na forma como não intensifica as sequencias de ação.
No cast o filme falha obviamente a entregar a um actor com algumas limitações o protagonismo maior. Boomer nao me parece preparado para estes voos, num filme exigente aos actores do ponto de vista dramatico. Todas as debilidades tornam-se ainda mais claras quando um jovem vulgar como Wiggings lhe consegue roubar todas as sequencias

O melhor - Os momentos de intensidade dramatica pai filho

O pior - Matt Boomer em versão limite

Avaliação - C+

Tuesday, October 10, 2017

Una

A pedofilia é um tema que nem sempre é tratado da forma que o impacto do filme merece, sendo um dos temas tabus. Primeiro porque os condicionalismos esteticos impedem um realismo nesta abordagem, e por outro lado porque os actores tem uma barreira moral que os impedem na maior parte das vezes de querer retratar um individuo com estas caracteristicas. Dai que se deva valorizar de imediato este pequeno filme que apostou em tentar fazer uma radiografia de um pedofilo comum. O filme estreou com algumas dificuldades de distribuição pese embora as criticas aceitaveis que recebeu, tendo comercialmente sido um filme residual na maior parte dos mercados.
SObre o filme eu confesso que o seu inicio parece-me algo difuso demais, na forma como introduz as personagens e com alguma dificuldade em organizar os flashbacks. Contudo com o inicio da interação entre os protagonistas, o filme ganha intensidade não se limitando a esta vertente indo de uma forma subtir ao pensamendo do protagonista, como diferenciando bem o seu ponto de vista fisiologico com os seus dilemas morais e é nisso que o filme ganha dimensão, tornando-se num filme bastante interessante na avaliação e descriçao da dinamica de um pedófilo.
E nisso o filme parece ter estudado a matéria, as reações naturais e as explicações pensadas, a intensidade que o filme consegue ter nos dialogos entre os protagonistas, acaba por o tornar num objeto bastante interessante ainda que com um tema sempre dificil de tratar devido às naturais dificuldades em filmar o tema.
Mesmo assim um filme corajoso, complexo, que trabalha bem o tema que nos dá, que se organiza com uns flashbacks que inicialmente nos parecem demasiado difusos e repetidos. E um filme que não apenas nos trabalha as dinamicas do abuso em si, mas acima de tudo as reações ao mesmo, e nisso o filme acaba por se tornar mais que tudo uma reflexao sobre um problema.
A historia fala de uma problematica adolescente que apos ter sido vitima de um abuso sexual quando tinha 13 anos de idade, numa dinamica pensava ela de paixao, encontra o seu abusador tentando questioná-lo sobre a razão pela qual ele deixou de a procurar.
Em termos de argumento parece-me um exercicio complexo e trabalhado sobre uma problemática de coragem. Em diversos momentos o filme consegue ir aos diferentes pontos de uma dinamica tao complexa como a pedofilia, trabalhando muito bem as diferenças entre o impulso fisico e moral.
Na realização Benedict Andrews, um autentico desconhecido tem um filme minimalista, de sequencias paradas. Inicialmente demonstra alguma dificuldade em gerir os flashbacks que podem estar relacionados com inexperiencia, algo que vai ajustando no filme.
No que diz respeito ao cast Rooney Mara e excelente para jovens problematicas, já que consegue uma intensidade dramatica muito interessante bem como dota as suas personagens de um caracter imprevisivel fundamental para este papel. Mendelshon tem o papel mais dificil do filme, pausado mas que encaixa nas necessidades da obra.

O melhor - A forma como consegue explorar todos os vetores morais e fisicos da problematica.

