Sunday, July 19, 2020

Wasp Network

Este filme recheado de estrelas hispano americanas que foi lançado o ano passado no festival de veneza sem grande sucesso critico finalmente foi lançado as feras neste periodo em alguns paises com a ajuda da netflix. Em termos criticos esteve longe de ser o sucesso que os seus participantes poderiam prespetivar e comercialmente nao foi dos produtos mais ativos nesta fase.
Sobre o filme podemos dizer que a intriga politica e um campo que ao longo do tempo nos deu filmes para a eternidade principalmente quando o puzzle e bem montado. O filme perde logo nessa formula ao apostar em nos dar personagem a personagem em introduçoes longas que acabam por intervalar em demasia os lados mais pessoais de cada uma delas e adormecer o fluxo central do filme.
Quando pensamos que a cola funciona e que finalmente vamos entrar na dinamica central do filme tudo ainda fica mais confuso e emaranhado com personagens a desaparecer e mais que isso com o epicentro narrativo a mudar demasiadas vezes de epicentro o que acaba por desligar o filme e que este perca a sua propria intensidade.
Fica a ideia que pelo tema, pelos interpretes e mesmo com o realizador competente e dedicado a este tipo de tematica o filme fica muito aquem da expetativa para além de que e claro que vai do mais ao menos, o que e normalmente danoso num filme como este.
A historia fala de um conjunto de cubanos que aceitam fazer parte de um grupo que se aloja nos EUA de forma a se infiltrarem em grupos terroristas anti sistemas mas acabam eles por ser espionados pelo pais onde se encontram.
Baseado numa historia real intensa, fica a ideia que o argumento principalmente na sua organização deveria ser mais eficaz em adensar a trama e mais que tudo em potenciar a força da historia e dos conflitos pessoais dos envolvidos, o que acaba por nao acontecer.
Assayas e um realizador com algum estatuto em hollywood embora num circuito mais europeu, ganho principalmente depois do sucesso do telefilme Carlos. Aqui tem um trabalho ambicioso mas que nao funciuona como um todo e isso tem-se manifestado nos projetos do realizador.
No cast um elenco de luxo que acaba por ter em Cruz a interprete que mais espaço tem para mostrar os seus atributos. Embora nenhum esteja num nivel de excelencia fica neste filme bem patente a forma dos atores hispanicos em hollywood.

O melhor - A historia de base e interessante

O pior - A organizaçao temporal do filme nao e brilhante

Avaliação - C-

Greyhound

Este filme sobre submarinos na segunda guerra mundial prometia ser um dos filmes do verão deste ano mas a pandemia e o encerramento de cinemas fez com que a estrategia fosse alterada acabando por ser a bandeira da Apple Tv neste verão. Este filme encabeçado por um Hanks pos covid. Criticamente o filme conseguiu razoaveis criticas sem ser brilhantes e comercialmente foi o registo mais vincado de uma Apple Tv ate ao momento.
Sobre o filme temos um daqueles filmes de guerra que vale mais pena componente tatica e acima de tudo pela riqueza da produçao do que propriamente pela sua excelencia de uma historia diferente ou mesmo por uma intriga que cola o espetador ao ecra. Fica a ideia clara na minha opiniao que nao me recordo de ver Hanks num filme tao vazio em termos de argumento e personagem mesmo que tecnicamente tenhamos um filme de primeira linha.
Alias sentimo-nos muitas vezes ao longo da hora e meia de duraçao no meio de uma batalha naval como se do jogo se tratasse fica e a ideia que para alem de um registo historico que merece ser sublinhado e um filme de procedimentos demasiado simplistas e que dificilmente consegue ter força para se sublinhar junto do espetador.
Grayhound parece-me um filme que funcionaria bem melhor no grande ecra do que na televisao, fica a ideia tambem que em termos de historia parece demasiado simplista do primeiro ao ultimo minuto e que dificilmente um filme com este registo poderia se tornar vincado junto do grande publico, mas numa altura em que todos estamos em meio gas, este e mais um que encaixa bem nesse estilo.
O filme fala de um comandante de uma frota naval que em plena segunda guerra mundial tem de protager a sua frota de diversos ataques alguns dos quais com tecnologia mais assinalavel e ficar na historia pelas vidas salvas.
Em termos de argumento parece-me claramente um filme vazio um daqueles filmes que achamos que vai para um lado mas limita-se a descrição de tatica de guerra e um apontamento circunstancial que e muito pouco para um filme de Hanks.
Schneider conseguiu trazer um Hanks para este seu drama de guerra e nao deixa de ser surpreendente ja que se trata de um realizador com pouco quartel. O filme tem bons momentos e fica a ideia que a televisao nao permite toda a magnitude de um filme pensado para o grande ecra. Tecnicamente mostra mais valor do que no conceito do proprio filme.
Hanks tem aqui uma das suas personagens recentes mais basicas e sem sabor limitando-se a uma outra ordem e um movimento continuo no barco num filme cujo destaque vai para outros pontos que nao as interpretaçoes.

