Saturday, November 30, 2019

Knives Out

Deve ser dificil para qualquer realizador sobreviver a um pos Star Wars, pois bem Rian Johnson escolheu esta especie de policial tradicional para recuperar o seu cinema de autor e pelos vistos saiu-se bem, desde a sua primeira estreia se percebeu que a critica gostou do conceito, mas mais que isso, comercialmente e com este elenco as coisas tem tudo para resultar tambem do ponto de vista comercial.
A primeira vista este é um filme que nos chama a atençao pela riqueza do seu guião, cheio de figuras conhecidas de linhas e oriunda de projetos diferentes mas que nos dao talvez um dos melhores cast do ano. Sobre o tema, o conceito do tradicioinal filme sobre saber quem matou quem ainda para mais numa mansao fez diversos filmes de sucesso mas a muito tempo que ninguem pegava num argumento de base refrescante como Jonhson fez e o filme funciona principalmente porque consegue ser coeso, surpreendente e mais que isso moralmente interessante.
Podemos dizer que se trata de um filme com principios limitados a situaçao do homicidio e depois a investigação parece a primeira vista curto para um filme que foi anunciado como podendo ter algumas ambiçoes a premios. Eu confesso que concordo que é um filme parecido com muitos outros na base para conseguir imperar, mesmo que seja um bom especie de um genero que ja teve muitos filmes.
O que faz este filme diferente e que as personagens funcionam de forma isolada e mais que isso em simbiose, que o final embora nao seja o cumulo da surpresa nao faça o filme depender totalmente dele, embora o melhore. Nao e uma obra prima mas e uma obra competente de um genero que estava algo esquecido.
A historia e a tipica, um rico magnata aparece morto, e diversas pessoas tinham interesse na sua morte, um investigador privado acaba por começar a tentar desvendar um crime onde todos sao suspeitos.
Sobre o filme a base do argumento e um classico do cinema, o homicidio e a investigação, com a tradiçao de apontar numa direçao diferente daquela que acaba por ser. O filme e interessante em alguns volt face mas mais que isso tem personagens dinamicas que lhe permite ser interessante.
Johnson parece-me melhor realizador nos seus projetos de base do que propriamente quando teve de pegar numa franchising forte. Nao sendo uma realizaçao de primeira linha, sabe respeitar a tradiçao, nao sendo contudo uma abordagem totalmente diferenciadora.
Este e um caso de um otimo cast a todos os niveis, cada personagem e muito bem interpretada pelo seu interprete com exceção de Evans que me parece pouco subliminar para uma personagem importante. Parece-me que Armas se assume como uma figura interessante em Hollywood mas o maior destaque vai para um Craig fora do habitual.

O melhor - A forma como consegue ser inovador dentro da tradiçao

O pior - E um filme do quem matou quem

Avaliação - B

Friday, November 29, 2019

Dowton Abbey

Depois de longos anos em que se tornou uma serie de referencia tornou-se comum nos ultimos anos que estes sucessos encaminhem-se para o grande ecra. Nem sempre esse contexto funciona muito por culpa dos filmes nao serem mais do que episodios mais longos. POis bem para este filme tivemos uma visita real no contexto conhecido. Comercialmente as coisas ate correram bem sendo que os seguidores da serie responderam positivamente a chamada. Criticamente as coisas ate correram bem mas longe do sucesso critico que foi a serie.
Sobre o filme eu confesso que depois de tantos episodios dificilmente poderiamos ter aqui algo de novo ou substancialmente diferente no filme para fugir a questao do episodio grande. Pois bem e um episodio grande com alguns reencontros mas pouco mais. Parece-me que e um filme que segue os passos da serie no balanço entre o drama e a comedia mas que depois fica demasiado preso aquilo que a serie ja deu.
Em termos de novidade fica a ideia que poderiamos ter algo mais imponente principalmente na visita real. Poderiamos quem sabe que deixasse alguns maneirismos de lado e colocasse a familia num maior embroglio. O ritmo e o tipico da serie pausado e de epoca, com os maneirismos tipicos sendo que o filme vale essencialmente pelo detalhe tecnico e de epoca algo que ja era impressionante na serie.
por tudo isto Dowton Abbey e um interessante para quem seguia a serie, mas em termos daquilo que significa para a setima arte tenho muita duvida em considerar o filme forte, ou uma obra de qualidade. Parece-me um episodio longo comemorativo, mas nada mais, e para um produçao de cinema isso parece-me insuficiente.
A historia segue os donos e os criados da casa na visita real a DOwton Abbey, sendo que ai surgem os conflitos quer entre criados reais e os da casa e alguma definiçao das personagens.
EM termos de dialogo o filme e fiel ao espirito da serie na toada suave mas mais que isso no lado quimico dos empregados e tambem no rigos britanico dos patroes. Nao e um filme surpreendente e parece-me que a historia de base e algo indiferente para o acontecimentos cinematografico em si.
Na realizaçao do filme da serie surge Michael Engler um realizador ligado a serie e a outros objetos da tv que filmou o filme da forma rigorosa com que filmou a serie, fica a ideia que o filme e mais rigoroso na epoca, mas isso parece pouco para lhe dar um sublinhando especial.
O rigor da intepretaçao britanica foi bem presente na serie e aqui volta nas personagens que ficaram. Nao existe nada de novo e aqui o filme poderia ser maior e ter algumas apariçoes que dessem ao filme uma dimensao maior. As personagens e os interpretes sentem-se confortaveis uns com os outros e nisso o filme arrisca pouco.

O melhor - O rigor tecnico ja presente na serie

O pior - E mais um episodio

Avaliação - C+

Overcomer

O cinema religioso tem-se tornado uma autentica fabrica de montagem alimentando não apenas actores de uma quarta linha sem facilidade de entrar em grandes projetos mas tambem ja construiu os seus proprios realizadores e produtores. Neste filme temos um trabalho de um desses realizadores que aqui vai tambem para ator. COmo a maioria dos filmes do genero o resultado critico foi pessimo. Comercialmente o filme atingiu valores bem melhores do que o filme em si muito por culpa de um publico fiel ao conceito.
Sobre o filme podemos dizer que e o esperado, a tipica historia de domingo a tarde sobre feitos de algumas personagens e mudança da outra do ponto de vista de um professor apenas com bondade dentro de si e tudo acaba bem para a mensagem de redenção funcionar, o problema e que no restante e principalmente no argumento o filme e um autentico deserto de ideias.
Mas onde estes filmes nunca funcionam e na sua produçao e principalmente na sua direçao de atores. Temos sequencias que tem dos dialogos mais inacreditaveis em termos do basico que nos temos memoria e mais que isso pensamos durante grande parte da duraçao do filme onde e que o filme foi buscar um contexto tao programado com linhas religiosas a serem introduzidas a pressa em dialogos ja eles sem grande sentido.
POr tudo isto e dificil perceber como uma industria que nao consegue trazer um filme minimamente diferenciador continua a conseguir alimentar-se minimanente. Este e mais um produto de um pessimo cinema com uma missao mas cuja dimensao dos projetos ja exigia mais qualidade.
A historia fala de uma jovem orfa que acaba por encontrar no corta mato a sua grande vocaçao, ate ao momento em que começa a ser treinada por um professor que ficou sem equipa de basketball mas que a vai conduzir ao seu passado.
Em termos de argumento tudo e pessimamente escrita, as personagens sao autenticos cliches do primeiro ao ultimo minuto, mas pior que isso os dialogos sao absolutamente inacreditaveis na forma como sao introduzidos elementos que surgem sem qualquer coerencia.
Na realizaçao pouco ou nada a dizer sao filmes simples, de realizaçao simples, com o defeito de serem produçoes pequenas Alex Kendrick tem feito carreira neste genero que lhe levara a ganhar bem mais dinheiro do que tentasse um cinema de autor.
NO cast Kendrick e completamente inexistente enquanto ator, um cliche do primeiro ao ultimo minuto semelhante a personagem central. Fica a ideia que nos secundarios as coisas sao piores sendo um filme que nao chama atores de linha nenhuma.

