Tuesday, April 25, 2017

Get Out

Se existe filme que até ao momento foi a revelação de 2017 foi este Get Out, um filme de terror que marca a estreia do comediante Jordan Peele na realização e que acabou por ser a grande surpresa critica deste ano com avaliações extraordinarias quase nunca vistas num terreno como o terror e horror. Comercialmente impulsionado por este excelente registo critico Get Out tornou-se um fenomeno de bilheteira brutal nos EUA e esperamos para ver o que ira conseguir no resto do mundo, trantando-se de um filme sem qualquer figura conhecida.
Sobre o filme eu confesso que o terror é normalmente um registo de filme que nos ultimos anos tem sido uma total replicação de conceito sem qualquer tipo de qualidade na forma como os filmes vão sendo lançados, dai ser uma autentica pedra no charco quando surge um filme diferente, e este Get Out e isso mesmo não necessita de espiritos nem de sangue para ser assustador e claustrofobico a um nivel elevadissimo. A culpa disso e no equilibrio e a dictomia que o filme tem entre os seus momentos iniciais de comedia familiar e aquilo que se revela este contrasta acaba por ser a imagem de marca do filme e aquilo que lhe da intensidade do ponto de vista do terror.
Mas não é apenas no argumento que o filme funciona e se distancia dos outros do mesmo genero, também na realização o filme consegue impressionar com expressões faciais e situações em si, algo que demonstra bem a mestria com que toda a produção do filme sabia o que cada momento iria transmitir ao espetador, e sendo o terror mais que filmes de significado aquilo que sensorialmente os filmes transmites estamos claramente perante um filme funcional na maior parte das suas valencias.
O ponto menos positivo do filme poderá ser as limitações de um filme de terror, ou seja em termos de mensagem, em termos daquilo que o filme significa e representa são sempre filmes de pequeno alcance, pensamos tambem que o lado revelativo do filme poderia demorar mais, ser mais intenso, parecendo que por vezes o filme se encaminha rapido demais para a sua conclusão.
A historia fala de um namorado afro americano que vai conhecer a familia da namorada, e o que inicialmente lhe parece uma familia que o ira integrar bem rapidamente se transforma num pesadelo e numa luta pela sobrevivencia.
Em termos de argumento estamos perante um dos filmes de terror mais originais e mais criativos dos ultimos anos. Podendo em alguns momentos pecar por alguma previsibilidade certo é que o filme funciona naquilo que quer proporcionar aos espetadores, num dos filmes mais vincados em termos de terror dos ultimos anos.
Jordan Peele e o heroi do filme já que se o filme funciona está na base de um argumento e de uma realização bastante capaz. E todos sabemos o que é dificil e importante a realizaçao num filme de terror, e tudo torna-se mais surpreendente quando a mesma esta a cargo de alguem que como ator e criador sempre esteve ligado a comedia.
No cast sem grandes figuras o filme é entregue a dois jovens desconhecidos que tem o peso do filme sobre si. Os filmes de terror não sao normalmente filmes que exijam muito dos seus interpretes para alem da entrega fisica, e este não difere nestes principios, mas a dupla de protagonistas, ou seja, Kaluuya e Williams funcionam bem naquilo que as personagens pedem.

O melhor – A confirmaçao que para um bom filme de terror tudo tem de começar por talento na escrita e na realização.

O pior – Em alguns momentos pode ser previsivel nas suas revelações.


Avaliação - B

Monday, April 24, 2017

The Ressurection of Gavin Stone

Cada vez mais o cinema religioso é um fenomeno em expansão nos EUA de forma a que filmes sobre historia de vida, façam reflexoes mais do que a crença religiosa sobre a forma como a mesma se pode praticar. Este estilo de cinema conduziu mesmo a construção de diversas produtoras com este objetivo que tem resisito mesmo com criticas naturalmente negativas e comercialmente com dictomia entre filmes rentaveis e outros que passam completamente ao lado do grande publico.
No inicio do ano de 2017 o pontape de saida foi dado por este pecular filme que junta um estudio cristão com os estudios da WWE. O filme é o tipico filme de domingo a tarde com inspiração religiosa, o claro filme da pessoa de sucesso que regressa á base e se transforma neste caso entregando-se ao culto de uma igreja. Por tudo isto temos claramente um filme repetitivo comparando com outros com tematicas diferentes que foram existindo ao longo do tempo. È daqueles filmes que pensamos que já o vimos em formas dispares mas com o mesmo sentido, e isso nos dias de hoje automaticamente sabe a muito pouco.
Outros dos problemas que tem estes filmes religiosos e a incapacidade que tem de chamar a si bons executantes nos diversos patamares de analise, normalmente são filmes com interpretes com poucas capacidades normalmente desconhecidos do grande publico e com muitas dificuldades de interpretação, argumentistas que apenas consegue fazer o esperado, e mais que isso realizadores que se limitam a filmar sem qualquer tipo de grandes objetivos.
Entao temos um filme que nada tras de novo, numa tentativa de dar uma roupagem artistica a religiao catolica, com muito pouco de novidade com ideias gastas e uma tentativa quase em desespero de fazer funcionar um estilo que na minha ideia se encontra já de si esgotado, ainda para mais quando não tem o complemento de arte.
A historia fala de uma estrela do cinema, numa fase ma da sua carreira que tem que cumprir serviço comunitario numa igreja, sendo que ali começa a encontrar outra motivaçao para a sua vida relacionada com a pratica da religiao e as suas cerimonias que vai dar um novo sentido a sua vida.
Em, termos de argumento muito pouco para o filme, temos na essencia um filme cheio de ideias comuns e com a fe catolica no centro, e pouco trabalho nas personagens na intriga e principalmente nos dialogos, muito pobre sobre este ponto de vista.
Na realização Dallas Jenkins e um total desconhecido do grande publico e neste filme não tem espaço para brilhar pois e um filme de procedimentos simples, nenhum realizador com ambição sobrevive com este tipo de filmes.
No cast nenhum nume conhecido Dalton e Reyes para alem de demonstrar dificuldades claras de interpretação não tem carisma para assumir o protagonismo de um filme.

