Friday, December 31, 2021

KIng Richard

 Um dos acontecimentos cinematograficos do ano tem sido esta especie de biopic sobre o inicio da carreira das irmãs Williams mas acima de tudo na personalidade e a obsessão do pai de ambas pelo plano peculiar que tinha para a carreira delas e que resultou em que se tornassem em duas das melhores jogadoras de todos os tempos mesmo vindo de um extrato social pouco comum no desporto em questão. Este filme acabou por recolher boas avaliações alicerçadas essencialmente num Will Smtith obreiro, produtor e provavel candidato aos oscares. Comercialmente o filme nao foi propriamente um sucesso embora parecesse ter todos os ingredientes para o ser.

Sobre o filme podemos começar por dizer que a historia e aquilo que todos conhecemos e tem o merito claro de nos demonstrar o contexto familiar onde cresceram duas das maiores campeas da historia do tenis e acima de tudo a forma como elas tiveram de imperar num contexto social completamente distinto da sua origem, e o filme consegue num primeiro plano realçar perfeitamente esta dificuldade, o que torna o filme em termos emocionais impactante.

Depois temos o segundo ponto do filme, que e a personagem central. Apesar da polemica de um filme que abrilhanta muito o personagem, a sua personalidade e os seus feitos, e isso acabou por gerar muita polemica principalmente porque a personalidade de Richard Williams esteve sempre longe da unanimidade, sendo sempre mais vincada a sua irreverencia do que a capacidade. O filme dá-nos alguem de convicção mais forte do que irreverente, podendo dar uma ideia demasiado certa de um ser disruptivo.

Por fim o filme acaba por apenas nos levar ate ao primeiro jogo e Venus no WTA, algo que me parece curto, nem que seja porque o filme acaba por colocar de lado Serena que acabou por se tornar a melhor jogadora do cla e se calhar a melhor da historia, e nesse particular parece que o filme por vezes da demasiado holofote ao lado menos forte da historia, mesmo que o faça de uma forma competente.

A historia segue RIchard WIlliams e o seu plano para tornar as suas duas filhas Venus e Serena atletas profissionais de tenis, e mais que tudo a forma como os seus metodos e escolhas acabam por condicionar o seu percurso rumo ao sucesso.

Em termos de argumento a historia de sucesso e de ligaçao do pai com as filhas e conhecido de todos que acompanham o tenis. Os detalhes parecem sempre pensados com alguns objetivos de ficção e de tornar mais iconica uma personagem controversa. O filme consegue isso mas a polemica ficou instalada.

Na realização Marcus Green e um quase desconhecido realizador afro americano que acaba por ter um trabalho meritorio, quer no contexto grafico do tenis, quer também na contextualizaçao temporal, e nisso o filme consegue ser bastante concreto sem ser uma marca de autor.

No cast e obvio que ressalta a vista a construção ao promenor de WIll SMith de um Richard Williams com bastante materia para criar e para transformar o personagem, Talvez por tudo isto WIll SMith parta na frente na luta pelo oscar de melhor ator, ja que a sua personagem principalmente na intepretação fisica e muito imponente. Ao seu lado alguns destaques para como Aunjanue ELlis balança toda o lado fisico de SMith e que provavelmente ira resultar em nomeaçao também e um Benthral muito particular.

O melhor - A historia do sucesso no contexto completamente adverso

O pior - A polemica estaria instalada com a beatificação que o filme faz de Richard


Avaliação - B



Sunday, December 26, 2021

The French Dispacht

 Sempre que Wes Anderson anuncia um novo filme eis que os holofotes dos cinefilos ficam apontados, não so pela riqueza dos seus arguementos pelo conceito e estetica dos seus filmes mas acima de tudo pela capacidade que o cineasta tem de chamar a si os melhores atores. Quando foi anunciado o cast deste particular filme ainda mais atenção o filme teve. A sua estreia acabou por ser ainda em contexto pandemico num festival de Cannes que lhe deu boas avaliações mas ficou de imediato a ideia que estaria algo distante dos maiores sucessos do autor. Por sua vez comercialmente os resultados foram condizentes com o tipico do realizador.

Sobre o filme existem pontos que sao indiscutiveis no que diz respeito a mais valia do filme. A originalidade do argumento, como se uma revista se tratasse com muitas colunas, muitas personagens, muitos atores e autores, sempre com o primor de uma capacidade unica de captar imagens e de contar historias que so o realizador consegue ter. Pouco ou mesmo nenhum tem esta capacidade de inventar imagens, e nisso temos Wes Anderson ao seu melhor nivel e todos sabemos que isso é de topo.

O grande problema do filme e o formato, ao tornar as historias pequenas , algumas delas com pouco mais de dez minutos o filme perde a capacidade do significado do que conta e isso parece tornar obviamente o filme um objeto de maior conceito mas ao mesmo tempo menos impactante naquilo que transmite em termos de epicentro narrativo e da sua historia e isso pode ser mais vezes visto como irreverente do que como competente.

Assim e mesmo tendo amplificadas as maiores virtudes como realizador e argumentista de Wes Anderson parece claramente ser um filme mais pequeno no alcance e mesmo na empatia com o espetador quando comparado com alguns dos filmes anteriores do realizador. Mesmo assim e principalmente pela componente estetica e pela ideia de base temos um filme original que se diferencia da forma corriqueira como atualmente se faz cinema.

A historia dã-nos a ultima ediçao de uma revista com as historias escritas pelos colaboradores, narradas por estes com bastantes particularidades e personagens digamos unicas.

Em termos de argumento a ideia e original, as historias mais que brilhantes são contadas com a forma unica com que ANderson o consegue fazer, mas penso que nem as historias em si isoladamente tem o impacto que teriam em filmes maiores, nem por sua vez o formato permite a empatia que se espera num filme de Wes Anderson.

Na realizaçao eu atrevo-me a dizer que Anderson é sem duvida o mais diferenciado realizador de momento em Hollywood a forma com que nos da as imagens e uma forma de arte individualizada, bonita, uma forma de arte que apaixona quem gosta de bom cinema.

No cast um recheio de actores, do mais brilhante que temos em Hollywood. Acaba por os maiores destaques irem para o conceito estetico de CHalamet que acaba por ser um dos pontos altos do filme e um Del Toro unico, nuim dos melhores cast do ano.


O melhor - A capacidade unica de Anderson captar imagens

O pior - Acima de tudo a forma fragmentada da historia acaba tirar o impacto claro do que se está a contar


Avaliação - B



Thursday, December 23, 2021

Resident Evil: Racoon City

 Quando anunciaram que a vertente de Resident Evil com Mila Jovovich tinha chegado ao fim, muitos pensaram que chegava ao fim uma das maiores e mais exaustivas adaptaçoes de videojogos ao cinema, um conjunto de filmes que tiveram alguns seguidores embora sempre longe da critica. Contudo tudo ficou mais surpreendente quando imediatamente formou-se a ideia de um reebot, com novos protagonistas e a mesma historia muitos poucos anos apos o ultimo capitulo. Criticamente esta nova adaptação voltou a não convencer com avaliações pouco encorajadoras. Do ponto de vista comercial o filme arriscou as bilheteiras mas os resultados foram desoladores.

Sobre o filme penso que se alguem algum dia sublinhasse que iria ser efetuado um novo Resident Evil com novos protagonistas, todos iriam tentar perceber os motivos dessa escolha claramente porque o conceito original estava gasto e os filmes iam-se repetindo sem novos ingredientes. Pois bem este novo capitulo e mais do mesmo a todos os niveis com o problema da unica personagem que realmente alimentava a saga desapareceu e o filme nao encontrou ninguem para a substituir.,

Depois todos os defeitos dos filmes anteriores são repetidos, ou seja, personagens superficiais que rapidamente desaparecem, pouca ou nenhuma intriga, alguma violencia de imagens e efeitos melhores adaptados aos novos tempos, dão-nos um filme fraco, que continua a sublinhar o que muitas vezes é defendido que dificilmente um bom jogo da um bom filme.

Esperamos por isso que estes maus resultados deste novo filme condicionem um desenvolvimento de um novo franchising ja que o cinema ja sofreu bastante com o elevado numero de filmes desta saga que foram sendo lançados nos ultimos anos, e está na hora de parar, quem sabe para um dia criar algo diferente.

A historia tenta ir a base de toda a saga concretamente um grupo de pessoas que tenta descobrir o misterio atras da mansão Spencer, onde vão ter de lidar com uma força sobre natural.

Em termos de argumento não era de esperar que Resident Evil fosse prodigo em novas ideias ou em abordagens diferenciadores, mas fica a ideia que mesmo em termos de intriga a abordagem teria de ser naturalmente diferente o que nunca consegue ser. As personagens sao superficiais e tudo encaminha-se para o despique final sem grande arte de escrita.

Na realizaçao a batuta foi entregue a Roberters, alguem associado a filmes de terror sem grande expressão, que nao consegue nunca assinar uma marca que um reebot talvez exija. Por isso fica a ideia de que este franchising a tentar reerguer teria de recorrer a outro tipo de maestro.

No cast as escolhas de Scodelario, Arnell e John-kamen são naturais, figuras ainda em crescimento no cinema, a procura de algum mediatismo, mas com carreiras até ao momento superficiais. As personagens nao ajudam grande progressão, mas aparecem algum tempo no ecra o que pode ser benefico.


O melhor - A pessima reação critica e comercial ao filme.


O pior - Nova roupa mas o conteudo continua longe do que deveria ser


Avaliação - D

Wednesday, December 22, 2021

Swan Song

 Num ano em que novamente nesta temporada de premios temos uma luta infernal entre as estreias maiores em cinema e as aplicações de streaming cada vez mais apostadas em preencher esse espaço, a Apple + apostou as suas fichas neste drama futorista. Pese embora a interpretação de Ali tenha tido grande reconhecimento, o filme na sua globalidade foi recebido com mais frieza embora com avaliações positivas, o que tonrou que Coda fosse o trunfo do serviço para os premios. COmercialmente a pouca expansao ainda da Apple + vai condicionar o alcance do filme.

