Thursday, January 31, 2008

Rambo




Se existe Franchising que estava mais morto que enterrado esse seria sem duvida nenhuma, mais conhecido propriamente pelo ridiculo da personagem do que propriamente pela qualidade dos filmes, eis que muitos anos depois, e numa tentativa de Stallone regressar a uma fama perdida, surge a continuição da saga, com os principior proprios de toda a saga, pouca historia, e muitos tiros. Ao contrario do que aconteceu com Rocky, onde Stallone ate foi aplaudido e o filme conseguiu resultados consistentes, o regresso de Rambo, por sua vez foi precisamente o contrario, nem os resultados de bilheterira sao animadores, com resultados frustrantes no primeiro fim de semana, nam a critica ficou agradada. Ao contrario de Rocky, Rambo ja estava mesmo morto

O principio dos filmes de rambo é a furia, mas propriamente a vingança, e este e o principio presente, contudo o mundo do cinema evolui, cada vez existe menos lugar para um cinema simplista de body count, onde a historia e completamente ultrapassada pela acçao pura, onde tudo parece mal articulado e o fio condutor, apenas aparece a espaços.

Rambo e mais um filme vazio num ano cinematografico que esta longe de nos deixar com boas prespectivas para este ano, o conteudo e quase nulo, vimos um desgastado rambo, candado, em busca de libertar uns amigos, contra um grupo interminavel de armada oriental, que vai morrendo aos poucos ao sabor dos tiros do heroi. Este e rigorosamente igual a todos os filmes do Rambo, com a diferença que Stallone ja nao tem a frescura fisica nem mental de outros tempos, e os apreciadores de rambo ja nao se encontram bem perto das dinamicas de cinema.

O filme e uma autentica nulidade em termos de argumento, as personagens vazias, e o fio narrativo e apenas uma forma de Rambo matar os enimigos, tudo de resto e adornos a um filme limitado em todos os aspectos.

Stallone surpreendeu muitos quando mostrou uma excelente realizaçao em Rocky, mas e totalmente limitado neste Rambo, as sequencias de acçao sao pobres pouco evoluidas, e arrojadas, com a excepçao de uma força de ar, que me parece arrojada tudo o resto demasiado fraco parao seculo 21.

E normal que actores de nomeada olhassem para este projecto com reservas dai que Stalonne apenas reuniu um conjunto de actores de segundo nivel, que mesmo assim conseguem melhorar a propria interpretaçao de Sly, conhecido pelas dificuldades interpretativas que se agravam com a idade.


O melhor - O filme tem pouco por onde inventar


O Pior - desenterrarem esta personagem super limitada



Avaliação - D+

Lust Caution




Ang Lee surpreendeu muita gente depois de vencer o Oscar em Brockback Mountain, ter decidido voltar ao cinema tipicamente oriental, baseado nos costumes mais tradicionais de Tawian, Ang Lee, filme um filme totalmente de autor, sem os processos industriais que muitas vezes limitam as ideias originais. Desta vez Ang Lee assume todo o risco do filme, e apesar de na maior parte das vezes o filme ter conseguido um mediatismo consideravel, mais pelo explicito da sexualidade do que propriamente pela qualidade do filme, o certo e que o filme teve longe do reconhecimento que Ang Lee ja encontrou e mesmo em bilheteira, Ang Lee ja sabia que um filme totalmente rodado em mandarim teria dificuldade em se assumir.

Ang Lee tem um filme grandioso para a dimensao do cinema que tenta representar, mas ao mesmo tempo acaba por ter um exercicio de arrogancia, assumindo um filme pesado, com uma sexualidade gratuita e exagerada, chegando mesmo a contrapor a desacelaração e o intimismo de toda a vertente do filme, com momentos quase impulsivos de cenas de sexo, ao qual o espectador nao passa indiferente.

Alias o grande problema do filme e a falta de coraçao de sentimentalismo, dividindo sempre entre o ideologico e o carnal, tambem a limitaçao temporal do filme, nao nos parece a melhor, o que parece a luz de um autor com a dimensao de ang lee, um filme com pouca reprecurssoes para quem acaba de ganhar o oscar.

O filme tem como sua maior virtude a contextualizaçao da epoca onde se traduz, Ang Lee faz isto como poucos, acrescentando todas as movimentaçoes e diferenças na forma como acaba por contextualizar os diferentes grupos de personagens, e depois na forma como caracteriza a cultura oriental, estes sao os pontos num filme na maior parte das vezes solto, sem que o seu desenvolvimento narrativo seja suficiente para criar uma obra por excelencia.

O argumento e bem articulado na sua essencia e na sua linha de montagem, intensidade na relaçao das personagens na forma como estas bom interagindo, mas fragmentado na sua construçao, solto por capitulos, parece-nos que as opçoes pela definiçao temporal da trama nem sempre sao bem sucedidas, fazendo o filme por vezes demasiado desligado.

A realização de Lee, tem sempre virtudes de primeira linha, a forma desenfriada e intensa com que filma as personagens, e a forma suave com que contextualiza a interaçao, tudo num terreno oriental que ele conhece como poucos e consegue tirar dai as suas maiores potencialidades, mesmo assim longe do brilhantismo que atingiu com Brockback mountain.

O cast plenamente oriental, necessitou de uma entrega fisica total dos seus proganistas, que acabam por entrar perfeitamente no ambiente de todo filme embora sem nunca ser exigente do ponto de vista de interpretaçao para nenhum deles, dai que nao haja nenhuma interpretaçao de valor significativo neste filme.


o melhor - A contextualizaçao cultural


o pior - A gratuitidade das sequencias sexuais... quase pornografia.


Avaliação - C

Tuesday, January 29, 2008

sweeney todd




Tim Burton e sem sombra de duvidas o maior criativo de Hollywood, capaz de criar historias, e acima de tudo o contexto destas que transforma cada um dos seus filmes como autenticas obras de arte, quer pelo tom poetico das mesmas, quer pela beleza dos quadros que casa sequencia se traduz, quer pela moral representada. Formando verdadeiros hinos ao prazer das imagens cinematograficas. Com este Sweeney Todd Burton acrescenta ainda mais um complemento a todas as outras virtudes dos seus filmes, ou seja a componente musical, realizando este musical, sem nunca perder as suas principais caracteristicas, chegando mesmo a vincar. O filme foi muito bem recebido pela critica, chegando mesmo a estar perfilado para os Oscares, contudo a violencia e acima de tudo a extravagancia de Burton esta longe daquilo que a academia procura no reconhecimento dos oscares, dai que apenas depp conseguiu a honra da nomeaçao, mesmo assim e um dos filmes criticamente do ano, ao qual reuniu um consistente resultado de bilheteira embora nos tenha parcido que a dreamworks, esteve ao seu pior nivel na fraca divulgaçao e expansao de um filme.

Dizer que artisticamente e talvez o filme mais evoluido de Burton nao esta longe da realizadade, os contextos os cenarios todo o ambiente negro e aquilo que mais associamos a Burton, principalmente o de estranho mundo de Jack, em todos os outros ingredientes encontramos um filme ao nivel que so Burton em Hollywood consegue fazer, entramos naquele universo e nao queremos sair de la, o filme seduz o espectador, com as suas imagens com os seus versos cansados, sem medo de arriscar num filme ao mesmo tempo belico, mas que nao tem medo de ir ao limite do horror ou mesmo do bom gosto humano. Conseguindo que um filme com canibalismo e montanhas de sangue seja ternuro e belo. Alias esta duplicidade de sensaçoes e apanagio dos contextos burtianos.

A unica falha e talvez na profundidade moral da historia, apesar de esta dimensao ser forte, por vezes as metaforas, de Burton, muito bem utilizadas em sequencias de fabrica de chocolate e em todo Big Fish, nao estao presentes, o que perde alguma complexidade narrativa, mas contrasta com um maior aproveitamento produtivo que faz com que cada sequencia seja mais inesquecivel do que a outra.

E talvez o filme mais completo do ano, talvez por ser pouco convencional, e talvez a obra reprimida, mas que passara na memoria de todos.

O argumento e brilhante na forma como conjuga a interaçao musical entre as personagens e como as contextualiza no espaço e no momento, consegue ser emotivo, apelativo para o publico que vai conquistando a cada dialogo que passa. E forte, arriscado, mas so assim se consegue chegar ao topo.

Burton e na minha opiniao o maior cineasta de Hollywood, e o filme tem a sua marca em cada segundo, nao esquecendo em qualquer momento a sua ideia do que quer, formando a nivel de estetica talvez uma das maiores obras de sempre do cinema contemporaneo.