O melhor - A mensagem e sempre positiva

O pior - A forma como os dialogos parecem escritos por um aluno da escola primaria

Avaliação - D-

Wednesday, November 27, 2019

Rambo: The Last Blood

Tem sido comum de espaço a espaço Stalllone tentar trazer e reavivar as suas personagens mais carismaticas. Isso conduziu a que pelo menos Rocky tivesse uma nova vida, algo que realmente nunca conseguiu com Rambo, talvez por se tratar de um filme claramente mais limitado em termos de historia e contexto social. Este novo episodio de um John Rambo envelhecido estreou com pouco amor critico que acabou por negar por completo o filme. Tambem em termos de carisma cultural apenas os saudosistas do heroi de açao se associaram ao filme que esteve longe de brilhar nas grandes salas.
Sobre o filme e claro que nenhum dos filmes de Rambo e particularmente rico numa narrativa complexa ou com um significado moratorio de assinalar. Ou seja na realidade trata-se de filmes de açao com uma base serie B apostandos nos feitos heroicos de uma personagem movida pela vingança e pouco mais. E nesse particular este filme e mais do mesmo, apostando todas as fichas nas sequencias de violencia suprema que realmente existem.
O contexto para a açao acaba por ser totalmente basico, mais que isso e triste ver a forma como Stallone ainda tenta sobreviver como heroi de açao, pese embora tenha ate dificuldades em andar. Nesse particular o filme um autentico anti rambo ja que a debilidade da personagem acontece do primeiro ao ultimo minuto. A escolha de Stallone e claramente errada ja que deveria tentar um reboot com novas personagens do que fazer estre triste filme.
Apenas no fim quando começa a chacina tipica de Rambo temos algo que nos leva aos filmes originais, com todo o exagero tipico de um filme de serie B, com dialogos e personagens inexistentes que conseguimos no priimeiro minuto perceber como tudo vai acabar.
O filme fala de Rambo envelhecido que se ligou a uma jovem e mãe suas vizinhas, até que a primeira embarca para o mexico para conhecer o pai e acaba numa rede de trafico de mulheres que vai conduzir a que John a va procurar e comece assim a retaliaçao.
Em termos de argumento o filme é um vazio completo naquilo que sao os ornamentos tipicos de um bom argumento. A base narrativa do filme é demasiado basica, a forma como o filme não consegue minimamente surpreender e outro defeito e o absurdo do carne para canhão torna tudo ainda pior.
Na realizaçao a batuta ficou entregue a Adrian Grunberg que se estreia no grande ecra com uma abordagem simples, sem grande fulgor ou arte limitando-se a nos dar um filme que poderia ser de Rambo ou outro heroi de açao de outra figura dos anos 80. Nao me parece que tao cedo tenha destaque noutro projeto desta dimensao.
Em termos de cast este Stallone não é Rambo e o filme sente isso do primeiro ao ultimo minuto. Este esforço de sobreviver tem sido penoso num ator que deveria reformular a sua carreira e encontrar um espaço condizente com a idade porque este estilo e claramente pouco funcional.

O melhor - A curta duração do filme.

O pior - O rambo novo não era propriamente uma arte do cinema imaginem agora um velho

Avaliação - D

Sunday, November 24, 2019

Ready or Not

Esta especie de comedia de terror foi uma das sensações de final de verao muito por culpa de ter conseguido uma estreia global que a tornou surpreendente tendo em conta o genero do filme, claramente minoritario e mais que isso a falta de figuras de primeira linha. Esta historia acabou por convencer a critica com avaliaçoes positivas e talvez por isso em termos comerciais o filme tenha salvado o abismo que outros filmes do genero caem neste tipo de registo.
SObre o filme podemos dizer que se trata de um filme irreverente sem grande sentido logico mas que acaba por na sua irreverencia funcionar não so no terror grotesco, mas acima de tudo na comedia que todo o absurdo da situação acaba por criar, dando-nos hora e meio de um filme sem sentido mas que na sua rebeldia acaba por ser minimamente agradavel.
Claro que quem procura significado ou logica neste filme e melhor abandonar o mesmo antes de começar, para chegar ao ponto deste filme tem se partir do pressuposto do filme, chegado a esse ponto temos um jogo do gato e do rato com horror, nojo e absurdo mas que acaba por combinar razoavelmente.
Claro que nao e um filme significativo, ou uma comedia de gargalhada permanente, nem tao pouco uma abordagem totalmente diferenciadora. E uma comedia de terror um genero que poucos arriscam mas que por vezes nos trazem alguma novidade como acaba por ser o caso deste filme.
A historia fala de um jovem casal que apos o matrimonio junto da familia do noivo, segue a tradiçao de lhe ver um jogo ser atribuido, contudo o jogo acaba por ser tudo menos lazer para a noiva, entrando num jogo de sobrevivencia.
EM termos de argumento a historia de base parte de um pressuposto perigoso que é arriscar fazer o absurdo funcionar. E em termos de entertenimento as coisas ate funcionam, posicionando as personagens em cada papel concreto para a diversao.
Na realizaçao deste peculiar filme temos uma dupla de terror que tem aqui o seu melhor trabalho, quer em termos de historia mas acima de tudo em termos de conceito, deixando alguma expetativa para o que se segue.
O filme e liderado do primeiro ao ultimo minuto por uma quase desconhecida Samara Weaving oriunda da televisao que tem uma interpretaçao de recurso fisico e explosiva interessante que merece desta neste ano. Ao seu lado uma especie de familia adams em que todos encaixam mas que tudo no boneco.

O melhor - O filme consegue ser engraçado

O pior - Mesmo sendo absurdo

Avaliaçaão - B-

The Goldfinch

Desde que foram anunciadas as produçoes para 2019 que esta nova adaptaçao literaria de James Crowley figurava como um dos filmes a seguir, principalmente no que a premios poderia dizer respeito, quer pelo realizador, pelo cast e por ser a adaptaçao de um livro de sucesso. COntudo rapidamente apos a antestreia se percebeu que o filme nao teria qualquer hipotese nesta luta ja que a sua receçao critica acabou por ser a todos os niveis desastrosa para um filme com aspiraçoes. COmercialmente as coisas foram tambem desastrosas sendo sem duvida um dos grandes floops do ano.
Depois de passadas duas horas e meia de duraçao parece-me claro perceber as razoes pelas quais este filme nao funcionou, desde o seu ritmo extremamente pausado, a uma montagem totalmente desalinhada dos vetores ou mesmo dos objetivos do filme, mas mais que isso interpretaçoes que nunca conseguem conduzir o filme ao seu real significado, acabam por tornar um filme num desastre que se percebe perfeitamente que caminha para esse sentido tendo o epicentro no desastroso final.
O filme nem começa mal com algumas personagens a parecerem querer segurar o filme, desde logo a personagem de uma madrasta peculiar, ou de um amigo no risco, ou ate um passado que so depois de mostrado e explicado. Mas depois abandona personagens principalmente personagens como Hobbie e Pippa sao totalmente aniquiladas por uma montagem desastrosa que deixa um filme sem grande ritmo se tornar ainda mais adormecido
OU seja GOldfinch é daqueles filmes que com menos expetativa era um filme sem grande objetividade que passava quase desprecebido, mas com estes intervenientes o filme nao poderia nunca ser tao apagado em si, fica a ideia que o filme desde cedo percebe que nao funciona e extende-se para alem do razoavel.
A historia fala de um jovem que ve a mae a falecer num ataque terrorista a um museu e acaba por conhecer uma familia de acolhimento em primeira instancia e num segundo momento reside com o seu progenitor que o conduz a uma adolescencia contorbada com efeitos naquilo que se vai tornar depois.
O argumento do filme e complexo mas nem sempre me parece uma historia tao imponente para alimentar um livro de referencia. A forma como o filme e montado temporalmente nao ajuda uma historia mediana com personagens tambem elas medianas.
Eu confesso que gostei muito do filme anterior de Crowley tendo alguma expetativa para o que se seguia. O filme nao funciona em momento algum tirando os momentos num condominio abandonado o filme é um autentico marasmo, lento e sem irreverencia de autor. MUito longe do que conseguiu em Broolklyn.
Muitas das criticas do filme foram centradas em Elgort, o jovem ator que tem o mediatismo comercial consigo ainda me parece limitado nos recursos interpretativos e este filme evidencia esses mesmos problemas. Nos secundarios apenas Poulson consegue ter momentos interessantes muito por culpa de ser mais que tudo uma personagem diferente na sua carreira.

O melhor - O condominio inabitado.

O pior - A forma como o filme se alonga sem nunca encontrar o caminho do espetador