Sobre o filme vamos começar pela premissa, parece original, com muito por onde andar, original, com bons atores que tinha tudo para ser um filme significativo e forte neste ano algo frouxo em termos de originalidade das suas historias. O problema e que apesar de todos estes atributos o filme tem dificuldade em os associar e principalmente muitos problemas na montagem. O excesso de flashbacks diminui a intensidade do conflito central e fica a ideia que um filme com uma linhagem temporal mais linear poderia ter o impacto desejado no que queria comunicar.

Sabe-se que conjugar o drama familiar, de doença com um filme futorista e complicado dai que poucos filmes tentem entrar por este campo. Este filme tenta e tem momentos em que consegue principalmente na disputa entre as duas vertentes da mesma personagem. O que o filme falha e em deixar que seja esses conflitos e essas incertezas liderem o filme para dar muitas vezes a uma historia de amor inequivoca que fica bem patente logo na primeira cena do filme.

Ou seja temos um filme ambicioso, com uma excelente ideia, e excelentes atores que tem dificuldade em se organizar e o resultado pouco melhor e que uma mediania que o tornara certamente algo irrelevante num ano em que filmes como este teriam de ter mais espaço.

A historia fala de um pai de familia, doente terminal que decide aceitar criar um seu clone com todas as suas memorias e formas de pensar para o substituir e assim impedir que o luto volte ao seu contexto familiar.

O argumento tem uma premissa muito original e interessante, que o filme a espaços a concretiza mas fica a ideia que a base do filme merecia um filme mais organizado e competente, já que tem as personagens e circunstancias certas para isso, mas nunca encontra o seu rumo.

Na realização Benjamin Cleary e um jovem realizador que se estreia aqui nas longas metragens depois de ja ter ganho um oscar nas curtas. Ele da uma forma intimista de realizar tentando contrapor as personagens e os espaços com alguma beleza. Fica a ideia que num filme sci fi existe sempre espaço para mais imagem e assinatura o que nem sempre acontece. Mesmo assim e tendo em conta a premissa do argumento devemos ter debaixo de olho.

E no cast que o filme melhor funciona, Ali tem uma excelente interpretaçao de um dos atores em melhor forma e com melhor escolha de filmes que de momento Hollywood tem. E intenso, e versãtil e merece a distinção que tem tido, embora o filme peque por nao lhe dar o suporte devido a interpretaçao. Harris e o suporte do ator, fruto de ser uma atriz competente.


O melhor - A premissa e Ali.

O pior - O filme nao conseguir organizar as ideias de forma a transmitir as mesmas de forma concreta


Avaliação - C+



Back to the Outback

 A Netflix tem aos longo dos anos tentado se tornar na denominadora comum do cinema em todas as vertentes, seja ela comercial, seja ela em premios. Para este tempo de festividades surgiu mais um filme de animaçao, um terreno onde a produtora ainda vai tendo alguma dificuldade em conciliar o sucesso critico e comercial. Este filme sobre animais passado na Australia pelo prazo de lançamento apostaria mais na segunda vertente, algo que ficou ainda mais notorio quando criticamente o filme ficou-se pela mediania. Mas com uma competiçao tao forte mesmo no terreno da animaçao penso que comercialmente o filme tambem nao sera brilhante.

Sobre o filme penso que tendo em conta o numero de projetos dos ultimos anos que falaram sobre animais em fuga, e acima de tudo tentando regressar ao seu habitat natural, este e talvez uma nova repetição de um filme ja visto, alterando apenas os animais em questão e o contexto. Isso parece-me acima de tudo algo preguiçoso no resultado final de um filme que tenta ser de ação e com algum humor acabando por nao ser nenhum dos dois.

O grande ponto positivo e fazer de animais que normalmente as crianças gostam menos, ou tem algum medo as protagonistas, e dar alguma homenagem a oceania. E um daqueles filmes que no terreno de animação não tem dimensáo para se fazer vincar minimamente e por isso dentro de pouco tempo pouca gente, mesmo os miudos vao desconhecer ou se lembrar do projeto.

Por tudo isto um claro filme menor de animaçao, com uma historia repetida e que normalmente funciona para um resultado imediato comercial, com poucos ou nenhum ingrediente que o diferencie, mas acaba por ser aposta de animaçao de Netflix para os meses de Natal pese embora o filme nada tenha de relevo sobre a quadra.

A historia fala de uma serie de repteis presentes numa exposição que unidos fazem um plano de forma a regressar ao seu habitat natural, contudo vao ter de se debater com um insistente caçador e o seu filho.

Em termos de argumento percebo pouco trabalho, a historia ja foi alvo de diversos filmes de animaçao limitando-se a mudar os animais e o contexto espacial. Isso poderia dar espaço para que outros apontamentos do argumento tivessem mais força mas isso nunca acontece.

Na realizaçao deste projeto a estreia de uma dupla de realizadores em conjuntos que vem de terrenos opostos, enquanto Lessans esta habituada a editar filmes de animais de grandes estudios  Cripps e um argumentista australiano com algum conceito naquele pais, que na estreia no sempre dificil territorio da animaçao são suficientes sem brilho.

NO cast de vozes o maior sublinhado vai para a escolha de atores exclusivamente australianos para as personagens o que mais que brilhante e simbolico.


O melhor - O tornar animais menos proximos das crianças como herois.


O pior - Ja vimos este filme


Avaliação - C-



Monday, December 20, 2021

CODA

De todas as maiores aplicações de streaming que tem apostado numa maior presença junto de uma comunidade mais globart surpreendentemente tem sido a Apple + aquela que mais dificuldades tem sentido em trazer filmes significativos junto do grande publico embora tenha conseguido chamar a si alguns atores de primeira linha como por exemplo Tom Hanks. Este ano entre outros filmes com mais protagonismo foi lançado esta drama de adolescente na comunidade surda que surpreendeu a critica e tornou-se num dos objetos fetiches dos criticos e audiencias para esta temporada de premios, o que o vai fazer vincar-se mais comercialmente num filme que inicialmente poderia ter pouca ambiçao neste parametro.
SObre o filme podemos dizer que CODA e daqueles filmes quase unanimes, pelo tema, pela forma como encaixa a fundo na questão da surdez trazendo para protagonistas atores com essa debilidade, juntando-lhe todos os ingrediente para o aproximar como nenhum do publico com muita emoçao e afetos, sem nunca descuidar da exigente critica trazendo alguns dialogos de primeiro nivel na sempre estranha lingua gestual.
Mais que um filme que traga uma historia completamente diferente ou se o sumo aqui reproduzido fosse conduzido para uma familia com outras particularidades resultava num basico drama adolescente mas o filme e claramente o contrario, deixa seguir o percurso esperado do guião para tornar mais forte, sentido, e claro o apontamento e a especificidade da familia e isso faz com que o filme resulte, e seja um marco significativo do cinema como o filme que mais a fundo foi nesta questão.
Por tudo isto todos os elogios que tem rodeado este CODA são mais que justos, o filme é um hino a familia, ao amor, à dificuldade numa comunidade que merecia este filme em todo o nivel. POdemos dizer que e demasiado lamechas, mas e mesmo essa aproximaçao ao sentimento simples que faz o filme forte e um dos grandes acontecimentos cinematograficos do ano.
O filme fala de uma adolescente a qual reside com a familia inteiramente constituida por surdos que tem por objetivo ajudar no negocio da familia, a pesca, sem descuidar o seu sonho de ser cantora, mas ambos acabam por chocar um com o outro.
Em termos de argumento o filme e na base da sua historia um filme simplista, igual a muitos outros de adolescentes em todo o seu percurso. A questao e que o filme aceita a lingua gestual e permite dialogos de grande qualidade nesta lingua, o que o torna original, e acima de tudo um amplificador de emoçoes.
Na realizaçao Sian Heder uma autentica desconhecida que deixou o filme potenciar a emoçao. Nao temos uma realizaçao com muitos atributos ou na primeira linha, mas a premissa e a forma como o filme consegue comunicar as suas emoçoes com o espetador e uma mais valia, e por isso so tem de se sentir orgulhosa com esta espantosa estreia.
O mais surpreendente de tudo e a capacidade interpretativa dos seus interpretes com a debilidade em questão. A interpretaçao de Troy Kotsur e imponente, e uma das melhores do ano, razão pela qual esta a merecer grande destaque na temporada de premios. Parece-me de todo importante sublinhar a interpretaçao da jovem Emilia JOnes, que nao tendo uma personagem muito explosiva e o elo de unicao de tudo o que vemos.

O melhor - A capacidade do filme transmitir sentimentos

O pior - A premissa e repetitiva, mas com a roupagem que nunca vimos

Avaliação - B+


Saturday, December 18, 2021

Mother/Android

 Numa altura em que muitos aguardam de forma plena aquilo que Matt Reeves tera construido na sua visão de Batman, eis que surge um filme produzido pelo famoso realizador sobre uma cenario apocalitico em que alguns robots tomam conta do mundo. Este filme de ação estreado na aplicação da hulu não foi propriamente bem recebida pela critica com avaliações medianas mas com um claro pendor negativo. Em termos comerciais a Hulu ainda tem algum caminho a precorrer mas a distribuição internacional pela netflix podera dar um novo folego ao filme.

Sobre o filme temos uma historia se sobrevivencia num cenario apocalitico igual a tantas outras, temos um filme lento, onde as personagens acabam por nunca existir, salvando-se uma ligeira intriga a meio do filme com o twist que fica limitado a um curto espaço de tempo, ja que tudo o resto e a luta pela sobrevivencia em situação limita tratada com poucos adereços que tornam o filme mais que tudo demasiado monotono.

Fica a ideia que o cenario apocalitico de revolta das maquinas até é bem criado, as limitações fisicas da personagem em face da sua gravidez um escolha entre outras, mas o desenvolvimento da historia e pouco profundo, monotono, que leva a que o filme nunca consiga atingir niveis de intensidade que o aproximassem daquilo que as pessoas esperam pelo menos de um filme de ação.

Ou seja um mediocre filme de ação sci fi, monotono, previsivel, e que acima de tudo não se consegue potenciar a si, nem esteticamente onde acaba por ser sempre uma produçao mediana quer no argumento ja que as personagens muitas vezes acabam por ser tão maquinizadas como os proprios androides, e isso e claramente pouco, principalmente quando o filme se associa a alguem como Matt Reeves.