Quanto ao cast, Depp e neste momento o actor mais poderoso e amado de Hollywood, principalmente pelo merito de ser bom actor, e neste filme, tem uma intepretaçao a todos os niveis brilhante quer do ponto de vista de interpretaçao sentimental quer fisica, mesmo com a exigencia do plano vocal, depp tem uma das interpretaçoes mais fortes e completas que há memoria, provavelmente pouco convencional para o Oscar, mas que e de tal forma arrebatadora que quase nos esquecemos que todos os outros secundarios se encontram a um nivel brutal.


O melhor - A beleza de todo o filme... e um quadro interactivo.


O pior - Falta uma metafora Burtiana, como a casa que nao estava la, ou a sala das bandeiras.


Avaliação - A

Saturday, January 26, 2008

Cloverfield





Sempre foi um enigma o facto de um estilo que foi o mais rentavel de sempre em Hollywood acabou por nunca ter seguidores. Talvez por ser dificil criar um mito, e acima de tudo criar o ambiente publicitario que potencialize a fonte de rendimento que este filme tornou-se. Dai que alguns anos depois, surge com uma maquina publicitaria brilhante o primeiro descendente directo desse filme, pelas maos de um dos maiores criadores de misterio, o criador e argumentista de Lost envolveram-se neste projecto de baixo custo apostado na intensidade de um trailler inigmatico. Que surgiu como o primeiro grande fenomeno de bilheteira de Janeiro, compilando talvez o primeiro grande sucesso do inicio deste ano, nao so do ponto de vista comercial, mas tambem critico.

O filme consegue todos os propositos que se propoe, consegue ser extremamente ritmado, e acima de tudo transmitir toda a noçao de panico presente, a opçao pelo tipo de filmagem e brilhante, e esse aspecto faz com que toda a narrativa esteja articulada de forma magistrar a formula utilizada. Ja tinha aperciado a inovação e o caracter psicologioco de Blair Witch, achei este genero capaz de causar mais sensaçoes do que propriamente todos o «s limites do horror utilizado nos filmes convencionais. Contudo em Cloverfield vamos mais longe com efeitos especiais ao serviço desta formula, traduz ainda mais catastrofico todos os sentidos.

O argumento e o desenvolvimento e como toda a historia circunscrito a uma prespectiva, o espectador vai descobrindo, ao longo do filme em conjunto com os protagonistas o que se esta a passar, o que lhe confere um caracter quase interactivo ao longo de todo o filme, a dimensao fantastica e aproveitada no sentido de transmitir e aniquilar a esperança de um filme criativo ambicioso, que nao teve medo de errar.

Para alem deste ponto consegue tambem ser um filme sentimentalista, rico do ponto de rista do romantico, uma historia de amor, que ainda mais complexidade da a um titulo que ficara certamente na historia do cinema como um projecto revolucionario de um grande criador e economicamente curto.

A historia e simplista e sempre na primeira pessoa, numa festa de despedida de um jovem que vai trabalhar para toquio de repente, toda a cidade entra em caos com um estranho acontecimento, sendo que o filme e a descoberta da real dimensao do mesmo, a forma pura do panico, e a tentativa de reendição da personagem, no limite da subrevivencia.

O argumento do filme e na essencia pouco elaborado contudo uma certeza, e o filme ser totalmente criado num estilo pararelo, que necessita de uma articulação totalmente a todas a dimensoes no filme, e neste particular o filme atinge todas as dimensoes propostas.

A realizaçao e brilhante apesar das inumeras dificuldades que este tipo de filme tem, e da exigencia das mesmas nunca o filme perde contacto com a terra, consegue sempre ser correcto, e objectivo no que quer atingir.

Quanto ao cast sem qualquer tipo de estrelas, o certo e que a forma como filme e filmado, da um realismo que torna as interpretaçoes mais fortes, sendo uma componente muito forte, e extremamente valorativa do filme..


O melhor - A forma como transmite o panico


O pior - Esperar anos, por um descendente de um filme rentavel.


Avaliação - B+

Thursday, January 24, 2008

Once




Um Musical independente e um genero que quase nunca se viu, efectuado de essencia com todo o espirito indie presente, dai que sem duvida que este Once se tornou rapidamente num acontecimento cinematografico do ano. Nao do porque se tornou numa das obras de referencia critica do ano, onde conseguiu ser referido pelos diferentes "majors" como a obra do ano, mesmo que se trate de um filme irlandes, do mais independente possivel, e sem qualquer tipo de reprecursão comercial, o certo e que esta valorização o tornou tão forte que o vemos com uma nomeaçao para oscar precisamente naquilo em que e mais forte a musica.

E impossivel dissociar todo este filme da musica que o compoem, alias a grande vantagem do filme e ser tao musical que faz o espectador se esquecer da trama que o envolve, a narrativa sao as proprias musicas e os sentimentos que estas transmitem, a musica e a esssencia de todo filme o objecto conciliador de cada fragmento do filme, e neste ponto o filme e fascinante e de uma beleza impressionante principalmente na forma como a musica faz interagir os personagens centrais.

Contudo enquanto filme, este vai desaparecendo ao longo que a musica vai tomando o ascendente, que faz com que o espectador possa fechar os olhos e tudo fica na maior parte do tempo com o mesmo significado, o que poe em causa a noçao do cinema e a força das imagens, na maior parte das vezes estas so servem para ilustrar a interpretaçao do protagonista e isto e limitado para um filme. A historia e quase monossilabica, duas pessoas em regressao amorosa encontram como elo de ligação a musica como expressao de sentimentos, um apoio o outro na busca da maior interpretação da mesma, alias o argumento do filme todo esta escrito nas linhas acima, sendo adornado com temas de uma intensidade sentimental muito forte, mas que como objecto cinematografico tem algumas debilidades, dai que acho normal ser considerado uma obra bonita e intensa, mas nao uma obra de arte cinematografica

O argumento do filme, centra-se na força das letras das musicas, e parece concentrar toda a sua força nas mesmas acabando estas por disfarçar todas as fraquezas narrativas totalmente irrelevantes para o filme, bem como a dimensionalidade das personagens raramente potenciada.

A realização se por um lado dá o amadorismo que o filme quer transmitir potenciando todo o ambiente indie que esta subjacente a todo o filme, por outro lado os tremores de camera tornam-se algo irritantes num cinema independente ja dotado de competencias para anular estas imprefeiçoes.

O cast, mais que actores estamos a potenciar duas belissimas vozes e com uma capacidade de interpretar as musicas com uma força contagiante, principalmente no protagonista masculino. Podem ser desconhecidos como actores, mas mais que as suas faces as suas vozes ficam no imaginario de quem ve o filme.


O melhor - A força das canções.


O Pior - E uma obra de arte, mas como filme e limitado


Avaliação - B-

Wednesday, January 23, 2008

Mad Money




Existe um sem numero de remakes, que parecem apenas estrategias de estudios para fazer render uma serie de actrizes, em baixa forma, e com os objectivos limitadamente definidos. Este remake de inicio de ano, onde os filmes sao dispares em objectivos, e sao normalmente o mais simplistas possiveis. Dai que nao e surpresa que este Mad Money, nao se tenha tornado um fenomeno de bilheteira, com resultados modestos, e pouco visiveis, nem tao pouco um sucesso critico, onde embora nao tenha sido fortemente criticado, nao saiu da mediocridade na maioria das aperciaçoes.

Mad Money, sofre de um problema muito forte, a falta de frescura e de força interior, todo o filme e feito com um tradicionalismo totalmente descontextualizado da actual estrutura da comedia, nao conseguindo ter a intensidade de um filme de ladroes, nem tao pouco qualquer tipo de graça para ser uma comedia de primeira linha. Centra-se em um ou dois gags, que explora em toda a dimensao do argumento, aproveitando o pouco de qualidade que oferece, mas nunca ultrapassando as inumeras limitaçoes presentes no argumento.

A historia conta as aventuras de tres mulheres com problemas de diversa ordem principalmente financeiros, que resolvem dar o golpe na empresa de dinheiro onde trabalham, as aventuras, os planos as fugas, sao efectuadas a um ritmo de cruzeiro, com alguns tiques de comedia familiar, mas que nunca aparece condimentado.

O argumento e limitado, nao so na articulaçao do proprio desenvolvimento da narrativa, mas tambem na cosntruçao das personagens e na forma como o humor e integrado, cai tambem em facilitismos romanticizados dos filmes mais infantis. Numa argumento pouco rigoroso.

A realizaçao e um aderesso em todo o filme, nunca se observa qualquer tipo de objectividade na mesma, nem risco limitando-se a filmas as aventuras das tres personagens.

