Saturday, July 31, 2021

Black WIdow

 Um ano depois da sua previsivel estreia que foi totalmente aniquilada pelo Covid eis que a Marvel e a Disney redesenharam a sua estrategia de lançamento dos seus produtos maiores dividindo-os pelas salas de cinema e pela apliaçao Disney plus em conteudo premium. A grande estreia deste formato seria este filme que marcaria o ano Marvel depois de um ano de atraso devido a pandemia. Comercialmente este filme a solo da Viuva negra conseguiu resultados razoaveis ainda que muito longe do que os outros filmes da marvel conseguem, mas aqui temos de pesar e muito o mundo onde vivemos. Criticamente o filme teve boas criticas sem ser brilhantes o que e significativo para o filme.

Sobre a historia desde logo e para aqueles que acompanham desde sempre as aventuras continuas da Marvel este regresso ao passado para dar um filme isolado a viuva negra e uma decisao completamente discutivel independentemente do valor isolado que o filme possa ter, fazendo mais sentido que o filme fosse lançado no seu timming correto na cronologia marvel.

Fora esse promaior de nos sabermos como tudo ira acabar sem grandes surpresas, fica a ideia que o filme tem os elementos necessarios para um blockbuster concretamente muita ação, novas e carismaticas de forma a abrir outras portas, e acima de tudo um humor que em muitos momentos tem algum impacto e funciona. Por tudo isso nao sendo um filme signiticativo do mundo marvel e um filme quase sempre competente nos objetivos curtos, principalmente na introduçao de algumas personagens que possam ter interesse no futuro de outros filmes.

Por tudo isto e embora a maior parte das pessoas pensem que se trata da homenagem postoma a figura de viuva negra o filme trabalha na continuidade do seu legado, num filme que e competente em termos do estilo de blockbusters, que nos da um prazer imediato embora nunca seja propriamente um filme diferenciado.

A historia volta a atras naquilo que aconteceu com a viuva negra apos a guerra civil, tentando explicar um pouco das suas origens e das suas ligações na luta contra o grupo que esta na sua origem.

Em termos de argumento o filme e habil na especificidade. Em termos narrativos e um filme pouco importante para aquilo que ja vimos ou que no epicentro vamos ver, mas serve para lançar mais possibilidades, embora se perceba que nao e um filme para figurar na lista dos melhores da marvel.

Para a realizaçao deste projeto a escolha recaiu em Shortland uma realizadora que pese embora ja tenha alguma idade ficou sempre afastada de grandes projetos. O filme nao tem propriamente uma assinatura de autora, adotando uma estrategia de filme simples de grande estudio que provavelmente ira resultar em pouco sublinhado a sua realizadora.

No cast Johansson revestiu-se de uma escolha feliz como viuva negra, mas penso que as escolhas de P



ugh, Harbour e Weicsz para os seus aliados funcionam porque encaixam bem no estilo de personagens e fica a ideia que serão ainda uteis em projetos que se vao seguir.


O melhor - A capacidade de ser um filme de entertenimento que resulta.

O pior - Nao ser um filme significativo no mundo marvel


Avaliação - C+

Peter Rabbit 2: The Runaway

 Três anos depois de numa animação inglesa surge a sua sequela sobre o famoso pedrito coelho uma animação 3d baseada na tradicional animação inglesa que acaba por ser proximo das crianças por todo o mundo. Esta sequela surge numa altura em que o cinema começa a reabrir um pouco por todo o mundo e onde o risco dos novos projetos ainda e pequeno. Este filme que acabou por ser lançado em cinema não teve propriamente boas criticas sendo mesmo pior do que as do primeiro filme. Em termos comerciais a estrategia do cinema tornou o filme mais eficaz um pouco por todo o mundo do que propriamente no mercado americano.

SObre o filme podemos dizer que o primeiro filme tem um genero de conjugação de animação com figuras reais que nem sempre tem tido sucesso nos ultimos anos porque torna os filmes quase sempre excessivamente infantis. Se isso ja tinha acontecido no primeiro filme da saga isso e ainda mais notorio neste segundo filme que da quase todo o protagonismo as sequencias de animação e humor fisico demasiado infantil e que na maior parte das vezes pouco ou nada funciona.

O filme tras tambem uma especie de intriga na forma como as figuras humanas se emaranham numa tentativa de edição e sucesso de um livro mas fica sempre a ideia que isso e quase so para encher o que o filme quer que e dar protagonismo e acima de tudo sequencias interminaveis as suas personagens animadas, mas fica a ideia que o filme em si nunca consegue potenciar qualquer ideia nova.

Por tudo isto uma sequela sem vida propria, que basicamente nos tras um episodio igual a muitos das figuras de animaçao, com meios de segunda linha e principalmente uma dupla de figuras humanas algo expostas ao ridiculo de uma primazia por humor fisico que nos dias de hoje está claramente em desuso.

A historia segue a ligaçao do primeiro filme entre os animais e os seus donos agora que eles embarcam numa viagem de sucesso que vai ser um teste a sua ligação enquanto familia e onde as uniões menos previsiveis vao ter lugar.

EM termos de argumento muito pouco de novo para alem da imensidao de sequencias de asneiras e peripecias de humor fisico das suas personagens. O filme parece quase sempre algo parado em termos de novidade ou mesmo de dar aos personagena alguma dimensao.

Na realizaçao deste projeto Will Gluck nos primeiros filmes deixou a expetativa de se tornar numa referencia de humor que falhou quando teve mais meios e mais expetativa principalmente com o musical Annie. POr isso perdeu dimensao acabando por nos ultimos anos se dedicar a este genero dificil mas que pouco conceito tras aos seus atores.