O pior - A forma como inicialmente tem dificuldade em gerir os flashbacks

Avaliação - B

Marjorie Prime

Uma das surpresas criticas de Sundance foi este filme, sobre reação à perda e mais que isso sobre o desenvolvimento tecnologico como forma de ultrapassar a saudade dos entes desaparecidos. Filmado com um carater bem independente este filme acabou por reunir boas avaliações em Sundance pese embora insuficientes para ser um dos premiados. Comercialmente so alguns meses depois o filme conseguiu o lançamento em cinemas selecionados com resultados muito curtos mesmo tendo em conta o numero de cinemas nos quais estreou.
O filme conta com uma premissa muito interessante ou seja a possibilidade de continuarmos a interagir com as pessoas que gostamos depois de mortas atraves de hologramas com inteligencia artificial. O problema do filme e que se torna demasiado intriorizado na potenciação desta estrategia o que acaba por tornar tudo demasiado aborrecido parado, e não dar intensidade a uma ideia que nos parece bastante criativa e que poderia funcionar melhor na execução do filme.
Mas o filme tem outro ponto que me parece interessante que é o caracter circular das personagens, também aqui o filme e original na forma como as diferentes personagens vao utilizando a formula com os que vão desaparecendo. O problema maior do filme principalmente em termos de cinema, é a falta de dinamica que faz com que um filme claramente pensado para teatro tenha mais dificuldades de ritmo no cinema.
Mesmo assim um argumento que nos parece cimentado em alicerces com muito potencial, mas que para funcionar em pleno, ou pelo menos num nivel mais vincado deveria ter sido adaptado a um cinema mais completo, mais tranversal, de grande publico, e menos uma obra intimista de dialogos soltos com as mesmas personagens que acabam por ter algum caracter emocional, mas que nunca são suficientes para prender o espetador a cadeira.
A historia fala de um jovem casal que de forma a tentar auxiliar a mãe da mulher a ultrapassar o alzheimer adquirem um programa que permite que esta interaja com o holograma do falecido marido quando este era novo. COntudo esta ferramenta vai acabar por ser funcional com outras pessoas deste agregado.
Em termos de argumento é obvio que a ideia de base não só é inovadora, como criativa. Em termos de forma o filme também nos parece bem escrito com a sua estrutura circular, falta-lhe alguma fibra emocional de forma a fazer aproximas os espetadores que se distanciam quando os dialogos sao demasiado intimistas.
Na realização Almereyda, tem um trabalho simples, num filme com inspiração futorista o filme arrisca muito pouco, limitando-se a filmas os personagens como se de uma peça de teatro se tratasse, quando me parece que o filme poderia ter ido mais longe. Almereyda tem sido um realizador algo perdido numa segunda linha do cinema, aqui conseguiu um bom reconhecimento critico mas a visibilidade do filme pareceu-me insuficiente para mais.
No cast temos papeis com alguma intensidade dramatica, principalmente de um Tim Robbins que nos final da sua carreira tem nos dados alguns dos papeis mais densos de uma carreira nem sempre em alta. Ao seu lado uma Genna Davis quase desaparecida e um John Hamm que da algum nome ao filme.

O melhor - A ideia de base do filme.

