Wednesday, August 30, 2017

The Hitman's Bodyguard

Desde o momento em que o trailer e os primeiros posters deste filme tiveram a luz do dia, pensamos de imediato que estariamos perante uma parodia de acção, com uma vertente mais comica do que propriamente por um filme de mortes e seguimentos, o que fez subir a expetativa, num genero que quando resulta, normalmente consegue exibir alguns bons filmes. Nas avaliações criticas o filme tão teve grandes elogios acabando por resultar em avaliações medianas. COmercialmente as coisas foram ajustadas, sem grandes alaridos, pese embora tenha aproveitado o facto de ter estreado num dos momentos mais calmos do ano, que lhe permitiu a liderança no box office por um grande periodo de tempo.
Sobre o filme, eu confesso que gosto bem mais quandos os filmes sao comedias de acçao, do que filmes de acçao com alguma comedia, e neste caso estamos mais perante um filme que encaixa neste segundo grupo do que o contrário. O que isto resulta na analise do filme, é que temos muito mais seguimentos e tiros do que piadas, ou dialogos nesse sentido. Alias mesmo em termos humoristicos, pese embora o filme tenha alguns bons momentos, principalmente bem realizados e em contextos geograficos assinalaveis, nem sempre funciona o seu estilo de humor, caindo muitas vezes num sem sentido que acaba por fazer as parodias algo sem sabor.
Mas é obvio que é um filme com bons momentos, a sequencia em que a personagem de Ryan Reynolds se queixa num quiosque com uma sequencia de açao por tras de si, e um momento de primeira linha, quer pelo significado quer pelo envolvimento da realização, mas isto são pontas soltas de um filme que nem sempre e equilibrado, que tem um argumento de segunda linha e um cast de primeira.
Mas mesmo assim para o genero acaba por ter alguma intensidade, pese embora me pareça que a duraçao é longa, uma produçao envolvendo diversas cidades que tambem funciona de cartão de visita para as mesmas, mas que no final acaba por ficar aquem das expetativas. Mas nestes casos muitas vezes o problema nao se trata do filme, mas sim do que esperamos dele.
A historia fala de um guarda costas, que depois de ter falhado um trabalho, desce o nivel do seu serviço, ate que e contactado pela sua ex-namorada, funcionaria da interpol que lhe pede que faça segurança a um temivel assassino profissional no trajeto a um tribunal dos direitos humanos, ja que o mesmo vai testemunhar contra um temivel ditador.
O argumento é previsivel, tem alguns bons momentos, mas nem sempre e equilibrado quer em termos da narrativa em si, onde abusa das sequencias de açao, mas tambem em termos humoristicos onde balança algumas graças bem conseguidas com outras que nunca funcionam.
Na realização Patrick Hugues vem de um cinema mais musculado e isso nota-se na forma como da primazia as sequencias de acção tornando-as muito longas em deterimento de mais interação falada entre as persoangens. mesmo assim alguns bons momentos, como o acima descrito, com boa utilização das cidades e das suas caracteristicas. Ou seja pese embora com alguns defeitos parece-nos um realizador a seguir para filmes de alguma dimensao.
No cast, o encaixe dos protagonistas nas personagens e obvio. O lado dicotomico de Reynolds, que funciona muito bem na ação com humor, como se percebeu bem em Deadpool, e o lado badass que Samuel l Jackson faz como nenhum. Nem sempre funcionam bem juntos, mas no individual e no que o filme humildemente pese, as coisas resultam neste particular.

O melhor - A sequencia das lamurias de Reynolds

O pior - A forma como nem sempre a graça e eficaz num filme em que era fundamental este aspeto para o diferenciar

Avaliação - C

All Eyez on Me

Mais de vinte anos passados sobre a morte de um dos maiores simbulos da historia do RAP americano, e ainda assombrado por diversas duvidas relativas a autoria da sua morte, eis que surge o primeiro grande biopic de Tupac Shakur, com alguma expetativa por aquilo que artista se tornou principalmente depois de morrer. COntudo rapidamente se percebeu que em termos criticos este biopic nao tinha reunido grande consenso, com resultados negativos. Comercialmente as coisas foram melhores principalmente tendo em conta os resultados tipicos de biopics de musicos, mas poucos tem a dimensao e ainda alguma atualidade na cultura americana como este Tupac.
Sobre o filme eu confesso que a figura de Tupac era uma das que me chamava particularmente à atenção quer pela sua morte precoce mas também pela riqueza musical que deixou, bem como pelo conflito entre gangs que resultou não so na sua morte mas tambem na de Notoriuous Big. E depois de ver o filme das duas uma, ou a vida de Tupac, não foi assim tão interessante para dar um filme, algo que pode ser verdade em face de ter morrido tao cedo, ou o filme é tão mal produzido e escrito que não consegue tornar interessante nenhum dos pontos da vida do cantor, já que no final, para alem dos momentos musicais não temos uma intrigue que acaba por funcionar.
Mas não é apenas neste ponto que os problemas do filme surgem, a montagem com os avanços e recuos temporais, são totalmente sem sentido, ou seja, nunca percebemos o motivo dos retrocessos, ficamos com a sensação que personagens entram e saem do filme sem qualquer explicação, tem montes de sequencias sem contexto, e mais que isso sem qualquer tipo de seguimento na narrativa, o que fica a ideia de um filme que foi montado sem qualquer razão ou substancia e isso é talvez dos piores defeitos que um filme pode ter.
E assim acaba um biopic que ate poderia ser interessante e mediatico, com uma boa escolha principalmente fisica dos seus interpretes, se tornar num filme que mais que não ter conteudo e mal construido nos seus pontos basilares, e que provavelmente vai defraudar as expetativas de pessoas que como eu queriam perceber pelo menos algumas das vivencias do rapper, e principalmente do conflito entre os lados, que apenas e referido ao de leve no filme.
A historia tenta-nos dar todo o percurso pelo menos profissional de Tupac Shakur e algumas das suas vivencias, quer na sua vida pessoal, criminal e profissional até ao momento trágico da sua morte.
Em termos de argumento penso que alguma desta analise pode ser enviesada pela pessima montagem do filme, que acaba por nao permitir que nenhum dos pontos de interesse do filme seja percetivel e trabalhado no filme, e isso parece ser propositado mas e um dos maiores erros que vi nos ultimos tempos.
E na realizaçao e na montagem que o filme perde toda a sua força, Benny Boom, um realizador de filmes de serie B, teve aqui um filme maior do que ele, e em vez de ir pelo meio simples de contar uma historia temporalmente definida, tentou inventar, dar uma vertente pessoal de conjugações de momentos e estragou o filme por completo. É uma das obras em que o dedo do realizador colocou tudo em causa.
Num cast mais preocupado com as semelhanças fisicas do que propriamente com a qualidade dos seus interpretes, algo que poderia ser arriscado, talvez surpreendentemente foi o aspeto que resultou melhor, porque principalmente Shipp Jr encarna na perfeiçao a imgem de Tupac, mas tambem esse foi o motivo da sua escolha, ja que ate entao ninguem o conhecia.

O melhor - As semelhanças fisicas entre os interpretes e as personagens

O pior - A montagem temporal do filme, um autentico desastre

Avaliação - D+

Monday, August 28, 2017

Leap!

Esta passagem do verão para o Outono normalmente resulta num período de arrefecimento nas estreias em Hollywood, principalmente porque a ressaca das ferias normalmente não conjuga com idas ao cinema. Dai que por vezes é comum neste período estrearem alguns filmes de outros circuitos com valores comerciais menores. Foi isso que aconteceu com este Leap, que quase um ano depois de ter saido na maioria dos circuitos so agora chegou ao circuito norte americano, com criticas medianas, o que usualmente não serve de impulso para filmes de animaçao, e se grande trabalho comercial, razão pela qual os resultados também foram eles pouco visiveis.
Sobre o filme, torna-se cada vez mais proximo pelo menos na componente tecnica os filmes de animaçao de estudios mais pequenos com aquilo que os grandes de holywood vão conseguindo fazer. E tecnicamente que este filme brilha mais, principalmente ao captar alguma da luz de Paris no inicio de ano, e por ter a ambiçao de o fazer, ja que normalmente temos pouco trabalho de contextualizaçao temporal nos filmes de animaçao, e esse risco desde logo deve ser louvavel neste filme.
Claro que em termos de argumento e historia de base, normalmente existe uma maior dificuldade em tornar os filmes de grande impacto, ou pelo menos faze-los fugir de uma forma de cinema previsivel, aqui temos a tipica historia do falhada que se torna uma historia de sucesso, com algum apontamento de romantismo, mas quase sempre sem grande graça para alem de um ou outra tentativa de humor fisico. por tudo isto parece-me obvio que se trata de um filme muito mais interessante na sua analise tecnica do que propriamente naquilo que conta, com exceção da sua contextualizaçao historica.
Mas é importante sublinhar o facto da animaçao ser cada vez menor um bastiao dos grandes grupos, e que com meios menores outras produtoras, ja consigam trabalhos competentes, mesmo que em termos de historia e significado das suas obras essa distancia na maior parte das vezes ainda é bem visivel, mesmo conseguindo ja chamar a si algumas figuras conhecidas para o trabalho de dobragem
A historia fala de dois orfãos com sonhos diferentes no mesmo espaço que decidem fugir do orfanato para a grande cidade de paris, ela para ser bailarina, ele para ser um inventor de primeira linha.
Em termos de argumento como acima ja sublinhamos, as historias mesmo que consigam alguma força emocional, ainda não conseguem ter um significado e um impacto moratorio que os filmes maiores conseguem, aqui parece-me que o filme e sempre demasiado obvio, para um desfecho esperado e isso nos filmes de animaçao começa a ser curto.
Na realizaçao e produçao do filme a dupla de Erics, franceses que tem aqui a experiencia inicial na animaçao com um resultado compentente, devendo se louvar a tentativa com sucesso relativo de tentar recriar um paris de inicio do seculo, algo que ainda não e muito potenciado nos filmes de animaçao, devendo ser sublinhado este risco.
No cast de vozes Fanning e DeHaan/wofl são boas escolhas para a dupla de protagonistas, no caso de Fanning a sua voz encaixa na suavidade e leveza da personagem sem esconder o lado rebelde, e acabou por ser uma boa opçao num filme que nao exige grandes interpretaçoes vocais.