O cast, mostra-nos tres actrizes talhadas para este tipo de registo, Keaton, repetitiva, parece que nos ultimos dez anos apenas cabe neste tipo de papeis, faltando a frescura e intensidade dos seus primeiros anos. Latifah, apesar de tudo a mais em forma do trio, ligada naturalmente a este tipo de comedia encaixa na perfeiçao na vertente sentimentalista deste filme, e por fim Holmes, que desde o mediatico casamento com Cruise parece ter perdido o risco de toda as apostas que fez nos primeiros anos. Por ultimo de registar o regresso com imensa piada de Danson, agora com o cabelo totalmente branco


O melhor - A despreocupação do filme, nos primeiros 20 minutos.


O pior - Nao consegue ter intensidade nem piada na maioria do tempo


Avaliação - C-

Tuesday, January 22, 2008

In the Name of King




Ed Wood deve estar a rebolar do caixão o unanimemente considerado pior realizador da historia passado alguns anos, tem um concorrente a altura, o realizador alemão Uwe Boll, tem nos ultimos anos colecionando um conjunto dos piores filmes de cada ano, normalmente apostado em adaptações sem qualquer tipo de conteudo de videojogos, onde se limita a fazer a historinha rodar, num misto de ma produção, realização, criação e interpretação. Com este In The Name of a King, o autor foge do universo dos videojogos, para um caracter mais epico, e reunindo talvez o cast mais mediatico de sempre, contudo desde logo se previu que o resultado nao iria ser muito diferente do seu caminho anterior, quando os sucessivos atrasos fizeram o filme retroceder quase um ano, e com os primeiros resultados observaram que Boll tinha feito a mesma asneira so que com mais recursos tornando ainda mais grave o erro, os espectadores tambem ja com as expectativas alhearam-se do filme que assim se tornou num novo capitulo para Boll ser induscutivelmente o pior realizador da passagem de seculo.

In the Name os a King tem mais ambiçoes em termos produtivos e de principio de guião, contudo desde logo se observa que a competencia nao esta no filme, quer nas imagens iniciais, quer na incapacidade de Boll criar um filme sem circunstancias paranormais, com a ligeireza dos dialogos, tudo e feito em cima de joelho, e quandos e fala em epicos a probabilidade do estrago ainda ser maior e forte.

O filme termina com um autentico disparate, não tem carisma, conteudo, não esclarece motivações limitando-se a dividir as personagens e depois lançar a batalha, longuissima, mas que parece a unica forma de Boll esconder todas as suas limitaçoes criativas em todos os tempos.

A historia e a basica, um feiticeiro orientador de um reino, tem umas tropas comandadas a distancia que querem tomar conta do reino, depois junta-se as restantes peronagens para combater.

A simplicidade de processos parece-nos a unica forma de Boll afirmar que nao consegue criar um filme com qualquer tipo de conteudo, fundamento agarrando-se a batalhas e pouco mais.

O argumento parece-nos pouco mais que umas linhas orientadores, de forma a conduzir as personagens para circunstancias de batalhas, estas nao tem dimensao, motivaçao, relaçoes, num autentico vazio criativo em todas as vertentes.

Tambem na realizaçao Boll esta longe de atingir niveis positivos exagera nas movimentaçoes da camara, nao consegue nem com meios eliminar as defeciencias tecnicas sempre presentes em todos os filmes. Enfim, uma realizaçao ao seu nivel, ou seja fraquissimo.

O mais surpreendente do filme, e este ter reunido um cast ate com algum mediatismo, se e certo que longe de ser pelas excelentes capacidades interpretativas, o certo e que Stathan e um dos heoris de filmes de acçao B do momento, Ray Liotta ja teve dias de sonho, Reynolds tem nomeaçoes para os Oscares... Contudo nada disfarça as fraquezas do filme, sendo que estes certamente terão de revitalizar as carreiras que nunca ficam indiferentes ao fenomeno Boll...


O melhor - A pesar de tudo a competencia fisica do protagonista


O Pior - Boll ao seu nivel diz muito


Avaliação - D

Monday, January 21, 2008

There Will Be Blood




Se olharmos para as recentes movimentações em torno dos galardões desde logo abram alas porque provavelmente estaremos a falar do mais forte candidato aos oscares deste ano, um filme que é aguardado com muita expectativa por diversos motivos, o regresso de um jovem realizador cujos primeiros filmes se tornam cultos da 7 arte, e trazendo consigo o sempre fantastico e desaparecido DayLewis, num filme sobre o crescimento do petroleo com a marca de autor de PTA. Desde muito cedo as criticas ao filme foram brilhantes, e a unanimidade rodeou todo o filme, mesmo que a nivel comercial a distribuição dificulta-se um pouco a sua expansão parece-nos que isso de forma alguma poderá por em causa a mais que certa nomeaçao do filme para os principais oscares da academia faltando apenas saber se os conseguira conquistar.

There Will Be Blood, pode nao ser o melhor filme do ano, e para mim não é (prefiro quer Juno quer No Country for Old Man), mas e sem duvida o filme mais bem feito do ano, e acima de tudo o maior filme do ano, que vi ate ao momento. E daqueles filmes em que tudo e bem feito, desde um argumento capaz de caracterizar e incidir sobre as principais caracteristicas humanas e provocar a reflexão sobre elas, evoluindo com a historia das construções petroliferas, e a expansão das igrejas menores. Tudo isto num filme essencialmente de personagens, onde estas são construidas como motores de arranque de toda uma narrativa, ao mesmo tempo forte em termos de historia, mas com o ritmo pausado que permite reflectir sobre ele. O filme atinge uma maturidade impressionante, contudo, e aqui o grande calcanhar de aquiles no filme, so no fim e que nos deparamos com um conflito, com o emarenhamento das personagens, que por tão fortes mereciam mais confrontos de palavras, que por vezes nao passa de um confronte de olhares.

O filme conta-nos a historia da expansão de uma industria de petroleo para uma pequena vila, tendo em conta a ambiçao de diferentes peronagens em constante mutação de poder, acima de tudo e um filme sobre poder, e por vezes de ambição.

O argumento e extremamente coeso e bem articulado, consegue reunir nao so uma linha narrativa de primeira ordem, reunindo intimismo e academismo, com um naipe de personagens de primeira linha sublimemente construidos de forma a fortalecer uma obra ja de si fascinante.

A realização de Andersson, oscila entre o silencioso, o escondido, com o centro de batalha, consoante os requesitos das cenas, chega mesmo a um realismo À Spilberg em Soldado Ryan, em determinados momentos, o realismo das sequencias mais dificeis e assustador, tendo quem sabe aqui o seu grande filme como realizador, embora como obra final seja mais aperciador de Magnolia.

O cast, quando um elenco tem Day Lewis, existe pouco espaço para brilhar, e se dissermos que este se encontra ao seu nivel habitual, isto e quase certo sinonimo de brilhantismo e quem sabe de Oscar. Contudo a surpresa vai para Dano, que ja nos tinha fascinado na esquecida prestação em Litle Miss Sunshine onde na minha opiniao tinha o melhor papel do filme, surpreende neste filme ainda mais, combatendo lado a lado com o meste Lewis, chegando por vezes a roubar algumas cenas, parece em determinados momentos cair em Overacting, contudo este acaba por se integrar bem na forma como a personagem e esquecida. Indiscutivelmente o papel secundario mais forte do ano seguido ao brilhante Bardem, esperando que a academia nao se esqueça dele este ano.


O melhor - A realização brilhante de Thomas Andersson.


O Pior - O filme e diversas vezes mais sentido do que vivido.


Avaliação - B+

Sunday, January 20, 2008

First Sunday




E comum no inicio do ano, surgirem comedias familiares no seio da comunidade afro americana, o actor responsavel pelo maior numero de titulos neste segmento e Ice Cube, responsavel pela maioria das sagas de sucesso deste genero, como Barbershop, e Next friday, normalmente são filmes pouco preocupados com o sucesso critico, mas com resultados minimamente consistentes comercialmente. Neste filme encontramos um pouquinho da rotina deste genero, embora comercialmente Ice Cube ja tenha conhecido dias claralmente mais sorridentes.