O melhor - O nivel tecnico do filme.

O pior - O argumento e demasiado simplista

Avaliação - C

Saturday, July 18, 2020

Palm Springs

Estreado na ultima ediçao de SUndance, esta pequena comedia tornou-se automaticamente num dos bons valores deste festival pela originalidade da abordagem, pela sua suavidade e mais que tudo pelo seu impacto junto do publico. Pese embora nao tenha ganho o premio acabou por sair de Sundance com criticas de ponta o que lhe permitiu ser uma das apostas de streaming neste verão com algumas visualizações.
Todos nos gostamos do feitiço do tempo e mais que tudo aquilo que representa na historia do cinema. Muitos foram aqueles que tentaram o mesmo estilo com mais ou menos sucesso sendo que esta comedia acaba por ter a mesma base contudo com uma irreverencia de uma comedia quase independente mas tambem com muito menos logica explicativa na sua resolução.
A forma como o filme prepara a sua base e mais que isso os momentos a dois da dupla de personagens funciona e faz o filme ganhar uma vida e uma abordagem original que merece ser louvada. O filme consegue ser irreverente e engraçado e colar-nos ao ecra durante a sua duraçao muito por culpa de uma quimica especial que vai existindo entre duas personagens que encaixam muito bem e que acabam por ser o segredo do filme.
O problema e a sua resolução fica ideia que o filme poderia ser mais impactante no seu registo final, ou mesmo mais original, o timido final acaba por nao cimentar por completo uma mensagem que o filme ate entao e com humor consegue transmitir de uma forma original e refrescante ficando apenas o amargo de que com outro final poderiamos estar presente a um dos melhores filmes do ano.
A historia fala de um individuo que fica preso ao mesmo dia depois de entrar numa gruta recordando-se constantemente desse facto, tudo fica mais confuso quando uma outra pessoa entre nessa rotina e torna tudo muito mais complicado de gerir.
A ideia embora seja semelhante a outros filmes tem uma abordagem quer na explicaçao quer no desenvolvimento diferente ja que leva diferentes personagens para o mesmo sentido. A explicaçao para tudo deveria ser melhor mas o humor que o filme utiliza funciona e refresca o filme.
EM termos de realizaçao Max Barbkow e um realizador desconhecido que tem aqui o seu projeto maior que funciona bem numa captura de imagens refrescantes, e mais que tudo ideologica. E um dos bons projetos do ano de um nome a seguir nas comedias futuras.
O cast tem um Sadberg que encaixa perfeitamente no estilo do filme, procurando o lado mais humoristico do ator. Ao seu lado MIlioti encaixa e combina bem como dupla de casal irreverente e SImmons e Gallagher acabam por dar a base importante para tudo o resto funcionar.

O melhor - O humor funciona quase sempre num plano de originalidade.