O pior - A falta de intensidade ou fibra da forma como o filme é feito

Avaliação - C+

Sunday, October 08, 2017

Blade Runner: 2049

Trinta e cinco anos desde que um estranho filme de ficção cientifica deixou intrigado o mundo do cinema, e depois de diversos cortes e recortes eis que foi anunciada a sequela deste filme que se tornou com o tempo um filme de culto. Os fas ficaram com receio do que ai vinha, e apenas a escolha de um realizador consagrado como Denis Villeneuve os deixou mais descasado. As primeiras avaliações desta recuperação foram bastante positivas, diferentes da versao da produtora do filme. Em termos comerciais os primeiros resultados não foram animadores, mas aqui penso que a longa duração e alguns perciosismos como a falta de intervalo podem ter prejudicado nesta fase inicial o resultado comercial do filme.
Sobre o filme eu confesso que Blade Runner original, longe de ter um argumento ou uma complexidade fora de serie tinha um estilo proprio e uma produçao completamente inovadora. Volvidos 35 anos este era um dos maiores desafisos do filme, ser atual, e respeitar a base, e nisso parece que o trabalho de Villeneuve do ponto de vista tecnico é impressionte quer em termos esteticos quer em termos sonoros o filme consegue atualizar e ser fiel, e isso seria uma das maiores dificuldades que o filme poderia ter.
Em termos de argumento temos um filme mais denso, com mais linhagens narrativas, um filme mais longo, mais complexo e isso faz bem ao filme, pois um dos pontos que me parece limitado no filme é isso mesmo, a forma como por vezes tem uma intriga central demasiado diminuta. Aqui temos o contrario um filme com diversas linhagens, com varias personagens que sabe ir buscar ao passado sem nunca esquecer o futuro e a historia isolada.
POr tudo isto Blade Runner e um filme extramamente artistico e singular do ponto de vista individual, e que é um filme para nos que vivemos neste tempo mais completo do que o primeiro, embora a compraçao com este intervalo de tempo nao se deva fazer. Um ou outro ponto que deveria ser mais trabalhado como o exercito de rebeldes, que me parece pensar demais no futuro num filme que nao o deveria ter para nao o banalizar.
A historia fala de um blade runner que novamente parte a procura de replicantes que se encontram integrados no nosso mundo, enquanto uma nova industria entretanto criada acaba por nos dar pessoas com uma obdiencia termenda por tudo que seja ordens superiores.
Em termos ideologicos mas mais que isso em termos narrativos parece-me claro que temos um filme muito bem trabalhado, que toca em questões filosoficas interessantes, que consegue ser complexo com a tematica da inteligencia artificial com densidade nas personagens o que o primeiro acaba por nao ter tanto. Parece apenas no final demasiado preocupado com o futuro que faz a historia ser menos forte na parcela final.
Villeneuve tem aqui um exercicio arriscado, por um lado porque ja e uma certeza da primeira linha de Hollywood estando na antecamara dos oscares, e por outro porque fazer um reebot de um filme com tantos seguidores e expor-se aos riscos. Villeneuve tem um trabalho brilhante, actual, inovador e fiel, dai que nao se sentiram ate ao momento as criticas obvias que todos pensavam que ele ia ter.
No cast, a escolha de Gosling parece-me logica, um actor carismatico proximo do grande publico, que tem aqui um pape de acçao nao muito comum na sua carreira, mas que encaixa bem no perfil. E um papel mais de presença do que de dificuldade. AO seu lado Ford vale por aquilo que significa para o filme, Leto pelo lado mais visual. No lado feminino o maior destaque vai para Sylvia Hoeks uma quase desconhecida que acaba por ser a vila de serviço, com um papel bastante interessante puxando para si algumas das luzes do filme.

O melhor - A forma como o filme consegue potenciar, inovar e ser fiel ao primeiro.

O pior - Na parte final parecer abri porta para um futuro que pode tornar o filme rotineiro~