A historia fala de um casal em sobrevivencia pelos EUA na tentativa de sobreviver ao ataque das maquinas sobre os homens, sendo que tudo ainda fica mais dificil ja que a rapariga do casal se encontra grávida em fim de tempo.

A historia do apocalipse das maquinas já foi muitas vezes abordada em filmes, algumas vezes com competencia, outras como esta nem tanto. Tudo muito simples, pouco trabalhado, que resulta numa intriga pouco dinamica e interessante, e que acaba por ser o proprio guião que não permite o impulso do filme.

Na realizaçao a estreia de Mattson Tomlin, um jovem realizador romeno que esta recentemente associado a Reeves, e que percebeu que talvez tinha um filme com tamanho a mais para o seu atual momento. O filme nunca brilha na sua estetica o que e um defeito principalmente tendo em conta que se trata de um sci fi. Nao foi propriamente a melhor carta de apresentaçao.

No cast, se a carreira de Chloe Moretz enquanto adolescente fazia prever que se trataria de uma das figuras maiores do futuro, a sua concretização esta longe disso. A actriz tem colecionado presença em filmes de açao de qualidade duvidosa, com personagens nada exigentes e isso tem-lhe tirado alguma da expetativa que tinha em seu torno. O filme basicamente não existe em secundarios


Avaliação - D+



Encounter

 No ultimo ano a colaboração entre a Amazon e o protagonista deste filme, Riz Ahmed correu bem como o aclamado Sound of Metal. Este ano o ator voltou a ser aposta da operadora de streaming para a temporada de premios nesta especie de drama sobre traumas de guerra e tentativa de voltar a familia. O filme que estreou com pouco ou nenhum sublinhado motivado com criticas algo frias nas primeiras exibições do filme, acabaram por condicionar e muito aquilo que foi o percurso do filme em termos criticos e comerciais estando ja arredado de qualquer prespetiva de premios.

Sobre o filme a tematica que o filme nos trás e interessante, a forma como os traumas de guerra permanecem e contaminam todas as vertentes da vida dos seus soldados. Este ponto e intensamente debruçado no filme, principalmente no ponto de vista da personagem de Spencer, que fica a ideia que merecia mais ecra e mais contexto no inicio. O facto do filme num primeiro momento se apresentar quase como um sci fi e tornar-se num drama familiar parece nem sempre ter sido uma opção interessante porque arrefece o que realmente o filme tinha para dar.

Mesmo assim parece que o filme tem alguns apontamentos que merecem ser sublinhandos, quer a realidade e o reboliço da relaçao pai filhos, a forma como a mesma vai escalando para uma perde de controlo completo, a ligação quase irracional entre os personagens, e bem trabalhado num filme que se alicerça em boas interpretações para crescer, e nisso o filme tem algumas virtudes que mereciam se calhar mais atençao.

Não sendo nem de perto nem de longo um grande filme, acaba por ser competente na forma como trata os elementos que quer tratar. Fica a ideia que no momento em que se assume claramente como o drama tudo se torna algo circular e repetitivo trabalhando apenas em escalada, mas acaba por ser um caracteristica expectavel já que esse era necessariamente o espaço possivel de preencher.

A historia fala de um ex- combatente que acaba por sequestrar os filhos da mãe, de forma a os proteger de um eventual ataque extra terrestre o que os leva numa road trip em fuga quer dos alegados ataques quer da policia.

Em termos de argumento todos os elementos que o filme conjuga na sua narrativa, são pernitentes e o filme trata-os com alguma seriedade e isso é um apontamento relevante e a ser assinalado naquilo que acaba por ser o resultado do filme. A relação pais filhos e bem potenciada nas circunstancias do filme, fica a ideia que o equilibrio de presença de algumas personagens poderia ser mais trabalhado e potenciado numa abordagem mais complexa que o filme poderia ter em algumas tematicas.

Na realizaçao Michael Pearce e um realizador ainda desconhecido mas que os seus filmes tinham sido algo proximos de uma critica independente. Aqui tem uma realizaçao simples, muito proxima das personagens num trabalho competente mas longe de ser deslumbrante.

No cast o filme e dominado por Riz Ahmed um ator em excelente forma que consegue levar os seus personagens para alto nivel de intensidade e que o torna num dos bons valores do momento. Se calhar a pouca proximidade do filme com a critica nao lhe permitirá obter os dividendos que se calhar a interpretação merecia. Nos secundarios a presença de Spencer e sempre sinonimo de competencia


O melhor - A força dos temas dramaticos que o filme tem.


O pior - O inicialmente ser demasiado sci fi prejudica a intensidade do drama.


Avaliação - C+



Antlers

 Scott Cooper tem sido um dos jovens realizadores hiperativos nos ultimos anos mas que tem tido algumas dificuldades em nos trazer a sua obra de referência que cimentara a sua posição. Neste ano e depois de uma longa espera com mais de dois anos de pos produçao surgiu este filme, algo estranho na cinematografia do realizador ja que temos um genero que nao tinha ainda exprimentado concretamente o terror. Antlers acabou por ter uma receção mediana que nao conseguiu o brilho que se calhar o realizador esperava e comercialmente, aventurou-se nos cinemas com  resultados tambem eles pouco expressivos.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme de terror algo diferente, concetual numa forma de realizar que demonstra um realizador metodico e algo diferenciado, mas no final o filme em termos de estrategia ou mesmo em termos de historia e mais do mesmo, ou seja um espirito e a forma como a população de uma pequena cidade tenta lutar contra ele.

Se em termos narrativos o filme e limitado e repetitivo salvaguardamos que a forma como as imagens sao captadas ou mesmo a brutalidade de alguns segmentos acabam por dar alguns detalhes interessantes ao filme embora incapazes de o salvar de uma mediania quase mediocridade final de um genero em que nos parece que se torna cada vez mais fundamental novos guiões que introduzam boas imagens o que neste filme acaba por nunca acontecer.

Ou seja mais um filme de terror, que no final acaba por ser igual a tantos outros, com uma forma de realizar onde os espaços e o horror sao os protagonistas, ficando a ideia que Cooper poderá valer bem mais do que este genero, mas este exprimentalismo deveria ser acompanhado por um guião mais trabalhado.

A historia segue dois irmãos numa pequena cidade que acabam por se interessar por um jovem filho de uma familia destruturada que esconde em casa o segredo da sua familia ter sido possuida por um espirito maligno que se alimenta de carne humana..

E obviamente no argumento que residem as maiores limitações do filme em toda a sua duração. A historia, a abordagem, as explicações são mais do mesmo no repetitivo género do terror que cada vez mais demonstra dificuldade em nos dar novas abordagens, mesmo o desenlace final continua a ser repetitivo dentro do que estamos habituados.

Scott Cooper e uma promessa na realização que desde o inicio da sua carreira tem chamado a atenção mas tem tardado em nos dar a obra de referência que todos esperam dele. Esta passagem pelo terror acaba por ser surpreendente para alguem que sempre se associou ao drama, ficando a ideia que a qualidade está la, mas ainda não temos o argumento que potencie as suas qualidades como realizador, esperemos que seja no seguinte.

No cast pouco comercial escolhido, Russell e Plemons dao o lado negro e introspetivo que o filme quer para a sua toada, embora com personagens algo lineares, acaba por dar um expectro menos obvio ao lado comercial do terror. Contudo principalmente Plemons ja o vimos em melhor forma do que da neste filme, embora por culpa do pouco desenvolvimento da sua perosnagem.


O melhor - Alguns apontamentos de realização


O pior - O argumento


Avaliação - C

Wednesday, December 15, 2021

The Unforgivable

 Depois de há alguns anos atras Sandra Bullock e a Netlix terem brilhado comercialmente com um intrigante Bird Box, novamente num final do ano surgiu um novo filme, o qual tinha como objetivo nos dar uma faceta mais dramatica e intensa da atriz, num daqueles filmes pensados para alimentar expetativas de premios nas suas interpretes. O filme foi lançado mas falhou por completo criticamente não dando qualquer hipótese da atriz pensar em prémios. Em termos comerciais no entanto o star value de Bullock podera conduzir a um resultado interessante significativo na plataforma.

Sobre o filme temos um filme duro sobre reintegração, que perde como muitos outros filmes baseados numa interpretação diferenciada, ou seja, e um filme que se perde diversas vezes em dar palco a interprete mesmo quando o filme quer mais palavras, quer mais personagens e menos interpretação e isso deixa por vezes o filme órfão de uma narrativa para ser acima de tudo um filme para a sua atriz.

Claro que na fase final o filme surpreende com o seu twist, que embora quando se desvenda demonstra a capacidade de surpreender, parece que da algumas ilações do que realmente vai suceder, como sendo uma forma da personagem dar o corpo às balas o que a torna ainda para mais a heroina,. Essa forma acaba por desgastar as outras personagens e nem sempre nos parece a opção mais importante.

Por tudo isto parece-nos um drama de domingo a tarde que poderia ter elementos para ser mais trabalhado e mais funcional, mas que no essencial parece demasiado preocupado em fortalecer o essencial. Quando assim é fica a ideia que os filmes perdem alguma objetividade e capacidade de adensar a sua historia e nesses momentos tudo sabe a pouco.

A historia segue uma ex-condenada por homicidio de um policia que ao ver-se livre da cadeia depois da pena tenta restruturar a sua vida e principalmente tenta ligar-se a sua irmã, a familiar que deixou e que se encontra inserida numa nova familia.

O filme tem diversos temas que poderiam dar um filme densamente funcional em termos de drama e mesmo da forma como a sociedade reage e alguns temas, o problema e que acaba por não os trabalhar e apostar em sequencias interminaveis da sua personagem e do seu drama fisico e mental, e o filme fica coxo.

Na realizaçao o trabalho de Fingsheidt uma premiada realizadora alemã, fica um pouco aquem do esperado. Em termos da crueza das imagens de BUllock funciona mas fica a ideia que o filme tem espaço para realismo e mais autoria o que nem sempre acontece, e nesse particular fica a ideia que o filme cresce menos do que podia.

Em termos de cast a prestação de Bullock é intensa mas parece-me demasiado denunciada a candidatura a premio. Nesses momentos o exagero de alguns momentos não me parecem as melhores escolhas mas fica claramente o registo de uma boa interpretaçao, mas o senao de ter o filme todo para si.