Avaliação - C-

Friday, November 22, 2019

Where'd You Go Bernardette

Richard Linklater e um realizador e um argumentista que gosta de exprimentar, e alguns dos seus projetos tornaram-se autenticas referências em termos do cinema moderno. Contudo nem sempre o realizador tem conseguido manter esse nivel em projetos mais comuns com uma produçao mais normal. Este filme com alguns objetivos em torno da receção critica não foi propriamente o maior sucesso com avaliações medianas. Comercialmente pese embora o filme tenha conseguido distribuição wide os resultados estiveram longe de ser brilhantes e nem o status de Blanchet deu ao filme resultados de bilheteira consistentes.
Sobre o filme podemos dizer que é um filme que se centra em demasia na excentricidade da personagem central, com quem confesso existe alguma dificuldade de naturalmente ser criada empatia. O filme depois cresce bem naquilo que sao os conflitos familiares e na forma como isso conduz a explosao emocional final, sempre com o lado positivo das coisas mas a forma como e criada a personagem central deixa que esse impacto natural do filme nao seja tao forte junto do espetador.
Contudo tambem temos de dizer que sao essas particularidades da personagem que permitem os melhores momentos em termos de dialogos, o que torna a analise do filme algo dual e dificil. Fica a ideia que o filme é bem escrito, que principalmente sabe potenciar bem as ligaçoes e a quimica entre os tres elementos da familia mas perde algum norte quando os coloca no contacto com o exterior tornando-se o filme algo estranho.
Ou seja Linklater funciona onde melhor tem funcionado na sua carreira, nos lugares comuns da familia, na naturalidade com que nos da os dramas familiares e em que os conflitos se tornam oportunidades de união, falha onde o seu cinema por vezes tem sido menos categorico que é quando tenta dar aos seus filmes algo diferenciador em termos de historia ou personagem.
A historia fala de uma ex arquiteta de sucesso que vive retirada da sociedade apenas com a sua familia numa casa degradada, contudo tudo se torna bem mais dificil quando as suas particularidades de vida começam a criar dificuldades na adaptaçao com as pessoas mais proximas inclusivamente com familiares.
Em termos de argumento o filme tem bons momentos principalmente potenciado por dialogos bem escritos. Tambem emocionalmente o filme resulta criando um bom laço entre os tres elementos da familia. Mas nem tudo sao rosas no filme, pois parece-me que por um lado algumas personagens sao demasiado cedo abandonadas e principalmente o filme tem dificuldade em tornar funcionar a excentricidade da personagem na sua realizaçao emocional.
Linklater e um otimo realizador quando nos da inovaçao. Quando tenta um projeto comum as coisas normalmente sao menos vistosas. Este filme e simples tendo apenas a sequencia final filmada na Gronelandia como adoçante, mas na generalidade esta longe da envolvencia de outros projetos.
A personagem de Bernardette nao e facil mas o risco foi nulo na aposta em Blanchet, a atriz tem recursos que sobra para a personagem acabando mesmo por nos dar alguns momentos de uma interpretaçao iconica que nem sempre a personagem acompanha. Parece-me importante sublinhar a personagem de Crudup um ator de segunda linha que nem sempre teve o foco merecido mas que funciona como poucos nas sequencias de emoçao.

O melhor - Alguns segmentos de dialogos

O pior - O filme nem sempre consegue controlar a excentricidade da personagem para os seus propósitos

Avaliação - B-

Thursday, November 21, 2019

Killerman

Existem figuras mediaticas juvenis que a determinada altura das suas carreiras optam por filmes mais negros de forma a tentar reconstruir a sua carreira com mais versatilidade. Poderá ter sido esse o pensamento de Liam Hemsworth na participaçao neste filme no seio do crime. Em termos criticos as coisas nao correram bem com avaliações algo medianas ainda assim bem melhor do que a opinião do publico do filme. Comercialmente o filme foi um desastre e nem a presença de Hemsworth levou os cinemas a adquirirem o filme ou as pessoas aos poucos cinemas onde o mesmo foi exibido.
Sobre o filme podemos dizer que a primeira hora de filme é um despredicio completo de tempo e de personagens, temos um jogo de golpe e contra golpe criminal, com policias corruptos e amnesia ao mesmo que acaba por ser uma confusão de peões e da forma como o filme se organiza que acaba por tirar por completo o espetador do filme, já que nunca consegue alimentar um fio que cause interesse ao espetador, deambulando o filme em diversos pontos sem nunca na realidade conseguir fazer funcionar algum.
No final o filme joga embora que de uma forma que a determinada altura chega a ser previsivel com o twist que dá algum ar à historia principalmente na sua conclusao e no lado que poderia ser real do que acabamos de ver. Ai o filme funciona mas parece que ja vai tarde ja que grande parte da sua duraçao temos um filme no seio do lado negro do crime que nunca consegue realmente evoluir uma linha e mais que isso nunca consegue ser concreto nos seus objetivos.
Por tudo isto Killerman e obviamente um thriller de segundo nivel, com executantes de segundo nive escuro, que nunca consegue ser minimamente apelativo para o espetador. Fica a ideia que com a base e principalmente a sua conclusao deveria ter sido muito melhor potenciado em termos de preparaçao para o seu final, na definiçao das personagens.
A historia fala de dois amigos, que se encontram a trabalhar para uma organizaçao criminosa de forma a lavarem dinheiro que de repente estão com dinheiro e droga na mão e sao seguidos por policias corruptos que o vão levar a um jogo do gato e do rato que se torna mais dificil quando um perde por completo a memoria de quem e.
A historia em termos de argumento e confusa, mal desenvolvida e articulada na sua base. Parece que o filme tenta tocar diversos aspetos sem na realidade eles serem importantes e mais que isso sem que em momento algum consiga desenvolver uma das partes, isso enfraquece as personagens e os dialogos.
Na realizaçao escura deste filme temos Malik Bader um desconhecido que tem aqui a sua obra mais mediatica, optando por um filme escuro no submundo do crime algo que é comum neste tipo de experiencias. O filme e a realizaçao nao sao brilhantes e isso pode fazer com que a carreira do mesmo permaneça igual.
No cast Hemsworth nao e um grande ator e isso denota-se a cada filme que passa. Fica a ideia que quer aqui alterar a imagem de menino bonito mas a personagem nao tem crescimento para o fazer acabando por ser mais do mesmo. Cohen foi um jovem ator que prometeu muito mas que nos ultimos tempos tem perdido demasiado tempo em filme pouco recomendaveis.

O melhor - O final

O pior - A forma como o filme passa grande parte do seu tempo a divagar

Avaliação - D+

Gemini Man

Com a evolução tecnologica e comum que os estudios deem a batuta das suas experiencias a realizadores conceituados e de primeira linha. podemos dizer que este Gemini Man tinha esse rotulo de experciencia cinamtografica ao dar protagonismo a uma personagem criada digitalmente. Pese embora esse rotulo cedo se percebeu que nem Ang Lee iria salvar o projeto da mão pesada da critica que foi bastante agressiva para o filme como um todo. Comercialmente nos EUA as coisas foram muito negativas, contudo no restante territorio os danos foram mitigados talvez pelo lado ainda comercial de Smith.
Sobre o filme temos de diferenciar dois pontos, o filme como experiencia evolutiva no mundo do cinema, ou a resposta e dual, ja que existe momentos em que o filme nos dá uma experciencia unica de um Smith novo, com emoçao, e realismo principalmente quando se encontra parada, com as dificuldades e limitaçoes tecnicas do movimento onde o filme obviamente esta longe de ser perfeito nesta junçao da imagem real com o CGI, mas convenhamos dizer de todos os filmes ate ao momento talvez tenha sido este o filme que mais arriscou
O problema do filme acaba por ser o guião e a historia de base. Neste particular o filme parece um filme de serie B de baixa qualidade, num drama emotivo que pouco ou nada funciona, principalmente porque nunca consegue minimamente ter uma intriga bem formada ou que o suspense das conspirações alimentem o filme de alguma forma, tornando-o apagado e mais que isso pouco intenso muito por culpa de um argumento pouco feliz.
O que parece ter acontecido neste filme foi a aposta total na inovaçao tecnologica que o filme represente e falha naquilo que e o centro nevralgico de qualquer filme que é a historia e a intriga. O filme sofre por personagens lineares e por um registo demasiado serie B que nao e condizente com um realizador como Ang Lee.
A historia fala de um assassino profissional que apos a sua reforma começa a ser seguido pelos seus anteriores patrões, de forma a tentarem colocar termo a sua vida, percebendo que tudo faz parte de uma intriga maior tendo em vista uma estrategia militar que envolve clones.
Em termos de argumento o filme e fraquissimo, depois da desilusão do final de guerra dos tronos Bienoff parece não estar em bom momento num filme vazio em termos de intriga, personagens e dialogos nada condizente com o nome do autor.
Na realizaçao Ang Lee tem uma tarefa dificil que é desafiar a evoluçao tecnologica. Aqui o resultado e dual, tem momentos onde e muito positivo, principalmente nas expressoes faciais e mais que isso nos momentos mais pausados, mas nas sequencias de açao nao consegue disfarçar o excesso de digital. Ang Lee nao esta no seu melhor momento.
Na açao Smith sente-se confortavel nos filmes de açao embora goste dele num tipo mais descontraido que ultimamente tem abandonado. O vilºao Owen nao esta em boa forma e Winstead e a unica que consegue dar ao filme a leveza de entertenimento que o filme necessitava.