O pior - O final

Avaliação - B

The Outpost

Numa altura em que o cinema se encontra por completo em stand by e tem sido a plataformas de streaming que tem lançado as suas cartadas esta falta de filmes de primeira linha tem dado espaço para alguns titulos com alguns actores algo esquecidos na tentativa de recuperarem fulgor para o resto da carreira: Este drama de guerra foi uma das apostas de verão e com razoaveis criticas sendo que comercialmente este contexto acabou por ser bem melhor do que provavelmente o filme faria naturalmente.
As façanhas de guerra e sempre um genero de cinema com muitos filmes que dependem essencialmente de dois pontos a quimica grupal que este filme reune alguma embora me pareça que o elevado numero de personagens faça com que a ligaçao entre as mesmas perca alguma intensidade. E o segundo ponto o realismo das sequencias de ação fulcrais e aqui o filme perde por ser naturalmente um filme de segunda linha pensado para espetadores reduzidos.
Isto tudo resulta num filme que nos descreve uma façanha recente e que merece ser louvada mas como filme e principalmente na abordagem parece sempre ser um filme de segunda linha com os completos cliches tipicos dos filmes de açao de segunda linha, e isso acaba por o tornar algo lento para a sua duraçao de mais de duas horas.
Por tudo isto fica a ideia de um filme vulgar que provavelmente seria desconhecido da maioria de todos nao fosse o contexto pandemico existente mas que nos permite ver alguns atores de uma segunda linha a tentar um protagonismo num filme que e sempre mais de entertenimento do que de outra coisa qualquer.
A historia fala de um conjunto de militares que acaba por ser encurralado numa das suas bases por nativos talibãs em plenpo afeganistão acabando por ser um guerra pela sobrevivencia onde todos tem de ser uma equipa.
Em termos de argumento o filme e algo basico com principios muito semelhantes a outros em termos de dimensao quer de personagens quer de desenvolvimento narrativo. Esta longe de ser um argumento minimamente interessante e denota-se pouco arrojo nos objetivos.
Em termos de realizaçao Rod Lurie e um realizador de segundo nivel que ja teve alguns projetos com atores mais ou menos mediaticos mas que nunca conseguiu um lugar ao sol em Hollywood e neste filme mesmo com um ensaio de guerra parece-me longe de qualquer brilhantismo.
No cast temos um Bloom com um papel simples mas que lhe da algum tempo de antena que lhe tem fugido ultimamente, um Eastwood igual ao tipico da carreira que tem adotado e um intensissimo Landry JOnes que cada vez mais me parece ser um dos atores mais interessantes do momento e a seguir-

O melhor - O lado emotivo que os finais destes filmes sempre trazem

O pior - Parece algo basico nos procedimentos de produçao

Avaliação - C

Thursday, July 16, 2020

The Old Guard

Num verão totalmente atipico marcado pela pandemia, eis que principalmente as aplicações de streaming apostam em produções de maior custo de forma a tentar rentabilizar os seus produtos, contrapondo aquilo que foi o isolamento e o encerramento dos cinemas. The Old Guard acabou por ser um sucesso critico o que nem sempre é facil neste tipo de registo de ação imediato. Comercialmente parece que este filme tem todos os ingredientes para se tornar num sucesso instantaneo da netflix.
Sobre o filme podemos dizer que temos um normal e competente filme de ação, com uma intriga montada com alguma dose de Sci-Fi e com alguns momentos de humor, que estando longe de ser um filme com um significado grande acaba por ser um razoavel objeto de entertenimento com boas sequencias de ação e com algumas debilidades que fazem mais do que qualquer coisa este filme como mediano.
As suas fraquezas acentam principalmente em alguns pontos muito concretos desde logo um vilão demasiado goofy para o peso da sua historia e acima de tudo para um filme com testosterona. Depois em termos morais o filme e algo ambiguo nas motivações mas isso não fazem o filme perder as suas maiores qualidades.
Outro dos pontos bem presentes no filme e a diversidade e a questão grupal, aqui parece-me que o filme é bem pensado nas diversas questões que cada vez mais são abordadas. Não e um abordagem totalmente original, mas fica a ideia que alguns filmes crescem pelos seus protagonistas, e este filme e um deles.
A historia fala de um grupo de imortais que acaba por ser cobiçado por um jovem e irreverente CEO que os quer estudar para rentabilizar os seus projetos farmaceuticos, entrando uma guerra entre as partes com traição e intriga à mistura.
Em termos de argumento o filme não é propriamente na sua base algo completamente original. O filme percebe que atributos tem de ter para funcionar em termos de entertenimento e isso é uma virtude, mesmo que esteja longe de ser um filme rico em dialogos ou personagens.
Na realizaçao deste projeto Bryce-Bythwood e uma realizador associada a projetos mais dramaticos que aqui tem uma maior produçao que nao sendo particularmente brilhante em termos de estetica e competente na utilização de recursos e demonstra pelo menos versatilidade.
No cast Theron funciona como atriz de açao principalmente pelo carisma sempre presente e mais que tudo pela disponibilidade fisica. Falta algum suporte nos secundarios e principalmente nos vilões e isso usualmente torna o filme mais fragil.