First Sunday, e aquilo a que se chama um filme desactualizado, principalmente por repetir a formula utilizada em todos os filmes de Ice Cube, a do malandro com o coração em prol da familia, nao refrescando o seu grau de humor, sempre extremamente limitado e pouco conseguido. Contudo e relativamente aos ultimos titulos existe um factor que ainda complica mais este filme, que e a histeria da maioria das personagens, dando uma contextualização irritante e demasiado caricaturesca da comunidade, que torna o filme por momentos absurdo, com a interação entre personagens com grande grau de ideiotice. O argumento encaixa-se na perfeiçai naquilo que estamos habituados a ver no genero, um pai de familia, completamente falhado necessita de uma soma economica, para impedir que o filho va residir para outra cidade e se afaste completamente dele. Dai a sucessão de gags pouco conseguidos, de um filme desinteressante que nunca consegue atingir os seus objectivos humoristicos, devido a um argumento e construção narrativa pouco efusiva e acima de tudo pouco actual.

O argumento do filme, e primaria em todos os pontos, desde o esteriotipo presente em todas as personagens, passando por uma condução narrativa declaradamente pouco criativa, o filme vai-se desenrolando com poucas ou mesmo nenhuma ambição resultado num objecto que poderia muito bem ficar na gaveta ou entao directamente para video.

A realização deste tipo de filmes fica normalmente a cargo de realizadores ou de ultima linha, ou entao de estreantes, normalmente com pouco talento e que se limitam a construir o filme com a linha mais basica possivel.

O cast é irritante um naipe de secundarios com muitos defices de interpretação apimentados com um histerismo absuro o filme tem neste ponto um dos seus calcanhares de aquiles, onde o mesmo rotinado Ice Cube nao consegue disfarçar a sua qualidade mais que duvidosa para o cinema.


O melhor - As expectativas que temos relativamente ao filme.


O Pior - O histerismo da maioria das personagens.


Avalição - D+

Thursday, January 17, 2008

The Kite Runner






Os filmes sobre o afeganistão têm normalmente uma dimensão politica que os tornam por natureza irrevrente perante o publico, mas quando um realizador em grande forma em Hollywood, conjugado com uma equipa produtiva de primeiro plano se decide fazer um filme no contexto afegão apenas com actores naturais deste contexto, temos um acontecimento cinematografico. FOster sabia que este filme nao lhe daria exito comercial, para isso tera o proximo James Bond, mas poderia lhe dar o reconhecimento critico, contudo e apesar de ser um filme bastante aperciado pela critica, dificilmente ira entrar no comboio nos grandes premios.


Desde logo o primeiro ponto que salta à vista neste filme é que consegue mesmo estando no contexto afegaão, dar primazia a historia, em deterimento da força politica nao caindo num ideoligismo gasto. E este aspecto e mesmo a força do filme, a capacidade de fazer um filme sentimentalista, reflectindo ao maximo a pureza das relaçoes humanas, neste particular a primeira hora de filme e extremamente forte, com uma força humana incrivel num argumento bem articulado e sentimentalismo. A primeira hora chega a ser cruel na forma como a relaçao central se desenvolve. a intensidade desta hora por sua vez limita as possiblidades da seguinte, onde o filme acaba por se perder num fundamentalismo emocional básico, com as personagens a parecerem mais basicas, e terminando com um deselace algo efectuado em cima do joelho. Neste segmento um filme complexo intenso, e acima de tudo filmado para marcar, um final deste genero fica muito aquem do que e esperado num realizador com o talento de Forster.

A historia conta a relaçao entre dois amigos, separados por um acontecimento e pelas diferenças culturais, e a tentativa de redençao de um deles, anos apos ter cometido uma injustiça de grandes dimensoes. O filme marca tambem do ponto de vista cultural, marcando a diferença entre o Afeganistao pos e em guerra, e neste contexto o filme nao entra em dissertaçao sobre razoes limita-se a contar uma historia emocionalmente intensa, num contexto diferente.

O argumento tem dois pontos que o diferencia, inicialmente no ponto de vista emocional a primeira hora do filme e fortissima, dando um filme profundo capaz de causar calafrios ao mais insensivel dos humanos, as personagens são algo limitadas do ponto de vista de profundidade sendo que a central acaba por nao evoluir ao ritmo que necessitava, algo que acontece ao proprio desenvolvimento narrativo do filme.

Forster arricou num filme sem mediatismo, tentou fazer um filme de autor, exprimentar um cinema mais arriscado mas ao mesmo tempo mais capaz de transmitir carisma a um realizador, Forster vence no capitulo da realização com uma contextualizaçao muito eficaz dos cenarios afegãos, e acima de tudo na forma como efectua as metaforas dos papagaios, realizadas com primor estas sequencias, a realização onde esta os maiores nomes do filme, acaba por ser o aspecto mais forte do filme.

O cast inteiramente islamico, tem dois polos, principalmente nos actores mais jovens surpreende na versatilidade assumida por estes mas perde com os adultos, faltando nomes imponentes para dar uma dimensao interpretativa diferente a um filme, e quem sabe maior imponencia.


O melhor - O pequeno Hassan


O pior - O filme perde ritmo ao longo de todo o tempo do mesmo, tendo um final algo frouxo.



Avaliação - B-

Wednesday, January 16, 2008

Juno




Se querem a prova de que um filme pode ser simples, elementar e mesmo assim ser uma obra criativamente brilhante, têm de ver Juno, um pequeno filme, sob uma toada comica, mas capaz de ser ao mesmo tempo um dos filmes mais brilhantes do ano, e um dos filmes mais valorizados do ano. Tendo conseguido ate ao momento uma valorizaçao critica que o coloca na front line para os premios da academias, ao qual talvez por esta mesma possiblidade reuniu ate ao momento uma carreira comercial brilhante que ja o colocou como um dos filmes do ano.

O encanto de Juno á basicamente dois, por um lado a forma creativa com que aborda uma historia de base tipica, ou seja a forma como aderessa toda a sua actividade, e por outro e desde logo o grande ponto valioso do filme, a forma como foi caracterizadas as personagens, com uma congruencia impressionante, muito ligadas À realidade o filme consegue conciliar elementos de comedia de grande interesse principalmente na forma como os dialogos sao articulados, com uma complexidade e realismo das suas personagens.

Ao vermos Juno ficamos totalmente enfeitiçados pela riqueza das personagens, principalmentente Juno, que nos preendemos por longos espaços ao proprio filme. O Noir de alguns segmentos do filme sao a cereja no topo de um bolo, que nao tem ingredientes muito mais condimentados do que uma historia simples.

Fala-nos de um jovem de 16 anos que descobre que esta gravida, tendo conhecimento da sua clara imaturidade opta por dar a criança a adopçao tendo conhecido o casal, durante o filme e com o decorrer da gravidez, as personagens vao-se conhecendo atravez deste processo, com uma ligeireza narrativa e com um calibre cómico de grnade nivel.

Como muitos dizes, e o Little Miss Sunshine deste ano, mas mais evoluido e menos familiar.

O argumento tem todo o brilhantismo do filme a capacidade de tornar uma historia vulgar numa das obras mais fantasticas do ano, com uma riqueza narrativa sustentada numa caracterização e exploração de personagens riquissimas, todas as sequencias do filme são extremamente bem articuladas entre si e momentos Kodak de um filme preparado para marcar a cada sequencia.

Reitman surpreendeu com o seu caracter satirico no fantastico Thank You For Smocking, e volta a demonstrar embora num filme mais familiar e menos politico esta faceta. A forma como realiza, e uma das mais refrescantes actualmente em Hollywood, e estando nos perante um dos realizadores mais recentes do cinema podemos esperar um cinema de autor futuro que podera trazer muitos frutos para o cinema futuro.

No cast todas as atenções vao para a jovem Ellen Pagge com uma interpretação brilhante a actriz posiciona-se seriamente como uma candidata forte ao oscar da academia, consegue ser irocina e acima de tudo com o realismo impressionante, num papel exigente a todos os niveis, e que demonstra a revelação de uma grande actriz. Contudo as boas interpretações nao se ficam por aqui, tb Garner se encontra muito bem num papel embora menos exigente, bem como o restante cast.


O melhor - Fazer um grande filme, com uma base vulgar.


O Pior - Só ter 1 hora e 30 minutos


Avaliação - A-

Tuesday, January 15, 2008

PS. I Love You




Os filmes romanticos nos ultimos tempos tem pecado por uma incapacidade de serem-no na sua essencia, tendo-se dividido por comedias, algo fisicas e com pouco sentimento, ou entao o oposto, o melodrama extenso em filmes pastosos, demasiado sentimentalistas, que entra quase em histerismo, existindo dificuldade em deliciarmos perante uma historia intensa de amor que nao seja nenhum destes polos. E tambem nao e neste filme que conseguirmos isso, sendo este um dos maiores exemplos do segundo, e aqui foi prejudicado quer do ponto de vista da critica que foi muito negativo relativamente ao filme, e mesmo a nivel comercial onde os resultados apesar de tudo acabaram por ser medianos.