O melhor - O risco cientifico do filme

O pior - o argumento

Avaliação - C-

Monday, November 18, 2019

Klaus

A Netflix esta apostada em tornar-se rapidamente numa referencia global em termos de produçao de cinema. Nesta altura natalicia temos aqui um filme de animaçao sobre a alegada base da historia do pai natal. Um filme peculiar que aposta no 2D mais artistico que acabou por convencer a critica com avaliaçoes positivas, sendo que comercial o filme ate pode resultar embora me pareça ser mais dificil para o conceito brilhar entre os mais pequenos.
Sobre o filme podemos começar por analisar a sua componente tecnica, e onde a opçao pelo 2D consegue melhor dar o lado grotesco ainda que artistico de base do local onde tudo ocorre. Essa escolha permite o exagero artistico e é uma boa base para a alteração que vai surgindo que da ao filme essa capacidade de transformaçao de tornar o feio em bonito.
Em termos de historia e criativa nao sendo particular diferente no nivel moral de outros filmes de natal, certo e que a historia tem uma boa base, com a originalidade de uma abordagem mas que acaba por resultar, principalmente na forma como a personagem moralmente vai crescendo algo que tambem acaba por ser uma mensagem clara do filme e que nos fica na retina por esse lado mais moratorio.
Claro que em termos de produçao ou mesmo naquilo que o filme realmente é no principio de abordagem ainda fica algo longe do significado e da criatividade de mundos completamente metaforicos para a nossa realidade. Contudo num terreno novo podemos dizer que a netlix ate consegue passar com alguma qualidade.
A historia fala do filho da empresa de carteiros que e colocado a prova pelo seu pai sendo colocado uma longinqua ilha de guerra entre dois povos, com um desafio impossivel de fazer aquelas pessoas comunicar por carta.
Em termos de argumento o filme funciona na originalidade desta abordagem na origem do pai natal, e principalmente no aspeto do crescimento moral que vai tendo. Funciona menos base naquilo que é a base do filme e mesmo em algumas personagens demasiado unidimensionais.
Na realizaçao deste projeto o leme foi entregue a Sergio Pablos um estreante ja envolvido na produçao de filmes da Imagination de algum sucesso. A escolha do 2D tendo em conta a estetica que o filme escolhe e muito interessante e funciona numa altura em que o estilo ja nao se usa. A perceber como ira se desenvolver uma carreira que começa bem.
Na escolha de vozes denota-se a preocupação de procurar atores com carreiras proximas das personagens o que e sempre a opçao mais inteligente.

O melhor - Conseguir com o 2d ser um filme artistico

O pior - Já vimos mundos de animaçao mais originais

Avaliação - B

Earthquake Bird

Numa semana em que a Netflix deu algum descanso em termos de grandes lançamentos, quem sabe ganhando folego para The Irishman, surgiu este filme passado na asia, mas com uma VIkander a procura de novo espaço. O filme nao foi propriamente bem recebido pela critica com avaliações demasiado medianas, e comercialmente nao me parece o produto mais apelativo do momento para a Netflix.
Em termos de historia temos um drama policial, num contexto cultural diferente que ganha alguma diferenciaçao por esse facto. O filme cria demasiado suspense mas a um ritmo pausado que acaba por adormecer a trama. No final com a explicaçao do que vimos ficamos com a ideia que tudo e algo frouxo encaixado umas sequencias nas outras sem grande plano e mais que isso sem que o filme consiga na verdade se empolgar a si proprio.
Alias o grande problema do filme é o ritmo e o tempo demasiado que gasta nas deambulações da personagem. Eu acredito que isso possa de alguma forma tornar o espetador estranho e esconder jogo mas também o faz distanciar-se do seu epilogo, e quando assim o é parece-me que o filme não se consegue encontrar a si proprio, porque intensidade e fundamental para qualquer filme deste ambito.
Ou seja um thriller que nem sempre é funcional, que na maior parte do tempo não utiliza um contexto particular e interessante que é Tokio do final de milenio, numa personagem sofrida em demasia para o que vemos e isso acaba por tornar o filme algo confuso e pouco empolgante.
A historia fala de um tradutora americana em tokio que se apaixona por um misterioso fotografo, sendo que tudo fica particularmente pior quando no meio desta relação se intromete uma amiga, que acaba por desaparecer de forma misteriosa.
No que diz respeito ao argumento fica a ideia que o filme quer dar elementos de thriller negro em demasia para a aquilo que na realidade o filme acaba por traduzir e quando assim é as coisas ficam demasiado confusas para resultar no impacto da evoluçao da historia, das personagens e dos dialogos.
Na realizaçao do filme temos Westmoreland um realizador de segunda linha já com alguns filmes de algum conceito na sua filmiografia mas que aqui nao aproveita as potencialidades de uma tokio misteriosa na sua evolução. Tudo e demasiado sombrio e tira luz ao proprio filme. Talvez por isso o realizador nunca tenha dado o salto para a primeira linha.
Vikander e uma actriz intensa, nao estando na sua melhor fase, parece-me uma actriz com recursos dramaticos suficientes para uma primeira linha, mas neste caso a personagem nao ajuda. Demasiado deambulatoria e pouco mais. Ao seu lado o lado oriental e enigmatico de Kobayashi parece resultar melhor.

O melhor - Tokio e os seus enigmas

O pior - A forma como o filme se adormece e faz perder o norte como a personagem

Avaliação - C-

Ford Vs Ferreri

E normal que no final do anos os grandes estudios se coloquem em termos de filmes para premios. Esta foi a aposta de um Fox reconstruida e à procura de espaço depois de ter sido comprada pela Disney. Este duelo de titas com bale e damon, foi muito bem recebido pela critica e embora nao seja o prototipo comum de candidato aos premios a boa receçao pode alterar esta prespetiva. Comercialmente tambem a primeira semana deixa antever um sucesso comercial substantivo para acima de tudo um filme de corridas.
Sobre o filme, quando dizemos que uma historia desportiva de domingo a tarde por si so nao pode dar um grande filmes, este filme desmente por completo tudo isso, porque funciona a titulo muito bom nos restantes pontos do filme. Desde logo temos um filme excelentemente realizado quer no detalhe temporal mas acima de tudo na forma como nos leva ate as pistas.
Mais que isso e um filme de personagens empaticas, rapidamento nos ligamos a forma de ser da personagem de Milles na familia e na corrida, nao sendo facil o publico aproxima-se do mesmo e isso acaba por dar ao filme um caracter familiar e emotivo que dá o impacto ainda maior a historia, que mais que o feito da-nos as personagens que o fizeram.
O terceiro ponto e claramente a mensagem e o feito, aqui o filme podera nao ser globar, por ser demasiado tecnico, mas a mensagem final e bem atual e nisso o filme, mesmo sendo um drama que na historia de base nao e particularmente diferente de outros filmes de desporto, ainda hoje o que vimos pode ser bem patente nas disputas empresarias.
A historia fala de uma obcessao da Ford em competir com a Ferrari nas 24 horas de le mans e a forma como entrega o desenvolvimento do carro a um engenheiro e a um piloto de temperamento dificil.
O argumento na base e na linhagem narrativa nao e diferenciador daquilo que ja vimos noutros dramas desportivos. Onde o filme funciona e nas personagens e na forma como as mesmas encaixam uma na outra e nos dialogos que estas conseguem, e nisto o filme é simples mas muito eficaz.
Mangold e um realizador em ascenção que talvez ja merecesse mais destaque. Este trabalho e imponente, numa realizaçao de primeira linha nao so na açao desportiva mas principalmente no detalhe temporal. A ter em conta quem sabe na temporada de premios.
O duelo de titas no elenco funciona principalmente em simbiose, embora seja Bale que tem mais destaque em mais um papel intenso, mas mais que isso completamente diferente do seu comum, demonstrando estarmos perante um dos atores com mais recursos em Hollywood. Damon funciona bem na forma como encaixa na personagem de Bale e temos um dos melhores duos em quimica do ano.

Õ melhor - A realizaçao

O pior - E um drama desportivo parecido com outros

Avaliação - B+

Friday, November 15, 2019

Angel Has Fallen

Com a peridicidade de tres anos tem surgido os filmes desta saga apostada em nos revelar a aventura de um agente de segurança do presidente dos EUA dos mais diversos atentados. Depois de um primeiro filme de sucesso com Fuqua e um segundo destruido pela critica surgiu este segundo filme desde logo com um presidente novo, embora conhecido dos filmes anteriores. Criticamente este filme resultou melhor do que o anterior contudo comercialmente fruto do desgaste tipico de um terceiro filme o percurso foi claramente inferior.
SObre o filme parece-me que se existe caracteristica transversal a todos os filmes do franchising e ser um estilo repetitivo que parte de uma unica permissa e que tenta rentabiliza-la com recurso a sequencias de açao e valores como honra e fidelidade. Este filme e mais do menor com a diferença de nos tentar dar um pouco mais da personagem central embora isso seja totalmente indeferente no resultado final do filme, a nao ser mais um naipe de cliches a associar aos que ja existia nos filmes anteriores.
Do ponto de vista de intriga o filme tenta fazer alguma inovaçao com a revelaçao de personagens mas tudo acaba por ser tao previsivel que tem o efeito adverso ao de uma estrutura em que tudo e diferenciado no inicio. Basicamente este recurso que funciona em muitos filmes como twists de personagens neste filme e utilizado da pior maneira que poderia ser ja que o espetador rapidamente percebe o que vai suceder.
Na falta de uma casa branca ou Londres para destruir o filme nao consegue ir muito longe em termos do impacto dos seus efeitos dando mais intensidade as sequencias de luta por si so e a capacidade de resistencia de uma personagem central que e pouco mais que um action  man.
A historia segue Mike quer agora presta segurança ao novo presidente o seu velho amigo Trumbull, sendo que tudo fica mais dificil quando se ve no centro de uma suspeiçao de um atentado terrorista que enviou o presidente para coma, sendo o filme uma forma de tentar provar a sua inocencia.
Na realizaçao deste terceiro filme o terceiro realizador Waugh e um realizador de um segundo plano mas que ja tinha tido alguns filmes de açao distribuidos em wide que tem aqui talvez o filme mais pequeno em termos de produçao do franchsing, sendo um trabalho mais simples, mas com o mesmo resultado. Pelo menos em termos economicos foi mais eficaz.
No cast BUtler sente-se extremamente confortavel em filmes que nao exijam grande interpretaçao e nesta personagem so tem de funcionar como heroi de açao. AO seu lado um Freeman que vale pelo carisma por si so, e um naipe de aquisiçoes para secundarios totalmente indiferente para o resultado final.