O melhor - O risco de uma recriaçao temporal

O pior - Demasiada prevesibilidade na historia

Avaliação - C+

Saturday, August 26, 2017

Lowriders

Para alem dos filmes sobre a comunidade afro americana nos EUA, nos ultimos tempos tem surgido um outro tipo de filmes, sobre outra comunidade bem presente nos EUA que tem conseguido chamar a si algum publico, falo dos hispanicos, principalmente mexicanos e filmes que abordam algumas das suas tradicoes e os seus gostos. Este filme sobre lowriders, ou seja a capacidade de modificar carros foi uma das apostas deste ano, criticamente as coisas foram medianas, mas comercialmente para um filme sem grandes figuras e para um filme que inicialmente estreou em poucos ecras podemos dizer facilmente que o resultado ficou consistente.
SObre o filme podemos dizer que nao se trata de um filme muito complexo, ou com um argumento muito coeso ou abrangente, trata-se de um filme simples sobre carros e dramas familiares, quase sempre mais preocupado em fazer se funcionar no aspeto emocional, com o seu happy ending, do que propriamente num dado realista sobre uma familia com aquelas caracteristicas, isto pode o filme facilmente ser considerado pequeno.
Em termos emotivos e um filme simpatico, com oscilaçoes de todas as partes apostado em tentar demonstrar dramas familiares de um ponto de vista positivo, contudo muitas vezes parece muito rapido a resolver alguns conflitos complicados que o filme tras e nisso o filme tem pouca dimensao ou parece pouco maduro, caindo muitas vezes num facilitismo de um cinema de segunda o que faz com que o filme seja sempre demasiado simples nos objetivos para grandes voos.
Ou seja um filme que mais nao quer do que fazer imperar uma comunidade cada vez mais significativa tambem no cinema, algo que os afro americanos ja fizeram a muito tempo, ou seja marcar presença num cinema mais comercial, com os seus gostos e tradiçoes bem presentes, num estilo obvio de segunda linha.
O filme fala de um jovem artista de rua com problemas com o pai que sonha com a ajuda do mesmo na sua oficina tendo em vista uma competiçao para alterar carros, relaçao esta que sofre um contratempo na altura em que um irmao sai da cadeia e incendeia a relaçao complicada com o seu pai.
Em termos de argumento e um filme de processos simples, em todo o seu percurso, nem sempre original, previsivel na sua conclusao, com uma mensagem positiva, mas sem grandes personagens ou dialogos, optando quase sempre pelo obvio.
Na realizaçao Ricardo de Monterioul um peruano que tem aqui o seu trabalho mais visivel, em alguns planos principalmente na competiçao de carros demonstra conhecer a cultura trabalhada no filme, mas pouco mais, no restante nem sempre o filme consegue fazer-se vincar em qualquer plano de realizaçao.
Por fim no cast, o protagonismo vai para Gabriel Chavarria, com um papel algo cinzento perdendo grande parte das sequencias para os seus colegas de cast, mais conhecidos e conceituados, mas com personagens mais marcantes, é um actor ainda jovem e por vezes este pode ser um inicio de uma carreira. Nos secundarios Birch com menos maneirismos que Rossi e o balanço do filme.

O melhor - A cultura de uma comunidade cada vez mais influente no cinema

O pior -O pouco risco do argumento

Avaliação - C+

Megan Leavey

Volvidos dez anos da maioria dos confrontos no golfo persico começam agora a surgir no cinema as historias dos herois americanos de guerra, pelo menos os mais conhecidos, algo que sempre foi um terreno prodigo para alguns produtores de hollywood. Este filme no femenino e com a influencia dos cães, acabou por resultar em boas avaliações criticas, e que depois acabaram por fomentar uma boa distribuição em termos de cinema que resultou em consistentes resultados comerciais, num filme de guerra com contornos diferentes quer pelo lado feminino quer por glorificar outro tipo de herois.
Sobre o filme, existem dois tipos de filmes que funcionam em termos de filmes de guerra, por um lado os mais realistas com uma visao mais completa em termos de conflitos, que normalmente tem ao leme realizadores de primeira linha. E por outro filmes mais emotivos, de relaçoes que se criam entre personagens do conflito. Este e o tipico filme que se enquadra na segunda linha, com uma componente mais emocional do que documental, e um filme de boas sensações com personagens essencialmente emocionais mais que racionais.
Isso faz com que o filme em termos de entertenimento se aproxime do publico com alguma facilidade, como a maioria dos filmes sobre pessoas e animais o fazem, mesmo que em termos de espetacularidade de sequencias seja um filme mais pobre de segunda linha, e isso e notorio na dimensão estetica que o filme nunca consegue ter.
Mas o filme acaba por pese embora exagerar naquele sentimento de patriotismo americano, ser um filme compentente no cumprimento dos seus objetivos, um filme de segunda linha que presta homenagem a alguem que se diferenciou, e que mais uma vez demonstra a facilidade como um pais como os EUA consegue homenagear os seus herois mesmo que tudo seja sempre com uma pitada de showbizz
A historia fala de uma soldada americana, que tem como funçao em pleno confito no golfo persico orientar um cão pisteiro, que acaba por se tornar a sua relação mais solidade no dia a dia.
O argumento e pensado em termos de cinema mais do que em termos documentais no relato de uma historia de vida, e pensado de cima abaixo para potenciar o valor emocional da relaçao do que propriamente um realismo de situação, o conflito e colocado apenas como apenso e isso pode tirar alguma dimensao ao que é contado.
Na realizaçao Gabriela Cowperhwaite uma total desconhecida deve ser valorizada por arriscar um filme de guerra, algo que e normalmente uma tematica mais masculina, num filme mais emocional, nunca parece encontrar o espaço para alguma dimensao estetica.
No cast não sendo um filme de interpretaçoes dificeis já que e um filme mais emotivo, todo o peso da interpretaçao esta em Kate Mara, uma actriz que nos ultimos tempos tem conseguido alguns dos papeis importantes principalmente no que diz respeito a uma dimensao de heroina de açao. Nos secundarios as personagens nunca tem espaço para grande crescimento.

O melhor – A homenagem a herois improvaveis.