O filme é um exemplo de um dramatismo puro, pautando sempre por uma toada negativista e saudosa do amor, num filme triste, apesar de romantico, mas que se transforma rapidamente num melodrama pastoso, quase penoso, sem ritmo, com um conjunto de sequencias com muito pouca piada, que nao consegue em momento algum tornar o espectador alegre e sentir prazer com aquilo que esta a visualizar... alias este ponto e o grande erro do filme, a incapacidade de nao conseguir ter conteudo para ser forte narrativamente nem conseguir em momento algum funcionar do ponto de vista de entertenimento.

Os poucos momentos com ritmo do filme pecam pelo histerismo desmedido, centrado acima de tudo na personagem de Lisa Kurdow, em alguns momentos o filme articula como se de uma novela se trata-se, faltando criatividade alma e intensidade a um filme aborrecido e acima de tudo com baixo astral.

A historia com outro contorno podira ser apelativa, uma viuva segue uma serie de mensagens do seu marido para retomar a sua vida, contudo todo o recheio desta historia e penoso, pouco articulado, pouco interessante, tornando uma boa ideia num autentico vazio, como se de um ovo de chocolate oco se trata-se.

O argumento e aquele que mais peca, nao conseguindo nunca equilibrar os pontos da balança, nem o drama nem a comedia, nem a profundidade nem o sentimentalismo, nem a moralidade que assume, parecendo sempre perdido na direcçao que quer tomar ao filme. As sequencias sao extremamente lineares quase nunca creativas, com uma serie de personagens unidimensionais, que apesar de bem caracterizadas nunca sao bem exploradas.

O realizador tem um ano algo dual, se por um lado atingiu um bom nivel num repetitivo Freedom Writers pela sua pouca ambiçao, consegue o contrario neste filme claramente mais ambicioso, peca na altura de lançamento do mesmo, talvez delirando com umas possiveis nomeaçoes, o certo e que este realizador apesar de ter alguma força na forma como efectua os seus filmes, dá indicadores de nao possuir um dom creativo que o faça esperar um futuro garantido em Hollywood.

O cast Swank e das actrizes galardoadas aquela que talvez menos consegue responder aos premios que ganha, ja tinha sucedido no primeiro oscar tornando-se mais visivel com o segundo. Com a idade que tem e curriculo, poderia ser a actriz de referencia, mas insiste em passear-se por filmes de qualidade dubia que em nada poe em pratica as excelentes capacidades da actriz, sendo os exemplos mais obvios este fraquinho filme, e o odioso The Reaping. Ao seu lado um actor mais apetrechado para estes personagens mais basicos, Butler, ganhou carisma em fantasma da opera e principalmente em 300, mas parece ter dificuldades interpretativas claras principalmente em expressoes faciais, que contrapoe com uma capacidade interpretativa vocal de grande qualidade sendo isso muito notorio ao longo de todo este filme.


O melhor - Os momentos musicais de Butler


O pior - O melodrama pastoso da maioria de todo o filme.


Avaliação - C-

Monday, January 14, 2008

Death Sentence




Existe argumentos muito parecidos, que acabam por surgir na mesma altura em maos diferentes, este ano existiu um grande paralelo entro o novo filme de Neil Jordan, The Brave One e este Death Sentence, a diferença estava no autor, se por um lado tinhamos a experiencia do irlandes, do outro a irreverencia de Wan, depois do grande sucesso criativo atingido com Saw. So que desta vez Wan esteve longe de surpreender o filme conjugou uma negaçao critica com uns deprimentes resultados de bilheteiro, que o tornaram num dos maiores floops em todos os aspectos deste ano cinematografico.

O Objectivo de Wan era promover o filme pela violencia, um filme de violencia pura, com o sentimento de raiva forte como pano de fundo, desinteressando-se em grande parte pela coerencia logica do guiao e tambem pela profundidade do mesmo. Encarando todos estes aspectos com um excesso de esteriotipo que o torna algo vazio, e apenas um filme de facil visualização, exageradamente violento e sem a densidade que o justifique.

O argumento e muito semelhante ao do ja analidado Brave One, numa saida um pai ve o filho ser brutalmente assassinado por um gang, maquiavelico, sem qualquer tipo de humanidade sendo simplesmente maus, o filme e recheado deste tipo de linearidades. Obsessivo tenta-se vingar numa escalada de violencia e contra resposta que termina muito ao nivel de taxi driver.. O filme e de um simplismo de processos exagerado totalmente tirado da realidade, sem no entanto que esta facilidade ate consiga em determinados momentos servir do ponto de vista de entertenimento.

Contudo o filme e demasiado facil, sem contexto, o que o torna num filme mediocre que ate teria algum espaço para crescer se aposta-se mais no drama e menos na violencia e acçao, principalmente nas sequencias de disputa de tiros, que chegam a roçar o irrisorio, principalmente na fuga da personagem central a estes.

argumento do filme sofre de falta de complexidade, as personagens demasiado lineares, os facilitismos da narrativa roçam por diversas vezes o alucinatorio, os sentimentos e o drama do filme e todo substituido pela crueldade da violencia grande parte das vezes descontextualizadas e gratuita, dando a sensaçao que o filme vai perdendo noçao da coerencia logica com o passar do filme, que o torna pouco maduro, embora como momentos de um ritmo constante interessante em prol do entertenimento.

Wan tem talento como realizador, consegue conjugar muito bem a funcionalidade das imagens com os objectivos do argumento, neste filme por vezes, com esse objectivo nao consegue tao bem contextualizar espacialmente as cenas, mas demonstra capacidade criativa e força de risco que podem ser bons indicadores de um futuro promissor.

O cast pensado na densidade dramatica propriamente do que na densidade fisica do filme, parece desencontrado do argumento, perdendo as potencialidades dramaticas de Bacon, num papel musculado que o actor nunca consegue convencer, numa das interpretaçoes mais falhadas da sua carreira demonstando o fraco momento de forma do actor. De resto as prestaçoes quase sempre indiferentes de preston e Goodman, nada adicionam ao filme.


O melhor - As sequencias de presseguiçao realizadas com muito realismo e creatividade


O Pior - O excesso de acçao e tiros falhados... chega mesmo a ser ridiculo


Avaliação - C

Sunday, January 13, 2008

One Missed Call




Ainda não é em 2008 que o cinema se vai ver livre dos remakes de filmes de terror japones de baixa qualidade, este surto iniciou-se com o bem conseguido The Ring, que desde esse momento deu origem a um incontavel numero de sequencias que inicialmente ate foram bem recebidos comercialmente sendo que actualmente caminham directamente para a insignificancia total. Este One Missed Call e mais um exemplo, um tipico filme para o inicio do ano, onde as produtoras lançam os seus produtos de menor qualidade e sem ambiçoes, ja que normalmente o publico esta mais interessado noutro tipo de produtos. Dai que apesar de resultados medianos, a total inidiferença critica seja natural para o filme de consumo rapido.

O grande problema dos filmes de terror japoneses que são transfigurados no cinema actual, e que a premissa e a base e sempre a mesma, so falta perceber o motivo do fantasma e a forma dele actuar, depois sao um grupo de vitimas e por fim a forma que se arranja para dizimar o mesmo, quem ja viu the ring, e o grito, nao precisa de perder muito tempo com este filme, ja que basta transmitir esses argumentos para um telemovel e ja sabem precisamente o que podem encontrar neste one missed call. E certo que o filme joga como poucos com as suas limitações, com imagens normalmente muito escuras que disfarçam as defeciencias tecnicas do filme e algumas de interpretação.

Contudo um desabafo e necessario, a alguns meses de sermos invadidos por outro remake, quando e que vão parar quando e que as produtoras vao perceber que os produtos ja nao sao rentaveis e apenas servem para dar trabalho a actores em mo de baixo.

O argumento e exactamente igual ao de outros filmes de terror de origem japonensa, sem mais qualidade de dialogos narrativa, nem tão pouco do terror psicologico em si, e a articulação contintua de sons em prol de um argumento tão debil que mesmo ele se assusta com estes ruidos.

A realização e normalmente efectuada por realizadores de segundo plano, normalmente ex operadores de camera, neste filme e apesar de existir algumas sequencias de realização que conseguem ser assustadores positivamente na sua maioria o filme não consegue tambem neste aspecto atingir resultados aceitaveis.

normalmente para o cast deste tipo de filmes escolhem actores em baixa forma e neste parametro quase esquecidos, quer Samson, e especialmente Burns estao desaparecidos dos grandes registos, aqui estão a provar o porque, num espectaculo deprimente de actuação, onde o unico registo positivo vai para a beleza da protagonista ao qual se junta Talacon, a mexicana consegue ter mesmo o unico papel aceitavel do filme.