O melhor - Menos efeitos especiais

O pior - Mas a base e a mesma

Avaliação - C-

Thursday, November 14, 2019

Don't Let Go

Os thrller sci fi sao sempre um terreno arriscado, sendo comum termos filmes extremamente valiosos em termos da mensagem e originalidade do trama com outros que basicamente repetem ideias anteriores. Este pequeno filme que viu a luz do dia em Agosto de 2019 acabou por ser um desses pequenos filmes que nao conseguiu propriamente conquistar a critica, sendo que comercialmente os resultados foram escassos principalmente tendo em conta que foi um filme que conseguiu alguma expansao.
Sobre o filme podemos dizer que facilmente se consegue encaixar num sci fi que da uma nova roupagem a ideias ja utilizadas, concretamente a ideia de frequencia de comunicar com o futuro/passado de forma a mudar acontecimentos. Alias a base do filme e muito parecida com esse filme contudo usa-a claramente de uma forma menos clarividente e sem arte no que diz respeito à abordagem narrativa e mesmo produtiva do filme.
Parece clara que se trata de um filme que quer ser intenso, que numa fase inicial consegue bem criar as dinamicas relacionais para dar peso a tudo o que vem depois, mas depois perde-se totalmente tentando ao maximo rentabilizar uma formula que rapidamente se percebe que nao funciona minimamente porque a historia de base e pouco original e mesmo no que diz respeito a intriga acaba por toda ela ser demasiado obvia.
Ou seja um claro thriller de segunda linha, que nos parece obviamente ser uma tentativa de pequenos estudios com poucas ideias ter produçao. O filme tinha muito espaço principalmente no que diz respeito a sua produçao e abordagem para ser mais criativo mas o filme nunca o tenta ser minimamente, o que acaba por ser frustrante.
A historia fala de um policia que ve a sua familia ser assassinada, sendo que apos o funeral começa a receber chamadas da sua sobrinha entretanto morta, a qual se encontra dias antes do seu assassinato, sendo o objetivo impedir que tal ocorra.
Em termos de argumento a historia de base e curiosa mas ja foi muito melhor potenciada noutros filmes, principalmente em Frequencia. O problema deste filme esta em personagens quase residuais em termos de envolvencia e mais que isso um argumento com um fio narrativo que se vai perdendo.
Na realizaçao temos Jacob Estes um realizador quase desconhecido ligado ao cinema de terror que parece não conseguir ter uma abordagem que seja qualitativa ao filme. Principalmente na reconstruçao do presente o filme devia ser muito mais estetico
No cast temos um Olyewo que se encontra já à algum tempo neste registo que nao me parece ser fulgurante para a sua carreira e uma jovem Storm Reid que depois do falhanço total de Wrinkle in Time tenta ganhar espaço noutros registos embora me pareça que as coisas nao tenham corrido pelo melhor neste filme.

O melhor - A introduçao da relaçao central

O pior - O filme tornar-se numa ideia repetida e mal elaborada

Avaliação - D+

Wednesday, November 13, 2019

Good Guys

As comedias irreverentes tem usualmente algum sucesso, pelo menos uma por ano nos lançamentos das grandes produtoras. Este ano surgiu um filme ainda mais irreverente a todos os niveis, já que junta uma comedia adulta com tres protagonistas pre adolescentes o que torna tudo ainda mais incorreto. Pese embora o risco o filme acabou por ter criticas moderadamente positivas, sendo que comercialmente o contexto permitiu resultados consistentes do ponto de vista de bilheteira.
Sobre o filme, podemos dizer que aposta num humor extremamente incorreto, com tres personagens juvenis completamente distintas, mas que no seu principio base funciona, porque é um filme engraçado que nos faz rir ao longo de toda a sua duração, e isso é usualmente um dos principios essenciais do cinema.
Podemos depois dizer que em termos de historia de base o filme nao acompanha o que funciona em termos humoristicos ja que basicamente se limita a fornecer um contexto para o tipo de humor que quer trazer. So no final com a diferenciação das personagens e que existe alguma moral, num filme que desiste dela do primeiro ao ultimo minuto.
COntudo numa altura em que a comedia propriamente dita sofre de alguma crise de identidade, este não sendo uma obra prima narrativa, e um filme que cumpre no essencial do genero ja que nos faz rir, sendo engraçado ao longo de toda a sua duraçao e nem sempre uma comedia consegue fazer isso. Sem duvida uma das comedias comerciais do ano.
A historia fala de três amigos com caracteristicas muito diferentes que com o objetivo de um deles marcar presença numa festa embarcam numa aventura que os conduz ao envolvimento com objetos sexuais e mais que isso com o tráfico de drogas.
Em termos de argumento parece-me importante diferenciar dois pontos. Se por um lado na narrativa central fica a ideia que o filme é algo pobre, e que apenas no fim encontra um norte para a mensagem que quer transmitir. Do ponto de vista humoristico o filme funciona na sua plenitude, sendo engraçado, e permitindo algumas gargalhadas constantes.
Na realizaçao desta comedia temos Gene Stupnitsky um realizador que ja tem alguma experiencia nos argumentos mas que tem aqui talvez o seu filme mais significativo. O filme funciona bem mais em termos de argumento ja que a realizaçao e a tipica de uma comedia de grande estudio.
No cast os custos do filme está nos jovens atores escolhidos. De sublinhar a alteração de postura de um Tembralay a pensar noutro tipo de papeis e generos, que acaba por funcionar, mas tudo funciona bem nas diferenças e no encaixe das caracteristicas dos três jovens escolhidos, que permitem ao filme um humor mais vincado.

O melhor - O humor do filme.

O pior - No inicio o filme anda um pouco à procura do fio norte narrativo.

Avaliação - B

Let it Snow

A Netflix tem sempre uma agenda cada vez mais cuidada não só em termos de agendamento e do contraponto entre o lado critico e comercial. Este pequeno filme juvenil com algumas das figuras em crescimento tendo em conta a faixa etária. Este pequeno filme simples nos processos nao foi propriamente um sucesso critico, embora comercialmente me pareça que as coisas ate podem funcionar já que temos a junção do lado juvenil com a quadra natalicia.
Sobre o filme podemos dizer que é o tipico filme de natal, com diversas personagens nos seus proprios conflitos, com a epoca tradicional e as suas festividades, muita neve a resolução positiva de tudo. Ou seja um filme com principios basicos que pensa apenas no entertenimento imediato e dar as primeiras luzes naquilo que e o espirito natalicio.
E obviamente um filme demasiado positivo onde no final tudo de bom acontece. Esse ponto parece-me no filme demasiado exagerado, para alem das historias, essencialmente historias de amor serem demasiado rudimentares, pensadas essencialmente para um publico juvenil ligado a historias de amor e pouco mais, ja que em termos de humor o filme na sua essencia nao existe.
Ou seja um conteudo Netflix propositado para a epoca do ano, um filme de desaste rapido que rapidamente sairá do nosso pensamento, embora nos pareça que por vezes a mensagem positiva e o filme simples tambem tenha lugar nem que seja para alimentar o espirito natalicio.
SObre o filme o mesmo conta um grupo de jovens numa pequena cidade norte americana coberta de neve, na vespera de natal e na forma como aquele dia acaba por se tornar essencial na definiçao das relações dos mesmos.
Em termos de argumento o filme e um conjunto de cliches ja abordado diversas vezes no cinema desta e de outras maneiras, fica a ideia que o filme nao quer ir mais longe em nenhuma das historias tornando-as o mais previsivel que se consegue recordar. Fica tambem a ideia que o filme arrisca basicamente quase nada em termos de humor.
Na realizaçao Luke Snellin e um realizador algo desconhecido com carreira na televisao, que teve esta simples tarefa de tentar dar um filme de natal juvenil. O filme funciona bem mais no espirito juvenil do que no natalicio embora a neve seja em grande parte do tempo uma boa ajuda.
No cast o naipe de atores jovens que vao ganhando mediatismo tem aqui a sua hipotese de ter camara embora com personagens rudimentares. Em todos eles o destaque para a jovem Isabela Merced que vai ganhando um destaque em Hollywood pese embora nos pareça algo repetitiva nos seus personagens.