O pior – Alguma falta de dimensao nas sequencias de acção

Avaliação - C+


Friday, August 25, 2017

Rough Night

A tentativa de conseguir um filme comedia, que seja o sucesso completo e que seja para as mulheres o que a ressaca foi para os homens, e um dos objtivos que tem sido a muito tentado pela maioria dos estudios. Neste verao uma das maiores apostas em termos de comedia, foi esta comedia no feminino sobre uma noite de excesso. E se criticamente as coisas nem correram  tao mal com avaliaçoes medianas, foi em termos comerciais que o filme falhou, principalmente porque era uma das maiores apostas dos estudios em termos de comedia para este verao, e o resultado ficou bastante abaixo do esperado.
SObre o filme eu sei que as comedias sexistas normalmente sao aquelas que funcionam junto do publico principalmente quando tem consigo algum humor erotizado. O problema deste filme contudo centra-se mesmo no humor ou na falta dele, pese embora seja um filme esforçado em termos da forma como tenta fazer funcionar o seu sentido de humor, com variedade de estilos, nada parece funcionar e o filme nunca é engraçado, nunca tem uma narrativa interessante, e mais que isso cai diversas vezes, ou seja quase sempre num absurdo sem sentido, que faz do filme um objeto estranho e quase sempre indegesto.
Sao varias as razões pelas quais este filme nao funciona, desde logo as personagens, nao tem empatia com o publico, de tao esteriotipadas que sao, acabam por ser quase sempre demasiado irritantes e sem graça, e neste capitulo cai a maioria das amigas da protagonista, e toda a sequnencia de Peter, que cai numa tentativa de humor sem sentido, sem graça, e são um despredicio de tempo, assim como a maioria do filme.
Por tudo isto Rough Night uma das grandes apostas da comedia para o presente ano tornou-se num dos maiores fiascos a todos os niveis, principalmente por nao ter graça. Numa altura em que a comedia parece passar por um periodo de pouca euforia, aqui demonstra-se bem que mesmo nas apostas maiores as coisas tem tido dificuldade em funcionar.
A historia fala de uma candidata a senadora, que antes de casar, decide passar um fim de semana em Miami com as suas melhores, amigas, mas tudo fica pior quando acidentalmente um stripper contratado acaba morto.
O argumento e a todos os niveis absurdo, desde logo na intriga central, exagerada, repetitiva, sem graça, mas tudo fica pior nos seus componentes e aqui o filme nao consegue nunca fazer funcionar as suas personagens o seu sentido de humor, e por isso aqui reside muito do insucesso do filme.
NA realizaçao Lucia Aniello, uma jovem realizadora associada a um estilo de humor muito propria e relacionado mais com televisao, tinha aqui um filme que caso resultasse poderia ser o trampolim de uma carreira, em face do modesto resultado parece-me obvio que a carreira vai necessitar de outro impulso.
Em termos de cast, penso que Johansson vale mais que uma comedia deste genero, uma comedia de segunda linha, o seu desconforto com este registo e notorio e parece nunca conseguir encaixar-se quer na personagem quer no estilo do filme. De resto actores relacionados com a comedia, mas que nao saem de esteriotipos que nao permitira o desenvolvimento de uma carreira consistente.

O melhor - Tenta por diversas vezes ter graça

O pior - Nunca consegue

Avaliação - D

Thursday, August 24, 2017

6 Days

Numa altura em que o terrorismo é cada vez mais tema do dia, e normal que os filmes sobre atentados terroristas ganhem algum atrito no que diz respeito a divulgaçao dos seus filmes. Este filme europeu, mais concretamente britanico acabou por ser arrasado pela critica com avaliaçoes essencialmente negativas, tendo estreado esta semana sem grande alarido nos EUA e com resultados tambem eles poucos interessantes.
Sobre o filme o que podemos dizer e que usualmente os filmes sobre terrorismo consegue chamar a si um climax emocional que pelo menos prende os espetadores ao ecra, e neste filme e tudo tao em lume brando que este objetivo essencial nunca e conseguido, tudo parece demasiado lento, sem chama, com dificuldades em criar intensidade quer na intriga quer nas sequencias de acçao, acabando por so conseguir alguns bons momentos o filme, para alem do relato de um acontecimento orignal, em alguns momentos de negociaçao, mas mesmo assim muito pouco quando comparado com outros filmes com o mesmo tipo de assunto.
Outro dos problemas claros do filme e a dificuldade que tem em assumir uma historia como central, ao tentar dividir a historia sob tres pontos de vista, acabam por duas delas quase nao existir, ou nao serem nunca trabalhadas para assumir essa postura, isso acaba por ser um erro claro do filme, nesse balanço e equilibrio narrativo que qualquer filme deve ter para funcionar.
Por tudo isto, num filme claramente menor tendo em conta o tema em questao e facil perceber que sera um filme pouco interessante, com pouco mediatismo, mas mais que isso um filme que perde por nunca ganhar dimensao produtiva nem de argumento, talvez por isso o pouco alarido a sua volta.
A historia segue a tomada da embaixada do Irao em Londres pelos terroristas e a forma como este acontecimento e visto, pelo negociador, por um membro da equipa de forças especiais que toma o espaço, e por uma jornalista que cobre o evento.
Em termos de argumento penso que vale pela historia que conta, ja que a forma como aborda a tematica nao me parece a mais conseguida desde logo na opçao pela versao tripartida do argumento, que me parece errada, tornando o filme demasiado lento, mas mais que isso sem qualquer ponta de intensidade.
A realizaçao a cargo de Toa Fraser um autentico desconhecido, que aqui nao chama a si muita atenção ja que nos parece um filme demasiado parado, que nao consegue chamar a si luz quer nas sequencias de acçao, nem em termos de produçao temporal, nao sera este filme que lançara o realizador para o sucesso.
No que diz respeito ao cast, nao me parece um filme de grandes exigencias, Bell tem o lado de açao, que me parece encaixar no seu estilo de realizador, Strong tem uma presença interessante para a personagem que contudo o argumento a torna demasiado monocordica, Cornish tem uma personagem inexistente no filme.

O melhor - A formula de contar um acontecimento do passado bem atual no significado

O pior - A incapacidade do filme tornar-se activo

Avaliação - C-

Wednesday, August 23, 2017

Lemon

Sundance é um festival que serve não só para o lançamento de filmes apostados em serem autenticos marcos para a temporada de premios, em filmes de menos recursos, mas tambem para filmes mais exprimentalistas, cimentados numa cultura mais indie e hipster, onde encaixa este pequeno filme que conseguiu algumas criticas consistentes da critica, mas estreou de uma forma completamente silenciosa sem qualquer tipo de resultado significativo.
Se existe algo que irrita mais do que um filme mal produzido e com um argumento vazio, e um exercicio de intlectualidade sem sentido, baseado numa irreverencia desprovida de qualquer logica, que resulta em filme constituidos por sequencias soltas, sem ligação, sem sentido, que mais não é do assumir uma rebeldia criativa por si so. Este Lemon e isto de uma forma crua, ou seja chegamos ao fim sem nunca perceber qualquer objetivo do filme, sem acharmos graça a uma sequencia, e sem ter ideia de quem e a personagem central, por tudo isto e dificil encontrar algum valor concreto num filme tao pobre.
Contudo agora e facil gostar de filmes deste genero, que ninguem compreende, cada vez mais temos visto alguns filmes com este teor a ser apresentado como um genero criativo, mas neste caso e dificil avaliar ja que nao consigo perceber qualquer linha condutora, qualquer sentido, ou qualquer qualidade num filme assim para alem da sua curta duraçao.
COntudo tendo em conta as avaliações essenciais que o filme recebeu, acho que muitos outros filmes deste genero vao ver a luz do dia, filmes esses que acabam por alimentar carreiras de alguns actores como entre outros Michael Cera, mas e provavelmente um dos piores e mais msem sentido filmes do ano.
A historia e dificil de sintetizar, um projeto de ator, depois de uma vida sentimental no extremo acaba por viver dez dias de grande dificuldade nos diferentes contextos onde se movimento.
A pior critica que se pode fazer a um argumento e o sentimento final de que nada fez sentido, e de que nao sabemos um unico proposito do filme, esta obra nunca e angraçado nunca ter personagens nem dialogos com qualquer tipo de fundamento.
Na realizaçao Janizca Bravo tem um trabalho com alguns planos que ate poderiam ser bem trabalhados se tivessemos um argumento no filme, com um total teor independente parece-me contudo a historia errada para potenciar o que quer que seja.
Em termos de cast e dificil avaliar a qualidade de um desempenho quando as personagens nunca existem, temos dialogos soltos sem sentido e sem sentimento que acaba por se tornar o filme num objeto completamente indecifravel