O melhor – São filmes inofensivos e com mensagens positivas do ponto de vista daquela religiao

O pior – a falta de qualquer arte nestes projetos


Avaliação - D

Sunday, April 23, 2017

Rings

Volvidos diversos anos depois de The Ring se ter tornado num sucesso imediato e a sua sequela ter estado longe do entusiamo do primeiro filme surge mais de uma decada depois uma continuação, já sem a presença dos grandes obreiros e protagonistas do primeiro filme, e transformado num claro filme para adolescentes. O resultado foi o comum em filmes de terror para adolescente, criticamente foi um descalabro total com resultados muito negativos, e comercialmente resultados muito escassos principalmente tendo em conta que se tranta de um franchising com bons resultados nos filmes anteriores.
Sobre o filme depois da diferença de resultado e eficacia do primeiro para o segundo filme os produtores do filme deveriam ter percebido que o contexto do filme e principalmente o tema do filme tinha esgotado e que apenas sobreva repetições nada surpreendentes e mais que isso pouco ou nada para inovar. Dai o mau resultado do segundo filme e o ainda pior resultado deste filme, que a uma ideia esgotada junta interpretes e realizadores de segundo plano.
Um dos problemas e justificações do sucesso do primeiro filme prendeu-se com o facto de não ser terror declarado e pela explicação final, sabendo-se deste principio apenas poderia restar a capacidade de o filme funcionar como terror e que nunca o faz, por muito que introduza personagens sinistras, já que o grosso do filme já e conhecido e neste particular o filme não trás nada de novo, e tambem nunca consegue impressionar no terror.
Ou seja um filme com um unico objtivo ganhar alguns dolares de aqueles que viram e gostaram o primeiro filme, que se esqueceram da existencia do segundo e que tentaram perceber se o terceiro trazia algo de novo, como não trouxe e temos um fraco filme de terror igual a tantos outros provalmente a saga fica por aqui.
O filme continua a saga da historia da misteriosa cacete que e comprada por um professor junto com um leitor de vhs, contudo este tenta criar uma cadeia de forma a que as pessoas não tenham o destino previsto na cacete ate que algo muda naquilo que é a reação da pessoa que observa o filme.
Em termos de argumento a ideia repetida dos primeiros filmes, sem qualquer tipo de novos preceitos, imagens iguais, em personagens pouco trabalhadas e uma intriga que nunca surpreende e que se torna mesmo previsivel, recuperar ideias sem as trablhar normalmente resulta em filmes fracos.
Na realização Javier Gutierrez o realizador espanhol demonstra uma tradição cada vez maior dos cineastas espanhois entrarem em hollywood por a porta do terror, aqui não podemos dizer que a coisa impressiona porque um dos defeitos do filme, e a realização nunca potenciar o impacto das imagens e isso e um defeito claro num filme de terror.
No cast um filme pobre com jovens desconhecidos em toda a gama, com personagens pouco trabalhadas com resultados de pouco impacto, temos por fim um D onofrio que tem impacto estetico mas pouco mais para as necessidades do filme.

O melhor – Para quem quiser ver pelo menos o video que lançou o sucesso do filme.

