Quando Natalie Portman
assumiu como seu projeto de introduçao à realização um filme
filmado em hebraico sobre a criaçao do estado de Israel, muita gente
ficou algo estupfacta com tal decisão pela forma como tudo iria
condicionar a abertura do filme. Tudo ficou ainda mais complicado
quando as primeiras exibições do filme resultaram em avaliações
medianas que não funcionou como alavanca esperada. Assim, apenas em
Agosto do presente ano conseguiu distribuição dos EUA, um ano após
a conclusão do projeto com resultados mediocres o que não permitiu
que o mundo tivesse real conhecimento de Portman como realizadora.
Sobre o filme eu
primeiro tenho de sublinhar que assistir a filmes fora de uma lingua
que não estamos habituados como o hebraico pode ser complicado de
analisar algumas componentes do filme principalmente as
interpretações. Contudo parece-nos que estamos claramente perante
um filme dificil, ao conjugar duas realidades a da fantasia e da
realidade das personagens o que acaba por não dar grande interesse e
evolução a nenhuma delas.
Por muito tempo no
filme fica a sensação que sem o lado da fantasia o filme poderia
ser um drama corriqueiro mediano, mas que tenta ir mais além com
opções que não funcionam, alias a primeira parte do filme são
imagens sem grande conexão e que tornam o filme num emaranhado de
personagens pouco objetivo não fornecendo ao filme o ritmo
necessário para a segunda fase de conclusão mais simplista.
Por tudo isto parece
claramente que na sua estreia Portman complicou demais a diversos
niveis, desde logo na opção pelo hebraico que pese embora defenda a
origem do filme lhe faz perder universalidade, por outro lado da
forma como não consegue ser objetiva na definição do filme,
tornando-o demasiado pastoso.
A historia fala de uma
familia, que apos a aceitação de Israel como um pais dos judeus
começa a sofrer as consequencias de tal ocorrência na sua
felicidade.
Em termos de argumento
penso que é onde o filme mais falha, devido a divisão de enfoque
entre o real e o relatado o inicio não permite que as personagens
cresçam e isso torna o filme demasiado difuso e pouco intenso.
Parece-me que Portman
como realizadora tem bons promenores na captação de imagens e na
forma como capta personagens, fiquei agradado com alguns apontamentos
de alguem que parece querer ter uma forma propria, pena que o
argumento não ajude.
No cast Portman é
indiscutivelmente uma das melhores actrizes da atualidade, pela
versatilidade e intensidade, aqui temos um papel mais simples que os
seus melhores mas onde podemos alguns dos seus melhores predicados
como a presença e capacidade dramatica.
O melhor – Natalie
Portman
O pior – O Argumento
Avaliação - C-
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