O melhor - Alguns planos de realizaçao

O pior - A forma como o filme nao consegue ter sentido em nenhum momento

Avaliação - D-

Beatriz at Dinner

Por vezes em alguns festivais mais pequenos surgem alguns filmes que acabam por conseguir resultados criticos e comerciais bem melhores do que as expetativas iniciais. isso foi o que aconteceu com este pequeno filme, que empolgado por avaliações essencialmente positivas tornou-se numa das surpresas do cinema independente e um dos com melhores resultados em termos de bilheteira daqueles que nao conseguiram expansao wide.
Sobre o filme, muitas vezes a luta entre classe ou a dificuldade das classes sociais encaixarem umas nas outras nunca foi um terreno bem explorado em termos cinematograficos principalmente na dificuldade de abordar este mesmo assunto com realismo. POis bem este é um dos poucos filmes que consegue, com momentos de um realismo assustados que dá bem para vincar a diferença entre seres humanos marcados pelo grupo social onde estão inseridos. Mesmo sendo um filme lento e de curta duração tem alguns momentos de completo encaixe, como a dificuldade da personagem central se aproximar fisicamente do espaço dos outros, e da forma de verem as pequenas coisas da vida.
Se este aspeto é bem trabalhado em termos de intriga o filme poderia ser mais objetivo, ter mais conflito, colocar mais em causa as personagens, do que ser um precorrer onde sentimos sempre o sentimento de desconforto da personagem central durante toda a sequencia, mas na realidade esperamos sempre uma explosão que apenas sucede no final e numa vertente hipotetica. Alias o filme tem um paralelismo de realidades pouco explorado, e que poderia dar um valor mais artistico ao resultado final do filme.
Mesmo assim parece-me um filme independente com competência, principalmente na caracterizaçao social do grupo onde a personagem central cai de paraquedas, a forma como a cada momento o desconfornto é sentido, mesmo que por vezes com um fundamentalismo ideologico exagerado que penso que não seria necessario, pelo menos de uma forma tão vincada no filme, transmite na ideia do filme um realismo interessante e uma capacidade de nos fazer pensar na diferença entre pessoas.
A historia fala de uma massagista, que acaba por num trabalho na casa de um casal rico, ficar para jantar com um grupo de pessoas de um estrato social elevado, onde percebe que os seus fundamentos existenciais são bem diferentes no grupo de pessoas com quem vai privar naquele dia.
Em termos de argumento o filme aborda uma temática corajosa, na forma como não tem medo de colocar em causa os interesses dos grupos sociais mais elevados, no ponto de vista de uma personagem mais simplista. Em termos do argumento em si parece que por vezes o filme deveria potenciar mais a intriga, o que nem sempre o faz.
O Portoriquenho Miguel Arteta e um realizador ja com alguma experiencia quer no cinema quer na televisao de Hollywood, nunca tendo contudo conseguido se desligar da vertente mais tarefeira deste cinema. Aqui tem um filme mais vincado principalmente em termos de argumento ja que a abordagem do filme acaba por ser algo simplista, mas eficaz na forma como o filme quer transmitir as suas ideias.
No cast, a escolha de Hayek sem makeup é interessante, pois dá-nos uma vertente mais introvertida de uma actriz cuja carreira vincou o contrário. Nao sendo um papel de primeira linha, e uma personagem madura e bem interpretada que conjuga bem com a personagem de Lithgow, bem montada e que transmite ao espetador tudo que o filme quer lhe dar.

O melhor - O choque de classes

O pior - A curta intriga que o filme acaba por ter

Avaliação - C+

Tuesday, August 22, 2017

My Cousin Rachel

Muitas decadas depois da primeira adaptação deste filme ao cinema surge agora um remake, baseado na tradição britanica de cinema de forma a tentar fomentar uma nova vertente de uma historia conhecida da literatura. Mas muitas vezes os remakes não tem a intensidade e a imprevisibilidade que lhes permita uma força supre no momento do seu lançamento dai que este filme, ainda que com um bom cast and crew tenha acabado em cinemas selecionados com resultados consistentes tendo em conta a distribuição e com uma critica moderadamente positiva que acaba por fazer com que o filme cumpra nos limites minimos os objetivos a que se propos.
Sobre o filme, eu confesso que por vezes e na maioria das vezes acho os filmes tradicionalmente britanicos, algo aborrecidos e que sobrevivem na forma como as suas paisagens alimentam a beleza natural dos filmes. Sobre este filme eu confesso que o achei muito difuso, para alem de recorrer a atalhos narrativos que nem sempre conseguem potenciar sofre por um final também ele difuso que acaba por retirar grande parte da objetividade que por vezes um filme denso como este necessitava de ter.
POr isso parece-me um filme com demasiadas falhas, e se por um lado é obvio e funcional a forma como o filme nos quer dar a inexperiencia da personagem central, e o seu lado impulsivo, na forma como o filme tenta potenciar a escalada passional entre o casal, parece tudo ser demasiado rapido, e na intriga central o filme tenta sempre tornar tudo difuso para surpreender o espetador, acabando posteriormente por nunca conseguir ter efeito desejado no seu final.
Por tudo isto um filme algo cinzento, que vive muito do lado bucolico das suas paisagens, algo que é comum na maioria dos filmes britanicos de epoca, de uma boa composiçao da sua protagonista, e do sentido do argumento na forma como coloca a nú as fragilidades da imaturidade das personagens, contudo junto a este ponto surgem muitos outros que podiam e deviam ser mais trabalhados, como a relação central, e o impacto do seu fim.
A historia fala de um jovem que depois de ver o seu padrinho se apaixonar e morrer nas mãos de uma viuva, promete vingança da mesma, contudo com a aproximação desta, todo o odio acaba por se tornar uma obsessão que o pode tornar numa possivel vitima da ambiçao daquela mulher.
Em termos de argumento penso que o filme tem alguns problemas de equilibrio ao longo das suas fases, onde sobressai a incapacidade de construir uma relação intensa, o que me parece fundamental para o efeito que o filme quer ter, mas também me parece que o filme tem dificuldades no seu final, numa tentativa de ser mais subtil, tudo acaba demasiado difuso.
Roger MItchell e um bom realizador britanico, que principalmente nos filmes contemporaneos, com trabalhos emocionais bem montados, alguns dos quais que conseguiram um impacto interessante como o mitico Noting Hill. COntudo e pese embora este resultado nunca foi um realizador de primeira linha, e neste trabalho mais de epoca, demonstra dificuldades em gerir o ritmo muitas vezes pesado que estes filmes naturalmente acabam por ter.
No que diz respeito ao casting a escolha de Weisz e acertada pela facilidade com que a actriz consegue transmitir aquele aspeto inocente e simpatico, que acaba por ser fundamental para a personagem. Pior na minha opinião Claffin, por um lado porque tem a seu cargo maiores despesas do filme, mas também pelo facto de na minha opinião recorrer por diversas vezes a maneirismos que nem sempre funcionam.

O melhor - A forma como critica e põe a nu as fragilidades de uma inocência declarada.

O pior - A forma como o filme não consegue dar impacto a um final que tinha de ter outro peso


Avaliação - C-

Sunday, August 20, 2017

Baywatch

E comum o verão ser marcado por sequelas, filmes de super herois e reboot de filmes antigos ou series de grande sucesso no passado. Baywatch foi facilmente uma das series mais marcantes do final do ultimo seculo e tem aqui a sua adaptaçao ao cinema com um estilo diferente e com os actores da atualidade, com mais humor e com menos romantismo. Talvez por essa mudança no paradigma o filme nao conseguiu convencer a critica acabando por resultar em avaliaçoes essencialmente negativas. Em termos comerciais existia muita expetativa em torno deste projeto mas os resultados ficaram muito aquem do esperado.
Sobre o filme eu confesso que nunca fui um fa declarado de Mares Vivas embora seja percetivel o sucesso que foi tendo, principalmente pela sua longevidade. Aqui temos um contexto diferente principalmente em termos de genero, temos uma comedia actual, com muitas piadas sexuais o que retira alguma da ideia de Mares Vivas, mais novelesca e mais romantica, com o toque de açao, que aqui pese embora tenha, e totalmente de segundo plano ja que nos parece que o filme se assume em toda a linha como comedia.
Por isso penso que o filme perde por utilizar um label das Mares Vivas e nada ter a ver com o filme, tirando os cameos, ja que tudo o resto mais parece uma comedia tipica dos seus protagonistas que anualmente lançam um filme com aqueles condimentos do que propriamente o reboot da serie. Mesmo em termos de comedia isolada, tem alguns apontamentos que a espaços funciona embora abuse demasiado de um humor fisico que nem sempre e funcional.
Mas o grande problema do filme acaba por ser o vazio da sua intriga policial completamente inexistente e algumas sequencias demasiado digitais e mal trabalhadas, e por esse facto parece uma comedia nem sempre funcional, que passa rapido, com algum humor em curiosidades mas pouco mais para um filme que gostava de iniciar um periodo da serie no cinema o resultado nao me parece ter sido suficiente para marcar esse arranque.
A historia segue um grupo de nadadores salvadores dedicados a arte que tentam desvendar um grupo de traficantes em plena praia que podera por em causa o futuro do espaço onde trabalham, enquanto se vao conhecendo como equipa e pessoalmente.
O argumento parece-me mal formulado para o titulo, ou seja temos algo mais atual que mares vivas numa roupagem que tinha como objetivo chegar a mais publico, mas por outro lado tira a ligaçao a base que podera ter defraudado os adeptos da serie. De resto uma sequencias humoristicas que funcionam, outras nem tanto e acima de tudo uma intriga policial muito pouco trabalhada.
Na realizaçao, para o leme deste projeto ficou um realizador de comedias Seth Gordon que ja teve sucessos e outros filmes menos conseguidos, parece funcionar melhor na comedia fisica do que propriamente na criaçao do contexto baywatch, nao foi um trabalho famoso e muitos olhos estavam a olhar para si.
A escolha do cast nao era obvia, ou colavam-se ao orignal, o que deveria ter sido feito, ou teria de encontrar figuras que dessem uma roupagem propria ao filme, a escolha de actores com muitos papeis semelhantes em outras comedias acaba por nao permitir que o filme ganhe individualidade, principalmente nos papeis de The Rook e Zac Efron. Tambem nao me parece funcionar a vila de serviço e muito menos o palhaço.