O pior - Relançarem franchising sem qualquer tipo de trabalho para os potenciar


Avaliação - D+

The Zookeeper's Wife

Existem todos os anos diversos anos que no planeamento dos anos começam por ser oscar contenders, mas por opção dos estudios ou porque os primeiros ensaios com os espetadores não tem os resultados esperados, que ficam guardados para o ano seguido onde estreiam de forma silenciosa em meses menos fortes. E o caso desta produção europeia e mais uma historia sobre herois do holocausto. O filme acabou por não ter criticas positivas suficientes para lhe dar o arranque na epoca de premios, e comercialmente a opçao por Março de 2017 até podemos dizer que foi positiva já que com menos concorrencia os resultados comerciais até acabaram por ser interessantes.
Sobre o filme, é normal que o peso das historias ainda para mais veridicas da luta contra o nazismo e principalmente a defesa do valor humano, tem um impacto emocional que so por si valoriza qualquer filme descritivo sobre estes factos. Neste filme temos mais um apontamento que acaba por tornar tudo ainda mais forte, que é a forma e o local com que tudo foi feito. Dai que este é um daqueles filmes que mais que brilhante na forma como foi feito, tem todos os seus trunfos no significado da sua historia, e do seu feito, quer narrativo quer factual.
E posto isto, que de alguma forma justifica muito do peso emotivo que o filme tem no espetador, no restante o filme acaba por se tornar numa abordagem simplista, tem nunca se tornar num filme com grande ritmo, o que o torna muito morno quando não tem os apontamentos mais concretos, sem grande rebeldia ou criatividade estetica e um filme declaradamente sobre as personagens e os seus feitos, com um peso emocional grande que nunca tenta lançar zoom sobre outros pontos.
Por isto parece-me que mesmo sendo um filme maduro, e com o peso da sua narrativa para ser um filme de primeira linha, tem de se ir mais longe do que uma boa historia, necessitamos de uma boa abordagem, elementos diferenciadores e a capacidade de em algum momento surpreender o espetador. No climax o filme tenta isso, mas acaba por saber a pouco na tentativa de levar o filme para padrões mais de excelencia do que eficacia.
A historia fala de um casal responsavel pelo Jardim Zoologico de Varsovia que durante o holocausto acabam por albergar e conduzir para terreno mais salutar diversos judeus guardando-os no seu jardim zoologico em pleno centro de conflito.
Em termos de argumento a historia quer base factual quer narrativa é de uma forma plena, quer nos promenores emocionais, quer no detalhe temporal. Mesmo entrando em alguns cliches que potenciam o filme do ponto de vista emocional, é um filme que sabe criar impacto no espetador e ser detalhado na forma com que nos da o perigo da condiçao humana naquele periodo.
Niki Caro tem nos seus filmes um lado emotivo que impera naquilo que transmite ao espetador, mais uma vez aqui temos mais emoçao do que criatividade, o filme pedia isso, mas não coloca de lado o segundo ponto, que me parece limitar o filme como obra artistica. Ainda não foi desta que a realizadora deu o salto para um primeiro patamar.
Em termos de cast Chastain e Bruhl sao actores muito eficazes e intensos nas suas composições, aqui em papeis mais objetivos não tem expaço para brilhar mas tem espaço para demonstrar competencia e qualidade nivelada e isso conseguem com facilidade.

O melhor – O pese da historia que é contada.

O pior – Não ter conseguido escapar dos cliches dos filmes do holocausto


Avaliação - B-

A Dog's Purpose

Quando um filme é mais conhecido pelas polemicas relacionadas com a rodagem e com algumas informações que circularam do que propriamente por outroa elementos em si, é sinal que o filme na sua essencia tem pouco que alimente a expetativa dos espetadores. Este filme que teve luz do dia em janeiro do presente ano foi recebido com uma media negativa por parte dos criticos e comercialmente, o grande objetivo do filme podemos dizer que os resultados foram consistentes talvez alimentado pela polemica criada em torno da forma com os cães do filme foram tratados.
Sobre o filme, os animais de estimação sempre foram a base para filmes familiares simples de emoções puras, este é sempre um filme mais emotivo do que comedia, é um filme que tenta potenciar mais do que detalhar aquilo que pode ligar um animal de estimiação e um dono. Não é um filme que tenta ser maduro, ou um filme que quer ser mais do que uma simples retrospetiva positiva da vida de um cão e aquilo que ele pensa ser querer transmitir, isso torna o filme facil de ser emotivo, mas longe de ser um filme de grande alcance.
Mas mesmo com esta base penso que o filme poderia ter ido mais longe, quer em termos comicos dexando o lado lamechas que preenche o filme de inicio a fim mais de lado, porque o filme em alguns promenores isolados, quando quer ser engraçado acaba por conseguir. Mas onde o filme perde é nas historias de ligação na forma como o filme conta duas historias em pouco tempo em que nada acontece e que na essencia apenas servem como comerciais da base do filme, e para efeitos do filme e da historia em si, tudo deveria ser mais balancado em cada um dos segmentos, já que no final parece que tudo ocorre em passo de corrida.
Por isso e facil perceber que temos aqui um filme simples, de facil visualização que vai demasiado de encontro as expetativas normais do filme, nunca consegue ter um rasgo de surpresa quer na forma quer no conteudo, podemos dizer que se trata de um filme inofensivo que os amantes de animais vão achar ternurento e que todos os outros vai achar indiferente.
A historia segue o percurso da alma de um cão, com os diferentes donos, até que volta ao primeiro descobrindo ai que a sua vida ao longo dos diferentes corpos de que adquiriu tinha um proposito direto, que se completa na sua realizaçao.
Em termos de argumento esta adaptaçao de uma obra literaria mais comerciail do que influente é precisamente o filme logico, não tem espaço para grandes rasgos de criatividade é quase sempre esperado, numa narrativa simples juvenil. Perde na forma com que não consegue equilibrar entre si segmentos, e principalmente na conclusão apressada de um filme que nunca ter verdadeiras personagens.
Na realizaçao Hallstrom pode ser conhecido como o veterano realizador de adaptaçoes literarias emotivas ao cinema. Tem a sensibilidade para dar os pontos fundamentais a este nivel ao filme, mas já não esta aqui para grandes invenções esteticas.
No cast os protagonistas são os animais que funcionam muito bem na voz de Gad, que tem uma ironia infantil na voz que funciona nos propositos do filme. Em termos do resto podemos dizer que o filme nunca exige grandes executantes.

