Thursday, January 05, 2017

A Tale of Love and Darkness

Quando Natalie Portman assumiu como seu projeto de introduçao à realização um filme filmado em hebraico sobre a criaçao do estado de Israel, muita gente ficou algo estupfacta com tal decisão pela forma como tudo iria condicionar a abertura do filme. Tudo ficou ainda mais complicado quando as primeiras exibições do filme resultaram em avaliações medianas que não funcionou como alavanca esperada. Assim, apenas em Agosto do presente ano conseguiu distribuição dos EUA, um ano após a conclusão do projeto com resultados mediocres o que não permitiu que o mundo tivesse real conhecimento de Portman como realizadora.
Sobre o filme eu primeiro tenho de sublinhar que assistir a filmes fora de uma lingua que não estamos habituados como o hebraico pode ser complicado de analisar algumas componentes do filme principalmente as interpretações. Contudo parece-nos que estamos claramente perante um filme dificil, ao conjugar duas realidades a da fantasia e da realidade das personagens o que acaba por não dar grande interesse e evolução a nenhuma delas.
Por muito tempo no filme fica a sensação que sem o lado da fantasia o filme poderia ser um drama corriqueiro mediano, mas que tenta ir mais além com opções que não funcionam, alias a primeira parte do filme são imagens sem grande conexão e que tornam o filme num emaranhado de personagens pouco objetivo não fornecendo ao filme o ritmo necessário para a segunda fase de conclusão mais simplista.
Por tudo isto parece claramente que na sua estreia Portman complicou demais a diversos niveis, desde logo na opção pelo hebraico que pese embora defenda a origem do filme lhe faz perder universalidade, por outro lado da forma como não consegue ser objetiva na definição do filme, tornando-o demasiado pastoso.
A historia fala de uma familia, que apos a aceitação de Israel como um pais dos judeus começa a sofrer as consequencias de tal ocorrência na sua felicidade.
Em termos de argumento penso que é onde o filme mais falha, devido a divisão de enfoque entre o real e o relatado o inicio não permite que as personagens cresçam e isso torna o filme demasiado difuso e pouco intenso.
Parece-me que Portman como realizadora tem bons promenores na captação de imagens e na forma como capta personagens, fiquei agradado com alguns apontamentos de alguem que parece querer ter uma forma propria, pena que o argumento não ajude.
No cast Portman é indiscutivelmente uma das melhores actrizes da atualidade, pela versatilidade e intensidade, aqui temos um papel mais simples que os seus melhores mas onde podemos alguns dos seus melhores predicados como a presença e capacidade dramatica.

O melhor – Natalie Portman

O pior – O Argumento

Avaliação - C-

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