O melhor - Alguns temas merecem atençao

O pior - O filme pensar demasiado na prestação de Bullock


Avaliação - C

Monday, December 13, 2021

Tick Tick... BOOM

 2021 acaba por ser o ano em que o cinema e a Broadway se uniram numa serie de imensos projetos que tiveram visibilidade nos teatros nova iorquinos e que agora passam para o cinema. Alguns desses projetos tiveram o dedo de Lin Manuel Miranda, um autor, ator e musico hiperativo que alimentou muitos dos filmes deste ano, principalmente numa colaboração com a Netflix. Assim surgiu a sua estreia na realização, neste biopic sobre um jovem e premiado autor de musicais, que acabou por surpreender na critica sendo um dos filmes que contam nas listas de melhores do ano. Em termos comerciais pode nao ser o produto mais apetecivel da Netflix algo que poderá mudar, principalmente se os premios aparecerem.

Sobre o filme podemos dizer que temos um musical moderno, nao so no facto de colocar de lado a dança e os grandes cenarios para ser mais uma historia ou um biopic musical sobre a propria personagem. Esse dado acaba por ser original, acompanhado por uma sonoridade atual que torna o filme ritmado e interessante, numa nova postura de um teatro onde a historia e mais tida em conta que a imagem.

O filme permite tambem uma personagem e um feito curiosos. Com uma mensagem de ligação entre as personagens, da vontade e pressa de viver, a historia de Johnathan Larson merece o sublinhado que o filme lhe dá na maior parte do tempo. podemos dizer que o filme acaba por ser na sua forma de contar algo intimsta, o que é verdade. QUe o cinema musical tem que ter mais espetaculo o que também tendemos a concordar, mas no final fica uma boa historia bem interpretada.

Lin Manuel Miranda tem ganho um conceito muito forte em Hollywood e isso faz com que as pessoas naturalmente gostem da espontaneidade do trabalho dele. Aqui temos uma mistura de sensações positivas que encaixam como amizade, amor, dedicação e um filme pequeno com ambiçao, e isso acaba por funcionar, ainda que longe dos melhores musicais que fomos assistindo nos ultimos anos.

A historia segue a personagem de Larson, um jovem com o sonho e determinação de ser um autor da Broadway que vai vendo o sonho a fugir das suas mãos com o passar dos anos, assim como as suas relações na forma como vai perdendo as referências da sua vida em procura do seu projeto.

Em termos de argumento a historia de Larson e forte, e intensa do ponto de vista dramática com o final conhecido e tragico que ainda dá mais imponencia ao sonho da personagem. E uma boa homenagem com uma personagem bem criada e musicas que acompanham bem a historia que se quer contar.

Lin Manuel Miranda e conhecido por muitos atributos mas tem aqui a estreia como realizador num filme onde a realização procura um lado intimista da Broadway que nos conhecemos menos e que se calhar facilita mais o trabalho do autor. E um bom principio embora seja a componente com menos recursos do filme.

No cast Garfield surpreende pela sua intensa interpretaçao e atuaçao. E dos papeis que ficam na carreira de um ator que depois de alguns anos longe da ribalta parece em 2021 recuperar a intensidade que o tornou em alguns momentos num dos mais expectantes atores da sua geração. Esta participação resultara provavelmente numa segunda nomeaçao ao premio num filme de interpretaçao a solo.


O melhor - Acima de tudo a interpretação de Garfield

O pior - E um musical pequeno


Avaliação - B-



Sunday, December 12, 2021

The Last Duel

 Como em muitos outros anos no passado Ridley Scott volta a estar muito ativo neste 2022 com dois filmes lançados num intervalo de tempo muito curto que serviu como dois candidatos a premios. Este pese embora marcasse o regresso da colaboraçao de Damon e Affleck na escrita acabou por ser lançado antes com menos ambiçoes de premios. Em termos criticos sem deslumbrar o filme saiu com avaliações positivas embora tendo em conta o genero sem força para os premios. Comercialmente o filme arriscou a bilheteira e falhou talvez porque nao fosse este o estilo de filme que as pessoas procuraram neste regresso ao cinema.

Ao longo da sua carreira Ridley Scott tem tido alguns dos seus filmes mais conceituados nos epicos de epoca, sendo este talvez a sua base de eleição. Neste filme temos muitos dos recursos tipicos do realizador, ou seja muita intensidade e frieza nas cenas, interpretes de primeira linha, e um filme grande e grandioso, mesmo que em termos de historia o filme faça render demasiado o peixe de uma historia curta, mas que o filme opta por dar tres visoes da mesma coisa.

A historia e intensa, historicamente importante, bem interpretada principalmente no lado mais duro dos dois protagonistas, bem acessorados por uma atriz feminina que domina o filme. Fica como o ponto menos positivo do filme, o facto de ao dar as tres versóes da historia estas sejam sempre iguais e isso acabe por levar a que algumas sequencias sejam demasiadamente repetidas na sua totalidade o que tornam esta opçao algo monotona.

Mesmo assim e nao sendo uma obra prima, nem nada que se pareça com isso temos um filme competente, sobre honra, e sobre o homem mediaval na forma como se lida com as mulheres. Esse ponto que o filme abraça bem e ainda nos dias de hoje ordem de discussão e nisso Scott foi inteligente na forma como sublinhou esse valor moral, num filme duro, de açao epico, que resulta sem deslumbrar.

A historia fala de dois amigos de guerra com percursos diferentes depois do sucesso, um fica como acessor de um poderoso senhor de terras enquanto o outro fica como o patinho feio, desconsiderado casado com a filha de um traidor e sempre apostado em tentar reencontrar a sua honra.

Em termos de argumento, o filme embora com uma história de pouco alcance, tras alguns temas atuais, mesmo quando no filme sao tratados em epocas diferentes. A formula das tres historias e algo repetitiva, mas os pontos como honra e posicionamento entre generos e bem trabalhado nos dialogos.

Scott e um veterano realizador recheado de sucessos nos mais diversos generos, mas foi nos epicos de epoca que teve o seu filme mais conceituado e premiado com Gladiador. Scott tem uma boa realização embora sem a intensidade de outros momentos, mas as sequencias de luta sao sempre cruas e fortes. A idade começa a exibir limitaçoes mas a força esta la.

No cast temos um Damon totalmente diferente do habitual, rigido, quase selvagem que o ator consegue construir bem ajudado pela caracterizaçao. E um ator diferenciado e isso e bem visivel na sua versatilidade. Ao seu lado brilha essencialmente Corner, uma das atrizes do ano, com a intensidade dramatica apurada, e que na minha otica a sua prestação merecia atençao de premios, principalmente tendo em conta o bom ano da atriz. Driver esta menos visivel, e Affleck tem apontamentos.


O melhor - O tema da segregação das mulheres bem trabalhado num filme cru de epoca


O pior - AO repetir a mesma historia tres vezes tem demasiadas repetiçoes o que o torna algo monotono


Avalkiação - B



Saturday, December 11, 2021

West Side Story

 Sessenta anos depois do musical baseado em Romeo e Julieta ter ficado na retina dos adeptos do cinema, eis que pela mão de nada mais nada menos que o Sr. Cinema Steven Spilberg surge o remake dos tempos modernos, embora passado no mesmo tempo. Depois de um lançamento adiado um ano pela pandemia, eis que o filme surgiu com toda a expetativa criada, e criticamente funcionou em plenitude com criticas muito bem conseguidas que a levara as nomeaçoes para premios, sendo que comercialmente as primeiras noticias nao sao as mais entusiasmantes mas ainda vamos numa fase inicial do seu percurso.

Sobre o filme podemos dizer que o filme funciona essencialmente onde Spilberg nunca falha que é na dimensão e na realizaçao. A fidelidade ao original, a forma como consegue dinamizar os momentos musicais ao maximo com o contexto adequado, dão mais do que um grande filme uma boa homenagem a obra original quer de teatro quer de cinema, numa replicação a tecnologia de hoje das cenas de sempre.

Claro que a historia e conhecida e o que podemos retirar de mais diferente e sempre nas compoenentes de produçao cheias de escolhas acertadas, que fazem este filme mais que um excelente filme uma excelente produção, que se centra principalmente nas escolhas fieis as bases das personagens as homenagens aos originais e acima de tudo a ideia do cinema magico de hollywood.

Por tudo isto West Side Story nao tendo muita capacidade de surpreender ja que a maioria das pessoas ja conhece do inicio ao fim a historia, é o filme no tempo e no desenvolvimento tecnologico do cinema, que marca esse ponto. Claro que podemos discutir a emergencia de novos filmes e ideias, mas quando o remake tem esta qualidade tecnica nada podemos apontar.

A historia e a conhecida, dois gangs rivais em luta por um territorio, até que um dos elementos de uma das fraçoes acaba por se apaixonar por uma jovem do outro lado e onde se tenta que o amor ultrapasse a rivalidade.

EM termos de argumento basicamente temos uma replicação da peça e do filme, com ligeiros ajustos pouco relevantes. Nao e propriamente o tipo de filmes com mais profundidade dos dialogos ou surpresas narrativas, dai que seja mais obvio e eficiente que brilhante.

A capacidade de Spilberg arriscar aos 75 anos em diversos estilos como o musical e de valorizar, princialmente quando o resultado tem a dimensão deste filme que parece ser inequivoco que tal brilhantismo num genero novo so pode estar ao alcance de um dos melhores, que Spliberg obviamente e.

No cast o grande senão do filme, parece evidente que Elgort tem um valor comercial interessante junto do publico mais novo, mas que o mesmo não tem capacidades interpretativas nem musicais nem de dança para liderar um filme desta dimensáo. Os secundarios tem melhor plano com destaque para as excelentes interpretaçoes dos quase principiantes no cinema Ariana DeBose e Mike Faist.


O melhor - A qualidade produtiva

O pior - Elgort


Avaliação - B



Rone's Gone Wrong

 Ao aproximar o tempo de natal e de ferias e comum as produtoras aproveitarem para lançar os seus filmes de animação, sendo que a 20 Century Fox agora com a ajuda da Disney lançou este filme particularmente diferente sobre a ligação dos jovens com a tecnologia. Este novo filme acabou por criticamente recolher alguns aplausos ainda que possam ser insuficientes para grandes premios. Comercialmente o filme arriscou o cinema mas os resultados estiveram longe do que a produtora ja conseguiu em projetos de animaçao.