Avaliação - B+

Wind River

As carreiras em hollywood em qualquer um dos parametros ou atividades tem muitas vezes que serem efetuadas de uma forma sustentada. Isso foi o que aconteceu com Taylor Sheridan como argumentista, que depois de dois anos com grande reconhecimento nas suas obras para outros surgiu aqui com o seu filme de estreia como realizador a alto nivel. Os resultados criticos do filme foram bastante positivos depois de uma boa receçao num mercado secundario de Cannes. Comercialmente não sendo um filme totalmente vocacionado para grandes resultados os resultados foram consistentes para um filme que nunca conseguiu distribuição wide.
Sobre o filme desde logo parece-me importante sublinhar que sendo um filme em toda a linha com um argumento muito mais simplista e objetivo do que propriamente Sicario e Hell or Hig Water, é daqueles filmes que mesmo tendo uma historia linear e pouco complexa, mas cujos procedimentos são na maior parte da vezes bem efetuado. E os louvores do filme começam desde logo pelo contexto local que escolhe, o gero, a cultura dos nativos americanos dá ao filme um contexto cultural diferente e de proximidade, enquanto a neve da ao filme alguns planos esteticos de primeira linha.
Em termos de argumento temos um filme demasiado simplista, que mesmo sendo policiar e daqueles filmes que tentamos perceber em toda a linha o que aconteceu, nem sempre o filme consegue dar intensidade ao suspense ou mesmo a dinamica policial, parecendo um filme algo solto, por vezes mais preocupado na forma como nos quer das os conflitos internos da personagem central do que a intriga em si.
Assim, mesmo tratando-se de um filme obviamente competente temos um filme que na maior parte do tempo é algo pausado, explodindo nas situações de confronto. Nao sendo uma obra de referencia no argumento, tem alguns bons momentos de realização, num filme que vale muito mais pelos contextos que escolhe do que propriamente pelo valor interinseco que transmite.
A historia fala de um fiscal das atividades animais, que se ve a ajudar uma agente do FBI que tenta descobrir a causa de morte de uma jovem, que aparece morta no meio da neve, enquanto tem de ultrapassar um passado de perda.
Em termos de argumento parece-nos que a intriga central do filme e demasiado simplista. Podemos dizer que em termos de dialogos principalmente emocionais o filme consegue obter alguns destaque em alguns momentos, mas esta longe de ser um filme que prima pela originalidade da sua historia ou pelos detalhes do seu argumento.
Na realizaçao Sheridan tem aqui um trabalho mais individual depois de brilhar em argumentos de outros filmes. Temos optimas escolhas esteticas de cenario, que funcionam muito pela escolha do contexto fisico. nao sendo impressionante tem aqui alguns dos valores mais fortes do filme.
Por fim no que diz respeito ao cast Renner é a escolha central e regressa neste filme as interpretaçoes intensas, dramaticas e fortes que lhe deu impulso na carreira. Num papel nem sempre facil, Renner merece o destaque principalmente pela intensidade dramatica, demonstrando ser um actor com bons recursos em hollywood. Olsen perde por ter uma personagem menos desenvolvida e mais linear, nao aproveitando o regresso a filmes mais de autor para sublinhar a sua qualidade.

O melhor - A forma como o contexto fisico permite ao filme adquirir uma força estetica superior

O pior - Quando temos um argumentista com filmes anteriores bastante interessantes deste ponto de vista parece que este se torna tudo demasiado simplista.