O melhor - A sequencia de açao

O pior - A falta de um vilão de peso

Avaliação - C

Sunday, July 12, 2020

Da 5 Bloods

Principalmente depois de Blakkklansman que Spike Lee votou a ter uma notoriedade que parecia afastada do seu percurso nos ultimos anos, e que de alguma forma alimentou e muito a expetativa em torno do seu novo filme que seria distribuido mundialmente pela Netflix. Novamente com o tema racial que foi basicamente o sublinhado de toda uma carreira mas tambem com a guerra do vietnam surgiu este filme que conseguiu alguma valorizaçao critica embora em termos de receçao comercial e do publico em geral nao tenha sido propriamente um sucesso claro.
SObre este filme de Spike Lee temos uma boa ideia sobra a camaradagem de guerra unido a segregaçao racial algo que Lee trabalha como poucos mas mais que isso que consegue sempre tocar nos pontos polemicos e aqui temos isso quer na forma com que foram tratados os veteranos de guerra mas tambem a diferenciaçao racial, neste ponto o filme tem uma abordagem interessante com uma intriga bem trabalhada que nos permite bons momentos principalmente no reencontro com um vietnam totalmente diferente..
ONde o filme falha e claramente nos aspetos onde penso que menos poderia falhar alguem com a experiencia na realizaçao de Lee. Se em termos da diferenciaçao entre passado e presente Lee da-nos um delicioso truque de camara, o facto de escolher os mesmos actores para o passado e presente e um erro de principiante ja que nao recorre a tecnologia de ponta e por outro lado o espaço temporal e tao grande que tornaria a tarefa totalmente impossivel e o filme neste trabalho de abordagem temporal acaba mesmo por ser amador.
Sem o brilhantismo de Blakkklansman apesar de termos um filme interessante esta longe de ser uma obra prima principalmente por falhas circunstanciais que nao poderiam ocorrer numa produçao desta dimensao. O filme acaba por ter os outros ingredientes como intensidade das personagens e violencia, e algumas homenagens que o fazem interessante mas muito longe de ser brilhante.
O filme fala de quatro camaradas de guerra que volvidos muitos anos se unem numa nova jornada apostados em recuperar as ossadas de um compenheiro morto em combate mas tambem umas barras de ouro que conduzira a um fulgor economico, contudo esta jornada vai ser bem mas complicada que a primeira.
No argumento Spike Lee tem um apoio que permite ao mesmo tempo uma historia interessante na sua base narrativa e que funciona na forma como toca nos pontos politicos sempre presentes. Falta quem sabe alguma ironia e humor que noutros filmes ele consegue ter mas isso nao deixa de mostrar qualidade de um argumento arrojado.
Spike Lee na realizaçao tem alguns lapsos graves principalmente no trabalho e caracterizaçao temporal das personagens. Exige a si algo que seria impossivel de ser congruente e o filme reflete isso. Tem promenores de primeira linha mas o seu trabalho esta longe de ser fantastico num realizador que ainda procura a sua obra de referencia.
No cast um conjunto de atores de segunda linha comandam este filme com bons resultados principalmente Lindo que tem uma das interpretaçoes mais intensas e fulgurantes ate ao momento que aproveitando o clima politico e a falta de filmes de primeira linha podera ser um serio candidato a premios. Os secundarios parecem sempre ser colocados em segundo plano pela força na interpretaçao de Lindo.

O melhor - Uma boa historia e bons temas.

O pior - A caraterizaçao das personagens no tempo.