Sobre o filme podemos desde logo elogiar a forma como o tema e bem atual, a forma como os menores estao vidrados e encaixados em dispositivos ligados a internet e um tema que o filme aproveita bem para nos trazer um divertido filme que critica esse aspeto mas ao mesmo tempo e um filme sobre emoçoes simples, o que torna o filme num razoavel filme infantil.

Podera parecer que depois de lançada a ideia e a teia narrativa o filme acaba por nem sempre ser hábil nas escolhas que faz sobre o percurso dos espetadores e mesmo nas sequencias. O filme parece sempre criar um caos cada vez mais exagerado que começa a dar menos palco aos pontos mais emotivos e simplistas que o filme trabalha melhor.

Assim um filme que pega numa forma de vida muito atual, com os exageros tipicos que muitas vezes se utilizam para passar uma mensagem, dando-nos um filme curioso, longe em qualidade do que de melhor se produz no cinema de animaçao mas e um resultado que pode deixar os seus produtores felizes.

A historia segue um jovem que e o unico que não recorre a dispositivo eletrónico ligado a rede, que vai mudar tudo a sua volta quando fica com um desses amigos informaticos com defeito, que vai ter livre arbitro.

Sobre o argumento e obvia a atualidade do tema e a forma como o filme recheia muito dos seus procedimentos com emoçoes simples. A ligaçao entre a personagem e robot e bem potenciada, mas fica a ideia que o filme perde um pouco o controlo do caos  e isso condiciona algumas escolhas.

Na realizaçao deste projeto temos um trio de realizadores associado a filmes de animaçao ainda que menores, e que fica a sensação que ainda estao numa segunda divisão nas abordagens e na marca.

No cast de vozes e na de Galfinakis e no seu Ron que se centra a maior parte das atenções e funciona a escolha, num filme contudo que depoente pouco do seu cast de vozes.


O melhor  - O tema atual-

O pior - O caos criado e demasiado grande


Avaliação - C+



Tuesday, December 07, 2021

Silent Night

 O cinema de autor tem diminuido muito a incidência nos ultimos anos, agravando-se mais apos a pandemia em que todos tem medo de arriscar em projetos. Este projeto idealziado antes da pandemia tenta conjugar a tradição natalicia com algum terror, um mix sempre estranho mas que acompanhou este pequeno projeto ainda que com alguns atores de primeira linha. Em termos criticos a mediania do filme nao lhe permitiu dar intensidade ao seu impacto, e comercialmente sendo obviamente um filme pouco apelativo neste particular nao se afiguravam grandes resultados.

O filme começa com um filme sobre personagens em reuniao festiva, algo que e muito comum nos filmes de natal. Alias ate a metade do filme, temos um curriqueiro filme de reunião, onde aparecem os conflitos e as coisas mal resolvidas, ate que a determinada altura o filme deriva para algo completamente oposto, e aqui o filme que era um monotono filme igual a tanto outro, acaba por ser tornar num objeto tao estranho e distante do publico que dificilmente consegue ser agradavel.

O apocalitico desenvolvimento do filme, pode ser algo que ate podemos achar diferente irreverente, mas surge completamente descontextualizado daquilo que o filme se tinha tornado ate então, e nisso o filme não se consegue fazer funcionar nem no drama/comedia de personagens nem no terror horror que acaba por ser sempre muito softt.

Ou seja sobra apenas a irreverência num filme que nunca parece encontrar o seu verdadeiro genero ou ritmo e quando assim e os objetos apenas são estranhos, pouco ou nada impactantes e um resultado muito aquem do esperado, principalmente pelos produtores e mesmo elenco associados ao filme.

A historia fala de uma serie de amigos e descendencia que se juntam para festejar o natal, mas tudo começa a a mudar quando um estranho acontecimento acontece e vai colocar em causa a sobrevivencia de todos naquela noite.

Em termos de argumento, a historia e as premissas de base do filme, são estranhas e não combinam e o filme sofre com essa particularidade. Fica a ideia que nos dias de hoje, o cinema tem obrigatoriamente que ter mais coesão, e menos irreverencia gratuita que o que este projeto tem na historia de base.

A realizaçao deste filme marca a estreia de Camille Griffin uma realizadora inglesa que até agora apenas tinha curtas no seu curriculo. E irreverente, chama ao filme os seus filhos, mas como criadora sabe a pouco e fica a clara ideia que dificilmente veremos outros projetos da mesma a curto prazo.

Um dos aspetos mais particulares do filme foi a capacidade de chamar a si um elenco recheado de nomes conhecidos e que ao longo do tempo foram tendo carreiras consideraveis, destacando-se uma Knightley sempre proxima do lado mais tradicional, que tem aqui um papel como todos os outros algo oco. Mesmo o jovem  Griffin Davis que tinha surpreendido no particular Jojo Rabbit, fica aqui algo preso aos tiques do seu papel mais relevante.


O melhor - Tem sempre o teor natalicio

O pior - O facto de ser um filme estranho e de pouco encaixe do primeiro ao ultimo minuto


Avaliação - D



 

Sunday, December 05, 2021

Spencer

 Pablo Larrain e os seus introspetivos biopic sob a forma de um momento da vida das personagens que escolhe mas que trabalha de forma a definir as personagens tornaram-se num fulugrante estilo com assinatura propria, e excelentes trabalhos representativos. Este ano surgiu o biopic ou a abordagem da personagem de Lady Di, a iconica princesa de Gales. Criticamente o filme saiu a ganhar principalmente uma Kirsten Stewart que figura em todas as listas de candidatas para melhor atriz. COmercial Larrain não e proximo do grande publico, mas o icon da figura de Diana assegurou alguma sustentabilidade economica ao projeto.

SObre o filme, podemos dizer que quem conhece o trabalho de Larrain não ficara surpreendido com o estilo lento, debruçado acima de tudo nos maneirismos e reações das personagens sobre o que a rodeia, e muito menos um filme sobre acontecimentos ou uma descriçao escrita da sua vida. Por tudo isto o filme acaba por ser estranho para quem não conhece a abordagem do realizador, mas fiel a quem conhece.

Apesar de ser um filme com ritmo muito lento, e apostado muitas vezes em imagens abertas e paradas, certo é que o filme tem a mais valia de queriar uma intensidade crescente no silêncio, de forma que nos engloba num contexto claustrofobico de controlo e mais que isso nos proprios desvaneios da personagem que mais nao e do a forma encontrada desta conseguir inserir-se num contexto tao controlado.

Por tudo isto, se calhar nao e neste filme que vamos saber muito sobre os feitos ou a linha do tempo da relação de Diana na familia real britanica, mas certamente e neste filme que podemos perceber melhor como a mesma se sentiu neste contexto durante aquele periodo, e isso e o objetivo central do filme.

A historia fala de Diana em pleno fim de semana de natal, na casa de ferias dos Windsor, e a forma como tem de cumprir rigidamente a tradição, quando ja se encontrava numa fase de querer ser ela propria,

Em termos de argumento sem muitas palavras, dialogos ou personagens o filme consegue fazer a tensão crescente que quer, e isso e o efeito da escolha correta dos momentos e das frases. E uma abordagem diferenciada de um argumento de Knight muito mais parado que o habitual mas que serve perfeitamente o que Larrain quer como realizador.

GOstando-se ou nao Larrain tem um estilo de cinema de autor muito diferenciado. Rapidamente percebemos que e ele o realizador, no estilo, nas pausas, nas personagens, e isso e um reconhecimento de um realizador ainda jovem que ja vincou um estilo de cinema que tem chamado a atençao da critica, e que o apontam como um valor a seguir, principalmente por atores que querem premios.

NO cast Stewart podemos dizer que é uma construçao trabalhada, quer do ponto de vista fisica e de maneirismos, mas tambem no dialeto, que tornam a personagem intensa e proxima da realidade. Claro que e um filme que a interpretaçao e facil de gostar, e de admirar mas tambem temos de reconhecer o empenho e o resultado de Stewart que domina o filme do primeiro ao ultimo minuto.


O melhor - A capacidade de sem grandes palavras o filme nos levar para dentro da personagem e das suas reações aquele contexto.

O pior - Demasiado pausado


Avaliação - B




Saturday, December 04, 2021

Bruised

 A Netflix apostou nesta temporada de premios no novo projeto e cru de Halle Berry a qual conciliou neste filme o papel de protagonista e de realizadora. O filme que estreou na antecamara de premios com ambiçoes principalmente para a prestação de BErry esbarrou numa critica que nao foi propriamente adepta do projeto. Em termos comerciais o filme tem os ingredientes de domingo a tarde que muitas vezes funciona para ter esse impacto comercial, que se calhar o elevado numero de projetos que vem a luz do dia nesta altura pode retirar.

Bruised e um filme simplista sobre uma personagem no limite da sua vida, e sobre os sentimentos mais primarios como a união mãe e filho. Nisto o filme e cru, levando muitas vezes a perosnagem central ao limite. O problema do filme e que todo o seu desenvolvimento e totalmente previsivel e pouco diferenciado. Os conflitos as dificuldades e o final e tao previsivel que sobra um filme de domingo a tarde e pouco mais.

E obvia a intençao de Berry chamar a si o filme, pela forma firme e fisica que se entrega a personagem. Temos de dar o merito a uma atriz que em alguns momentos conseguiu reconstruir excelentes momentos da carreira e que ao longo do tempo lhe deram um reconhecimento critico. O filme no entanto parece apenas ser pensado para essa intençao e isso esvazia o restante.

Ou seja um filme longo, previsivel, igual a muitas outras historias dramaticas de vida, numa especie de Million Dollar Baby sem o enredo e sem a complexidade das personagens, embora a duração nao seja particularmente diferente. SObra uma Berry empenhada e um filme que muitas vezes perde a possibilidade de crescer para outro estilo.

O filme fala sobre uma ex lutadora de MMA longe do sucesso, imergida numa relação abusiva com o seu manager, num clima de alcoolismo, que vai mudar quando um filme com quem nao tinha contacto regressa a junto de si e exige que reconstrua enquanto pessoa e consiga encontrar o seu lado maternal.