Avaliação - B-

Thursday, October 05, 2017

The Emoji Movie

QUando este filme foi lançado muita gente percebeu que se tratava de um filme de animação com um objetivo muito proprio, de aproveitar a terminologia e mais que isso o interesse dos mais pequenos para fazer um filme sobre isso, sobre telemoveis, tablets e aplicações. E sabido que nem sempre estes interesses tem sido valorizados pelos pedagogos, e talvez por isso este filme tornou-se um autentico desastre critico com avaliações terriveis do pior que há memorias. Comercialmente os resultados foram visiveis pese embora longe daqueles que alguns filmes de animaçao conseguem.
Sobre o filme, eu depois de ler algumas das criticas que este filme recebeu fiquei com as piores expetativas, algo que acabou por me surpreender já que o filme esta longe de ser o desastre completo que todos avaliaram. Parece-me um filme que nao tem uma historia interessante, e mais que isso um filme algo curto em termos de mensagem e daquilo que nos quer dar. Outro dos problemas do filme e o publico alvo, ao utilizar um humor demasiado infantil, o tema e demasiado adolescente e por tal parece-me que o filme perde por nao encaixar ao certo num publico alvo.
Mas mesmo assim tem bons momentos principalmente a curiosidade de utilizar as aplicaçoes e os termos concretos dos programas de computador para fazer um filme atual, de ritmo elevado, quase nunca com graça, mas não deixa de ser um filme facil de ver, com cor, com curiosidade. E obvio que em termos de mensagem fica longe dos melhores filmes de animaçao que chegam ate nos, mas tambem confesso que ja vi muito pior no mundo de animaçao.
Claro que numa altura em que todos estao preocupados com a dependencia dos menores das aplicações um filme sobre isso é obviamente um produto non grato para todos. mas parece-me tambem importante sublinhar com tantos filmes de animaçao que nem consegue potenciar qualquer originalidade no seu processo, acabar por arrasar um filme basico, com defeitos mas normalissimo como este parece-me obviamente um exagero.
Em termos de historia fala-nos do mundo dos emojis, que estao nas mensagen do telemovel de um adolescente, seguindo a tentativa de um emoji sem funçao aparente, que tenta ao longo das diferentes aplicaçoes encontrar o seu lugar.
Em termos de argumento eu confesso que nao seria um filme facil, mas que consegue ser curioso na forma como consegue nos dar um filme minimamente coerente com termos atuais tão diversificados. E obvio que e demasiado comercial para muitos, sendo o grande problema uma mensagem curta e mais que isso a falta de graça.
Na realizaçao temos uma produçao com cor, nem sempre com grande nivel tecnico mas suficiente para o funcionamento que o filme quer dar. Um realizador que ja nos tinha trazido com maior dimensao Igor um filme que tambem nao tinha sido propriamente um filme de primeira linha.
No cast de vozes nao nos parece um filme muito dependente das suas vozes, pese embora alguma aposta em comediantes que acabam por dar as diferentes personagens as caracteristicas que as mesmas necessitam.

O melhor - Alguma curiosidade de passar pelas diferentes aplicações.

O pior - A falta de graça

Avaliação - C

Tuesday, October 03, 2017

Literally, Right Before Aaaron

O cinema romantico por si só, sem grande arte nos ultimos tempos perdeu muito do seu espaço, estando totalmente isolado em filmes pequenos de estudios menores com ambição de ter alguma visibilidade. Um dos actores que nos ultimos anos mais se tem dedicado a este genero é Justin Long que assim vai mantendo uma carreira que ja teve outro fulgor. Este ano este pequeno filme, um remake de um filme de 2011 foi pessimamente recebido pela critica, o que não impediu de ser distribuido pese embora com resultados comerciais totalmente inexistentes.
Sobre o filme podemos dizer que atualmente um filme romantico para funcionar tem que ter ou um valor comico atual, que o diferencie dos outros titulos, ou tem que ter uma inteligencia e alguma diferenciaçao na sua abordagem. Este filme perde porque por um lado não consegue ter essa abordagem, sendo demasiado simplista naquilo que quer transmitir, mas mais que isso perde porque quando tenta usar o humor fá-lo num estilo demasiado fisico e desatual, nunca tendo em momento algum qualquer tipo de graça.
Por tudo isto é facil resumir que temos um filme sem grande conteúdo, que até consegue potenciar diversos dialogos como forma de introduçao de personagens mas que acaba por desaproveitar tais espaços, com dialogos sem sentidos, com um objetivo humorista que acaba por nunca ser funcional, porque a ironia de alguns momentos acaba por na maior parte das vezes nao encaixar no paradigma que o filme deseja ter.
Dai que nao seja totalmente surpreendente que filmes tão simples como estes passem totalmente despercebidos para a maioria dos cinefilos, e que alguns actores prolonguem no tempo as suas carreiras com estes filmes que embora não sejam suficientemente maus para ser danosos, mais não são cuidados paliativos que adiam o inevitavel.
A historia fala de um jovem ajudante de um programa de documentarios sobre animais, que decide regressar a sua cidade de origem para assistir ao casamento da sua namorada de sempre, algo que acaba por suscitar duvidas em si sobre a sua vida.
Em termos de argumento temos uma historia tipica e previsivel do ponto de vista romantico. No final do filme e na sua moratória tentar ir um bocado mais alem no significado algo que me parece mal encaixado num filme que se assume simplista em quase toda a duração e que deveria continuar com esse registo até ao fim.
Na realizaçaõ do filme Ryan Eggold é um jovem com uma carreira ate ao momento em series de diversos quadrantes que tem aqui o seu filme mais destacado no grande ecra. Uma composição simplista sem grandes truques, o usual numa comedia de baixa divisao.
No cast Long tem feito carreira neste tipo de registo, usualmente com os mesmos truques, dialogos onde tentam despertar o seu lado mais comico e funcional e pouco mais. Encaixa no mesmo estilo de Smulders, cujo sucesso maior foi em televisao.