O melhor - Algumas sequencias de cameos

O pior - Muito pouco do original

Avaliação - C

The Wall

Doug Liman e um dos produtores e realizadores com alguma dimensao no cinema de verão colecionado alguns sucessos nos filmes de açao, mantendo muitas vezes tambem alguma consistencia critica. Este ano e com menos mediatismo do que a grande parte dos seus filmes surgiu este seu pequeno filme de guerra, sobre uma situaçao concreta, e apostado na luta de snipers. O resultado principalmente em termos comerciais nao foi brilhante com resultados muito modestos, principalmente devido ao facto do filme nao ter conseguido grande expansao. Criticamente a mediania dos resultados apresentados nao premitiram que o filme fosse muito mais longe tambem neste parametro.
Sobre o filme existem dois tipos de filmes de guerra, uns mais abrangentes, mais dependentes do seu valor tecnologico e realismo, e aluguns mais circunscritos a uma situaçao concreto e este pequeno filme quase de uma so personagem coloca-se claramente neste ponto, e num filme de curta duraçao, acaba sem grande espetaculo ou brilhantismo de cumprir os seus objetivos, principalmente por transmitir bem a sensaçao de encurralado da personagem, mas tambem pelo brilhante twist final.
MAs e obvio que quando vimos um filme de guerra esperamos algo mais grandioso mais potenciado, mas generalista, e o filme acaba sempre por ser demasiado particular a uma situaçao em concreto e isso tira-lhe dimensao enquanto obra, tambem tem o problema de muitas das conversas mantidas entre as personagens ativas serem limitadas e algo esteriotipadas. Numa formila muito interessante de dialogo parece que o filme poderia ir mais longe no estilo de cabine telefonica de guerra.
Mesmo assim e sendo obviamente um filme mais exprimentalisma no realizador, e um filme que consegue os seus planos, numa objetividade que funciona, nas emoçoes que da ao espetador, e pela clareza de diminuir o filme a poucas personagens. Por tudo isto parece importante sublinhar que o cinema mesmo em realizadores mais tarefeitos tem espaço para obras mais singulares
A historia fala de um militar americano que em pleno conflito no golfo fica encurralado por um terrivel sniper com um muro entre ambos, ate que encetam um dialogo estrategico que mais parece um jogo do gato e do rato.
Em termos de abordagem parece me sempre um filme mais funcional e original na formula do que propriamente no seu conteudo, parece-me que existia espaço para dialogos mais elaborados e mais criativos, algo que o filme potencia bem com a sua forma. Vale pelo seu interessante final.
Liman e um realizador com alguns filmes de alguma dimensao, pese embora ainda lhe falte o seu grande filme, e aqui tambem nao o conseguiu, apesar de um trabalho simplista, mas original, falta ao filme dimensao para se assumir como obra de referencia de um realizador com alguns trabalhos meritorios mas ainda sem a sua obra prima.
No cast o filme e uma atuaçao a solo de Aaron Taylor Johnsoon, que tem aqui um papel com entrega fisica mais do que dramatica, mas um dos exercicios mais dificeis de uma carreira que no ultimo ano tem subido patamares, e carregar um filme a costas e pelo menos sinal da ambiçao dele enquanto actor.

O melhor - O final

O pior - Existia espaço para dialogos mais interessantes

Avaliação - C+

Saturday, August 19, 2017

Atomic Blonde

Nos ultimos dois anos o genero do cinema que tem tido mais sucesso, acaba por ser thrillers de acçao com abordagens agressivas e com uma forma de abordagem diferenciadora. Foi assim no sucesso de John Wick, e mais recentemente com Baby Driver e com este Atomic Blonde. Que depois de um trailer bastante aperciado acabou por reunir criticas positivas, o que potenciou o filme em termos de receitas de bilheteira, que acabaram por ser consistentes sem nunca ser explosivas.
Sobre o filme, uma semana depois de ver Baby Driver, fiquei com a sensaçao que poderia estar aqui um filme parecido, e nao me enganei, a abordagem musica sequencias de acçao e a mesma entre dois filmes, embora na minha opinião este não so seja mais artista nas abordagens das sequencias, algumas delas do mais bem filmado que vi este ano, mas tambem numa narrativa mais complexa, mais original e com twists mais bem montados, que fazem deste Atomic Blonde um dos filmes mais originais e mais bem conseguidos do ano.
Um dos pontos que chama a atençao e a forma como a musica dos anos 80 periodo em que a acçao do filme decorre consegue caracterizar cada momento do filme. Obvio que podermos dizer que em termos de lado emocional e um filme mais frio, mais cru e mais violento, mas temos algumas sequencias de luta do melhor que vimos nos ultimos tempos, na abordagem, no realismo e na abordagem da camara, que torna este filme um objeto delicioso.
Por tudo isto e mais que tudo pela forma como consegue ter um jogo de espionagem com avanços e recuos no seu argumento, que surpreende o espetador, ora dando pistas verdadeiras como falsas acaba por tornar este filme, uma obra de referencia na acçao que consegue conciliar bons momentos no argumento como uma produçao de primeira linha em termos estetico, nao tendo medo de arriscar ainda numa contextualizaçao historia que serve como marco do tempo do filme.
A historia fala de uma espia do MI6 que acaba por ser enviada para Berlim separado pelo muro de forma a tentar perceber quem roubou uma lista de identifica os agentes secretos, mas mais que isso tambem perceber quem e o espiao que joga nos dois lados do muro.
Em termos de argumento, nao sendo muitas vezes o filme de entendimento simples, ja que muita da atençao do espetador vai para as cenas de açao, acaba por ser mesmo assim e entendendo o plano global, um argumento original, surpreendente, que podera ter algumas dificuldades na caracterizaçao das personagens mas se trata facilmente de um filme de primeira linha
Leitch e um realizador que tem aqui o seu primeiro trabalho a solo, depois de nao ter sido creditado na realizaçao de John Wick onde participou, e como amostra a sos podemos dizer que o trabalho e brilhante pela forma como consegue se diferenciar nas abordagens de açao, mas mais que isso no exercicio de estilo que o filme tem a qualquer momento. Tem nascido muitos realizadores de acçao originais, Leitch podera sert um deles.
No que diz respeito ao cast, e um filme que pensa mais no exercicio estetico da sua personagem central mais que na exigencia de interpretaçao e nisso a escolha de Theron e perfeita pela presença, carisma e mais que isso pela entrega fisica que a mesma da a personagem. McCvoy acaba tambem por ser uma excelente escolha ja que e dos actores que atualmente mais consegue funcionar em termos de rebeldia natural


O melhor - A abordagem de realizaçao do filme

O pior - Ter um argumento algo complexo mas funcional para um filme tao visual


Avaliação - B+


Wednesday, August 16, 2017

The Case for Christ

Nos ultimos anos o cinema cristão ou de inspiração relegiosa, tem sido algo extremamente presente seja em filmes de produçao mais elevada, sendo outros mais contextualizados temporalmente como na epoca da pascoa. Este foi a aposta crista para este ano, sob a forma do trabalho de campo de um jornalista apostado em tentar perceber a realidade sobre a ressurreição de cristo. Como muitos outros anteriormente a receção critica do filme foi moderada, mas mesmo assim ainda melhor do que a maioria dos filmes sobre a mesma tematica. Do ponto de vista comercial e com um publico alvo bem definido os resultados foram bem mais modestos, mas foi um filme que ganhou desde o momento em que conseguiu uma distribuição wide.
Sobre o filme, ao contrario da maioria dos filmes que acaba por ser uma debitação de frases feitas penso que este filme e ligeiramente mais corajoso na forma como tenta indicar uma investigação critica sobre a questao da ressurreiçao, esta abordagem mesmo sendo a mais corajosa que vimos em filmes deste ambito, nao e suficiente para nos levar para um cinema de qualidade razoavel, muito pelo contrário, o twist final da personagem e um desastre completo, sendo essa sequencia uma das que tinha que ser mais trabalhada no filme todo, e quando assim o é, o resultado final nunca pode ser positivo.
E na caracterizaçao e na unidimensionalidade das personagens que os filmes deste genero nao funcionam, pouco temos nelas para alem de um fundamentalismo que acaba por ser sempre negativo, e aqui ate nem temos propriamente um episodio negativo severo que faça as personagens mudar, temos apenas uma familia com forma de entendimento diferentes e a forma como a religiao potencia o amor. E nisso o alcance destes filmes principalmente na analise de um agnostico e claramente sofrivel. mesmo estando perante um filme sobre um jornalista reconhecido e premiado.
Por tudo isto penso que será um genero que cotinuará a brotar filmes, com os mesmos resultados modestos que este, que farão lembrar alguns actores de segunda linha com pouco trabalho, mas dificilmente pela sua basicidade de processos nunca vao resultar em grande obras de cinema.
O filme fala de um jornalista de investigaçao, que em face da dedicação da sua mulher a religião, contra o seu ateismo, tenta chegar a justificação cientifica da não ressurreiçao de deus, contudo as provas vão leva-lo precisamente ao contrario.
Em termos de argumento e um filme a todos os niveis pobre, principalmente nas personagens, pouco trabalhadas, e mais que isso pouto interessadas. mas o problema e o recheio de chavões religiosos que preenchem sempre estes filmes e que podemos sempre pensar que nada são do que doutrina pura.
James Gunn tem nos ultimos anos sido um realizador de serviço do genero, numa forma de carreira sem grande brilho, em filme pobres em termos produtivos, mas que acabam por ser simples nos procedimentos.
No cast dois actores que ja foram revelações mas que nunca conseguiram encontrar o seu verdadeiro espaço no cinema, desde logo VOgel, com um papel com uma caracterização fisica demasiado esteriotipada para a epoca, com poucos recursos dramaticos num filme que também nao os potencia, ao seu lado Christiensen que acaba por assinar a razão de não ter nunca sido uma primeira escolha