No cast para alem dos coelhos e das suas vozes que funcionam na simbiose, a aposta em Gleeson e Bryne encaixa no estilo familiar e tradicional ingles que o filme quer dar, embora nos pareça que o priemeiro esta claramente desconfortavel no estilo de humor fisico infantil.

O melhor - A tradiçao de uma animaçao de referencia.

O pior - O excesso de um humor fisico desatualizado


Avaliação - D+



Thursday, July 29, 2021

The Last Letter from Your Lover

 Numa altura em que a Netflix parece algo adormecida numa sempre movimentada temporada de verão, eis que surgiu este filme sobre amor no passado e no presente com apostas de estrelas nas personagens centrais femininas mas que estreou sem grande mediatismo na aplicação.Criticamente a mediania das avaliações não foi propriamente entusiasmante sendo que comercialmente a forma como tudo aparente, não nos parece que seja dos produtos mais visiveis da produtora.

Sobre o filme temos o tipico filme romantico sobre amores proibidos no passado e uma historia para descobrir e a forma como tudo isso acaba por influenciar o presente. A historia e a abordagem e repetida em filmes que já fomos vendo nos ultimos anos com maior ou menor sucesso. Este aqui cai no problema de dar sempre uma sensação de previsibilidade que torna o filme claramente igual a muitos outros.

Fica a ideia principalmente que tambem ocorre um desiquilibrio notorio em termos de historias com claro predominio da historia do passado, quer pela intensidade mas principalmente pelo impacto emocional que a historia vai transmitindo. Fica a ideia que a historia central deveria ser mais intensa, mais trabalhada, com mais impacto principalmente na forma como a personagem masculina se esconde do filme.

Ou seja um filme de aproximação facil para adeptos do romantismo puro, mas que nao e propriamente dotado para todos os outros, fica a ideia que principalmente tendo em conta a qualidade das protagonistas enquanto atrizes deveria ser claramente mais trabalhado o argumento para resultar num filme a todos os niveis mais diferenciado.

A historia fala de uma jovem jornalista que começa a investigar uma troca de cartas de um amor proibido, tentando perceber como a historia se desenvolver e terminou ao mesmo tempo que começa a aproximar-se de um pacato funcionario de um arquivo

Em termos de argumento o filme e algo basico nos principios, nas personagens e mesmo nos detalhes do argumento, fica a ideia que existia muito espaço para as personagens darem mais de si. Resulta no prazer imediato e na forma como a emoçao e fornecida a cada um dos espetadores, mas sabe a pouco e a repetido.

Na realizaçao Frizzell e uma realizadora que teve maior sucesso na televisao e em alguns episodios de Euphoria que tem aqui o seu destaque no grande ecra. A realizaçao e simplista sem grandes truques ou risco o que faz o filme saber a algo pequeno. Nao e com trabalho destes que se chama a a tenção.

No cast fica a ideia que Jones e Woodley são duas jovens actrizes que ja figuram num primeiro plano de Hollywood e cujos filmes alimentam expetativas. Fica a ideia que ambas as construções sao demasiado simplistas para os momentos de carreira de ambas, o que acaba por surpreender. Nos secundarios e no lado masculino acaba por ser Callum Turner o que tem maior destaque mas mesmo assim longe de qualquer sublinhado.


O melhor - O paralelismo de historias tem sempre o seu impacto emocional


O pior - A previsibilidade


Avaliação - C



 

Saturday, July 24, 2021

Jolt

 Num nada tradicional ano de 2021, no que a blockbusters de verão diz respeito, eis que as plataformas de streaming começam a apostar nos seus proprios conteudos, tentanto inicial franchisings com base em algum produtos de açao e comecia. Uma dessas apostas acabou por ser este Jolt, que nos dá a sempre sensual Beckinsale como mulher fatal e uma misto de intriga e tentativa de humor. Criticamente as coisas não correram particularmente bem, com avaliações mediocres, sendo que comercialmente penso que já são bastantes titulos a serem lançados pela Amazon num curto espaço de tempo para ficar tudo rentavel.

Sobre o filme podemos dizer que temos um projeto simples, de ação quase serie b numa produçao pequena, que tenta jugar com um humor sexualizado e a sensualidade da sua protagonista como as verdadeiras armas já que de resto o filme e um conjunto de opções mediocres que o levam claramente para divisões inferiores de ação. Ou seja o estilo John Wick esta em moda, e este e mais um fraco derivado do ação simplista e pouco mais.

Em termos produtivos parece onde o filme mais sofre, e provavelmente onde menos deveria o fazer, fica a ideia sempre de um filme que se perde em imagens curtas em efeitos especiais quase amadores, e que não fosse um ritmo acelerado que tem seria dificil de ver. No final surge um claro fraco filme de ação que aposta em ser o inicio de algo que fruto da pouca qualidade dificilmente será.

O filme tenta com os seus twist, embora previsiveis, ir refrescando a relação com o espetador mas na verdade as coisas quase nunca funcionam também neste particular. Tenta também ter um humor arrojado mas mesmo aqui fica sempre a ideia que mais vezes as tentativas falham do que propriamente acertam.

O filme fala de uma jovem que não consegue contraria a agressividade quando algo de errado acontece que acaba por ser controlada por um mecanismo mecanico auto imposto que vai se descontrolar por completo quando o seu novo amor e assassinado.

Em termos de argumento o filme e extremamente limitado, e isso passa por personagens nada trabalhadas, um humor pouco eficaz e um intriga que ainda tenta introduzir elementos surpresas mas que quase sempre sao bastante previsiveis.

Na realizaçao Tanya Wexler e uma desconhecida que pega no genero de açáo e não convence, ficando a duvida se nao o faz devido a escassez de meios ou a sua propria incapacidade. Pese embora seja um filme com alguma visibilidade não me parece que seja o tipico projeto que conseguira qualquer tipo de impacto na sua carreira.