O melhor - Ser um filme de processos simples

O pior - O final querer dar uma complexidade que o filme nunca consegue ter

Avaliação - C-

Sunday, October 01, 2017

Wish Upon

Numa altura em que o cinema de terror esta outra vez na moda, é normal não surgirem apenas projetos originais e sustentados em ideias inovadoras, mas também meras repetiçoes de um cinema juvenil de pequena quaalidade, baseada em premissas gastas ao maximo. Dentro deste registo surgiu este pequeno filme que conseguiu uma distribução wide, mas cujas avaliações totalmente negativas acabou por o conduzir a um resultado bastante baixo tendo em conta o numero de cinemas no qual estreou.
Um dos sub generos que no final do seculo acabou por estar muito na moda no que diz respeito ao cinema de terror juvenil foi o falatismo, no qual a invevitabilidade da morte seguia personagens e que teve o seu maior sucesso na saga destino final. Neste filme temos quase uma repetiçao da formula com novamente mortes criadas de forma a impressionar, mas com um argumento de base completamente inexistente e mais que isso sem junção entre as sequencias.
O filme é tão limitado no seu contexto que durante noventa minutos temos os desejos e as consequencias que passam com toda a pressa sem ligaçao entre ambas ou sem qualquer valor implicito. Temos twists e contra twists para um final mais que esperado, num filme que nunca consegue ter intensidade ou conseguir colar o espetador ao ecra ja que cedo se percebe tudo que o filme nos quer dar.
Ou seja mais um filme de terror de baixa qualidade um daqueles que tenta ganhar dinheiro sem grande trabalho, sem grandes ideias, limitando-se a repetir uma formula utilizada sem potenciar em momentos algum qualquer especificidade da mesma. Nestes tipos de registos parece-me obvio que o cinema ter de ter mais seleçao principalmente na forma como filmes como estes conseguem uma distribuição wide e outros muito mais fortes e conteudo aparecem difusos em um ou outro cinema americano.
A historia fala de uma jovem que encontra uma caixa de musica que lhe da o poder de satisfazer os seus desejos sem que depois surja uma contra situação normalmente trágica para as pessoas a sua volta.
Em termos de argumento é totalmente vazio, o filme não consegue em momento algum conseguir ir para alem de um plano descriivo de mortes, sendo que a unica preocupação que o filme parece ter, é dar alguma originalidade e impressionismo as mortes, mas mesmo nisso parece-me nem sempre interessante.
Na realizaçao deste pequeno filme surgiu John Leonetti um realizador experiente nos ultimos tempos mais relacionado com o terror que teve a sua obra mais conhecida no primeiro Anabelle, mas aqui e obvio que em nenhum dos filmes conseguiu vincar qualquer assinatura de um realizador que parece destinado a um terror mais secundarizado.
No cast temos um naipe de atores que ja tiveram melhores momentos e aqui temos registos em piloto automatico. Nao e este tipo de filmes que nos da o melhor dos actores, e eles sabem disso dai que seja usual actores em pior forma acabarem por participar neste tipo de registos.

O melhor - As mortes por segundo dao ritmo ao filme.

O pior - Ser um vazio para alem das mortes e consequencias

Avaliação - D+