Avaliação - B-

Saturday, July 11, 2020

Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga

POucas coisas são mais europeias do que a força da Eurovisão principalmente na passagem de seculo, um continente inteiro parava para ouvir um concurso de musicas populares que nos ultimos tempos se tornaram em mais que isso num espetaculo de variedades. Provavelmente os americanos nunca conheceram tanto o conceito, certo e que Will Ferrel conhecendo a dimensão começou a estudar o fenomeno e este ano com o apoio da NEtflix lançou a sua comedia sobre o tema. Numa altura de pandemia rapidamente o filme se tornou no maior sucesso instantaneo da aplicação mesmo que criticamente tenha sido marcado pelo mediania quase irrevelante.
Sobre o filme podemos começar por dizer que e o tipico filme de Ferrell que ja fez o mesmo tipo de experiencias com um estilo de humor non sense noutros mundos como da patinagem do gelo ou campanhas eleitorais. Uma coisa que e indismentivel no filme e que Ferrell estudou o fenomeno e nisso temos muitos pontos onde tudo e bem trabalhado desde a dimensao musical, produtiva ou mesmo a ligaçao afeitva das pessoas com o festival e nisso o filme trabalha bem esses pontos.
Outra das particularidades do filme e conhecer a historia do festival, principalmente trazendo para o seu interior alguns dos mais recentes vencedores entre os quais SObral que tem uma cena apenas dele. Mas se este amor e mais que isso este estudo do fenomeno e bem patente e no lado comico que o filme acaba por nao ser tao eficaz mesmo dentro do humor Ferrel nem sempre as coisas saem bem, sendo que acaba por um europeu ficar mais agradado pelas referencias do que propriamente pelo filme em si.
Ou seja uma homenagem ainda que algo ironica sobre um parte da vida dos europeus, com estudo mesmo que em termos de filme tenhamos sempre uma comedia que nasceu para ter pouco sentido, fica a ideia que na falta de um festivao a serio ficamos com esta abordagem americana a nossa cultura popular.
A historia fala de um duo musical islandes que tem como sonho participar e ganhar a eurovisao ao contrario dos planos politicos daquele pais. APois um acidente que vitimiza todos os participantes este duo consegue o passaporte para a eurovisao onde mais que um concurso vao se conhecer um ao outro.
Em termos de argumento e principalmente em termos comicos o filme nao e particularmente feliz, fica a ideia que algumas piadas do filme acabam por ser tao paralelas que nao conseguimos perceber os seus objetivos. Fica o estudo do fenomeno e do estilo do concurso.
Na realizaçao deste projeto David Dobkin e um realizador de comeidas que ja teve alguns sucessos principalmente comerciais como Wedding Crahsers mas a sua incursao do drama falhou. Aqui denota estudo no fenomeno e da dimensao do mesmo, excelente escolha de contextos e locais para o filme que dao ao filme uma componente de cenarios interessante.
Em termos de cast os filmes de Will Ferrell utilizam o seu lado desajeitado para fazer um humor proprio que so ele consegue fazer e este e mais do mesmo. Melhor McAdams que neste registo e das melhores atrizes em comedias e comedias romanticas, pena que a voz nao seja dela.Muitos bons momentos comicos de um Dan Stevens numa das melhores prestaçoes secundarias do ano.