No cast Beckinsale funciona como mulher sedutora e mesmo como heroina de açao, embora as suas limitaçoes dramaticas sejam mais que muitas e mesmo em filmes simples como este, elas sejam evidentes. Do outro lado da barricada personagens quase unidimensionais acabam por dar apenas o protagonismo com virtudes e defeitos a Beckinsale.


O melhor - A sensualidade de Beckinsale

O pior - Os efeitos especiais


Avaliação - C-



Zola

 Um ano depois e já com mais um festival de Sundance ultrapassado eis que este particular filme que chamou alguma atenção no Festival de Sundance do ano passado viu a luz do dia. Depois uma boa receção critica neste festival, o filme conseguiu alguma distribuição neste regresso ainda faseado aos cinemas. Comercialmente foi obviamente um filme de alcance curto que funcionou bem melhor pela capacidade que teve em termos de distribuição do que propriamente em termos de resultado efetivo.

Zola e um filme de vida, sobre ambiçao, e desejo de sucesso e dinheiro, e de plano e contraplano. Eum filme realizado com o objetivo de dar uma assinatura independente e um espirito proprio que o filme consegue ter embora a narrativa e principalmente os enlaces da mesma sejam por vezes exagerados na tentativa de lhe dar um exprimentalismo que tira alguma expressão a historia em si.

Claro que temos um filme cru, um filme sobre os submundos que nos são entregues aos poucos. Na maior parte do tempo vimos um filme que deambula a um ritmo rapido, que esconde peças para se fazer funcionar e quando assim é fica a ideia clara que se trata de um filme que podia ir mais longe. E inequiveco que é um filme com impacto, um filme que quer ter na sensualidade uma arma, mas fica a ideia que a historia não é tao impactante, principalmente porque o lado real de como foi contado, pelo Twitter perde algum impacto,

Ou seja um filme que mais do que o que transmite em si, vale pelo seu proprio contexto. Um daqueles filmes pequenos, independentes que tem uma historia subjacente que o torna mais relevante algo que de outra forma por aquilo que realmente o filme é poderia ser escasso para este nivel de mediatismo.

A historia fala de uma aventura contada em twitter de uma empregada de mesa que embarca numa viagem por clubes de strip com uma bailarina, o namorado desta e um chulo, numa aventura cheia de peripécias onde dolares foram ganhos e alguns riscos corrido.

A historia de base do filme não é propriamente diferente da maioria que encontramos nas road trips e nos filmes de aventuras. As personagens são basicas e com procedimentos muito proprios, as ocorrências acabam por também elas não serem particularmente mediaticas, mas o contexto real da-lhe um sabor especial.

Na realização Bravo é uma realizadora assumidamente independente que vai ganhando algum conceito neste particular circuito que define muito a forma da mesma filmar. Fica a ideia de que o filme e pensado para ter um impacto particular, mas ainda falta alguma arte para tornar a sua forma de filmar mais abrangente.

No cast as despesas sao pagas por um duo de jovens actrizes que fornecem aquilo que as personagens merecem. Maior destaque para uma jovem Keough que vai ganhando cada vez uma dimensão maior que se calhar já merecia mais protagonismo.


O melhor - O contexto da historia

O pior -No filme isso ficar algo despido


Avaliação - C

Thursday, July 22, 2021

Space Jam: A New Era

 Vinte e cinco anos depois de Micheal Jordan e os Looney Toons nos trazerem uma aventura que misturava o mundo da nba com o Looney Toons, num estranho filme mas que ficou na retina de quase toda a gente, eis que surge uma nova sequela com a inovação da evolução tecnologica, com os bonecos de sempre e com uma nova estrela do basquetebol americano, neste caso lebron James. Se as ambições do filme eram legitimas criticamente o filme foi um descalabro com avaliações muito negativas, onde nem o lado vintage do primeiro filme safou o resultado critico deste. Comercialmente com a estrategia de estreia partilhada entre cinema e hbo max os resultados foram modestos, muito por culpa da ma publicidade de uma critica negativa.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo segue em quase tudo os parametros do primeiro filme com a diferença que nos leva para o mundo dos videojogos o que tira a essencia completa do basquetebol ao jogo, e ai temos mais um espetaculo de truques de jogos de computador do que o basquetebol, o que o filme acaba por querer devido ao conflito central pai e filho. Mas esta escolha é confusa, retira algum romantismo do primeiro filme, e principalmente nao da qualquer tipo de espaço aos Looney Toons.

Outro dos problemas bem claros do filme e a confusão de tentar tornar tudo tecnologicamente de ponta, isso tira o carisma dos bonecos, não permite algumas das curiosidades da animação simplista do primeiro filme, e depois basicamente percebemos e uma serie interminavel de tudo o que é personagens da Warner a marcar presença, na clara concentração da produtora, que pisca o olho do primeiro ao ultimo minuto aos seus maiores sucessos dos ultimos tempos.

Por tudo isto este Space Jam parece ter tudo para falhar, quer na narrativa, quer na descaracterização dos Looney Toons passando por um Lebron que nao tem minima competencia para ser actor, este e um mega projeto com todos os ingredientes para falhar o que acaba por acontecer em toda a linha. Se o primeiro filme nao era brilhante mas ainda tinha uns laivos de espontaneidade, este e uma mega estrutura pouco competente e mal articulada.

A historia segue desta vez a mega estrela Lebron James, em conflito de planeamento do futuro com o seu filho, que se vê embarcado com este no submundo da Warner, onde tem de lutar contra o poder de um algoritmo que quer nada mais nada menos que sequestrar a estrela para o tornar a presença comum nos seus projetos.