O melhor - Algum ponto da investigação

O pior - A doutrina que se tornam este tipo de filmes

Avaliação C-

Tuesday, August 15, 2017

Kidnap

Dois anos depois de estar pronto e principalmente depois de muitas datas de estreia finalmente este thriler com Halle Berry viu a luz do dia, sem grande expetativa, quase silenciosamente pese embora ainda tenha conseguido distribuição Wide. Os resultados muito pobrezinhos desde logo criticamente com avaliações essencialmente negativas embora não desastrosas, mas em termos comerciais o grande foco do filme os resultados foram simplistas, pese embora não sejam tambem eles catastroficos.
Sobre o filme nada pode ser pior para um filme do que ficar na gaveta muito tempo, desde logo porque o contexto se altera mas mais que isso porque o cinema vai mudando o seu teor, e as figuras ficam mais ou menos conhecidas. Este e um filme do mais simplista que pode haver todo o filme se centra numa longa preseguiçao de uma mãe em torno do rapto de um filme, sem muitas explicações ou porque, o que o torna demasiado minimalista e com claros defeitos neste particular.
Alias o unico ponto onde parece que o filme realmente funciona e na caracterizaçao do desespero sempre bem trabalhado na personagem de Halle Berry que mesmo sendo na maior parte do tempo repetitivo acaba por ser ao mesmo tempo realista no desespero, mesmo que o filme nunca se preocupe em dar mais da personagem ou da envolvencia, sendo que chegamos ao fim sabendo apenas que se trata de uma mulher de armas.
Por tudo isto parece me um filme a todos os niveis limitados, um filme que devido a ser muito vazio de conteudo deixa tudo nas mãos daquilo que o filme pode valer na intensidade das suas sequencias de acção, o que nao sendo um filme de primeira linha tem dificuldade de se fazer notar neste particular resultando um filme frouxo, sem grande intensidade, previsivel e pouco trabalhado, que se ve mas nunca se gosta
 A historia fala de uma mae solteira que ve o seu filho ser raptado em sua frente começando a seguir o carro que tomou posse do seu filho, numa luta sozinha contra um poder que ela propria desconhece.
EM termos de argumento algo que ultimamente esta na moda que e o minimalistmo narrativo, ou seja uma sequencia explorada ate ao limite sem grande preocupaçoa quer por personagens mas principalmente por surpresas narrativas, aqui temos uma sequencia que dura toda a dimensao do filme
Na realizaçao o realizador espanhol Luis Prieto tem aqui o seu filme mais significativo em termos de dimensao, sendo mais um hispanico a chegar a meca do cinema. O resultado e curto, num filme que depende em demasia das suas sequencias de acçao o filme nunca consegue brilhar neste ponto. Dificilmente tera outra chance com esta visibilidade.
Num filme com um cast curto, todos os pontos estao em Halle Berry, alias ela domina o filme, tem os lados mais exigentes, e funciona na forma como consegue transmitir o desespero, e percetivel que se trata do unico apontamento de primeira linha que o filme consegue ter.

O melhor - O desespero de Halle Berry

O pior - Num filme tao vazio de inovaçao as sequencias de acçao sao demasiado pobres

Avaliação - C-

Saturday, August 12, 2017

Baby Driver

Após as primeiras visualizações deste filme em festivais especializados as criticas ficaram de imediato arrebatadas com este pequeno filme com muita ação e mais que isso com um estilo proprio que conjuga um filme de sequencias de acção mais fortes com musica. Criticamente e ate à data um dos melhores filmes deste ano, sendo que comercialmente, e muito impulsionado por esta boa critica os resultados acabaram tambem eles por ser muito positivos.
Sobre o filme num ano em que a medicridade de grande parte dos filmes tem sido um denominador comum nas apostas dos diferentes estudios, e normal que um filme com uma abordagem original, com ritmo, com boas sequencias de acção, e com uma forma muito propria chame a atenção. E um filme de grandes momentos quer de realizaçao, quer de contexto de personagens sendo a mais valia completa do filme, a forma como a musica e introduzida em todos os momentos marcando para alem da originalidade algo bem vincado como o sublinhando.
Pese embora estes valores que fazem deste filme um dos mais originais, e criativos do ano, mas é um filme que vai do mais ao menos, o final em termos de argumento parece-me mais sofrido, desde logo pela escolha do vilao principal que me parece nem sempre ser o mais bem selecionado, mas tambem pela forma como no final constroi um happy ending que lhe tira algum conceito.
Mesmo assim é um filme com muito mais virtude que fazem o filme um conceito particular, original ritmado, e que é sem sombra de duvidas um dos melhores trabalhos de realizaçao do ano. E um filme que consegue ter um estilo e um carisma proprio, embora nos pareça que existem alguns pontos no filme que poderiam e deveriam ser mais potenciados.
A historia fala de um jovem orfão, que equilibra o seu lado mais carinhoso com a participaçao em grupos de assalto, que o leva a ligaçao com um grupo de criminosos que podera colocar em causa a sua forma de refazer a vida com um novo amor.
EM termos de argumento o filme vale pela originalidade da abordagem por uma ou outra personagem bem montada, pela forma como a musica e introduzida, mas parece ter alguns defeitos, no subaproveitamente de algumas personagens, e pelo demasiado idilico final
Edgar Wright e um realizador de primeira linha, principalmente pela forma como consegue dotar os seus filmes com grande estilo quer na abordagem musical mas mais que isso na forma dinamica com que consegue filmas as sequencias de acçao. Edgar Wright e um realizador de primeira linha e no futuro vai demonstrar mais essa capacidade.
No cast podemos dizer que Elgort funciona pela dictomia entre o lado mais duro e um lado mais sentimental, por outro lado no cast de secundarios parece que Foxx e Hamm sao os grandes beneficiados das suas personagens ao contrario de Spacey que acaba por ser o menos potenciado, o que acaba por ser um despredicio


O melhor – O estilo musical do filme

O pior – A forma como algumas personagens não sao aproveitadas


Avaliação - B

Friday, August 11, 2017

Everything, Everything

A ligação entre o cinema e a literatura sempre foi algo comum, e actual, ou seja mal surja um livro com registos interessantes de vendas, e uma questao de tempo ao mesmo ter a sua adaptação ao cinema. Foi isso que aconteceu com este filme, que sem grandes figuras acabou por conseguir uma expansao wide, que lhe permitiu resultados simples, mas consistentes tendo em conta o filme em si, mesmo que criticamente a mediania nao tenha servido de grande impulso para os resultados finais do mesmo.
Sobre o filme, um dos problemas principalmente da literatura de maior sucesso e que se tratam de livros apenas com uma vertente emocional ou romantica, pouco complexa, dai que os filmes que dai resultem acabem por nao poder ter muita maior abrangencia, acabando por facilmente se tornarem obras obvias que pouco ou nada puxam pelos seus interpretes e rapidamente se tornam previsiveis, sendo que este filme e mais uma dessas paixoes na adolescencia.
O unico ponto que acaba por dar ao filme alguma frescura ou mesmo alguma assinatura, centra-se logo na sua fase inicial e nas primeiras conversas ainda online, pela forma como as mesmas em termos de realizaçao sao levadas na imaginaçao para os planos construidos pela personagem, ai o filme consegue ter alguma dose de criatividade e alguma expressao criativa, algo que nao consegue ter no resto dos seus parametros.
Ou seja um filme emocional para adolescentes, sobre amor, sobre vida, que no seu twist acaba por ser demasiado previsivel, os poucos rasgos de diferenciaçao que o filme tem acaba por rapidamente desaparecer, e isso acaba por tornar o filme cada vez mais previsivel e simplista na forma como se encaminha para o fim. Mas cada vez mais se espera historias de amor real e tradicionais e esta e uma delas.
A historia fala de uma jovem que fruto de uma doença tem de ficar todo o tempo em casa, num espaço confinado, até que conhece pelo vidro um seu vizinho com quem começa a interagir  inicia um novo amor, que vai ser posto em causa pela sua condiçao
Em termos de argumento podemos dizer que na base o filme ate pode ser algo diferente, pelas caracteristicas ou condiçao da personagem principal, contudo com o passar do tempo os pequenos apontamentos diferenciadores do filme, vão desaparecendo, sobrando uma simplista e aborrecida historia de amor
Na realizaçao Stella Maghie e uma simples desconhecida que neste ponto acaba por nunca ter particularmente nenhum apontamento que subinhe o seu trabalho, é um trabalho simples, sem grande risco, mais vocacionado para a emoçao simples e para uma banda sonora no mesmo sentido.
Sem figuras de renome, todas as despesas do filme, ainda que poucas, iam para o casal de adolescentes, quase desconhecidos que tinham a seu cargo o protagonismo de um filme com alguma visibilidade. Penso que ambos são apagados, desprovidos de um carisma natural, num filme que nada lhes exige enquanto interpretes. Mesmo assim, penso que Stenberg funciona bem melhor do que Nick RObinson