O melhor - O espirito natalicio adiantado

O pior - A forma como o filme é extremamente previsivel

Avaliação - C

Sunday, November 10, 2019

Dora and Lost City of Gold

Dora e talvez um dos objetos mais comerciais da Nicolodeon, uma das maiores produtoras de animaçao do mundo. Este ano tivemos o live action da figura, com alguma animaçao a mistura, num contexto hispanico nos EUA. O resultado critico do filme ate foi aceitavel com avaliaçoes essencialmente positivas o que em face do filme em questão nao deixa de ser surpreendente. Comercialmente a falta de figuras de primeira linha acabaram por nao permitir um encaixe financeiro proximo do que o projeto pela sua mediatizaçao poderia ter.
Sobre o filme nao era facil este Live action ja que o estilo de Dora Exploradora esta longe de ser facil de transpor para o cinema ja que e acima de tudo uma serie educativa em que a personagem e de uma infantilidade inarravel. O filme ate consegue contrapor isso no filme, dando-lhe mesmo alguma desadapataçao com tal caracteristica nos dias de hoje. O problema do filme e que no restante e demasiado absurdo quer na conjugaçao com uma animaçao nem sempre competente  e principalmente por a historia de base ser tambem ela demasiado absurda.
Por tudo isto temos um filme algo estranho com algumas curiosidades como o macaco Boots ter a voz a determinada altura de Danny Trejo ou mais que isso o filme num ato de rebeldia levar o filme para o 2D, nesses pontos o filme tem uma rebeldia interessante mas que nao muda em nada um argumento demasiado infanto juvenil e mesmo neste tipo de filme de pouca qualidade.
FIca mais uma adaptaçao de desenhos animados ao live action, com efeitos especiais moderados, e mais que isso um filme que quer ser fiel ao estilo e roupa da personagem mesmo que isso nunca consiga conjugar minimanete com um filme competente a todos os niveis.
A historia fala de Dora que acaba por embarcar para a cidade de forma a seguir a formaçao ate que os seus pais desaparecem numa expediçao tentando encontrar a cidade do ouro. Junto com os seus amigos acaba por ter de tentar encontrar a cidade e salvar os seus pais.
Em termos de argumento temos um filme simplista na sua forma e na sua intriga. UM humor desatualizado e mais que isso uma tentativa de dar ao filme uma fidelidade a serie que nao me parece que funcione na plenitude.
Na realizaçao James Bobin que teve como maiores sucessos os marretas e que aqui tem um filme que nem sempre consegue unir bem o digital com o live action talvez por essa dificuldade nao me parece uma produçao de premeira linha.
NO cast a escolha de Merced e expectavel tendo em conta que e um filme passado na america do sul, ou com essa base. As melhores escolhas pelo menos as mais arriscadas sao a de Del Toro e Trejo para dar vozes a personagens digitais.

O melhor - ALguns atos de rebeldia.

O pior - O filme soa sempre a absurdo

Avaliação - C

Friday, November 08, 2019

After the Wedding

Treze anos depois de um pequeno filme dinamarques ter chamado a atenção, e numa altura em que o cinema norte americano sofre alguma crise de criatividade veio o remake desse mesmo filme, com algumas alterações de genero mas com a mesma base. Este filme com um excelente cast nao foi propriamente brilhante no seu desempenho critico com alguma mediania nas suas avaliações. Por sua vez comercialmente fica a ideia que a presença de um cast valioso garantiu a expressao comercial de um filme com pouca divulgação.
Sobre o filme fica acima de tudo a ideia que a historia e pensada para uma alteração total de genero e que esta adaptação acaba por nao encaixar tal bem, principalmente naquilo que o passado represente. Fica tambem a questao de um melodrama demasiado insistente mas contudo e algo que ja surgiu no primeiro filme.
 A historia tem um ritmo de drama mas com a simplicidade de processos, nao e um filme com grande intriga com um suspense das suas decisoes. Quando surge as revelações estas acabam por surpreender mas nao geram conflito sendo o filme um adaptar constante a situaçóes, a maior parte das quais com o filme a ser algo slow mesmo quando os acontecimentos sao tragicos.
Ou seja um remake de um filme significativo que se torna bem mais pequeno, fica a ideia de tentar dar alguma maior força ao filme de base com uma adaptaçao com tanta qualidade principalmente no elenco feminino, mas que na historia e no resultado final parece sempre ser um filme demasiado cinzento para a materia prima em questao.
A historia fala da responsavel de um orfanato na India que dirige-se a Nova Iorque de forma a arranjar financiamento, acabando por ser convidada para o casamento da filha da dirigente da empresa que se propoem a financiar, percebendo que esta ligaçao tem por tras o passado da mesma.
Em termos de argumento o filme e bem pensado para nos dar ao pouco algumas revelações sendo o restante o ajuste dessa revelaçao. Aqui parece sempre que pese embora na teoria tudo tenha impacto na realidade as coisas acabam por nao terem a força que deveriam ter e isso adormece o filme.
Bart Freundichh, mais conhecido por ser marido de Julianne Moore, tem aqui um trabalho simples, sem grandes riscos ou momentos de criatividade de autor, dã-nos um filme sobre personagens, de um realizador a quem falta ainda um filme de referencia.
NO cast ter Moore e Williams nesta disputa e para um filme de primeiro nivel. Moore parece demasiado proxima de outros registos, e Williams tem uma interpretaçao algo adormecida, chegando mesmo a desesperar o espetador pela sua falta de vivacidade. Crudup e o que tem melhores momentos embora esperemos sempre uma explosao da personagem que nao e eficaz quando acontece.

O melhor - Os twists e revelaçoes do filme.

O pior - Isso nao gerar o conflito para dar ritmo ao filme.

Avaliação  C

The King

Desde o ano passado e principalmente depois de nao ter conseguido ganhar o oscar de melhor filme com o seu Roma que a Netflix apostou forte em diferentes campos para a temporada de premios deste ano. Uma das suas principais apostas era esta renovada historia de Henrique V, apostando no star moment de Chalamet. Pese embora a expetativa criticamente o filme passou com algumas dificuldades no crivo e cedo se percebeu que nao seria por esta porta que a Netflix conseguiria chegar aos premios. COmercialmente acredito que atualmente seja um dos produtos mais rentaveis do Streaming.
Sobre o filme podemos dizer que temos um filme com muito dos requisitos que um epico de epoca deve ter principalmente por ter como base uma historia real, mas mais que isso um elenco de primeiro nivel e em determinados momentos um filme sobre a relação mais basica das pessoas. Nestes pontos o filme ate funciona embora com um ritmo muito pouco acelerado e reiterando a aposta num Chalamet que esta num otimo momento mediatico mas que nao necessitava de tanta camara neste filme.
POr isso mesmo sendo um filme com bons momentos e com uma historia interessante de reis e rainhas nunca e um filme que funciona por si so, ou seja, nunca é um filme que tenha uma sedução inultrapassavel, funcionando melhor na parte de guerra final e na relação entre o rei e o seu amigo, o lado mais emocional do filme.
OU seja um filme de guerra que esta longe do que de melhor ja se fez do genero. Um elenco de primeira linha que em alguns casos e totalmente desprediçado. Um filme sobre corte inglesa e sobre uma epoca que agrada na sua maioria mas nunca e brilhante.
A historia fala de Henrique IV a forma como este deixa a sua sucessão para um filho mais novo mas como tudo acaba nas maos de um Henrique V fora da corte e com uma perceçao clara do que quer.
Em termos de argumento parece-me um filme algo lento, quer nos conflitos das personagens quer nos proprios conflitos historicos que o filme detalha. Em termos de personagens existe pontos mais trabalhados do que outros com relevo para a relação entre Han e John.
Michod e um realizador que nao encontrou ainda um grande filme para fazer-se sublinhar, principalmente em Hollywood ja que na Australia ja o obteve. Aqui tem uma relização interessante que percebe que Chalamet e o mais comercial do filme.
No cast Chalamet tem uma personagem que me desiludiu um pouco, repetitiva, sem exigencia para alem da presença, muito na onde de filmes para potenciarem um actor da moda. Felizmente o filme consegue recursos com alguns secundarios, desde logo Edgerton que acaba por ter a melhor personagem e a mais carismatica, mas tambem Patterson num papel pouco comum na sua carreira.

O melhor - Falstaff

O pior - Nem sempre e um filme com grande ritmo

AValiação - C+

Wednesday, November 06, 2019

American Son

Ao contrario da maioria dos filmes lançados dos diversos generos pela Netflix este filme foi nomeado de evento ja que se trata de um filme com uma cena longa numa unica situaçao que mais que uma trama e uma resposta de um casal a um momento dificil. Este filme peculiar nao foi propriamente aceite pela critica com avaliações negativas, sendo que comercialmente nao me parece nem de perto nem de longe neste momento o produto mais apelativo da Netflix.
Sobre o filme podemos dizer que o enredo parte de um principio diferente ou seguir uma cena unica que inicia numa mae a procura de respostas sobre um incidente de um filho e aqui o filme resulta principalmente na dictomia dos dialogos e do lado da mae e do policia que quer ser simpatico.
O problema do filme e quando entra quase em exclusivo na questao racial, ai as coisas sao forçadissimas caindo nos cliches tipicos e que resultam no dramatico final, ai o filme e pouco maduro limitando-se a copiar e trazer para a discossao os pontos de vista raciais mesmo que isso muitas vezes surja colado a uma drama de casal que pela duraçao da relaçao tinha de ja ter ultrapassado essa questao a muito.
Outro dos problemas do filme e que nunca consegue humanizar uma das partes, forçando a rigidez que acaba por ser quase surrealista na forma como isso e pensado unica e exclusivamente para um exprimir simples de argumento. A ideia que se fica e que o filme quer ter uma dimensao ideologica que a trama simples nao chegaria.
A historia fala de um casal separado que se une num posto da policia tentando perceber o que aconteceu ao filho de ambos, acabando por exprimir os argumentos para o lado mais rebelde do filho que os levou a li, bem como outras formas de estar com as respetivas raças e o contacto com a policia.
EM termos de argumento o filme e em certo ponto ambicioso ao querer trazer tantos temas e tantos assuntos numa cena, num espaço e de curta duraçao. Como seria de esperar tudo se torna algo forçado e o filme perde por essa quebra de realismo.
Na realizaçao simples, ja que o filme segue as personagens numa cena e num unico espaço Kenny Leon tem o leme um desconhecido afro americano que se percebe apenas ter atençao as questoes raciais ideologicas.
No cast o filme acaba por ser um espaço para Washigton ganhar algum espaço dramatico mas nao funciona porque a personagem nao cria empatica principalmente pelos maneirismo exagerados da atriz, numa interpretaçao que se torna mesmo irritante.