Em termos de argumento a junção de basquetebol, cinema e evolução informática num filme que se quer simples, torna tudo uma salgalhada que o filme nunca consegue resolver. Mais que isso todos os exagerados entalhes narrativos faz perder algum norte mesmo no humor que um filme como este exige. Salva-se alguns apontamentos curiosos a outros filmes da Warner.

A aposta para a realizaçao deste mega projeto foi entregue a Malcom D. Lee um realizador afro americano habituado a filmes comedia para um publico alvo especifico, que tem aqui um projeto bem maior que ele. Tecnologicamente o filme tem recursos mas nunca consegue dotá-lo de uma assinatura propria.

Um dos grandes problemas do filme reside acima de tudo em Lebron, se Jordan tinha poucas competencias como actor, acho que James torna essas limitações ainda mais claras, principalmente quando por vezes tem que contracenar com um Cheedle experiente, embora incompreensivel como aceitou uma personagem tal absurda


O melhor - Os apontamentos a outros projetos da Warner

O pior - A descaracterização total dos Looney Toons


Avaliação - D+



Tuesday, July 20, 2021

No Sudden Move

 Steven Soderberg e sem duvida nos ultimos anos um dos realizadores mais hiperativos lançando diversos projetos nas diferentes aplicações de streaming, sendo que ultimamente esta aposta esta mais centrada na hbomax. Este filme de gangsters sobre a industria dos combustiveis com um elenco recheado acabou por conquistar na critica onde o realizador nos ultimos tempo tem estado em melhor plano. No que diz respeito ao valor comercial, num verão onde muitos dos filmes de grande estudio foram lançados em aplicações fica a ideia que este não será propriamente o filme com maior valor comercial a ser lançado.

Sobre o filme, podemos dizer que mais que uma figura de filmes de eleição Soderbergh e um realizador que gosta de experimentar diferentes formas de nos dar imagens, o que acaba por ser bem vincado mais uma vez neste filme, nas escolhas que faz de acompanhar os personagens. Em termos narrativos temos uma intriga densa, complicada, que para pena dos espetadores o filme nunca consegue simplificar tornando quase sempre tudo demasiado emaranhado para incutir a intensidade que estas intrigas necessitam de ter.

Os jogos de avanço e recuo são mais que muitos ao longo de toda a duração do filme, a ideia que acima de tudo ficamos é que o filme tem subjacente a si, um valor narrativo e mesmo historico da base da trama muito maior do que o filme consegue comunicar, porque o excesso de personagens, o pouco tempo das mesmas no ecrã acaba por ser demasiado confuso para um filme tão recheado de twists para que no final o impacto seja o desejado.

Fica a ambiçao de um realizador que nos parece não estar para projetos faceis, que dia apos dia, arrisca mais chamando aos seus filmes menos obvios elencos de primeira divisão, mas cujo resultado final ainda não atingiu o nivel de importancia que registe de uma vez por todas Soderbergh de volta as obras de referencia que ja teve no passado.

A historia fala de dois criminosos que tentam efetuar um plano de extorsão de dinheiro envolvendo altas patentes do poder politico e da mafia do local onde estão, mas que se percebe que rapidamente os planos são bem diferentes e o que hoje e acordado amanhã pode sair fora.

Em termos de argumento e obvio que um filme com tantos entalhes narrativos não é facil de funcionar ou de ter o impacto desejado. Parece que o filme deveria encontrar alguns metodos de simplificar que nao consegue e isso faz com que mesmo as personagens não tenham espaço de crescer, já que rapidamente tudo muda.

Como realizador temos o exprimentalismo de um Soderbegh que nao so inova na sua arte de captar imagens como também acaba por nos dar diferentes estilos de filme a cada obra. E claramente uma figura unica, mesmo que o seu numero elevado de filmes nem sempre resultem num numero semelhante de obras de referencia.

No cast o excelente naipe de actores e muito condicionado pelo pouco desenvolvimento dos personagens. Fica na retina um Del Toro e um Cheadle sempre competentes, que tem o filme entregue a ambos, os quais posteriormente passeiam por um leque de secundarios conhecidos mas longe de grandes prestações-


O melhor - O risco de tantos avanços e recuos.

O pior - A confusão que o filme se torna


Avaliação - C+



 

Monday, July 19, 2021

The Forever Purge

 Desde o lançamento do primeiro filme que a saga Purge se tornou numa das mais ativas no terror, conseguindo mesmo ultrapassar a cadência que por exemplo Saw conseguiu ter. Quando pensamos que ja tinhamos visto tudo surge um novo registo desta vez onde a purga ultrapassa as doze horas e torna-se a realidade do pais. Em termos criticos este adaptaçao manteve a mediania da maioria da saga. Comercialmente o pouco risco e acima de tudo a saudade dos espetadores pelo cinema fez com que os resutlados fossem positivos neste regresso aos cinemas.

Sobre o filme eu confesso que a ideia do primeiro filme e interessante, não so na sua dimensão social mas acima de tudo pelo impacto psicologico que a ideia consegue ter. Contudo com o lançamento de filmes tudo se tornou num continuo lançamento de filmes que repetiam a ideia com pouco orçamento que tornou tudo demasiado obvio. Aqui temos uma pequena alteração que contudo é feita de uma forma demsiado simplista para fugir a mediocridade dos filmes mais recentes.

Basicamente o filme e extremamente redutor pese embora ambicione ser mais, ao mudar os fundamentos basicos  dos outros filmes, mas torna-se apenas num road trip das personagens centrais a procura da salvação e sempre no limite da sobrevivencia. O filme nao procura mais que isso, e mesmo em termos de mortes e abordagem da realizaçao vai sempre menos minimo exigido.