O melhor - Os dialogos mentais contextualizados

O pior - A forma como o filme vai perdendo os seus apontamentos mais diferenciadores ao longo do seu tempo

Avaliação - C

Snatched

Quando este projeto foi anunciado o lado comico do cinema ficou com algumas expetativas principalmente porque juntava um dos realizadores com melhores resultados criticos dos ultimos anos com uma Amy Pohler que no seu ultimo filme tinha conseguido otimos recultados criticos e comerciais. Dai que foi com muita surpresa que quando as primeiras avaliações deste filme surgiram as avaliações tenham sido medianas com tendência negativa, o que tornou tudo pior o resultado e a receçao do filme junto do grande publico, ja que em termos comerciais o resultado esteve longe do esperado para um filme com ambiçoes comerciais como este.
Snatched e talvez a comedia com menos sentido e graça que vi nos ultimos tempos, alias a historia de base e tão pobre que mesmo quando surgem as tentativas de humor sexual adulto tipico de Amy Pohler tudo parece tão forçado que coloca que o filme careça de qualquer sentido, sendo no final apenas um conjunto de decisoes erradas que tornam este filme numa pior decisao produtiva que tenho memória.
Tudo no filme parece nao funcionar, desde logo Goldie Hawn que apenas surpreende pela forma fisica da sua idade já que nao tem carisma, nao tem graça, não tem ritmo, e a sua personagem basciamente nao existe para alem de mãe. Outras das personagens perdem por ser absurdas com sequencias sem sentido sem graça quer isoladas, quer no contexto de um filme cuja historia de base na essencia nunca e mais que um conjunto de scetchs de forma a potenciar Pohler. O problema e que mesmo o humor da actriz enquanto comediante e redundante e nada pior do que uma produçao de verao para tentar potenciar um valor que ela nao tem.
POr isto tudo e facil perceber que se trata não so de um pessimo filme mas mais que isso, de um dos piores filmes do ano, rapidamente ficamos com a sensaçao que o filme nao vai funcionar em nenhum dos seus aspetos e começamos a espera desesperante de que o filme acabe o que acaba por vir rapido ja que se trata de um filme de curta duraçao.
A historia fala de uma adulta, com a vida totalmente perdida depois de perder o namorado e o emprego que inicia uma viagem na companhia de uma mãe galinha que vai ser uma aventura pela america latina.
O argumento e um autentico vazio, na essencia nao se consegue encontrar um fio condutor do filme, uma historia de base para alem das sequencias basicas, mal planeadas e sem graça. Mas tudo fica pior quando o filme nao consegue ter uma personagem que funcione em termos humoristicos.
Levine surpreendeu nos seus dois primeiros filmes, contudo ja no seu anterior projeto natalicio as coisas nao tinham corrido tal bem com um humor rebelde mas que nao funcionava, mas aqui temos um disparate completo, o filme nao funciona na historia de base, na piada e na realizaçao, a continuar assim rapidamente estara a fazer filmes serie B.
No cast Amy Pohler e capaz apenas de um tipo de papel, e um tipo de humor, o que depois de apresentado deixa de ter graça porque se torna previsivel, e aqui o filme perde muito por nao ser novidade. Depois um autentico desastre no restante do cast, principalmente em Goldie Hawn

O melhor - A curta duraçao

O pior - Claramente a falta de graça

Avaliação - D-

Tuesday, August 08, 2017

Chuck

A vida dos boxeurs mais famosos do desporto já deu origem a diversos filmes, uns com clara definição de biografia, outros inspirados em vida real. O que poucos sabiam e que o filme mais conhecido sobre este desporto seria baseado na vida de um boxeur menos famoso, e que este filme aposta em fazer a sua real biografia. os resultados do filme foram positivos do ponto de vista critico pese embora não tenha sido um filme com ambiçao de premios quer maiores quer em pequenos festivais. Comercialmente a forma simples com que estreou acabou por não lhe potenciar grandes resultados.
SObre o filme, um dos problemas dos actuais filmes de boxe, é o numero elevado de filmes que pese embora nos tragam personagens diferentes do desporto, acabam sempre por ter vidas algos similares. Este nao é um filme que procura o desporto em si, mas mais a personagem, os seus conflitos, os seus defeitos, e se esta opção por um lado faz o filme mais real em termos de personagem, e mais humano, perde alguma da emoçao e espetacularidade que os combates e a incerteza nos mesmos acaba por dar em termos de dimensão do proprio filme.
Ou seja este é um filme de processos simples, baseado nas aventuras e desventuras da personagem, acaba por ter bons momentos principalmente na caracterizaçao da primeira relação de Chuck, os avanços e recuos da relação com a esposa, acaba por ser o lado mais bem trabalhado do filme, aliado a incapacidade da personagem lidar com a fama, atraindo o que de pior lhe trás. Contudo na fase final, e tendo em conta que a mulher da vida de Chuck acabou por ser Linda, tudo é demasiado rapido e pouco potenciado, para alguém que poderá ter significado o novo rumo da sua vida.
Ou seja um biopic de processamento simples, na maior parte do tempo um filme que acaba por se tornar algo previsivel, mas que tem bons momentos sustentado num plano real de uma personagem para além do desportista, bem interpretado e caracterizado, com o toque mais subtil e funcional de ser um filme dentro do filme, e normalmente isso tem sempre curiosidades interessantes.
A historia fala nos da vida de Chuck Wepner, a inspiração para a criação da personagem Rocky Balboa, passando pela sua vida pessoal, a forma como a sua carreira desportiva existiu e mais que isso a forma como lidou com o facto de ser a inspiração para o filme.
EM termos de argumento temos um filme com processos previsiveis, mais focado em elementos de vida do que o desporto, isto acaba por tornar o filme mais simples, mas mais emotivo, mais de relacionamentos pessoais. Aqui neste balanço nem sempre consegue ser equilibrado na gestao de tempo.
Na realizaçao o trabalho a cargo Phillipe Falardeau pode pecar por alguma simplicidade de processos, mesmo na sequencia de combate, uma abordagem tradicional, apostado em alguns momentos na caracterizaçao das personagens nunca é um filme muito visivel neste aspeto.
No cast Liev Schreiber tem um papel forte, fisico, com uma composição congruente e com algum grau de dificuldade. Podemos dizer que acaba com o passar do tempo por se tornar uma personagem algo repetitiva, mas é claramente o corpo central do filme, conseguindo apenas alguma sombra, numa personagem também interessante de Moss.