O melhor - Algumas sequencias de imagem verdadeiramente assustadoras.


o pior - O filme ser uma clara repetição de argumento de outros filmes japoneses, sera que so existe esta formula.


Avaliação - D+

Across the Universe




Demorou os anos, ate conseguirmos visualizar uma obra que tenta seguir a originalidade e o brilhantismo criado por Moulin Rouge, quem sabe porque mesmo com a formula descoberta nao seria facil de fazer um filme deste genero, e acima de tudo porque a fronteira entre a obra prima e o desastre neste tipo de casos e bastante proxima. Dai que quase sem grande alarido este across the universe, algo receoso saiu sem grande aparato, contudo a sua originalidade vincada no conceito chamou a atençao de um filme que surpreendeu positivamente na sua força comercial, muito acima das expectativas, e nesta altura nos premios onde conseguiu a sempre valorizada nomeaçao para melhor filme, comedia ou musical para os globos de ouro.

E obvio que obras como Moulin Rouge aparecem uma em cada dez anos, e nao e facil, repetir o conceito, mas e de longe o filme que mais se aproximou, numa logica semelhante pegando nos maiores existos dos beatles tenta construir uma narrativa que de aso a interpretaçao dessas mesmas cançoes num filme todo ele musical. Depois dois aspectos que o difrenciam por um lado o caracter mais actual e historico do filme, que por vezes entra numa excentricidade sem grande noção da realidade, embora nos pareça que neste ponto a exigencia estivesse algo mais elevada. E depois na profundidade e riqueza narrativa, claramente mais basica. Alias o filme em determinado ponto torna-se tao linear que desprediça o bom incio narrativo que poderia ter conduzido a estarmos perante uma obra de grande mestria, que acaba por fim por ser apenas uma bom exercicio criativo traduzido num bom filme.

A historia conta a paixao entre um jovem ingles de classe baixa, com uma jovem americana de classe alta, passando toda a epoca da guerra do vietnam e das consequencias sociais e revolucionarias da mesma, conjugando o aspecto emocional com o historico o filme e forte perdendo apenas na densidade narrativa algo desaproveitada.

O argumento e dificil de construir, nao so porque tem de articular o guiao com as letras musicais dos beatles com uma narrativa romantica forte, tendo ainda que introduzir os aspectos sociais, historicos e politicos que contextualizam o filme, se na primeira meia hora o filme nao encontra dificuldade na articulaçao nao consegue na segunda fase manter a mesma dinamica, caindo depois em articulações algo dubias, que culminam num epilogo ja sem chama.

A realizaçao de Taymor vem confirmar a riqueza visual da realizadora ja demosntrada no Biopic de Frida, e uma das senhoras de Hollywood, talvez valorizando em demasia a componente estetica em deterimento de uma maior dimensao dos filmes.

No cast e ainda mais gritante as semelhanças com Moulin Rouge principalmente nas interpretaçoes vocais e tonalidade de voz, sendo no protagonista masculino algo colado, ja em Wood demonstra mais creatividade, contudo nao e neste segmente que o filme tem os seus pontos mais fortes talvez por falta de grandes nomes.


O melhor - O risco ganho num conceito so para alguns.


O Pior - Nao conseguir articular todos os propositos apartir de determinada parte do argumento.


Avaliação - B

Friday, January 11, 2008

Charlie Wilson's War




Olhar para um cast como este faz suspirar os verdadeiros adeptos do cinema, desde que foi anunciado o cast deste filme a expectativa cresceu a olhos vistos, logo declarado como principal favorito aos Oscars, é certo que quando foi anunciado um filme satirico os animos acalmaram, voltando a crescer com a estreia do filme, e acima de tudo pelo contexto politico traduzido e pela forma suave com que trata. Nao supreende que o filme reuna nao so uma maioria favoravel da critica, com resultados de consistentes de bilheteira. E certo que nao sera o grande vencedor dos premios, mas tambem quem ve o filme nota que isso nunca foi objectivo, mas sim um check mate a politica da defesa norte americana.

Do ponto de vista politico o filme e talvez um dos titulos mais corajosos do cinema, forte, factual o filme consegue com uma toada humoristica, tocar na frida, na origem dos conflitos, e de alguma forma salientar a mea culpa dos americanos na criaçao dos seus enimigos. E um filme polito, incorrecto, mas acima de tudo uma verdadeira obra, que mesmo olhando para 20 anos atras consegue demonstrar que os tempos mudam, mas existem situaçoes que sao sempre actuais.

O filme neste parametro e brilhante, quer como mensagem politica quer como analise, contudo do ponto de vista exclusivamente cinematografico, o filme mesmo sendo bom nunca consegue ultrapassar este nivel, e basicamente por dois aspectos por um lado pela curta duraçao do filme, que nunca permite que este adquira a complexidade desejada, por outro lado a suavidade e a forma demasiado descontraida da toada narrativa do filme, que raramente torna o filme como intenso emotivo, distanciando-se por vezes do espectador.

O filme e a biografia politica de Charlies Wilson, um congressista com demasiados defeitos, mas com uma força de vontade acima da media que faz com que se centre na guerra fria sendo o principal responsavel pelo termino da mesma, com a ajuda de uma mulher da sociedade alta, e de um agente do cia, observamos a evoluçao deste processo. Nichols assume o filme como rebelde espelhado totalmente na frase final do filme, nao tem medo de represalias, e um filme forte, intenso e corajoso, mesmo que do ponto de vista narrativo nem sempre seja brilhante.

O argumento preveligia a componente da mensagem, do que propriamente do caracter factual, assume-se como uma satira politica, e isso esta presente em todas as decisoes do autor, quer na caracterizaçao das personagens que na forma como a narrativa decorre. Como mensagem e forte, como argumento poderia estar muito mais potenciado.

A realiação de Nichols e ela tambem uma satira, conhecido por imagens fortes e estagnadas, desta vez com mais exigencias Nichols nao corre riscos em demasia, talvez sabendo da sua inexperiencia em cenas mais fisicas, este contorna ao serviço da satira que utiliza em todo o filme.

O cast e dificil ver algo mais recheado do que este filme, as superestrelas hanks e Roberts, em bom registo embora longe dos seus melhores papeis, estes sao totalmente silenciados pelo ja comum brilhantismo de Hoffman, e certo que este tem o melhor papel do filme, mas tambem a forma como o interpreta facilita esta avaliação, Hoffman demonstra um estado de forma brilhante e provavelmente sera a nomeaçao mais garantida para o filme. De referir tambem a presença de Adams, que depois de um ano forte e cheio de sucesso, traz aqui uma prestação sem tantas luzes da ribalta.


O melhor - A mensagem e actualidade politica de 1980


O Pior - O filme perde alguma dimensao narrativa com a excessiva preocupaçao com a satira


Avaliação - B

Monday, January 07, 2008

Alien Vs Predator: Requiem




Existem sequelas que são totalmente descontextualizadas de tudo, principalmente quando o filme que teve na sua origem, ja tinha uma qualidade extremamente duvidosa e mais que isso um conceito completamente ridiculo. Era dificil fazer pior do que o primeiro AVP, baseado no videojogo com o mesmo conceito, e que rendeu algum dinheiro a sua produtora. pois bem, motivado por isto, surge a sequela com uns resultados de bilheteira francamente piores, e com uma recepçao critica, surpreendentemente bastante mais negativa, o que seria dificil ja que o antecessor ja nao fora bem recebido.

AVPR e dos filmes mais mal pensados que há memoria, por diversas razoes, primeiro porque a historia de base a sequela esquece-se de tudo o que fora feito no primeiro, e um filme independente, e depois porque mesmo na sua criaçao de origem, nao tem qualquer ponta de sentido, quer na historia, quer no desenvolvimento das personagens, quer nas conclusoes das mesmas.

A narrativa do filme, parece articulada por diversas pessoas nao tem ligação, as personagens sao de um individualismo, puro, pensamos sempre estarmos perante uma manta de retalhos, onde os aderessos, as personagens, nada temd e grandioso, nao aproveitando em nenhum momento a fama destes dois montros.

Ao contrario do anterior, as personagens sao quase carne oferecida aos viloes, e mesmo a disputa entre estes parece para crianças, sem a intensidade que pelo menos era conseguida no primeiro filme.