Por tudo isto e apesar do argumento alterar o filme e mais do mesmo em termos dos ultimos volumes da saga aqueles que ja tem poucos objetivos de renovar ou trazer elementos novos, mas sim tentam capitalizar em dolares o que a mensagem e ideia do primeiro filme ja fez.

A historia segue um casal de mexicanos a procura do sonho americano e uma familia rica do texas que tem de se juntar na aventura de viagem ate ao Mexico depois dos EUA entrar em guerra depois de um grupo continuar a purga para sempre.

Em termos de argumento a ideia de base altera bastante o filme mas o filme cinge-se a essa alteraçao não procurando mais elementos novos. De esto o lado redutor de tudo  o que vimos nos filmes mais recentes, poucos dialogos, pouca inovação narrativa e personagens quase inexistentes.

Na realizaçao a batuta foi entregue a Everardo Gout um realizador essencialmente de televisao a quem foi dada esta oprtunidade num estilo que normalmente tem pouco impacto. Ele consegue criar o contexto de terror psicologico muito por culpa da ideia, mas depois mais do mesmo, num filme que nao e o que faz crescer realizadores.

Também no cast com o passar dos episodios cada vez menos sao os nomes sonantes que o filme consegue chamar a si. Temos aqui alguns actores conhecidos mexicanos a encabeçar o filme e alguns secundarios em baixo de forma vindos de Hollywood que cumprem os propositos porque o filme nada exige.


O melhor - A introdução de uma ideia nova.

O pior - O filme em tudo o resto ir diminuindo a sua valorização


Avaliação - D+



The Hitman's Wife Bodyguard

 Quatro anos depois de Samuel L Jackson e Ryan Reynolds terem embarcado nesta saga de ação e humor pela europa fora eis que com os mesmos ingredientes surge a natural sequela, desta vez com mais primazia a personagem de Hayek ja bastante relevante no primeiro filme e com duas aquisições comerciais de peso para o lado negro. Ao contrario do primeiro filme, a resposta critica deste filme foi um autentico descalabro com avaliações muito negativas o que acabou por condicionar e muito o seu resultado comercial, que em face tambem da pandemia ficou muito aquem do primeiro filme.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de um filme sem narrativa apostado acima de tudo na ligação comica entre as tres personagens indo buscar os conceitos tipicos que os seus interpretes normalmente dao ao filme. POdemos achar algumas piadas interessantes mas fica a ideia que com tanto investimento a intriga central deveria ser mais trabalhada de forma a funcionar em ambos os planos.

No final resulta uma serie de dialogos comicos, embora pouco originais, um passeio e muitas mortes ao longo de diversos locais da europa, um intriga que basicamente serve para introduzir o boneco completamente disparatado de Banderas e um filme claramente redutor tendo em conta a materia prima empregue. Claro que muitos vao dizer que o filme so foi feito para passar a hora e meia de sua duração e algumas gargalhadas mas confesso que isso nos nossos dias me parece pouco.

Ou seja se calhar a tentativa de rentabilizar ao maximo um projeto de sucesso mas que provavelmente esgotou. Numa altura em que a pandemia fez os maiores projetos nao sairem do papel, e de todo importante que nao se caia no erro do dinheiro facil que acaba por ser o que este filme se traduz.

A historia segue o mesmo agente de segurança depois do primeiro filme, agora ao lado da mulher e do bandido que tinha de proteger, de forma a tentarem impedir um ataque contra a europa que condicione toda a sobrevivencia do velho continuente as mãos de um terroristas grego.

Em termos de argumento o filme apenas consegue algum sucesso no seu humor, aqui o filme perde muito tempo, secando inclusivamente o seu valor narrativo e por vezes tem sucesso, não me parece é que isso possa ser a desculpa para o descuido que o filme tem em todas as outras vertentes e que fazem tudo ser bastante limitado.

Na realizaçao Patrick Hughes volta a ser o homem do leme. O filme e realizado com todos os mecanismos de um filme de açao de grande estudio, sem grande assinatura, tipica de um terefeiro como Hughes ainda acaba por ser. Para crescer tera que arriscar mais.

No cast o filme tem a particularidade de as personagens irem ao de encontro aquilo que todos ja conhecemos dos seus protagonistas, e assim sendo pouco ou nada poderia falhar. Fica a ideia que no caso de Banderas tudo e demasiado ridiculo para funcionar, mas o mercado dita leis como este, concretamente a do menor esforço.

O melhor - Algum humor.

O pior - Em termos de narrativa o filme quase não existe


Avaliação - C-



Sunday, July 18, 2021

The Tommorow War

 Numa altura em que a guerra de streamings parece estar numa fase de impacto maximo, eis que a Amazon Prime, lançou o seu trunfo de verão num filme de ação, com humor, e algumas mega estrelas apostada em grande valor comercial da aplicação. Pese embora toda esta aposta de grande estudio com muitos milhões envolvidos criticamente as coisas tiveram muito longe do sucesso com avaliações muito medianas. Comercialmente o facto de ser apenas uma ancora do Amazon vai dificultar perceber ao certo qual o seu real valor.

Sobre o filme eu confesso que quando vi os primeiros minutos do filme pensei que ele ate poderia funcionar naquele misto de comedia tipica de Pratt com acção serie B. Mas rapidamente se percebe que tudo vai seguir apenas o segundo caminho e vamos ter duas horas e meia de luta e mais lutas, realizadas com pouca inovação, num filme que se torna monotono e com uma linhagem de argumento tao reboscada que nao facilita o contacto que vai sendo construido com o espetador.