O melhor - O festival estudado e analisado

O pior - O humor tambem nem sempre resulta

Avaliação - C+

Irresistible

  NUma altura em que os estados unidos ja preparam mais uma intensa eleiçao de presidente dos EUA John Stewart conhecido apresentador de talkshow decidiu aventurar-se numa comedia eleitoral de forma a fazer uma satira sobre a forma como a politica norte americana e conduzida. Estreada numa altura de confinamento e diretamente para VOD criticamente as coisas nao foram brilhantes para esta peculiar comedia ja que nao foi alem de criticas extremamente medianas. Do ponto de vista comercial numa altura em que se torna dificil avaliar os sucessos parece-nos que tambem nao foi propriamente o projeto escolhido em familia nesta altura.
Sobre o filme eu confesso que gostei do conceito do filme de critica as instituições politicas e da forma muito ardilosa com que o filme consegue isso embora seja acima de tudo uma utopia mas que acaba por saber bem no resultado final, mesmo que em termos de comedia o filme seja esforçado mas na realidade nunca consegue ser engraçado, acabando por ser na maior parte do tempo curioso.
Uma das mais valias do filme acaba por ser o espaço escolhido para o filme a comunidade fechada do interior americano, mas o filme consegue ganhar o folego com o seu twist final ai o filme para alem de sublinhar o seu lado moralista que se percebe estar acente sem lados na sua execução acaba tambem por surpreender o espetador que ja estava embalado pelo estilo monocordico do filme.
Ou seja uma surpresa em termos de comedia que nao e propriamente funcional sobre este prisma mas que por outro lado consegue ter uma mensagem significativa que nao sera aperciada pelos religiosos dos dois lados mas nao deixa nunca de ser um sublinhado real.
A historia fala de um conhecido acessos politico que se dirige para uma pequena cidade do interior norte americano de forma a apoiar um individuo que se tornou viral com um discurso a populaçao, tentando demonstrar que determinados valores tambem podem ser suportados pelos democratas.
Em termos de argumento nao e um filme particularmente feliz na sua forma de fazer humor, pese embora existam diversas tentativas de o ser. Acaba por ser na forma ardilosa com que confunde o espetador e a força da mensagem final que acaba por conduzir a que o filme tenha muito mais significado junto da populaçao.
John Stewart e um conhecido apresentador e mesmo um criador de opinioes que ao longo da sua carreira fez algumas incursoes pelo cinema como realizador. Aqui tem um filme com o seu estilo de comunicação que me parece um simples demais para o conceito que o filme poderia ter. A escolha do espaço foi o grande trunfo do filme parecendo existir pelo menos coragem para poder ter bons filmes.
No cast Carrell e uma escolha natural num papel que vai de encontro aquilo que habitualmente nos tras em termos de carreira, numa altura em que me parece que funcionara melhor em conceitos de mais peso. Cooper acaba por ser o mais comptente num papel secundario forte e que acaba por ter em si toda a mensagem do filme.

O melhor - O twist final

O pior - Humoristicamente o filme muitas vezes nao ser tao engraçado como queria ser

Avaliação - B-

Burden

Depois de dois anos em que foi lançado com grande expetativa como um dos filmes a sublinhar no festival de Sundance, o que e certo e que os olhares nesse festival acabaram por recair sobre outros filmes o que de alguma forma afastou alguma visibilidade deste filme, que posteriormente acabou por passar de distribuidora em distribuidora ate finalmente ser lançado no inicio deste ano. Em termos criticos este drama racial não passou da mediania que condicionou em muito a expetativa que tinha em torno dele. Comercialmente dois anos depois e com poucos cinemas a lançarem o filme o resultado foi desastroso.
Sobre o filme numa altura em que a raça e os dramas associados à segregação racial tem uma atençao especial esta historia real de redenção não fosse tao interior ou mais que isso tão simples nos procedimentos colocando claramente o aspeto emocional do filme a frente do racional poderia ter outro impacto, mas normalmente este tipo de abordagens falha em alguns aspetos de produçao e acabam por complicar toda a implicaçao clara que o filme quer ter.
A historia e interessante principalmente porque nos da um pouco da forma de vida de algumas zonas americanas e dos conflitos latentes ainda existentes a poucos anos mas mais que isso dá-nos uma prespetiva diferente das formas de vida de uma america profunda recente e mais que tudo acaba por ser uma lição de vida que nao sendo particularmente uma obra prima e um filme independente com objetivos bem centrados e que os atinge com alguma naturalidade.
Podemos dizer que este tipo de filmes acaba por ser mais do mesmo em quase todas as suas formulações e neste caso isso acontece. Fica a ideia que tambem em termos produtivos o filme podia e deveria ser mais requintado principalmente em algumas interpretaçoes mas nunca podemos dizer que a historia contada ainda para mais real não e imponente e nao vai ao epicentro do ser humano.
A historia fala de um grupo organizado apostado em formar um museu do KKK em plena guerrilha com um sacerdote de cor mas tudo muda quando um dos elementos deste grupo de apaixona por uma mulher com uma prespetiva bem diferente da sua.
O argumento do filme tem uma base historia e narrativa forte, mas por vezes cai em demsiados cliches do genero. Nao e propriamente um poço de originalidade em algumas das suas caracteristicas como personagens e dialogos mas fica a ideia que a imponencia emocional da historia consegue muitas vezes levantar o filme.
Na realizaçao deste projeto Andrew Heckler e um actor de terceira linha que marcou aqui a estreia enquanto realizador. O filme perde por ser algo simplista na sua abordagem, existindo espaço para mais criatividade e maior rebeldia fica a ideia que a forma como o filme e realizado torna-o vulgar e a historia pedia mais.
No cast algumas falhas eu continuo a achar que neste momento Hedlund e demasiado repetitivo em tiques de redneck e que tem muita dificuldade em sair de um registo monocordico num filme que exigia outra imponencia do seu protagonista. Melhor Riseborough uma actriz intensa que ja merecia outro destaque, sendo que WIthaker e Wilkinson dao a experiencia e tem os melhores momentos do filme.