A busca do dinheiro facil num filme sem qualquer tipo de razao de existir, numa sequela pouco planeada, normalmente da mau resultado, e rotundo num dos piores filmes do ano, parecendo propositado para ganhar os Razzies awards.

O argumento e um completo hino de como nao escrever, sem personagens dignas de esse nome, sem historia, sem desenvolvimento, cheio de pontas soltas num filme ja de si completamente solto.

A realização e assustadora no sentido negativo do termo, demasiado escuro. planos mal defenidos dos monstros num total despredicio dos poucos pontos valorativos do filme.

O cast simplesmente nao existe, nem amadores intrepretariam tao mal um guiao ja de si pessimo.

Enfim um autentico atentado cinematografico-


O melhor - Ainda assim o estilo do predador.


O Pior - Epah, o dinheiro despredicado em tamanho disparate


Avaliação - D-

Sunday, January 06, 2008

National Treasure: Book of Secrets




Se existe figura proeminente no sucesso de obras feitas para televisao e cinema em prol de um divertimento puro, que colmina em sucesso comerciais sem precedente, esse e sem duvida Buckhaimer. Responsavel pelos maiores sucessos comerciais, parece ter o condão de tornar qualquer produção que integra num autentico fenomeno de bilheteiras sem precedentes independentemente do padão, historia e conceito que utiliza, sendo que consequentemente limita-se a gerir as sequelas que ainda mais rendimentos dão. Fez isso com Piratas das Caraibas e agora tem a segunda fase com National Treasure, um conceito que conseguiu inteirar-se so sucesso de investigações arqueologicas muito em voga com o Codigo Da Vinci, e com um conceito de divertimento puro conseguiu tornar esta saga num marco comercial nos periodos antecedentes ao Natal. Se bem que a nivel critico o filme passe sempre um pouco indiferente o certo e que em termos de bilheteira o filme voltou a explodir, e nao fosse a loucura em torno de I Am A Legend teriamos o grande vencedor deste final de ano.

A grande proeza de Buckhaimer e saber repetir formulas sem ser demasiado repetitivo na forma como o filme e construido e narrativa evolui, sabe perfeitamente analisar o sucesso do filme, e aproveitar o que de melhor estes tem, na proximidade ao espectador e dar-lhes mais relevo nas sequelas. Neste filme embora sem a campanha mediatica do primeiro, talvez por este servia de bom chamariz a sua sequela

O filme consegue manter o nivel do primeiro filme, muito em prol de uma acção pura, com toques de comedia num filme com registo familiar, optimo para visualizar com muita gente, com bons enigmas, boas piadas, e muita açao nos argumentos mais fortes para fazer um filme vencer em qualquer espaço. Desta vez Ben tenta provar a inocencia e verdade de um familiar, a procura de um tesouro que o leva a alguns dos sitios mais emblematicos do planeta.

Claro que o filme, perde pela primazia do divertimento puro, as sequencias sao na sua maioria irrealistas, os conflitos e os trilhos sao articulados e concluidos sempre de uma forma demasiado ficional, e acima de tudo, a facilidade dos protagonistas em busca dos seus objectivos, se por um lado aproximam o filme por outro lado tornam-o demasiado infantil em determinados momentos.

O argumento e perfeito numa logica comerical, mas algo limitado do ponto de vista do conteudo, as personagens introduzidas, sao demasiado basicas, e pouco profundas, mesmo assim aproveita as potencialidades das anteriormente introduzidas. Consegue balancear muito bem as dinamicas de acçao e de comedia.

A realização nao e perfeita nem perto disso nem sempre consegue potencial o que o filme pode potenciar, parece-nos que o filme e demasiado grandioso para o talento do seu realizador, aspecto que ja se denotava de uma forma mais ligeira no primeiro filme.

Quanto ao cast, num ano completamente para esquecer para Cage o regresso a uma personagem de sucesso pode ser o ar que necessitava para um regresso em melhor forma, mesmo assim denota-se a falta de rotina do actor em papeis mais exigentes, necessita rapidamente de voltar aos filmes de autor, e descentrar-se tanto da acçao pura. Nos secundarios todos a um bom nivel dentro dos propositos do filme.


O melhor - O aproveitamento total da funçao divertimento


O Pior - Alguns aspectos do guiao demasiado fantasiosos


Avaliação - B-

Saturday, January 05, 2008

The Bucket List




Um filme com Nicholson e Freeman, e a mesma coisa que ver um concerto dos Rolings Stones, mesmo que o alinhamento esteja longe daquilo que desejamos e sempre um marco para a arte. O projecto a nivel de casting e ambicioso, e serve um pouquinho para retrospectivar o que foi um puquinho a carreira destes dois monstros, sendo que o filme e um pouquinho isto, ou seja uma forma suave de contracenar os dois papeis mais habituais desempenhados por ambos, em confronto directo.

Apesar da altura em que saiu o filme so ao de leve pescou o olho aos premios, sendo que dificilmente poderia combater a este nivel, no que diz respeito ao seu exito comercial so depois da sua expansao poderemos perceber a magnitude dos resultados, embora os primeiros balanços ainda verdes sejam medianos.

Bucket List e um filme sentimentalista, que seria quase lamechas nao fosse desempenhado por actores deste nivel, ja que a grandiosidade do filme esta totalmente na quimica que estes dois actores distintos constroem ao longo do filme. E apesar do sentimentalismo romantico, da ideologia toda que o filme transmite, estamos sempre a prespectivar mais que algum idealismo um filme sobre a construçao da amizade e valor da vida, num filme suave, simples, mas eficaz na maioria dos seus propositos.

Talvez todos esperacem ver esta parelha num filme mais denso, mais dramatico, mais forte, certo e que ambos estao na fase final das suas carreiras e por vezes e necessario estas reflexoes sob a forma de trabalho.

Bucket List conta a historia de dois doentes terminais que apos uma convivencia num hospital resolvem fazer aquilo que deveriam ter de fazer antes de morrer em conjunto, o filme na parte intermedia torna-se algo facil, sem grande enredo que engloba-se o divertimento das personagens, contudo mesmo a forma como a narrativa ganha desenvolvimento esta longe de grande creatividade limitando.se ao evoluir natural de qualquer comedia dramatica minimamente bem estabelecida.

Por vezes o filme parece cair num sentimentalismo exagerado, que o faz perder alguma concentraçao na forma como a historia se desenvolve, perdendo o filme a maturidade que o podia levar para outros patamares bem mais elevados de avaliação.

O argumento e funcional, principalmente nas dinamicas sentimentalistas, e por conjugação comerciais do filme, as personagens sao muito bem criadas e interagem perfeitamente entre si, ao qual contribui a quimica criada pelos actores, nem sempre no desenvolvimento das historias familiares a criatividade parece estar presente.

Reiner e peixe na agua neste tipo de comedias mais tradicionais com toque dramatico, alias fez toda a sua carreira neste aspecto e como com os actores, o filme e um exercicio de reflexao, Reiner observa e lentifica os planos, dando a sensação de estar dentro da quimica dos actores.

O cast e brilhante, Freeman e Nicholson desenvolvem as personagens ao seu estilo mais tipico, e certo que nenhum pela linearidade do filme tem espaço para dar o seu brilho, entrar nos seus registos mais fortes, mas ambos são especiais e no filme isso nota-se principalmente na quimica que desenvolvem nas suas personagens, tudo o restante neste aspecto e residual


O melhor - A profundidado dos ultimos minutos.


O Pior - A narrativa familiar nem sempre se encontra sob a luz da creatividade


Avaliação - B-

Friday, January 04, 2008

The Great Debaters




Denzel Washington enquanto actor e pessoa foi sempre uma pessoa com uma dimensao politica muito forte, principalmente anunciando as diferenças raciais, sendo que toda a sua filmiografia quer como autor quer como realizador foi sempre dando foco neste tipo de temas. Esta sua segunda experiencia como realizador era apartida um filme menor, contudo contigencias de uma boa recepçao critica que lhe valeu inclusive uma surpreendente nomeaçao para melhor filme dramatico nos globos de ouro, este aspecto levou a que o filme conseguisse uma distribuiçao mais forte e tambem um resultado de bilheteira mais aceitavel.

O exagero politico de determinados filmes enquadrado em dimensoes politicas fazem com que os filmes apesar de interessantes e fortes emocionalmente se assemelhem em demasia a telenovelas, e este filme acaba por ser isso. Ao implementar uma mensagem politica, ou tentar relatar uma dimensao politica sob a forma de concurso de debates, o filme cai em facilitismos que nao o ferem mas que nao o deixam com a dimensao que a poderiam ter´.