Outro dos problemas bem vincados do filme e as exigencias que fazem a Pratt, fica a ideia que o filme quer tirar o melhor do que ja conhecemos do actor mas quer mais, e o filme mesmo no seu estilo fica num terreno desconhecido que acaba por pender para uma cção de grande estudio pouco trabalhada, que faz deste filme um sinonimo de blockbuster pachorrente e de qualidade duvidosa.

Claro que grandes apostas produtivas de apliações mais pequenas vao se exigindo mas fica a ideia que ainda fica a faltar o filme comercial de grande impacto mesmo na netflix, fica a ideia que aqueles filmes com muito dinheiro investido mas que se percebe que a qualidade e reduzida e que acabam por ter expaço nestas plataformas.

A historia fala de um equipa que vai ter embarcar numa viagem temporal para de alguma forma tentar salvar a humanidade no futuro de uns terriveis monstros. O protagonista vai perceber que tera de se unir a sua filha no futuro para ter essa vitoria.

No argumento a historia de base e confusa, pouco articulada que mesmo na sua projeção esta longe de ser brilhante. Salva-se os curtos apontamentos de humor que deveriam ser mais utilizados para aligeirar as mais de duas horas de filme, contudo a opção vai para um estilo de filme mais serio e menos eficaz.

Na realização Chris McCay e um realizador que teve o seu maior sucesso como editor e realizador de filmes legos, que teve nas maos um mega projeto onde se percebe nao ter ainda tamanho para ele. Fica a ideia de um filme com muitos meios utilizados de forma duvidosa, e que pouco ou nada consegue diferenciar no seu estilo.

Pratt e um dos problemas do filme, se as suas capacidades com actor comico sao brilhantes e alimentam qualquer filme, as restantes sao inexistentes e quando um filme pede carisma de ação e alguma componente dramatica o filme e desastroso, e talvez limite aquilo que ele pode ser enquanto ator. NOs secundarios so de sublinhar a sempre interessante presença de simmons.


O melhor - As ameaças de comedia


O pior - Desistir delas para um fraco filme de açao

Avaliação - C-



A Quiet Place 2

 Três anos depois de Krasinski ter no primeiro filme da saga elevado o nivel dos filmes de monstros para um apontamento apocalitico original, que inclusivamente levou a sua esposa Emily Blunt a ganhar alguns premios de atuação surge a sua sequela, que conseguiu novamente entusiasmar a critica com o seu estilo de terror. Comercialmente tornou-se no filme que marcou o regresso em grande escala do publico ao cinema e isso fez com que se devolvesse alguma mistica ao cinema natural.

SObre o filme eu confesso que pese embora reconheça muitas virtudes e alguma originalidade ao projeto no resultado final nao fui tao entusiasta quanto a maioria da critica. Neste filme a avaliaçao acaba por ser semelhante. Um excelente inicio, bem realizado e acima de tudo que explica muito do que encontramos a meio no primeiro filme, depois na continuação temos mais do mesmo, o terror claustrofibico onde o silencio e o melhor aliado, situações limite e pouco mais.

Claro que podemos dizer que em termos narrativos o filme nao tinha propriamente espaço para evoluir ja que e um filme com principios simples, mas em termos tecnicos o filme funciona bem, as imagens sao sempre filmadas de forma a dar intensidade maxima as mesmas, um bom cast faz com que tudo seja essencialmente bem feito, mesmo que na historia e no resto seja um filme algo basico.

Por tudo isto penso que e uma saga que aproveita bem as virtudes do primeiro filme, dando-lhe o lado explicativo inicial ao qual conjuga a intensidade de cada sequencia. Tem a mais valia de ser curto e direito ao ponto, e de conseguir acima de tudo nao ter medo de arriscar na eliminação de personagens.

A historia segue o que resta da familia central, na sua luta pela sobrevivencia, ate que desconbre um antigo amigo de familia que os vai ajudar a sobrevivencia do elemento mais pequeno da familia e aquele que marca a eternidade da familia.

Em termos de argumento e muito do que o primeiro filme nos deu, os principios sao o mesmo, sem o peso da originalidade que no primeiro filme surpreendeu. A forma como tudo segue nao e propriamente um posso de originalidade, mas o filme parece querer dar mais intensidade a formula do que lhe dar novos elementos.

Na realizaçao Krasinki repete o lugar atras das camaras agora com mais tempo ja que o tempo em frente das camaras e menor. Um realizador que ganhou o seu espaço concreto nesta saga e que aqui demonstra bem o porque de ter sido uma das revelações principalmente na facilidade que ele consegue de dar um pulso e um instensificador a cada sequencia.

No cast Blunt tem menos palco, porque o filme da o protagonismo aos jovens Jupe e Simmonds que ja tinha sido a surpresa do primeiro filme. Ambos demonstram bem na intensidade que blindam as suas personagens a razão de serem das figuras com maior futuro esperado. Murphy e sempre uma garantia de intensidade nos seus papeis.


o melhor - A forma como cada cena e levada ao limite.

O pior - A base narrativa do filme tem limitações que condicionam o impacto.


Avaliação - B-



The Boss Baby: Family Business

 Quatro anos depois do primeiro filme de Boss Baby ter saido a luz do dia com algum sucesso em termos comerciais eis que surge a sua natural sequela principalmente tendo em conta o sucesso da serie com o mesmo nome interativa que teve lugar na Netflix. Este segundo episodio da saga foi no entanto criticamente muito mais debil do que o primeiro filme, e comercialmente num contexto ainda bem vincado de pandemia podemos dizer que nao deu grande impulso, ficando mais marcado pelo seu streaming na Peackok.