O melhor – Alguns apontamentos de humor muito isolados.

O pior – A forma como o filme descobre a determinado momento que já esgotou o tempo e ainda tem que resolver a sua intriga


Avaliação . - C

Thursday, April 20, 2017

Personal Shopper

É comum depois de uma expriencia bem sucedida que algumas figuras de hollywood repitam parcerias com realizadores europeus, nos seus projetos seguintes. É o que aconteceu nesta segunda colaboração entre Kristen Stewart e Olivier Assayas, neste thriller psicologico que no decurso do ano de 2016 foi exibido em diversos festivais tendo inclusivamente conseguido o premio de melhor realização no festival de Cannes. Este foi um filme bem recebido pela critica embora o impulso dado pelo Festival de Cannes tenha sido insuficiente para ir mais longe dos restantes premios americanos. COmercialmente apenas em 2017 conseguiu distribuição nos EUA com resultados significativos mas longe de primeiro plano, muito fruto da pouca distribuição.
Sobre o filme, normalmente os filmes europeus, mais que uma excelencia na produção tem aquele ar enigmatico que funciona melhor em filme mentalmente intensos. É o caso deste filme, que até começa  num ritmo pouco interessante parecendo introduzir mais um filme de contactos com o além, mas que aos poucos torna-se mais que isso, torna-se numa thriller intenso, mental, de diferentes realidades e que a forma de Assayas realizar acaba por ser uma mais valia no suspense que vai tendo até ao final. O twist final é interessante e acaba por dar ao filme a dimensão que ele precisava para tudo o resto continuar a funcionar.
Personal Shopper e um dos filmes cujo resultado final é ligeiramente melhor do que as sensações que vamos tendo ao longo do filme, fica a sensação que por momentos o filme perde alguma objetividade e quando isso acontece parece que o filme entra por segmentos narrativos acessorios que acaba por quebrar algum do funcionamento global que o filme quer ter.
Mas mesmo assim temos um filme que é mais inquietante do que brilhante, um filme que funciona muito mais no seu lado enigmatico e na resolução do mesmo, do que propriamente pelos momentos de alto cinema, ou de uma narrativa completa, o segredo para o filme funcionar para alem da mediania esta na forma como consegue tornar o ambiente psicologico tão denso que o torna particularmente absorvente.
A historia fala de uma jovem, que efetua comprar pessoais para uma pessoa, que apos a perda do irmão gemeo, tenta entrar em contacto com o espirito do mesmo, começando ai, a receber no seu telemovel mensagens inquietas de proveniencia desconhecida.
O argumento tem pontos interessantes como a procura do contacto com o intelocutor das mensagens e um ou outro ponto que vai acontecendo na vida da personagem principal, e momentos menos funcionais, principalmente quando se torna muito proximo de um filme de terror adolescente. PEnso que na construçao da personagem o filme poderia ser mais forte.
Assayas e um realizador de tradição europeia que não foge a este estilo na construção deste filme, ou seja, temos muito do cinema europeu, na forma como o desaparecimento de imagem alimenta a intriga e o suspense, e mais que isso na forma como as cenas duram mesmo nada estando a acontecer de interativo. Na forma como tem crescido tem sido um dos valores serios do cinema europeu atual.
No cast, o filme e dominado de principio a filme pela protagonista Stewart, eu confesso não ser amante da forma como ela interpreta, acho as suas personagens repetidas, cheias de maneirismos, que não demonstram versatilidade, sendo aqui mais do mesmo, num filme que tinha espaço para muito mais em termos de interpretação.

O melhor - O twist final

O pior -Kristen Stewart

Avaliação - B-

Wednesday, April 12, 2017

The Ticket

Existem acontecimentos externos a filmes, que conduzem filmes e projetos para uma maior visibilidade ate então não esperada. Foi o que aconteceu com este The Ticket, que motivado pelo sucesso de Dan Stevens como monstro do classico da disney, acabou por observar ser lançado em alguns cinemas americanos um dos filmes que protagonizou o ano passado, e que foi lançado no festivel de Tribeca. A recepção critica do filme foi demasiado mediana para servir por si so de alavanca para o filme, e comercialmente estando numa fase inicial, não nos parece contudo filme para resultados de primeira linha
Sobre o filme, podemos desde logo sublinhar que se trata de um filme com um estilo muito independente e que isso em alguns pontos condicionam a força e o peso final do filme, principalmente por ser demasiado silencioso, e pela banda sonora que acompanha quase todo o filme que se torna irritante.
Contudo não se consegue ficar indiferente à historia e mensagem central do filme, ainda que nem sempre bem potenciada na concretizaçao de um argumento algo vazio para uma mensagem e uma ideia tão poderosa, ela acaba por conseguir rebocar o filme para o lado positivo muito pela emoção e sentimentos que o filme conduz na sua resolução, o que nem sempre é facil, quando o filme se torna automaticamente exagerado sob o ponto de vista de excentricidades independentes.
Parece claramente que se trata de um filme feito para minorias com uma historia para maiorias, e isso acaba por nem sempre encaixar ou dar coesão, entre a forma e o conteudo. Fica a ideia que um filme mais maduro, mais mainstream com uma base parecida mas mais preenchida poderia funcionar de uma forma melhor, tornando-o mais do que um interessante filme independente que acaba por ser.
A historia fala de um cego, casado e com familia feliz., que um dia para o outro recupera a visão, alterando completamente a sua forma de vida, conduzindo-o ao rompimento com todo o seu passado, quer profissional quer relacional.
Em termos de argumento penso que o significado da historia central e bem presente em todos os seus pontos. Em termos de argumento mesmo não muito trabalhados o lado emotivo de cada um deles serve os propositos de um filme que deveria ter apenas mais intriga e muito mais dialogo, pois tornaria o filme mais forte.
Ido Fluk um realizador a procura de espaço no cinema independente americano tem um trabalho demasiado independente, com bons momentos principalmente nas transições dos estados dos personagens, mas penso que o filme tinha espaço para um lado mais estetico que não fosse exigente do ponto de vista de orçamento. Fica a ideia que poderia ser mais.
Depois de não ter ficado surpreendido com a sua prestação em Bela e o Monstro, Dan Stevens parece mais capaz para filmes mais exigentes, com um bom papel, embora o mesmo pela forma como lidera o filme fosse simples de executar. Nos secundarios bons planos para atores de um nivel mais secundario como Platt e principalmente Akerman.