O melhor - A escolha de uma cena so para tanto assunto.

O pior - Washington torna a personagem muito irritante

Avaliação - C-

Monday, November 04, 2019

Brian Banks

Os dramas desportivos sempre tiveram uma presença muito clara no cinema ainda para mais quando acrescenta a este esquema um lado juridico de uma ma condenação e a tentativa de retomar o caminho da verdade. Este pequeno filme com uma historia de vida acabou por passar com alguma indiferença pela critica embora seja um filme com uma historia veridica pesada. Do ponto de vista comercial parece-me claro que num filme com poucas figuras de referencia e com um figurino habitual nao tinha muito espaço para o sucesso.
O problema de muitos destes filmes sobre historias reais e a forma como se torna tudo muito dicotomico entre a verdade e a mentira, sobre o lado bom e mau da questão e penso que nisso o filme explora em demasia esses pontos, sendo um filme de extremos mesmo que com uma base positiva que merece o filme por aquilo que significa em termos da pessoa que o sofreu. Outro ponto e a forma juridica do filme onde acho que realmente o filme tem deficiencias em tornas a telenovela ainda mais dramatica.
Apesar da base real parece claro que o filme quer ir mais longe e tornar tudo ainda mais dramatico par alem do drama de toda a situação e torna o filme numa novela de domingo a tarde, principalmente no que diz respeito ao lado amoroso, da recusa e mais que isso do outro lado da questão, e isso faz o filme perder tamanho e se tornar demasiado obvio.
Ou seja um filme obvio tipico de uma matine de fim de semana, sem grande rigor em termos historicos, e pensado para fazer tudo funcionar. O fim de semana positivo no entanto deve ser visto como uma mensagem positiva e de esperança na verdade ainda que a mesma seja um golpe claro de publicidade de uma organização nao governamental, mas parece-me claro que seja uma historia para contar.
O filme fala de um aspirante a jogador de futebol americano que apos ter sido condenado por violação, tenta ao fim de dez anos repor a verdade do que aconteceu como forma de arranjar emprego e mais que isso de voltar ao futebol, contando com a ajuda de uma organização dedicada a provar a inocencia de pessoas condenadas.
O argumento do filme tem uma base real de telenovela, com todos aqueles titulos que fica bem nos creditos finais, mas ao qual se une demasiado dramatismo e um envolvimento emocional exagerado para um filme que e baseado em factos reais mas que na realidade é demasiado novelesco para esse rotulo.
Na realizaçao Shadyac, e um realizador de comedias que teve algum sucesso mas que nos ultimos tempos esteve arredado das luzes da ribalta que regressa num genero que nao e o seu, e onde insiste num registo simples de filme de domingo a tarde nao muito diferente do que foi a sua carreira.
No cast temos Kinnear na sua personagem tipo, de pessoa solidaria, num registo muito tipico na sua carreira e um quase desconhecido Aldis Hodge que acaba por ter o lado dramatico e positivo que a personagem necessita, nao sendo no entanto um filme minimamente exigente em termos de interpretaçao

O melhor  - A historia real e interessante

O pior - Demasiado novela de fim de tarde

Avaliação - C

Sunday, November 03, 2019

The Peanut Butter Falcon

Este pequeno filme sobre os sonhos de alguem com o sindorme de down tem sido uma das figuras de alguns festivais menores, o que conduziu a que nos EUa este pequeno filme conseguisse criticas positivas embora nao unanimes. No ponto de vista comercial o filme tornou-se num dos casos em que passou do lado limitado para maior expansao muito pela tematica emotiva e significativa que tem.
Nao e facil vermos um filme com uma pessoa com trissomia 21 a protagonizar e desde logo pelo tempo dado ao ecra com alguem com tal debilidade mas ao mesmo tempo conseguir construir um filme bonito, emotivo, e mesmo em alguns momentos engraçado merece todos os elogios e convicção pessoal que este filme representa.
E um filme mais que brilhante ou original, um filme bonito, quer nos sonhos da personagem, quer na sua convição e resiliencia quer na relaçao de amizade que e criada este e um daqueles filmes que preenche emocionalmente o espetador do primeiro ao ultimo minuto, sem nunca perder espaço para alguma ironia ou mesmo denuncia social, na dificuldade de resposta deste tipo de população.
E obvio tambem que nao e um filme perfeito, primeiro porque a determinada altura, mais ou menos a meio se torna algo previsivel em todos os sentidos e mais porque o lado humoristico de algumas personagens desaparece para ser um dialogo entre duas personagens e as suas vicissitudes. Fica a ideia que o filme poderia potenciar mais algumas personagens secundarias que exigiriam no entanto um filme maior.
Mesmo assim uma obra significativa do ano, um filme que junta um dialogo de primeira linha, independente com um lado emocional do mais forte do ano. A determinada altura a relaçao de amizade criada entra na nossa ligaçao ao cinema como a mais forte do ano e uma das mais revelantes dos ultimos tempos, e isso vale o filme.
A historia fala de um jovem com trissomia 21 que tem o sonho de ser lutador de wrestling que foge da instituiçao onde se encontra para embarcar numa viagem com um solitario jovem marcado pelo passado.
Em termos de argumento o filme nao e brilhante mas sabe trabalhar como poucos as emoçoes. A narrativa em si e surreal mas funciona, embora por vezes se torna algo previsivel. E na forma como nos da emoçao que o filme resulta mais.
Na realizaçao a dupla de realizadores tem aqui o seu filme mais significativo, que e pequeno em dimensao e na realizaçao e simples sem grandes movimentos ou truques. E um filme que percebe as suas virtudes e deixam atual. Um filme marcante para um dupla ainda jovem.
No cast temos de sublinhar sempre a interpretaçao de Zak ao protagonizar um filme com esta dimensao na sua condiçao de forma subliminar e mesmo com humor. O lado mais serio de um Labouef em redençao tambem funciona no impacto que o filme tem. O apontamento de qualidade e um Bruce Dern em grande forma.

O melhor - O coraçao do filme.

O pior - Torna-se algo previsivel

Avaliação - B

The Laundromat

Foi anunciado que a netflix seria uma grande concorrente aos premios deste ano com diversas apostas lançadas em momentos diferentes para o objetivo final de ganhar o oscar de melhor filme. Um dos primeiros a ser lançado foi esta comedia sobre as offshores e sob a polemica dos panama papers realizada por Soderbergh. Pese embora a aposta fosse de risco a critica nao foi particularmente adepta desta ironica avaliando de forma mediana. Tambem me parece que do ponto de vista comercial existiram filmes lançados ao mesmo tempo com bastante mais sucesso da produtora.
SObre o filme eu confesso que assim como gostei de Big SHort gosto de filmes que conseguiam ser originais na critica e na satira com situaçoes financeiras, tratando tudo e todos como burros. O filme consegue isso numa primeira fase, muito por culpa do Mossack e Fonseca do filme a na forma como nos vao introduzindo o mundo das financas atuais, nesse momento o filme e engraçado, critico, atual e original.
O problema do filme acaba por ser quando entra na intriga em si tornando-se dividido, confuso e num filme com noventa minutos perder o norte ou o fio condutor acaba por nao ser propriamente benefico para cimentar uma mensagem que tinha que ser forte. A personagens que desaparecem fios condutores do filme que sao abandonados para o lado factual de unir a historia a realidade conhecida.
Pese embora alguns problemas na segunda fase parece-nos que e um filme arriscado, competente em alguns momentos, original, que merece algum sublinhando. Perde claramente no mesmo estilo para The Big Short principalmente por este ultimo ser completo, maduro e conseguir juntar aquilo que e a originalidade com coesao da historia.
O filme fala sobre uma mulher que apos o desastre de um navio onde perdeu o marido percebe que o seguro da companhia esta instalado numa piramide de offshores que conduz ao desvendar dos papeis do panama e da ligaçao do dinheiro e poder nesses paises.
Em termos de argumento o filme tem um objetivo nobre, de juntar um tema atual e mais que isso denunciar a realidade com originalidade. Inicia bem mas ao entrar na intriga o filme torna-se algo confuso e uma mistura de personagens nem sempre forte e concreta.
Soderberg e um bom realizador nos ultimos anos nao tem propriamente sido o mais sucesso para ele, chegando a anunciar o abandono por diversas vezes mas aqui tem um trabalho refrescante dentro de um estilo irreverente que tem marcado os seus ultimos filmes, mas que parece ser ainda um estilo a potenciar mais.
No cast nao e um filme de grandes personagens embora o lado duas de Streep seja de valorizar por ser personagens bem diferentes. A dualidade Banderas Oldman tambem funciona mais sob o aspeto de curiosidade num filme que nao quer personagens mas sim assuntos.