No que diz respeito ao argumento parece um guião demasiado simplista, sem grande desenvolvimento de personagens, e fica sempre preso ao desenvolvimento da historia simplista e pelos caminhos mais faceis. parece nunca existir particularmente espaço para outros avanços num filme que nunca tenta ir mais longe.

Halle Berry e uma actriz que tem aqui o seu projeto enquanto realizadora, num estilo que particularmente é dedicado a figura enquanto atriz. O filme tem espaços para momentos de assinatura principalmente os de combate, mas a realizadora deixa o palco todo para ela enquanto atriz, e isso não sei se e propriamente a melhor escolha.

NO cast Berry como atriz e o melhor do filme, uma entrega fisica e intensidade psicologica a um nivel que a leva para as listas de candidatas a premios. DOmina o filme do primeiro ao ultimo minuto, tem contra si o filme ser declarado nesse objetivo e ser a propria prestação da atriz que atrasa o desenvolvimento da personagem.


O melhor - Halle BErry atriz

O pior - Fica a saber a pouco para tanta duração


Avaliação - C



Thursday, December 02, 2021

The Humans

 Numa altura em que outros players do mundo do streaming começam a centrar esforços no cinama eis que surge a aposta da SHowtime, em complemento com a A24 para esta temporada de premios. Esta adaptaçao da galardoada peça de teatro foi lançada com objetivos criticos muito claros e a boa receçao critica parece manter intacto esses objetivos. Por sua vez do ponto de vista comercial e claramente um filme pequeno para audienças muito especificas, ou mesmo para ver no serviço de streaming em causa dai o quase inexistente resultado comercial.

The Humans como muitos outros filmes baseados em pelas de teatro, percebe-se cedo que o é, e mais que isso que vai ser adaptaçao fiel aos componentes tipicos do teatro. Nesse particular parece-me que o filme nunca deixa de ser um palço, quer na estrutura do apartamento quer nas deambulaçoes ou mesmo dialogos pensados para este tipo de audiencia. Fica a sensaçao que mesmo com boas escolhas de atores o filme acaba por ser na sua essencia uma peça de teatro filmada e isso e pouco para o cinema atual.

O filme tem elementos interessantes como a reunião anual de uma familia que pouco comunica e que os laços acabam por ser esbatidos pelo distanciamento. O filme tem alguns cliches deliciosos como a simpatia do novo genro em tentar colocar sempre o melhor ambiente contextual ou o regresso ao passado das irmãs. Este lado mais sentimentalista e nostalgico das reuniões acaba por esbater outros pontos que me parece que o filme e algo escuro de mais como os conflitos enraizados de cada personagem e a forma como eles vao aparecendo no contexto.

Ou seja resume-se um filme bem escrito, pensado para o teatro e para o simbolismo do mesmo, mas que o cinema aqui da uma roupagm possivel, sem nunca esquecer a origem clara do filme. Dava tempo para mais conflito mas a toada do filme de distanciamento é uma toada que o filme acaba por querer para ele proprio em busca do seu proprio resultado.

A historia fala de uma familia do interior norte americano que se reune na casa de uma das filhas residente numa zona mais pobre de manhattan, e onde acaba por ser uma reunião depois de algum tempo de separaçao em pleno jantar de açao de graças.

Em termos de argumento uma historia com muito dialogo ou nao fosse uma adaptaçao de uma obra de teatro. O filme e pensado claramente nesse ponto, mesmo nas movimentaçoes circulares das personagens e nos monologos. O filme tem intensidade e mensagem e isso faz desde logo o argumento resultar.

No que diz respeito a realização, Karam e um jovem realizador independente que mais que atençao tem conseguido chamar alguns atores prestigiados aos seus filmes, nem sempre com personagens obvias. Aqui e fiel ao teatro mas pouco mais em termos daquilo que o filme e em termos de realizaçao.

No que diz respeito ao cast, Jenkins e quem sai com a melhor personagem com a intensidade tipica que o excelente ator da aos seus filmes, embora pareça sempre que a personagem tem uma explosao para dar que nao o faz. Ao seu lado, um leque de atores compententes que segura as necessidades de interpretaçao do filme.


O melhor - Os dialogos e o simbolismo da familia que se reune uma vez por ano.


O pior - A forma como o filme e demasiado preso ao teatro


Avaliação - B-



Wednesday, December 01, 2021

A Boy Called Christmas

 A Netflix tem uma politica bem definida na conjugação dos seus interesses criticos e comerciais, com filmes pensados para cada altura do ano. Como e obvio o Natal é um dos periodos comercialmente mais interessantes e eis que surge aqui um dos seus projetos, um filme com muita fantasia e espirito natalicio apostado num publico comercial muito concreto. Criticamente esta obra conseguiu boas avaliações que elogiaram o espirito natalicio do filme. Criticamente o filme nao tem propriamente um impacto muito significativo mas nas tardes em familia sera um recurso ate ao natal.

Sobre o filme podemos dizer que o filme tem os ingredientes tipicos de um bom filme natalicio, o lado familiar, a tristeza, a alegria, um bom coração e acima de tudo muita cor e muita faltasia, que da ao filme os ingredientes para poder existir uma associação entre o natal e o filme e penso que isso sera o objetivo primordial que o filme se prontifica a fazer.

Tecnicamente e um filme com boas caracteristicas principalmente na construção e definiçao do mundo dos Elfos, o que acaba por dar o input para muito do que e o espirito natalicio. Por tudo isto parece-me que mesmo sendo um filme obvio e sem grandes sublinhados que o diferenciem relativamente a outros filmes de Natal e um filme que reune de forma consistente os ingredientes que estes filmes devem ter.

Por tudo isto um razoavel filme da NAtal, com uma moral bem definida, e acima de tudo muita cor. E um filme que muitas vezes toca sentimentos mais negativos como perda e saudade, mas no final tudo se compoem para o ponto que o filme quer ter de ele proprio, ou seja, um filme familiar com muita fantasia que e o input para o espirito natalicio.

A historia segue uma historia contada a uns jovens orfãos de mãe e que nao acreditam no Natal, em que conta a historia de um jovem na mesma situação que entra na procura do mundo fantastico dos elfos e na resposta para todas as suas inquetações.

Em termos de argumento temos um filme que consegue recolher os efeitos tipicos dos filmes de natal, mas que por outro lado tem alguma dificuldade em ir mais alem. As duas historias são basicas e previsiveis e mesmo as personagens como vilões e herois são algo basicos.

Na realizaçao deste filme de natal temos Gil Kenan um jovem realizador e argumentista que tem tido mais sucesso na segunda arte. Neste filme temos os elementos tipicos do natal como cor e fantasia, podendo faltar alguma assinatura, mas no final o filme cumpre os seus objetivos.

No que diz respeito ao cast, temos algumas figuras conhecidas principalmente no que diz respeito a secundarios, que acabam por dar maior dimensao e impacto ao filme, embora este nao exija propriamente muito aos seus interpretes. Ja o jovem Lawfull tem aqui a sua introduçao, numa personagem que nao exige propriamente muito.


O melhor - O espirito natalicio estã la.

O pior - Nao tem muita capacidade de surpreender


Avaliação - C+



Monday, November 29, 2021

Heart of Champion

 Os filmes sobre desporto despertam sempre uma intensidade emocional particular, embora sejam usualmente filmes que seguem um guião muito definido e por isso seja muito dificil impressionar nos seus formalismos. Este ano surgiu em alguns teatros este pequeno filme, produzido e interpretado por Shannon sobre Remo. O resultado critico do filme foi pessimo, algo que nem sempre é muito comum na carreira do ator. Comercialmente este filme arriscou uma estreia ainda que curta nos cinemas mas o resultado foi a todos os niveis desastroso.

Sobre o filme podemos dizer que temos o tipico filme de adolescentes no desporto, onde a equipa nao funciona, chega o treinador rigido e consegue os unir, ou quase, com muito drama a mistura. O filme segue o guião dos filmes de serie b do genero com muitos tiques de drama adolescente que nunca o fazem crescer para patamares de qualidade. Muitas vezes questionamos o que Shannon um ator intenso faz numa obra tão basica como esta.

Outro dos problemas do filme, e a forma como tenta fugir ao percurso esperado, caminhando pelo drama extremo. Fica a clara sensaçao que uma outra abordagem ou mesmo um outro estilo de realizaçao poderia conduzir o filme para outros resultados, mas nisso o filme nao ter arte para se potenciar para alem de um fraco filme de adolescentes.

Ou seja mais um filme de desporto, na essência, igual a tantos outros que acaba por nos dar um desporto nem sempre utilizado como o Remo, e pouco mais, um drama cheio de desgostos e muitos relacionamentos de telenovela juvenil, para um resultado muito aquém do esperado principalmente tendo em conta o percurso do seu protagonista.

A historia fala de uma equipa de Remo, que funciona mal, com muito individualismo que recebe a chegada de um estranho treinador, com regras bem definidas e apostado em formar mais que tudo uma equipa, mas os conflitos e personalidades acabam por complicar o seu trabalho.

Na base e em grande parte do desenvolvimento, temos mais do mesmo em termos de guião, a tipica historia da equipa que se dá mal, que se vai unindo, os metodos pouco convencionais e algo que ja vimos inumeras vezes e aqui acaba por ser finalizado com um final dramatico para a emoçao facil que nao potencia nada de novo ao filme.

Na realização Mailer e um quase desconhecido com um percurso marcado por filmes menores que tem aqui uma realizaçao que no impacto da competição lhe poderia dar algum palco mas que o filme quase segue sempre o minimo garantido e assim as coisas sao modestas como todo o filme.

A grande interrogação do filme e o que Shannon faz neste filme. Um ator talentoso, intenso em ótima forma acaba por desembarcar num claro filme serie B numa personagem pouco ou nada trabalhada que me parece nada  ir a este tipo de personagem. Nos secundários uma serie de jovens que quer ganhar força mas que ainda não conseguiram imperar.