O melhor – A mensagem do filme.

O pior – A banda sonora


Avaliação - C+

Sunday, April 09, 2017

Sleepless

Se existe coisa que eu por norma não consigo entender no cinema são remakes imediatos de filmes que tiveram o seu lançamento à menos de cinco anos, mesmo que seja num estilo de cinema diferente como o europeu. Ainda mais quando se trata de filmes de acção simples cujo significado para a historia do cinema é basicamente nenhum. Este é mais um desses filmes que acaba por trazer a versão americana de um thriller de acção europeu. Os resultados do filme foram a todos os niveis desastrosos, criticamente com avaliações muito negativas, e comercialmente onde a pouca expansao do filme conduziu a resultados muito desoladores.
Sobre o filme, os policiais neste momento deixaram de ser um genero aposta, principalmente pelas grandes produtoras de hollywood, nem que seja porque nos ultimos vinte anos foram efetuados diversos filmes do genero e acabou por deixar de ter a capacidade de surpreender porque os truques todos acabam por já estar bem integrados. Este filme é um filme tipico do ladrão policia com barreiras pouco estabelecidos, num percurso curto temporalmente e espacial, tem o problema da maior parte destes filmes de ser demasiado previsivel em todas as opçoes que toma e isso acaba por tirar em longa medida grande parte do interesse da obra.
Em face deste problema narrativa restava apenas a capacidade do filme ser espetacular em termos daquilo que era a sua forma, como seria realizado, e aqui parece obvio que se trata de um filme pouco ambicioso que na maior parte do tempo é demasiado simples, que arrisca pouco nas sequencias de acção, que mesmo dominando grande parte da duração de todo o filme acabam por ser pouco espetaculares, e o comum em filmes de Janeiro.
Enfim um filme de acção de baixa qualidade que nunca consegue surpreender ou criar qualquer tipo de impacto junto ao espetador, que graças ao pouco risco também não consegue surpreender pela negativa e tornar-se uma experiencia dolorasa, mas nesta altura o cinema deveria exigir mais dos seus protagonistas, do que filme limitados como este.
A historia fala de um policia emaranhado no mundo do crime, que ve o seu filho, graças a um dos seus negocios raptado por um conjunto de bandidos. Enquanto tenta salvar a pele deste é seguido por uma investigação interna com o objetivo de tudo se apurar do seu envolvimento na organização criminosa.
No argumento pese embora o filme tente emaranhar personagens e historia, tudo é demasiado denunciado e previsivel, e isso é um defeito de impacto num thriller policial. Pouco ou nenhum trabalho nas personagens e dialogos, acabam por nunca conseguir potenciar grande qualidade no filme.
Este filme marcou a estreia de Baran Bo Odar em produçoes de hollywood com um resultado cinzento, num filme com tantas sequencias de acção, nunca conseguiu impor tamanho, espetacularidade e assinatura num filme muito dependente disso para ter sucesso.
O cast e o tipico num filme de acçao, Foxx funciona bem, porque tem carisma e disponibilidade fisica, pese embora a personagem seja demasiado simples. Monoghan e das actrizes uma habitue neste registo, e no lado dos viloes, pouco ou nada de profundidade em trabalho simples para executantes com alguma qualidade.

O melhor - Narrativamente sem ser original não tenta ir muito longe.