O melhor - A ironia dos primeiros minutos do filme.

O pior - O filme se emaranhar no seu enredo

Avaliação - B-

Friday, November 01, 2019

The Nightingale

Este filme australiano que conseguiu o ano passado estar na seleçao do festival de veneza, so em 2019 viu a luz do dia nos EUA e com avaliações positivas, que gostaram do lado mais cru do filme. Em termos comerciais a falta de figuras de primeira linha limitou os resultados de um filme a todos os niveis pesado.
SObre o filme podemos dizer que se existe marca que o filme deixa no espetador e a crueldade das personagens principalmente no lado dos vilões, o filme nao tem limite neste particular em termos de ate onde pode o ser humano descer e isso acaba por dar ao filme uma assinatura e uma intensidade propria que prende o espetador ate ao fim do filme, mesmo que o restante seja marcado em termos gerais e globais por alguma previsibilidade.
E um filme cru, que pela forma como a crueldade e retratada onde tudo e possivel, vinca-se junto do espetador, numa especie de road movie pelo lado mais cruel do ser humano. Nao sendo um filme graficamente violento e um filme que nao se esconde do que acontece, e um filme cru e isso faz em termos de thriller psicologico funcionar na maior parte do tempo, sem nunca ter no entanto uma historia particularmente diferente.
Ou seja um filme vincado, que nos proporciona uma historia forte, realizada dentro do cru do lado australiano do cinema, com interpretaçoes intensas e que num ano onde alguns registos nao tem funcionado talvez merecia mais visibilidade.
A historia fala de uma prisioneira que depois de ver o seu marido e bebe brutalmente assassinado por alguns militares que tambem a violam, iniciar uma viagem apenas com um negro de forma a tentar procurar a vingança pelo ocorrido.
Em termos de argumento a base nao e particularmente diferente de outros westerns de vingança e honra, talvez mais pesado na crueldade das personagens e pouco mais. Mesmo assim e um filme consistente ao longo da sua duraç
ao
Na realizaçao temos a obra mais conhecida de Jennifer Kent ue surpreende pelo facto de ser cru e agressivo que e menos comum nas realizaçoes femininas. Nao e um filme brilhante e estetico sendo no entanto funcional.
No cast o filme tem dois lados, por um lado uma quase desconhecida Franciosi que tem a intensidade e disponibilidade dramatica de uma personagem dificil, que nao sendo fantastica funciona. CLaffin como vilao tem altos e baixos ora com a uma arrogancia que funciona ora outros momentos que parece perdido na sua maldade.

O melhor - O lado cru e violento do filme.

O pior - Acaba por ser algo previsivel

Avaliação - B-

Dolemite Is My Name

Numa altura em que a Netflix começa a jogar todas as suas cartadas para a temporada de premios, que são em algum numero, surgiu este biopic sobre uma figura iconica da cultura afro americana dos anos 70 e que ainda hoje inspira alguns artistas de hollywood. Este filme acabou por conseguir criticas interessantes que poderão levar o filme a ter algumas expetativas na temporada de premios principalmente em algumas categorias. Comercialmente a figura de Rudy Ray Moore nao sera universal mas e uma forma de a conhecer, a temporada de premios podera favorecer o conceito.
Sobre o filme podemos dizer que como qualquer biopic o filme esta claramente dependente da riqueza da pessoa que aborda e neste caso e muita. Quer o carisma, o estilo, mas mais que isso a forma como de uma forma quase isolada conseguiu o sucesso por perceber perfeitamente o que o seu publico queria esta espetacularmente bem trabalhada no filme, que com a entrada no lado cinematografico vai ganhando dimensao e mais que isso satira que o torna num interessante filme do ano.
Claro que em termos humoristicos e necessario gostar do humor ou da formula de Moore para gostar do humor do filme, algo que no meu caso particular nao acontece, mas isso nao impede do filme nos dar outros pontos nao artisticos e mais de personagem, embora se centre mais na personagem no que no interprete, ja que e isso que ficou na historia.
Um biopic que mesmo nao sendo uma produçao totalmente original, funciona bem na conjugação de uma historia interessante, bem integrada num argumento que toca no essencial, mesmo que a produçao e a realizaçao sejam simplistas e apenas contextuais do ponto de vista temporal, traduzem num bom biopic que podera em alguns pontos ter protagonismo na temporada de premios.
Em termos de argumento o melhor que pode acontecer a um biopic e ter uma boa historia para contar e o filme tem. Centrado essencialmente nas conquistas de carreira de Rudy deixa um pouco de lado a vertente pessoal, que continuamos sem perceber embora haja algumas referencias.
E interessante como Craig Brewer e um realizador que tem melhores resultados quando entra na cultura afro americana do que propriamente na cultura atual. Nao sendo um filme com uma abordagem artistica diferenciada, funciona no contexto temporal, de um realizador que estava afastado da fama há algum tempo.
No cast Eddie Murphy e a escolha natural e encaixa perfeitamente nos maneirismos de Ray Moore. Um actor aperciado que nem sempre geriu bem a sua carreira nos ultimos anos que podera ter aqui um filme que lhe poça valer indicações e um reconhecimento que ate ao momento nao teve. Melhor ainda Snipes e a grande interpretaçao do filme que poderá valer algo impensavem que e ver o mesmo nas nomeaçoes a premios.

O melhor - A historia de Rudy Ray Moore.

O pior - O lado pessoal nem sempre e abordado

Avaliação - B

The Current War

Produzido em 2017 todos pensavam que esta ia ser a aposta para os oscares da Weinstein Company para aquele ano, ate que surgiu toda a polemica em torno de Harvey Weinstein que de imediato retirou qualquer possibilidade do filme lutar por que quer que fosse. Para alem disso depois das primeiras exibiçoes a critica nao foi particularmente simpatica com o filme demonstrando que a obra totalmente pensada para os premios ia ficar longe dos mesmos com avaliações medianas. Comercialmente so dois anos depois e sob a chancela de um Directors cut temos o filme mas com resultados rudimentares para um filme que mesmo assim conseguiu uma distribuição wide.
Sobre o filme podemos dizer que temos uma das historias mais importantes da humanidade moderna com tres figuras centrais do nosso estilo de vida. O problema do filme e que se fica apenas pelos feitos e pelo que e conhecido de cada um deles limitando-se a uma ou outra caracteristica de personalidade de cada um deles. O filme descura o argumento para apostar numa realizaçao forte o que o torna a espaços um filme mais bonito que imponente.
Claro que para um filme com esta tematica e para perceber perfeitamente o que esta aqui em causa temos de ter alguns conhecimentos de fisica o que e um pre requisito algo exigente para um filme que quer chegar a muita gente. FIca a ideia que o que realmente diferencia os lados e que e essencial para os lados do filme nao e totalmente percetivel ficando apenas o lado da guerra de egos.
POr tudo isto THe Current War esta longe de ser uma obra de referencia funcionando muito mais do ponto de vista tecnico do que o filme em si. FIca o lado significativo do que e contado e a ideia que o filme tem medo de mexer na personalidade de personalidades tao historicas esvaziando o lado humano de cada uma delas.
A historia fala da luta entre duas empresas apostadas em levar o poderia da distribuição da eletrecididade numa luta entre tecnicas e moralidade, entre formas diferentes de energia e mais que isso a tentativa de fazer o seu lugar na historia.
EM termos de argumento o filme funciona bem mais nos lados historicos da questao como os pontos de vista e as evoluçoes historicas de cada um dos lados do que propriamente no lado humano e de personalidade dos intervenientes isso torna o filme mais documental mas menos intenso.
Na realizaçao GOmez-Rejon com este filme foi pensado para se unir ao poderia cada vez mais mexicano do cinema. Contudo rapidamente se percebeu que ainda esta longe dos big three, pese embora o sentido estetico que este filme consegue ter. Parece-me que necessita de um filme trampolim para chegar mais proximo dos seus conterraneos.
O filme tinha em si um excelente elenco pena e que as personagens nao valorizem atores como Shannon e Cumberbacht que poderiam dar ao filme outra intensidade narrativa e emocional que o filme nao tem. Penso que Hoult e uma escolha menos feliz para o estranho Tesla.

O melhor - A realizaçao

O pior - Deixar de lado o lado humano dos personagens

Avaliação - C+