O melhor - A forma como o remo tem o seu filme


O pior - A naturalidade de uma historia que nunca funciona


Avaliação - C-

Sunday, November 28, 2021

Last Night In Soho

 Edgar Wright tornou-se num fenomeno de cinema depois do seu comercial e trepidante Baby Driver se tornar num exito estantaneo a todos os niveis. Muitos aguardavam com expetativa o que se seguia. A aposta pelo paranormal foi surpreendente principalmente porque o realizador nunca se tinha aproximado daquel estilo. Criticamente este novo filme de Wright passou com boas criticas embora nao brilhantes. Em termos comerciais mesmo com um elenco de nomes em ascenção mas sem figuras de primeira linha apostou pelo lançamento em cinema o que lhe deu um resultado pouco mais que satisfatorio.

Este peculiar filme, tem alguns pontos onde e bem conseguido, principalmente na forma como se introduz na loucura do mundo academico de Londres, do ponto de vista de uma jovem do interior. O filme e eficaz naquilo que e a tradução do entusiasmo, e da loucura desses tempos, e principalmente naquilo que é a zona de Soho, que acaba por ser o primeiro grande objetivo do filme.

Do ponto de vista da narrativa, não é um filme facil, um filme de paralelismo entre os mundos que nunca tenta ser logico. Nisso o filme acaba por tentar ser mais surpreendente do que é, razão pela qual penso que o filme entra numa dinamica que nem sempre nos parece a mais rentavel, numa obra que tem boas actrizes, mas a entrada na particularidade e no sobre natural acaba por tornar o filme demasiado difuso para o impacto que quer ter.

Por tudo isto, e independentemente de sendo um bom filme no genero do horror e do paranormal, em termos globais sabe a pouco principalmente tendo em conta o jovem e capaz elenco que reuniu e principalmente tendo em conta aquilo que Wright prometia.

A historia fala de uma jovem do interior que acaba por ir para Londres estudar moda, mas percebe que a universidade é todo um mundo por explorar. Contudo tudo fica mais confuso quando vai viver sozinha para um quarto que a leva para uma relação com uma habitante do mesmo do passado.

O argumento e ambicioso, no paralelismo entre mundo e epoca, mas acima de tudo parece quase sempre um pouco confuso neste ambicioso objetivo. Nota-se alguma desiquilibrio nas personagens as quais nem sempre são potenciadas dentro daquilo que poderiam ser.

Na realizaçao Wright e um dos jovens valores, que tenta encontrar o seu genero e mais do que tudo a sua obra de referência. Nota-se estilo e irreverencia. QUalidade de planos mas ainda falta juntar tudo isso num filme com a intensidade e a tematica certa para ser a sua referência.

No cast temos duas das jovens em melhor forma do momento, a assumir a sua dimensão no cinema Mckenzie esta na fase de passagem a idade adulta, mas necessita de um cinema mais objetivo, Taylor JOy tenta capitalizar o sucesso em termos televisivos para o cinema, mas parece-me que este nao seja o melhor papel para isso.


O melhor - O filme tem um estilo visual interessante.


O pior - Nao e um filme obvio e por vezes complicado nos paralelismos.


Avaliação - C+



Saturday, November 27, 2021

Venom: Let There Be a Carnage

 Três anos depois de Venom ter visto a luz do dia no seu proprio franchising, eis que surge a sua sequela, fiel aos apontamentos do primeiro filme, quer em termos de estilo quer em termos de cast. A introduçao de dois novos viloes surge como ingrediente maximo de um filme   que como o primeiro teve ,muitas dificuldades criticas, sendo que comercialmente as coisas correram bem, demonstrando alguma aproximaçao entre o publico e este peculiar personagem.

Se esperam num filme de Venom algo mais adulto e com sentido do que vimos no primeiro filme, enganem-se aposto a dizer que este segundo filme e totalmente mais absurdo e comico do que aquilo que o primeiro filme ja tinha sido. Fica a ideia que tudo e pensado para nao resultar, e assim surgir um filme tosco mas engraçado que nao se preocupa minimamente com nada mais do que o seu proprio estilo.

Pese embora nestes apontamentos seja indiscutivel que o filme ate funciona, porque acaba por ser engraçado, mas em termos de historia e no seu proprio desenvolvimento o filme e um deserto de ideias, os viloes basicamente sao maus e nada mais, os conflitos entre personagens reduzidos ao minimo, e se nao fosse a personagem de Venom ser realmente engraçada tudo seria um desastre.

Assim, temos um filme de alegados super herois, que mais cedo ou mais tarde sera certamente integrado noutros filmes que sobrevive pelo seu aspeto desalinhado e pouco coerente como uma formula que podera funcionar a curto prazo, mas parece sempre algo preguiçoso, principalmente pelo nivel de cast que o filme tras consigo.

O filme segue Venom e o seu corpo Eddie Brock, a ter de lidar com uma terrivel ameaça, Carnage um ser igual a Venom mas muito mais sanguinario que entre no corpo de um ja terrivel psicopata que foge da cadeia.

Em termos de argumento o filme e muito vazio, tirando um ou outro apontamento comico em que o filme serve as suas intençoes, nao temos qualquer complemento as ideias, as persongens, em termos de intriga deve ser do mais minimalista que vimos em filmes de alegados super herois.

Na realizaçao este segundo filme foi entregue ao conceituado ator Andy Serkis que aos poucos tem arriscado na realizaçao ainda sem o seu total sucesso. Aqui temos um filme de tarefa, com efeitos conseguidos, grande produçao mas pouco ou nada em termos de assinatura.

No cast fica-se com a ideia clara que Hardy limita-se ao minimo nesta personagem nao a dotando de nada. Ao seu lado uns viloes que seguem o tipico da carreira deles, principalmente uma Harelson que as caracteristicas servem o proposito do filme, e uma Harris que junta ao corriculo um filme mais comercial.


O melhor - Venom

O pior - A intriga do filme e muito pobre


Avaliação - C



Thursday, November 25, 2021

Passing

 Todos já sabem a obsessão que a Netflix tem por finalmente conseguir o oscar de melhor filme, o que tem fugido sempre, mesmo quando o caminho parecia certo. Este ano a estrategia repete-se, diversos filmes, lançados em momentos distintos com estilos muito variados a espreita que um deles consiga obter o sucesso desejado. Este é mais um dos filmes para esse objetivo, este curioso filme a preto e branco que marca a estreia de Rebeca Hall como realizadora, que conquistou a critica no ultimo festival de Sundance embora sem premio, não foi propriamente o tipo de conteudo mais comercial da Netflix, mas podera conduzir a algum reconhecimento critico.

Identidade e um filme pequeno, de ritmo lento, mas que tem dois trunfos que fazem o impacto da mensagem que quer passar ser maior. O primeiro a forma como as duas personagens lidam com o facto de serem afro americanas num contexto que é repressor para elas, e depois a escolha de uma realização a preto e branco que esbate ou troca os planos da cor da pele, e que é claramente escolhido para esbater essa sensação, e que acaba por ser a assinatura plena do fillme.

E se em termos destas escolhas o filme acaba por ser competente e artistico, no desenvolvimento narrativo do filme, para alem da mensagem que quer transmitir o filme nem sempre é brilhante. As personagens ficam demasiado presas a uma unica tematica, e o ritmo demasiado lento de um filme de curta duração nem sempre o fazem ser impactante quanto a mensagem necessitava que fosse.

Ou seja mais do que qualquer coisa sobre o risco de uma jovem realizadora em nos dar um filme a preto e branco com simbolismo, mas que sofre de um guião algo lento e que pouco da para alem da mensagem e da base ideologica e quando assim é fica a ideia que o caminho poderia ter um impacto bem superior aquele que acabamos por ver.

A historia fala de duas colegas de universidade afro americanas, que se reencontram com formas diferentes de lidar com a cor da pela. Uma que tenta esbater a mesma inserindo-se numa comunidade branca e outra que mesmo integrada na sociedade aceita a sua cor de pele.

Em termos de argumento para alem do simbolismo e do tema racial bem patente no filme, nao me parece que a escolha do desenvolvimento das personagens seja aquele que mais impacto da  a mensagem, tornando o filme lento, e muitas vezes monotono, e isso acaba por ser o calcanhar de aquiles do filme.

Na realizaçao Hall tem um trabalho meritorio, principalmente pelo risco assumido num filme racial a preto e branco, mas que funciona no impacto que o filme quer ter na cor. Para uma estreia temos um trabalho interessante principalmente porque a realizaçao e o que chama mais a atençao no filme. Uma carreira a seguir de perto.

No cast a escolha por duas atrizes afro americanas mas as quais ainda tentam encontrar o seu espaço como atrizes dramaticas, nem sempre me parece as melhores escolhas. Thompson paresse sempre presa a algumas expressões faciais inoquas e Negga pese embora a critica adore as suas ainda curtas participações, parece claro que ainda tem muito por trabalhar.


O melhor - A realizaçao

O pior - O guião nao acrescentar muito ao tema


Avaliação - C



Tuesday, November 23, 2021

Finch

 Num percurso que tem sido algo lento, eis que a Apple + lança o seu filme de natal, outra vez com o apoio de um Tom Hanks que tem estado muito proximo dos lançamentos da operadora. Este Sci fi pos apocalipse foi uma aposta grande do serviço de streaming o qual tem tido alguma dificuldade em se afirmar. Criticamente e principalmente tendo em conta a presença de Tom Hanks a mediania da receção soube a pouco, e talvez ainda não foi comercialmente o filme ancora que a operadora necessitava que fosse.

Sobre o filme podemos dizer que se esperamos um filme de ação a desilusão vai ser tremenda, já que o filme nunca procura esse estilo sendo mais do que alguma coisa um filme sobre relações e vinculação, muito apurado emocionalmente embora possa muitas vezes ser algo basico de mais nos seus procedimentos. E um filme de emoçoes positivas, alguns sorrisos, que são sempre necessários ainda para mais quando temos um excelente robot e um excelente ator a contracenar as duas horas de filme.

Uma das criticas que o filme recebe e claramente o facto de ser demasiado repetitivo, e isso e claro, não se passa muita coisa no filme, para alem do estabelecer de laços numa road trip entre diferentes especies. Isso nunca impede no entanto o filme de nos procedimentos como dialogos e crescimento da relação das personagens o filme ser conseguido, potenciando um bom entertenimento natalicio, num estilo que nao esperavamos.