O pior – A falta de empenho de uma realização mais vistosa


Avaliação - C-

Life

Filmes de guerra e sobrevivencia sempre foi algo que agradou ao cinema quer americano quer de outros paises pela forma como conseguem contextualizar a sobrevivencia humana. Este é mais um filme com este conceito numa co produção americana e europeia. Normalmente estes filmes tem uma ambição mais critica, mas neste caso os resultados foram escassos com avaliações essencialmente medianas. Comercialmente so esta semana o filme viu a luz do dia em termos do mercado americano, pelo que o resultado ainda é pouco esclarecedor embora tenha estreado em muito poucos cinemas.
A ideia do filme pese embora não seja original e capaz de funcionar na forma como ao mesmo tempo nos dá um filme de ação simples, de sobrevivencia, parecido, mas ainda mais dificil do que James Franco fez em 127 horas, e um lado de retrospetiva de vida, de forma a conhecermos melhor quem e a personagem que ali esta. Alias as influencias do filme de Boyle na estrutura deste filme são imensas, mas claro que no resultado final, uma coisa é ter um dos mais creativos realizadores de hollywood outra coisa e ter dois Fabios com muita vontade mas ainda com pouca experiencia.
Dai que o filme mesmo tendo aspetos positivos como o seu twis final, que acaba por ser interessante e simbolico, mas ao longo do tempo varias vezes nos passa pela cabela essa possibilidade. Em termos do restante é filme sempre muito mais funcional na questão da sobrevivencia, da acção pura, do que propriamente quando quer entrar no passado da personagem onde se torna mais confusa e menos dinamica, mas e obvio que esse seria sempre o ponto mais dificil do filme.
O resultado mesmo assim e um filme com alguns motivos de interesse, que mesmo não sendo uma obra original e ter influencias demasiado declaradas acaba por ter bons momentos de sobrevivencia. Perde claramente quando comprado com filmes parecidos e que obviamente acabam por ser mais coesos na sua totalidade.
A historia fala de um soledado que a tentar fugir da morte, acaba por pisar uma mina, ao perceber disso, tenta ali permanecer de forma a conseguir ajuda para não morrer com a explosão. No tempo de espera acaba por ter de defrontar os medos criados ao longo da sua vida.
Em termos de argumento eu penso que historias como esta de desafios plenos ao ser humano funcionam principalmente em filmes criativos. Este filme no argumento tenta ir mais longo do que propriamente consegue. No plano de acçao central o filme até é competente, tendo muitas mais dificuldades no passado e na caracterizaçao em si da personagem.
A dupla de Fabios que tomou conta deste filme, ainda desconhecidos no cinema, tem um trabalho interessante, arriscado, em condições nem sempre propicias a muita arte. Tem o problema de outros mais experientes e por ventura mais competentes já terem feitos filmes semelhantes.
Um filme como este pede uma interpretação potentissima ao seu protagonista, e não sei se Hammer e neste momento um actor tao completo para um papel deste. O filme necessitava de mais corpo, mais entrega, e penso que nem sempre Hammer consegue levar o filme para altos niveis de interpretação.

O melhor – Apesar de esperado o signitifado do twist final

O pior – Nem sempre o passado e bem integrado no presente


Avaliação - C+

Mine

Filmes de guerra e sobrevivencia sempre foi algo que agradou ao cinema quer americano quer de outros paises pela forma como conseguem contextualizar a sobrevivencia humana. Este é mais um filme com este conceito numa co produção americana e europeia. Normalmente estes filmes tem uma ambição mais critica, mas neste caso os resultados foram escassos com avaliações essencialmente medianas. Comercialmente so esta semana o filme viu a luz do dia em termos do mercado americano, pelo que o resultado ainda é pouco esclarecedor embora tenha estreado em muito poucos cinemas.
A ideia do filme pese embora não seja original e capaz de funcionar na forma como ao mesmo tempo nos dá um filme de ação simples, de sobrevivencia, parecido, mas ainda mais dificil do que James Franco fez em 127 horas, e um lado de retrospetiva de vida, de forma a conhecermos melhor quem e a personagem que ali esta. Alias as influencias do filme de Boyle na estrutura deste filme são imensas, mas claro que no resultado final, uma coisa é ter um dos mais creativos realizadores de hollywood outra coisa e ter dois Fabios com muita vontade mas ainda com pouca experiencia.
Dai que o filme mesmo tendo aspetos positivos como o seu twis final, que acaba por ser interessante e simbolico, mas ao longo do tempo varias vezes nos passa pela cabela essa possibilidade. Em termos do restante é filme sempre muito mais funcional na questão da sobrevivencia, da acção pura, do que propriamente quando quer entrar no passado da personagem onde se torna mais confusa e menos dinamica, mas e obvio que esse seria sempre o ponto mais dificil do filme.
O resultado mesmo assim e um filme com alguns motivos de interesse, que mesmo não sendo uma obra original e ter influencias demasiado declaradas acaba por ter bons momentos de sobrevivencia. Perde claramente quando comprado com filmes parecidos e que obviamente acabam por ser mais coesos na sua totalidade.
A historia fala de um soledado que a tentar fugir da morte, acaba por pisar uma mina, ao perceber disso, tenta ali permanecer de forma a conseguir ajuda para não morrer com a explosão. No tempo de espera acaba por ter de defrontar os medos criados ao longo da sua vida.
Em termos de argumento eu penso que historias como esta de desafios plenos ao ser humano funcionam principalmente em filmes criativos. Este filme no argumento tenta ir mais longo do que propriamente consegue. No plano de acçao central o filme até é competente, tendo muitas mais dificuldades no passado e na caracterizaçao em si da personagem.
A dupla de Fabios que tomou conta deste filme, ainda desconhecidos no cinema, tem um trabalho interessante, arriscado, em condições nem sempre propicias a muita arte. Tem o problema de outros mais experientes e por ventura mais competentes já terem feitos filmes semelhantes.
Um filme como este pede uma interpretação potentissima ao seu protagonista, e não sei se Hammer e neste momento um actor tao completo para um papel deste. O filme necessitava de mais corpo, mais entrega, e penso que nem sempre Hammer consegue levar o filme para altos niveis de interpretação.