O melhor - Ir à vida mais que ao desportista

O pior - O desiquilibrio na gestao de tempo

Avaliação - C+

Friday, August 04, 2017

Diary of Wimpy Kid: The Long Haul

Um dos grandes problemas dos franchisings envolvendo adolescentes, é que ou todas as produções dos diveros filmes são planeadas de base, ou é necessário a determinada altura mudar o cast, porque os protagonistas cresceram e tornaram-se inoperantes para o filme. E quando isso acontece é muito dificil retomar os mesmos resultados. POde ser o que aconteceu aqui onde esta nova aventura de WImpy Kid, acabou por comercialmente ter resultados claramente inferiores aos seus antecessores, algo que também pode ter sido potenciado pela avaliação critica, claramente inferior à primeira fase do franchising.
Sobre o filme eu confesso que fui adepto principalmente do primeiro filme, que me pareceu ter sido muito interessante e feliz na escolha de cada um dos protagonistas. Talvez essa felicidade acabou por colar em demasia os personagens aos papeis e dificultou a tarefa daqueles que agora substituem, e o problema começa ai. Desde logo nenhuma das escolhas para Gregg e Roderick parece convencer, se no primeiro caso parece uma copia dos maneirismos de Zachary Gordon, no caso do segundo o resultado é mesmo destrutivo para uma personagem que é fundamental no lado humoristico do filme, e logo ai tudo o que é bem construido nos primeiros filmes cai por terra.
Mas não é apenas na mudança de cast que o filme é claramente inferior, também em termos narrativos o filme é francamente mais fraco do que os seus antecessores, que já vinha eles também a perder gas. Aqui temos uma road trip acidentada, com sequencias de um humor fisico repetitivo e acima de tudo completamente previsiveis, que nem sempre, ou melhor quase nunca funcionam, tornando este filme, algo que dá sempre a perceção de fail ao logo de toda a sua duração.
Ou seja dificilmente teremos qualquer tipo de possibilidade de com este cast revitalizar este projeto, primeiro porque em termos narrativos a historia não tem muito mais por onde evoluir, e por outro lado porque toda a gente ja percebeu que esta familia esta longe de ter o impacto do publico que os antecessores tiveram.
A historia segue o Wimpy Kid e a sua familia, agora numa road trip para o aniversario da avó, mas que o protagonista acaba por ter outros planos para tal viagem muito acidentada.
Em termos de argumento, tendo sido ultrapassada a surpresa inicial do primeiro filme, pouco ou nada poderia evoluir um projeto como este. Aqui temos a tipica road trip, esteriotipada em todos os seus conceitos e acontecimentos, com uma total ausencia ou preocupação com situações, dialogos e personagens.
Na realizaçao este filme ficou a cargo de David Bowers, alguem que vinha do mundo de animaçao e ja tinha sido o responsavel pelos dois filmes anteriores. O lado animado é menos potenciado neste filme do que nos outros, e isso tira alguma assinatura ao filme, que rapidamente se parece como mais um filme do pestinha ou uma sequela em decima linha de sozinho em casa. Não um filme para grandes virtudes, mas poderia ser feito mais.
E na escolha do cast que reside os grandes problemas do filme, Drucker limita-se a imitar o seu antecessor, Charlie Wright é um total erro de casting ainda mais na sua caracterizaçao, e mesmo os progenitores que poderiam funcionar em face de um passado mediatico, sao sempre caracterizados com maneirismos e com uma humor fisico para o qual não estão talhados.

O melhor  - Gosto da vertente de conjugação animada do franchising aqui residual

O pior - A forma como um franchising ate original se torna numa patetica comedia de domingo a tarde

Avaliação - D

How to be a Latin Lover

Pela segunda vez em menos de cinco anos, uma das figuras mais carismáticas do cinema mexicano conseguiu com comedias familiares e ligação com crianças ganhar algum protagonismo nos EUA conseguindo mais uma vez interessantes resultados de bilheteira, principalmente tendo em conta que se trata de um filme parcialmente falado em espanhol, com uma distribuição reduzida. Em termos criticos parece-nos um filme despreocupado em avaliaçoes e mais pensado para o publico, dai que a mediania dos resultados acabe por ser satisfatoria para os interesses do filme.
Sobre o mesmo eu já anteriormente tinha sido adepto da simpicidade de Instructions Not Included o filme mais conhecido do protagonista e que se tornou um sucesso instantaneo nos EUA. Este parece-me um filme que segue a mesma base, de uma comedia familiar de costumes, que tem sempre o lado emocional na forma como a personagem adulta se vai relacionando com a mais pequena. E um filme recheado de cliches de filmes familiares, mas acaba por com alguma simplicidade funcionar junto do publico, pelo seu ritmo, pelo seu humor simples mas continuo, e acima de tudo pela sua satira exagerada.
Claro que não é um filme que nos faz pensar, ou um poço de originalidade, alias rapidamente quando nos dão as entrelinhas do filme sabemos perfeitamente como tudo vai correr de principio a fim, pensando que muito do que vamos ver já nos foi mostrado noutros contextos, mas mesmo assim o filme consegue sem nunca ser uma comedia de piadas super funcionais, ser um filme bem disposto, e com uma mensagem pelo menos no que diz respeito a relaçao entre familiares positiva.
Mas é obvio que não e um filme dificil de fazer, um filme que depende mais no carisma dos protagonistas do que no guião ou realização em si, um filme que tem como lado menos interessante o ser muito colado ao filme anterior do mesmo protagonista, principalmente a esta dimensão, acabando por ter nenhum risco, mas numa era em que a repetição de temas e frequente no cinema, nao e neste pequeno filme que podemos condenar a estrategia.
O filme fala de um gigolo apostado em ser rico nas relaçoes com idosas, que a determinada altura fica sem nada tendo de ir residir para a casa de uma imrã, mãe solteiro, começando ai a relacionar-se com um sobrinho menor, a quem tenta incutir os principios de macho latino.
Em termos de argumento e um filme com um humor simples, familiar, e mais que isso que combina a comedia mais fisica, ou mais satirica. Nao e um poço de originalidade, e torna-se algo previsivel no seu desenvolvimento, mas parece que isto é comum em filmes com objetivos mais curtos.
O filme marca a primeira grande aposta de Ken Marino como realizador, um trabalho simples, com cor, mas não é na realizaçao que o filme adota qualquer risco, com excepçao de alguns planos apostados em fazer funcionar o lado mais fisico da comedia.
No cast eu confeço que Derbez funciona muito bem neste registo dual, de pessoa egocentrica e posteriormente na proximidade com crianças, consegue bem esta dictomia, sendo tambem um actor com reconhecidas capacidades para o humor fisico, sendo uma boa escolha para o filme. Também Hayek esta em bom plano para as necessidades do filme


O melhor - A forma como o filme consegue de uma forma simples chegar ao publico.

O pior - Muito parecido com Instructions Not Included

Avaliação - C+

Tuesday, August 01, 2017

Person to Person

Existem pequenos filmes que surgem em pequenos festivais, que algum tempo depois em cinemas muito selecionados acabam por ser lançados, sem percebermos muito bem qual a razão para tal aposta. Este pequeno filme da Magnolia Pictures que acabou por ver a luz do dia durante esta semana poderá ser um desses filmes. O resultado acaba sempre por ser o mais obvio residual resultado de bilheteira, e criticamente uma mediania que não o fez vincar nos diferentes festivais onde o mesmo acabou por ser lançado.
Robert Altman era o mestre dos filmes com historias paralelas, na forma como no final o toque entre as personagens acabava por ter todo o sentido do filme. Muitos foram aqueles que tentaram segui-lo uns com mais sucessos outros com menos. Aqui temos um misto entre aquilo que Altman fazia de melhor e aquilo que Allen fez durante anos com Nova Iorque, mas o resultado é claramente inseguro, pouco intenso e mais que isso pouco coeso.
O interesse de fazer um filme com multiplas historias e elas terem um significado juntas, pois bem este filme nunca consegue ter esse ponto, chegamos ao fim e nao conseguimos perceber porque razao algumas historias sao conjugadas no mesmo filme, e isso é uma das criticas mais ferozes que se pode fazer a um filme assumidamente com esta estrutura. O outro problema do filme esta na sua curta duração, para um filme fragmentado esta aposta, acaba por ser demasiado curta, porque o pouco tempo determinado a cada segmento acaba por nunca permitir que as historias tivessem grande evoluçao, contudo tambem me parece que elas também em si não teriam assim tanto espaço de manobra.
Ou seja um daqueles filmes simpaticos, sobre vivencias do dia a dia, mas claramente um filme inferior no genero onde se quer envolver. Parece mesmo que a determinada altura o filme apenas pensa em dar o lado mais naif das suas personagens, acabando de uma forma pouco significativa para a maioria delas. O lado positivo é ser Nova iorque e o lado intenso daquela cidade.
A historia fala de diversas personagens durante um dia na cidade que nunca dorme. Um amante de msucia que compra um vinyl falsificado, um individuo depressivo que coloca as fotografias da ex namorada despida, na internet, uma adolescente com dificuldades de assumir a sexualidade, e uma novata a entrar no mundo do jornalismo sensacionalista.
Em termos de argumento ao ser um filme repartido tem sequencias mais funcionais umas que outras. Aqui parece-me claramente que o lado da investigação é o mais coerente, e o mais trabalhado, sendo que alguns dos restantes são basicos demais para entrarem num filme como este.
Na realizaçao Dustin Guy Defa e um pleno desconhecido, nota-se um gosto por nova iorque menos visivel, na forma como contextualiza as sequencias dentro desta cidade. Nao e um filme sempre bem montado e os paralelismos entre sequencias acabam por nao existir. Demasiado simples para qualquer referência.
Em termos de cast actores com papeis curtos, a maior parte deles completos desconhecidos, o maior destaque vai para Tavi Gevinson no seu lado mais androgena que acaba por ser bem caracterizado, o lado negativo para Michael Cera, a figura mais conhecida do filme, mas que nao consegue mudar o registo, que demonstra bem as suas limitações, e que o direcionaram para uma carreira muito mais básica.

O melhor - Nova Iorque menos conhecida

O pior - Este tipo de filmes tem de ter um significado mutuo entre historias

Avaliação - C-