SObre o filme podemos dizer que temos o mesmo artefacto que funcionou no primeiro filme, mas com tudo mais exagerado. Uma das dificuldades das sequelas normais do filme de animaçao e que as mesmas limitam-se a repetir os pontos positivos dos primeiros filmes e tem francas dificuldades em dar algo de diferente, sendo esse mais um caso de um filme que pese embora traga as personagens principais, repete a formula do primeiro, mas com a sensação que nada de novo e realmente empregue.

Em termos tecnicos tambem nao temos mais risco, fica a ideia que o filme acaba por ser a repetiçao dos mesmos procedimentos tambem a este nivel, com muita cor, um sentido de humor baseado na premissa e pouco mais, faz com que o filme seja um repetiçao de um conceito que ja na sua base ficou muito longe de ser uma das chancelas mais interessantes na animaçao.

O ponto positivo do filme acaba por ser os valores morais assumidos, e sublinhados do primeiro ao ultimo minuto, e nisso muitas vezes mesmo quando os caminhos ate podem ser o mais absurdo do primeiro ao ultimo minuto, quando os valores que o filme quer sublinhar sao interessantes isso deve sempre ser tido em conta.

A historia segue as personagens originais ja adultas, e em agora são as filhas de Tim que tem que se unir com a ligaçao do pai e do tio no seu formato pequeno para fazer com que um temivel bebe tome conta de tudo e mais alguma coisa no mundo onde vivemos.

EM termos de argumento a base narrativa do filme e na essencia mais do mesmo, pouco de novidade, o mesmo estilo de humor, potenciar ao maximo aquilo que funcionou no primeiro filme. COntudo fica a ideia que cada vez a menor risco nas sequelas de animaçao.

Na realização Tom Mcgarth e uma das figuras de maior referencia de animaçao extra disney depois dos sucessos de Madagascar, e algum sucesso em MEgamind tem aqui um projeto que segue o primeiro filme, tambem a nivel tecnico. FIca a ideia que e feito num estilo de animaçao de consumo rapido.

No cast de vozes, Baldwin e uma excelente escolha na figura central. As outras ficam sempre algo distantes embora GOldblum e o seu carisma tambem encaixem no vilão da historia.


O melhor - OS fundamentos morais

O pior - Nao trazer nada de diferente ao primeiro filme.


Avaliação - C



Thursday, July 15, 2021

Separation

 No momento em que abriu os cinemas de uma forma mais generalizada ainda com os contornos da pandemia, existiu um genero que acabou por se lançar mais facilmente as ferias que foi os thrillers de terror, ja que normalmente o curto investimento fazem com que o risco fosse menor. Um dos filmes que abriu portas foi este pequeno filme, que acabou por falhar em toda a linha na analise critica, contudo comercialmente e perante as dificuldades as coisas nao foram assim tão desastrosas principalmente tendo em conta o contexto como foi lançado.

Separation e um filme que tenta tocar muitos pontos e dar-lhe o ingrediente de horror paranormal, mas acaba por ser um conjunto de abordagens pouco unificadas que se confundem umas as outras e acabam por nos dar um filme sem grande sentido. O filme tenta tocar ao de leve na questão da luta por custódia, dos efeitos da perda de uma mãe, e depois uma luta por uma relação obsessiva e espiritos do passado. E tudo uma mistura tão grande que era dificil fazer funcionar, principalmente quando se percebe que o filme nunca terá arte para o fazer.

Tudo se resume a uma mistura de ingredientes que nunca deviam tar juntos, com uma produçao de segunda linha e actores fora de forma, que resultam num filme lento, que mesmo nas sequencias de terror nunca consegue ter minimo impacto e todos esperamos lentamente o seu final, sem a ambiçao de que algo mude.

Por tudo isto Separation e um dos filmes desnecessarios do ano, num daqueles projetos que funcionam como Scud, mas que fica a ideia clara que rapidamente caem no esquecimento, porque tudo e francamente esquecivel e o que não é acaba por ser pelas piores razões, e o motivo porque muitas vezes o terror ainda tem muitas dificuldades em funcionar nos seus projetos menos artisticos.

A historia fala de um casal separado em luta pela custodia da filha em que a mulher acaba por ser atropelada. Nesse instante a filha começa a ter contacto com um espirito da mãe que começa a influenciar a forma como a menor e o pai se relacionam.

Em termos de argumento e um filme demasiado confuso, com elementos desinteressantes que em si todos juntos não podiam resultar bem. E um filme que nao trabalha os ritmos, os dialogos nem as personagens e tudo acaba de uma forma pouco intensa e desinteressante.

Na realizaçao William Brent Bell e um realizador associado ao cinema de terror de grande estudio, que leva alguns filmes que funcionam mais em termos de impacto que este. Fica a ideia que este filme nunca consegue encontrar o seu estilo e os seus balanços e mesmo num genero onde nem sempre tem mostrado competente este e talvez dos piores trabalhos do realizador.

No cast Friend depois de Homeland deu a ideia de que poderia ser um actor intenso de um nivel mais elevado que acabou por nunca se tornar. Fica a clara sensação que tem muitas limitações de carisma e de espontaneidade que ficam bem patentes num filme simples como este. Preocupa e que alguem com o valor de Cox perca tempo em projetos de terceira linha como este.


O melhor - Opah serviu para testar audiências


O pior - Uma mistura de maus ingredientes que tornam um mau filme


Avaliação - D

Here Today

 Billy Cristal mais que um actor que marcou a comedia nos anos 80 e 90, ficou na retina por ser o mais carismatico apresentador de oscares que o cinema viu mais recentemente. Depois de algum tempo afastado, com a dificuldade sempre comum a comediantes a entrar numa idade mais avançada, eis que este ano o mesmo aventurou-se no drama num filme por si realizado. O filme não foi propriamente muito bem recebido com criticas sofriveis, pensando mesmo que estas ate poderiam ser piores, não fosse algum carinho pelo actor. Comercialmente o filme arriscou o grande ecra em tempo de pandemia e os resultados foram mediocres.