Apesar de o filme ser uma obra de visualização forte quer do ponto de vista emocional quer de uma narrativa intensa e forte, tem o seu problema na repetiçao constante de uma historia ja por demais abordada que nada de noto parece trazer para o cinema, apesar de ser um bom exercicio criativo e talvez politico.

O argumento e bem criado, e forte nas suas dimensoes mais naturais como evoulução da historia criaçao de personagens, balanço narrativo e historico, tudo parece bem articulado agora tudo ja foi visualizado por diversas vezes no cinema falhando na componente novidade.

Washington, nesta sua nova experiencia parece bastante melhor autor do que realizador, mostrando mais riqueza na narrativo e desenvolvimento das historias do que propriamente na riqueza de imagens que se reduz quase sempre ao qb.

O cast washington recheia-o de qualidade com a presença quer dele proprio quer do novo icon dos afro americanos withaker, ambos estao ao nivel positivos que ja nos habituaram, contudo nao sao eles que tomam a redea do filme sendo um grupo de desconhecidos jovens actores, com alguma qualidade a brilhar, como ja o tinha feito Derek Luke no outro filme do actor.


O melhor - A clareza narrativa-


O Pior -Tema mais que abordado desta forma no cinema.


Avaliação - B-

Thursday, January 03, 2008

Atonement


Starring:
James McAvoy, Keira Knightley, Saoirse Ronan, Brenda Blethyn, Vanessa Redgrave
Directed by:
Joe Wright

Existe aqueles filmes que desde logo se observa que foram feitos meticulosamente pensados para nada falhar, onde tudo e calculado ao minimo promenor, mesmo aqueles aspectos que as pessoas consideram como inovadoras, demonstram grande estudo. Este Atonement e a prova desse academismo, de um filme que é irrefutavelmente generalista, capaz de agradar a todos, mesmo assim nunca esquece a sua componete evolutiva, arriscando em alguns segmentos principalmente na dinamica e na forma como o filme e montado. Consegue ao mesmo tempo ser um tradicional filme ingles de epoca, mas com a capacidade de se adequar no tempo e de ser inovador e surpreendente ao mesmo tempo. Nao surpreende que seja um filme a pensar nos premios, embora ate ao momento nao tenha confirmado o favoritismo que muitos lhe davam, pese embora o seu exito comercial so esta semana vai poder ser medido com a sua expansao, mas provavelmente e se as distribuidoras funcionarem, e um forte candidato as estatuetas.
O filme tem um ponto muito forte que é a sua dinamica generalista, ou seja o filme e para todos e provavelmente todos ficam satisfeitos com aquilo que acabam de presenciar, e sentem-se sempre perante um filme grandioso. provavelmente nao sera o filme que mais nos agradara do ano, talvez pela rigidez ideologica tipicamente britanica com que o filme e criado, principalmente nas dinamicas iniciais, mas depois consegue alterar, com força, com temas mais polemicos, faz deste Atonement um dos filmes mais fortes e coesos deste ano.
A historia parece basica mas nao é, um amor proibido entre um filho de uma criada e a filha do patrão com acusações e acima de tudo guerra no meio. As personagens estao criadas com um simbolismo demasiado enigmatico, o que de alguma forma faz com que o filme se fortaleça, principalmente as personagens centrais.
COntudo e principalmente num filme de guerra e amor, as comparaçoes sao impossiveis de nao se realizar e aqui atonement, nao entra nos grandes filmes da historia, apesar de toques e de colheitas directas a este filme, e um bom parente, mas nao uma obra de referencia.
E daqueles filmes que e um primor em quase todas as suas valencias, que o transforma por consequencia directa num grande filme, mas sem o encanto necessario em ser um filme para a eternidade.
O argumento tem um ponto muito interessante, o ser academicamente tradicional e coeso, e ter a capacidade de surpreender, nos parametros da temporalizaçao da narrativa, do paralelismo muitas vezes assumido. As personagens sao fortes e o filme ganha vivacidade com isso. Talvez peque em alguma ligeireza com que detalha a relaçao amorosa central, poupa no sentimentalismo, mas perde na força e quimica que o filme poderia transmitir.
A realização de Wright e quase perfeita, o realizador pensa todos os planos como se fossem quadros, pensa o filme na transfiguraçao da sua beleza para o espectador, aspecto que ja tinha potenciado em Orgulho e Perconceito, mas aqui torna tudo ainda maior, e principalmente no cenario de guerra, consegue transmitir imagens incriveis, protagonizando talvez o melhor momento de realizaçao do ano, na transmissão da partida dos soldados, com todo a destrutura imaginaria. Uma das sequencias mais deliciosas dos ultimos anos cinematograficos.
O cast, obviamente que Wright joga com confiança, por um lado da o protagonismo a sua menina, que ja tinha brilhado no seu filme anterior, embora com menos brilho, o seu papel acaba por ser consumido pelos restantes principalmente pelo de MCavoy, ele sim o grande protagonista do filme e sem sombra de duvida com uma das participaçoes e papeis mais fortes do ano, demonstrando estar em claro ascendente de forma e preparando-se para novos saltos. Talvez a diferença de concorrencia facilite a nomeaçao dela e nao a dele, mas no filme que mais certeza tem em estar nos galardoes e a jovem Ronan, explorando a sua juventude num papel de uma intensidade fisica muito forte.

O Melhor - O primor da realização e aquela contextualizaçao espaciado do embarque

O Pior - Algum corte temporal em determinados pontos

Avaliação - B

Tuesday, January 01, 2008

Alvin and the Chipmunks




Alvin é um dos desenhos animados que mais proximo se mantem dos jovens dos anos 90, principalmente porque para alem do humor das suas personagens a quimica entre elas acabaram por alimentar o imaginario dos mais pequenos. Dai que com alguma surpresa e muitos anos depois observamos que estes desenhos animados iriam ser retratados para cinema. Muitas foram as duvidas principalmente, porque os amantes da serie tinham crescido e os mais novos nao tem contacto com estas personagens. Contudo desde logo se viu que as previsoes estavam erradas, o filme estourou com o Box Office com resultados magnificos que o tornaram num dos filmes mais rentaveis das ferias de natal, e nem a pessima recepçao critica do filme conseguiu abalar estes resultados.

è obvio que Alvin se encontra desactualizado, ou seja tudo actualizou e principalmente as pessoas que mais esparavam este filme, o seu humor ja nao se enquadra nas dinamicas humoristicas da actualidade e alias, o misticismo das personagens caiu em algum esquecimento, e isto no filme em si nao se consegue ultrapassar, fazendo com o filme seja infantil em demasia, mas incapaz de conseguir ser assimilado pelos adultos. E isto e o grande defeito do filme, tudo e demasiado fantasioso o que leva a que o filme nao tenha qualquer tipo de exigencia do que ser um filme divertido que consegue ser a espaços, embora tambem contenha momentos de grande aborrecimento.

O grande desafio do filme era criar a dinamica entre as personagens que era o ponto forte do filme, e aqui o filme nao consegue criar, a unica excepçao e entre Dave e Theodore, sendo que principalmente Alvin e algo posto de parte em todo o filme, sendo das personagens menos desenvolvidas das dinamicas cinematograficas.

Tambem a nivel produtivo o filme tem fraquezas desde logo a pequena dimensao dos chipmunks, que nao permite uma interacção conveniente entre as personagens humanas e os animados, sendo que esta dificuldade nunca consegue ser ultrapassada, e certo que permite os momentos mais hilariantes do filme, mas tambem e nestes momentos que o filme nao consegue ultrapassar as barreiras da fantasia.

O argumento tem uma dualidade que o limita, desde logo a necessidade do filme ser proximo da serie, contudo distante de uma populaçao adulta e demasiado restrito para os mais pequenos, mesmo neste particular achamos que o filme poderia ser mais desenvolvido principalmente porque nao consegue desenvolver satistaforiamente as personagens, com grande destaque para ALvin.

A realizaçao tinha uma dificuldade muito grande a tentativa de dar o maximo realismo a um filme impossivel de moldar neste particular, que e a pequena dimensao dos animais, e aqui nem sempre consegue transmitir de uma forma correcta a interaçao e a percepçao do que realmente acontece no filme.

No cast, todo o trabalho esta a cargo de Earl (Lee), e este e o grande problema do actor neste momento, devido a sua grande performance na serie, My Name Is Earl, nunca consegue se afastar por completo desta personagem, e dai que o seu encaixe no papel quase nunca e perfeito.


O melhor - O retorno de uma das melhores series de banda desenhada da nossa infancia


O Pior - Vermos que tudo demasiado infantil e que nos crescemos.


Avaliação - C-