Finch pode nao ser um poço de originalidade nem o espetaculo de efeitos especiais que esperavamos com Hanks e o seu robot, realizado por o obreiro dos espisodios mais espetaculares de Guerra dos Tronos, mas temos um filme com uma mensagem muito intensa, engraçado, curioso que nos leva aos primordios da magia do cinema que e o entertenimento puro.

A historia fala de um pos apocalipse num planeta terra destruido pelo aquecimento global e com poucos sobreviventes e sem recursos. O filme fala da odisseia de um desses sobreviventes associado a um cão e dois robots que tenta fazer uma viagem até à costa de forma a conseguir encontrar mantimentos.

Em termos de argumento o filme acaba por ser simples nos seus recursos ou nos seus objetivos, mas parece-me claramente que o filme é inteligentissimo no guião e mais que tudo na forma como faz com que a quimica entre as personagens resultem.


Na realizaçao Sapochnik foi um realizador que atingiu o sucesso nos episodios mais marcantes na guerra dos tronos que lhe deu um imput para liderar projetos maiores. O filme e competente sem nunca ser espetacular. Talvez todos pensassemos que iriamos ter um festival de efeitos especiais, mas o filme nunca procura isso. Podera perder a dimensao comercial imediata, mas não me parece uma ma escolha.

No cast temos um Tom Hanks em bom plano, nao sendo uma interpretaçao de topo como ja nos habituou, tem a competencia e a intensidade que sempre entrega aos seus papeis, deixando algum espaço para a excelente prestação vocal de Landry Jones no iconico Jeff.


O melhor - A criação de JEff

O pior - É um filme simples familiar


Avaliação - B

Sunday, November 21, 2021

Clifford The Big Red Dog

 Numa altura em que nos aproximamos das ferias de natal e comum a aposta em filmes familiares das mais variadas produtoras, algumas com maior capacidade de que outras para chamar a atenção comercial do seu projeto. Este e um dos filmes da Paramount, lançado no cinema mas ao mesmo tempo na nova plataforma da produtora. Criticamente a mediania de um filme familiar acabou por dominar a resposta critica, sendo que comercialmente os resultados ate acabaram por ser melhores do que esperado, já que nos parece nao ser um filme de grande impacto comercial.

Sobre o filme podemos dizer que temos os ingredientes tipicos dos filmes familiartes, ou seja afeto, dificuldade, magia e ligação entre personagens infantis e animais. Ate aqui nada de novo e o filme acaba por perder essencialmente por isso, ou seja, por ser em termos do desenvolvimento narrativo um cliche que deixa no humor e principalmente nos efeitos o peso do filme funcionar ou nao.

O problema e que o humor do filme na essencia nao existe, sendo sempre um filme algo pensado para os mais pequenos que nunca consegue cativar os maiores, e o efeito especial de Clifford esta longe de ser brilhantante, falhando principalmente nas sequencias de interação que nos levam mesmo a duvidar se estamos perante uma produçao de primeira linha.

Ou seja um filme obvio, para ver com os mais pequenos, mas fica a clara ideia que podemos escolher filmes bem melhor, mais trabalhados e principalmente em termos tecnicos muito mais funcionais. Fica a ideia de que e um filme de produtora menor que a Paramount abraçou para um dinheiro facil.

A historia fala de uma jovem inadaptada a cargo de um tio desadaptado que acaba por abraçar um peculiar cão de pelo vermelho que surpreende tudo e todos quando cresce com o amor que lhe dão tornando-se num gigante cão de dificil gestão em face do tamanho. 

Em termos de argumento temos um filme basico, com uma historia ja utilizada dezenas de vezes, com personagens com poucos ou nenhuns atributos que tem como objetivo unico e simplista proporcionar um entertenimento familiar, mas mesmo nisso ja vimos historias bem mais competentes.

Na realizaçao Walt BEcker e um realizador de comedia de filmes que nunca conseguiram imperar na critica e aqui demonstra essas dificuldades principalmente na dificuldade em ser competente com os efeitos que tem ao dispor. Se calhar explica o facto de nunca ter saido deste tipo de cinema.

NO cast temos uma jovem Darby Camp que vai ganhando alguma presença em filmes familiares mas a qual vai ter de transitar para o cinema adulto e tenho duvidas que tera essa tarefa facilitada. Nos restantes secundarios algumas caras conhecidas mas pouco mais.


O melhor - Tem sempre emoçoes positivas

O pior - O efeito especial e quase amador


Avaliação - D+



007: No Time to Die

 Depois de um interregno maior que o esperado devido a pandemia eis que o reinado de Daniel Craig como James Bond chegou ao fim e da forma menos esperado possivel num filme que lançou o panico perante todos os spoilers do mundo. Este  novo filme de James Bond tem uma serie de ingredientes que tornavam particularmente apelativo do ponto de vista comercial, razão pela qual os resultados comerciais foram impactantes principalmente tendo em conta a condição pandemica. Criticamente pese embora as boas avaliações o resultado ainda ficou um pouco aquem do que os filmes mais adorados de Craig como Bond acabaram por ter.

Para ultimo filme de Craig como Bond, muitos ingredientes novos como uma reunião de vilões, com novos e antigos, uma reunião de Bond Girls, e acima de tudo a renovação no apoio de sempre que foi acontecendo nos ultimos filmes. Para alem destes ingredientes o problema e mesmo a intriga principal deste filme, longo com pouco ou nada de particular relevante em termos da evolução da intriga e fica a ideia que para ultimo capitulo poderia existir um vilão mais trabalhado apesar de nos ultimos momentos termos as revelações suficientes para nos surpreender.

Claro que temos os ingredientes tipicos da saga, sequencias impossiveis, uma intriga com um vilão com planos elaborados e maquiavelicos, ação que passa por diferentes espaços, e acima de tudo pouca conversa e muita ação, isso faz que este seja mais um filme de James BOnd, mais proximo da mediania da maior parte da saga ao longo dos anos e longe dos filmes mais elaborados dos ultimos tempos.

Fica assim a despedida de um James Bond que teve ao seu dispor melhor argumento e se calhar o melhor realizador, que teve filmes que fugiram algo ao esteriotipo da saga, mas no final temos um filme mais comum de James Bond que guarda para o fim o impacto que quer ter. Ficara na historia como um filme que arriscou como nenhum, embora no processo escolha o caminho mais simplista.

A historia segue James Bond, depois da reforma mas ainda ligado aos planos de Spectre que acaba por o conduzir ao confronto com um vilão do passado da Bond Girl que conseguiu ir mais longe com o agente secreto, e isso leva-o a desafios que antes nunca teve.

Em termos de argumento na base da historia temos o comum, achando mesmo que em termos de intriga temos um filme bem menos trabalhado de que alguns dos filmes antecessores de Craig. A questão e que no final o filme lança absolutamente as suas bombas e isso torna-o mais marcante.

Na realização deste capitulo Fukunaga que esteve na base de True Detective foi o escolhido, mas tem pouca assinatura de um realizador ainda a trabalhar o seu espaço. Fica a ideia de sequencias grandes mas nem sempre trabalhadas com mestria. Soa a trabalho de tarefeiro e nem tanto um trabalho de autor.

No cast Craig é mais uma vez um Bond tipico depois de ter iniciado com prespetivas de dotar a personagens de mais atributos interpretativos, os quais foram desaparendo de filme para filme. Nos viloes fica a ideia de Waltz e muito mais impactante do que Malek, quer em personagem quer em interpretaçao. No caso das Bond GIrls Sedoux ganha um espaço unico na saga, e Armas simplesmente aparece dez minutos.


O melhor - O risco do final do filme.

O pior - Até la e um cinzento filme de Bond


Avaliação - B-



Saturday, November 20, 2021

The Eletrical Life of Louis Wain

 Na altura em que todos se colocam na disputa da temporada de premios que ai vem, a Amazon com o seu prime lançou este filme tradicional ingles sobre uma vistosa historia de vida, de alguém pouco adaptado que encontra o amor e a desilusão na vida no amor. Este filme sobre a vida de tão particular personagem com uma realização algo tradicionalista e com muita cor conseguiu uma receção critica moderadamente satisfatoria, mas como a maioria dos filmes mais pequenos do Streaming comercialmente teve pouco alcance.

Sobre o filme temos o tipico filme tradicional ingles, sobre uma familia particular, com uma pessoa particular que encontra no amor a sua motivação para aceitar a sociedade que o desconhece. A mensagem do filme e positiva, o detalhe artistico de alguns apontamentos também funciona mas o filme acaba por ser muito lento, principalmente no segundo segmento o que o torna algo monotono.

Claro que esteticamente e na personagem temos um filme diferenciado, elencado em interpretações bem sustentadas, e acima de tudo um filme que nos trás uma personagem peculiar e os seus feitos, com uma realização tradicional mas com luz, que nunca sendo um filme capaz de se diferenciar acaba por ser um filme que acabamos por ver, embora nunca tenha propriamente força para ser vinculado por muito tempo.

Um tradicional biopic igual a muitos, que o que ganha na eloquencia e caracteristicas particulares da pessoa em causa perde na falta de ritmo que nao aproveita um estilo tradicional mas artistico da abordagem principalmente porque o filme e demasiado preso a algum obvio.

A historia segue um ilustrador com uma tendencia particular para desenhar animais e gatos concretamente, o qual totalmente desfasado da sociedade acaba por se apaixonar por uma mulher de uma classe mais baixa.

Em termos de argumento temos um biopic que nos da as particularidades do personagem central, embora me pareça sempre demasiado caricaturado. No desenvolvimento da narrativa o filme e mais obvio e principalmente na intriga tem dificuldade em ir buscar os elementos que forneçam intensidade a historia.

Na realizaçao Will Sharpe tem um trabalho tradicional com luz, mas onde nos parece prometer sempre muito mais do que aquilo que nos da. E um jogem realizador asiatico que tem bons apontamentos mas necessita quem sabe encontrar os ritmos certos do seu cinema.

No cast o filme acaba por ter um Cumberbacht com um trabalho intenso, se calhar demasiado pensado para impressionar o que torna o trabalho de ator mais vulgarizado, embora demonstre o bom momento do ator. CLaire Foy e uma das atrizes em melhor forma do momento mas nem sempre tem encontrado palco suficiente para o exibir.


O melhor - A junção do tradicional e da cor


O pior - o Baixo ritmo


AValiação - C