Sobre o filme, temos aqui um filme que tenta dar o lado que marca a historia de Cristal como actor, ou seja, nao so a comedia mas tambem a stand up, mas temos o lado emocional e familiar num filme que mais do que razão tenta procurar a emoçao da conexao entre as pessoas. O filme parece nao ser propriamente eficaz no balanço entre a comedia e o drama, algo que e sempre dificil, mas que neste caso quase sempre o filme tem dificuldade em equilibrar, principalmente na personagem de Haddish.

Isso faz com que o filme acabe por se tornar previsivel no seu caminho, que nao queira ir ao fundo no lado mais dramatico da doença que acaba por ser apenas uma justificação para um final feliz. E um daqueles filmes que poderia ter outra dimensão mas para isso teria de se levar mais a serio, e talvez so o conseguiria com um argumento mais equilibrado entre os momentos e acima de tudo com outros interpretes.

Ou seja sai um filme obvio, igual a muitos, que nos tras emoçoes positivas mas previsiveis, mas que nunca consegue ser um filme de reflexão, nunca consegue ser um filme vincado. O risco acaba por ser tentar fazer de Cristal um actor dramatico mas penso que tambem aqui o filme acaba por sair ligeiramente ao lado.

A historia fala de um veterano e isolado escritor de comedia separado da familia, que acaba por iniciar uma amizade com uma extrovertida cantora de metro, que vai levar a que este faça uma reflexao de vida sobre o seu passado, sobre os contactos com a familia, e principalmente sobre as suas prespetivas de futuro.

O argumento e previsivel, apesar do balanço do tema ser um estilo que muitas vezes resulta em filmes impactantes, o filme entra quase sempre num terreno demasiado simplista, com dificuldade em balançar os ritmos. A previsibilidade de movimentos acaba por saber a pouco e tornar o filme apenas mediano.

Na realizaçao Cristal depois de vinte anos fora da realizaçao arriscou pela primeira vez num genero diferente com mais drama, depois de ja ter na decada de noventa filmado dois filmes comedia. O registo e simplista, muito ligado as personagens e suas ligações, que explicam a razão pela qual nunca foi propriamente a praia do artista.

No cast parece claro que Cristal nasceu para a comedia, e teria poucos recursos para ser um actor dramatico ou mesmo um actor que conseguia se desenrascar. Aqui vale mais pela homenagem a veterania do que outra coisa. Haddish acaba por ter a personagem tipica na sua carreira, com pouca inovaçao comparando com aquilo que nos tras


O melhor - O sentimento traduzido no filme.


O pior - A forma como o filme acaba por ir por um caminho já demasiado visto


Avaliação - C

America: The Motion Picture

 Os mais desatentos este ano podem ter deixado passar despercebido um dos filmes mais irreverentes do ano, e logo uma das apostas de verão da Netflix. Falo desta reconstituição particular do inicio da historia do Estados Unidos da América, com o humor tipico dos seus produtores associados à serie Archer.  O estilo irreverente tornou-o obviamente num filme mal amado pela critica, que o tornou num alvo de facil ataque. Por sua vez esta ma propaganda critica podera explicar em muito o parco resultado comercial que mesmo na netflix o filme tem tido.

Sobre o filme, é obvio que devemos estar preparados para o que vamos ver, é um filme irreverente, de humor discutivel que tem uma missão de chocar e ironizar com as figuras de referencia da historia, mas no final e na minha opinião não deixa de ser curioso e engraçado, mesmo que embarque por um humor muito arriscado gozando com todos os simbolos de uma patria e mais algum.

Claro que nao e um filme para todos. O estilo humoristico e recheado de risco, quer porque esquece por completo toda a consistencia interna de qualquer narrativa, quer porque o objetivo unico e juntar os pontos conhecidos da historia dos EUA com um humor rebelde, sexualizado com muitos dos pontos de debate da sociedade satirizados. Fica a ideia que exagera em todos os pontos, mas também nos parece que é esse estilo que o torna um filme diferenciado.

Por tudo isto e pensando que o objetivo dos produtores do filme era claramente o de dar uma roupagem critica e acima de tudo rebelde a uma historia de orgulho para os EUA; seria facil perceber que principalmente naquele pais nao teria vida facil. mas principalmente para quem gosta do humor de Archer, temos uma base muito parecida, mas claro muito mais polemica.

O filme e uma versão satirica e exagerada da declaração de independencia dos EUA com todas as suas figuras, e a luta titanica que os levou a vitoria. Um filme que so tem as personagens porque tudo o resto e a imaginaçao pura a funcionar.

O argumento do filme e simples, pegar no que conhecemos deste momento historico e nos seus herois, e criar uma debandada de rebeldia e um humor arriscado do primeiro ao ultimo momento, envolvendo sexo, humor negro e mais alguma coisa, que nao torna a historia competente mas torna-a engraçada.

Na realizaçao Matt Thompson e o produtor de Archer que tem aqui o filme a sua imagem a todos os niveis no estilo de produçao e desenho, e acima de tudo no humor de uma serie de referencia. Nao surpreende o estilo pena e que sejamos por vezes demasiado quadrados para aceitar esta abordagem.

No cast de vozes temos uma serie de figuras conhecidas a entregar a sua voz a um projeto que todos sabiam que ia ser mal amado. Alguns funcionam com mais sublinhando como Tatuum como Washington, mas fica acima de tudo a certeza que as escolhas vão de encontro ao que o filme pede.


O melhor - O humor


O Pior - Os puritanos vao dizer que foram longe demais


Avaliação - B-