O melhor – Apesar de esperado o signitifado do twist final

O pior – Nem sempre o passado e bem integrado no presente


Avaliação - C+

Friday, April 07, 2017

The Space Between Us

Todos sabemos que Janeiro é a soma de todos os outros momentos de hollywood em ponto pequeno. Este filme tem uma premissa simples e aparentemente bem montada em termos daquilo que pode ser um filme romantico com uma historia original. Pese embora a premissa rapidamente se percebeu que algo no filme não iria funcionar em nenhum dos planos sendo que tal susessão de resultados até pode esta relacionado. Criticamente o filme foi muito mal recebido, com avaliações essencialmente negativas e por outro lado em termos comerciais as coisas tambem estiveram longe das expetativas dos produtores deste filme.
O romantismo em filmes simples e idilicos tem desaparecido do panorama das maiores apostas ou pelo menos dos maiores sucessos de hollywood, principalmente quando não vem apetrechados de outras coisas artisticas no plano da abordagem ao filme, talvez por isso desde a sua base mas principalmente na sua concretização estamos perante um filme extremamente modesto nos seus pressupostos, parece sempre ir pelo caminho mais facil e isso torna o filme muito igual a muitos outros que preenchem os domingos a tarde das televisões, e nem a componente marte consegue conduzir o filme para outros parametros.
Mas o maior problema do filme no seu resultado final acaba por ser a forma com que conclui, todos percebemos que a determinada altura o filme tinha de fazer opções de risco, ja que nada poderia ser vermosivel, principalmente tendo em conta a historia de base, mas a opção final de happy ending extremamente feliz acaba por tornar o filme um teenage movie vazio, o que parece curto para um filme de grande estudio.
Enfim um filme que nos parece ser demasiado simples, que podera ainda concretizar as expetativas dos espetadores adolescentes que nos parecem ser o publico alvo do filme, mas que nos mais adultos tera muita dificuldade em resultar da mesma forma essencialmente por ser tudo muito primario em processos.
A historia fala de um jovem nascido em marte que nunca conheceu a terra, e que acaba por ir procurar uma amiga com quem fala desde o planeta distante numa das visitas a terra. Ai começam os problemas e percebe que a adaptação tem de ser muito mais do que ao estilo de vida.
Em termos de argumento ate podemos pensar que a ideia poderia dar e resultar numa interessante comedia romantica. O problema do filme acaba por se centrar na concretização da ideia onde o filme muitas vezes cai no mais facil, e tem muitas dificuldades no final, com opçoes no minimo discutiveis.
Na realização Peter Chelsom e conhecido pelas suas comedias com lados intergalaticos, e aqui tem uma realização simples de comedia familiar colorida, com o happy ending comum. Nao sera nunca um realizador de primeiro plano, mas tem um cinema muito proprio ainda que simples.
No cast, a escolha de Butterfield e Robertson e no minimo estranha, principalmente pela diferença de idades entre ambos, a forma como o filme é realizado rebate um pouco a diferença, mas nao podemos dizer que funcionem bem os dois, e numa comedia romantica quando o par principal não funciona sobra muito pouco.

O melhor - A premissa até poderia ser interessante.

O pior - Não fosse o filme acabar por se tornar demasiado frouxo na sua concretização