O melhor - A força na historia de base

O pior - Hedlund e repetitivo num filme que exigia outra força na sua intepretaçao

Avaliação - C+

Sunday, July 05, 2020

The King of Staten Island

Desde há diversas decadas que o programa de televisão Saturday Night Live é um viveiro para jovens talentos, principalmente ligados à comedia, que ao longo dos anos acabam por fazer posteriormente carreira de sucesso no cinema. Um dos novos valores deste programa de comedia e Pete Davidson que tem neste filme de Judd Apptow quase a sua introduçao como protagonista de uma longa metragem. Este filme que seria uma aposta de verão acabou por fruto da pandemia ser lançado no digital onde lhe tirou quem sabe alguma da visibilidade comercial que de outra forma poderia vir a ter, mesmo que criticamente o filme tenha recolhido aplausos o que nem sempre é facil principalmente em termos de comedia.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de uma comedia quase auto biográfica que acaba por ser também uma dissertação sobre o crescimento e entrada na idade adulta. O filme na sua fase inicial parece algo semelhante a outros filmes sobre personagens completamente desligadas e sem sempre essa abordagem acaba por ser engraçada. Contudo com o evoluir o filme acaba por ganhar essa mesma dimensão não só comica, conseguindo a diversos momentos ser engraçado, mas também ideologica e com uma mensagem bem sublinhada.
Claro que na sua base temos um filme muito semelhante a outros de algum sucesso de Apptow, na sua construçao e crescimento da personagem, claro que na sua formação acaba por ser um filme algo simples, e previsivel, mas arriscar mais de duas horas de duração numa comedia e a sensação final ser positiva e sinal que o filme resulta principalmente nos seus objetivos mais concretos.
Ou seja não sendo uma obra prima e dificilmente sendo uma obra para a eternidade parece-me que se trata de um bom filme, bem trabalhado, bem escrito e bem interpretado que se propõem a objetivos muito concretos que acaba por os atingir com alguma naturalidade. E um filme com bons momentos comicos mas penso que vale mais pelo seu registo final do que por qualquer uma das cenas que nos faz soltar essas mesmas gargalhadas.
A historia fala de um jovem orfão de pai que acaba por não crescer fazendo vida junto de uns amigos delinquentes completamente alheado da vida adulta, até que circunstancias contextuais conduzem a uma necessidade de ganhar responsbilidade.
Em termos de argumento não sendo o filme um poço de originalidade, e um filme com uma mensagem muito bem definida e que funciona. Em termos comicos alguns momentos fazem o filme também funcionar com sublinhado neste registo.
Na realização Apptow e um dos grandes realizadores de comedia dos nossos dias principalmente pela forma como as suas historias acabam por ganhar alguma dimensão e algum retrato social mesmo nos seus exageros. Aqui nao tendo uma realização de ponta arriscar em duas horas de comedia so esta ao alcance de alguns.
Este e o filme de Davidson a tentar ganhar o seu espaço principalmente na comedia de grande estudio. As suas caracteristicas fisicas limitam-no em alguns pontos e parece dificil que sobreviva longe da comedia, mas neste registo parece que vai funcionar e ganhar algum folego na carreira. Um sublinhado especial para uma Marisa Tomei em grande forma que merece atençao na temporada de premios que ai vira e mesmo uma Powley sempre com a intensidade que lhe deu algum estatuto no cinema independente norte americano.

O melhor - A mensagem

O pior - AO inicio parece que se vai tornar num outro desligado filme sobre jovens adultos

Avaliação - B-