Avaliaçãio - C-



Sunday, April 02, 2017

Ghost in Shell

Nos ultimos anos Ghost in Shell tornou-se num das maiores series de culto do mundo Manga, dai que fosse obvio que com um ganho de uma maior importância por parte dos mercados orientais não só em termos de espetadores mas acima de tudo na construção de produtoras a adaptação de algumas das suas historias passasse a ser aposta de hollwood. No que diz respeito ao mundo manga este e a primeira adaptação declarada. Criticamente as coisas ficaram por uma mediania muitas vezes tipica de um blockbuster de segunda linha. Em termos comerciais os primeiros resultados apontam para alguma modestia principalmente nos mercado americano, já que no restante penso que os resultados serão a todos os niveis superiores.
Sobre o filme, posso dizer que sempre fui mais fã do sci fi tradicional do que do simplismo e estetica do cinema oriental. Este filme acaba por ser uma simples reunião de duas formas de fazer cinema, que por um lado tem o lado filosofico ainda que simplista das questões do sci fi, como a humanização dos robots contra a robotização dos seres humanos, mas também tem a simplicidade de procedimentos dos filmes orientais baseados sempre nos neons da evolução.
O filme não começa bem, perde demasiado tempo em nos dar a personagem na sua componente tecnica, com pouco ritmo principalmente para um blockbuster. No segundo ponto, mesmo sendo algo previsivel devido a sua simplicidade de processos o filme ganha principalmente na componente entertenimento, acabando por ser eficaz, sem grande brilhantismo é certo. Quando se olha para este filme percebe-se que está muito mais centrado nas suas componentes visuais do que narrativos e isso é claro no filme.
Tecnicamente não sendo um filme totalmente artistico é um filme vistoso algo confuso na projeção da realidade citadida do futuro permite que isso seja por outro lado o lado mais oriental de um filme com clara tradição desta zona do globo. E daqueles filmes que poderá ser criticado por alguma falta das componentes mais adultos manga, mas que me parece objetivo naquilo que quer ser, sem contudo nunca ser sequer um blokbuster de primeiro linha.
O filme fala de um robot construido apartir de um cerbero humano que integra uma divisão de defesa do governo que tem de combater um terrorista com uma motivação que vai acabar por conduzir a que a protagonista tenha conhecimento da origem da sua criação.
O argumento do filme, tem os elementos da historia central, e trabalha-os com grande simplicidade quer nas componentes mais fortes e ideologicas do filme, quer na forma como o mesmo narrativamente se desenvolve, sem grandes alterações, apenas alterando o ritmo de uma fase para a outra e o filme vai ganhando com isso.
Rupert Sanders regressao ao cinema depois do insucesso da sua branca de neve e mais conhecido por ter acabado com a relação idilica da dupla twilight. Aqui parece-me ter um trabalho mais interessante do que no seu filme anterior, indo buscar muitas influencias ao que Spilberg fez com IA. Parece por vezes nem sempre tornar o filme tão negro e manga como poderia ser. Ainda não ultrapassou a fase de tarefeiro.
No cast Joahnsson muito por culpa de Luc Besson tornou-se nos ultimos tempos uma actriz de acção sem grande conteudo nas personagens. Penso que funciona mas também torna a sua carreira mais redutora em papeis exigentes fisicamente mas faceis a nivel de interpretação. O filme com excepção da presença interessante de Asbaek não tem mais nada de relevo no seu cast.

O melhor – Alguns momentos visuais no filme.

O pior – Um inicio demasiado lento para um filme de açao puro


Avaliação - C+

Saturday, April 01, 2017

Monster Trucks

É dificil um filme ser lançado quase dois anos depois do primeiro prognóstico de lancamento, sendo ainda pior pelo facto de uma analise financeira apurar que grande parte do prejuizo da sua produtora esteve relacionado com esta produção. Por tudo isto é facil explicar a razão pela qual este filme mal amado, com um investimento de mais de cem milhoes estreou silenciosamente em Janeiro, numa aceitação do mesmo como um floop. Comercialmente o filme nos EUA foi mediocre, sem ser um desastre, pese embora a pouca expansao mundial acabou por complicar e muitos os resultados globais. Em termos criticos a mediania inferir da maior parte das avaliações tambem acabou por não se tornar grande cartão de visita.
Sobre o filme é dificil perceber que com este guião e cast esperassem deste filme um sucesso instantaneo, até podemos dizer que os seres criados para o filme, os ditos monstros ate tem um lado familiar de animação que poderia resultar, mas tudo o resto é uma homenagem clara a serie B, aos filmes familiares pouco trabalhados de domingo a tarde, que poderia resultar caso não fosse o elevado numero de dinheiro investido numa obra tão simples e algo repetitiva como esta.
Parece-me obvio que se tarta de um filme mais para crianças na tradição de outras obras entre pessoas e outros seres que existiam nos anos 80, mas que com o desenvolvimento do cinema e com outra atualidade acabou por desaparecer. Dai que este filme pareça pouco, mesmo sendo facil assumir a sua naturalidade e a homenagem a um cinema familiar mais tradicional, acaba por nunca ser um filme vistoso nem nos efeitos especiais e muito menos na narrativa linear extremamente previsivel.
Enfim este seria um filme que poucos dariam por ela, talvez os juvenis perceberia o seu proposito, não fosse um investimento maior de uma das grandes produtoras de hollywood que acaba por esse facto de dar um rotulo de floop rotundo a um filme que penso que inicialmente ate teria um bom proposito, mas claramente fora de tempo e de orçamento.
A historia fala de um jovem ajudante de sucata que encontra um estranho ser, que foi capturado do interior da terra, percebendo as suas propriedades vai tentar ajudá-lo a ir para o seu habitat natural conseguindo escarar de uma empresa com outros interesses para os mesmos.
Em termos de argumento é um filme totalmente simples, um tradicionalismo serie B, que era muito comum para preencher as tardes familiares com filmes serie B. Temos personagens e dialogos lineares e desde o primeiro minuto sabemos o que vai acontecer nos momentos seguintes, mas parece que o filme nunca esconde esta formula.
Na realização Chris Wedge foi sempre um realizador relacionado com o cinema de animação que tentou aqui o seu primeiro Live Action, parece não ter saido do mesmo publico alvo, em termos de trabalho em si pobre, para um filme com tanto gasto não conseguimos perceber onde tal dinheiro foi usado, e a nivel de dimensão nunca consegue ser um filme sequer mediano.
Fazer um filme deste valor e apostar num cast tão pobre e o primeiro caminho para o fracasso, claro que temos figuras conhecidas mas completamente fora de forma. A entrega da liderança do guião a Luccas Till parece precoce para um actor que por um lado não me convence em termos de carisma e isso já tinha sido testado noutros filmes.

O melhor – A simplicidade do filme familiar tradicional

O pior – O investimento nunca ser visivel em nenhum aspeto do filme
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Avaliação - C