Tuesday, August 29, 2023

Meg 2: The Trench

 Depois de há cinco anos este projeto de Jasos Statham contra um tubarão gigante se ter tornado num surpreendente exito de bilheteira, mesmo com todos os elementos de um cinema de segunda, eis que surge a sua natural sequela, apostada em rentabilizar o sucesso. Com o mesmo protagonista e o mesmo estilo, na critica o filme voltou a falhar, mas é obvio na base que essa nunca foi a real intenção do filme. Por seu lado comercialmente o filme não teve o sucesso para ja do primeiro episodio mas mesmo assim consistente o que nos leva a pensar que será uma questão de anos a termos outra vez estes animaizinhos de volta.

Sobre o filme podemos dizer que Statham na maior parte dos seus projetos não varia muito o estilo de filme ou personagens acabando apenas por lhe acrescentar um ou outro apontamento o que neste caso para além do ja conhecido tubarão gigante tras outros animaizinhos ferozes e sequencias de ação que desafiam toda a logica. O filme é o que se espera dele, com dois pontos que não jogam propriamente a favor do seu resultado, desde logo a duração demasiado longa, e por outro fica muito tempo a trabalhar numa intriga que para os amantes do filme é totalmente indiferente.

Outro dos apontamentos que o filme parece tentar muito e também não resultar é a forma como em algumas personagens tenta descontrair dando-lhe um valor humoristico que na realidade fica sempre a meio caminho porque não ter a força para segurar o filme neste tipo de apontamento, acabando por regressar a uma especie de intriga que no final desaparece para dar lugar a ação simplista e pouco ou nada trabalhada.

Por tudo isto Meg e daqueles casos em que o declarado mau gosto cinematografico se torna um genero. Longe daquilo que era a objetividade de um primeiro filme já sofrivel, o filme tenta dar mais elementos mas não tem minima arte de os fazer potenciar, acabando tudo por ser mediocre, mas penso que isso é o selo que o filme vende desde inicio.

A historia segue o heroi do primeiro filme e a sua equipa os quais vão ter de tentar defender-se não so de animais mutantes mas também de um grupo organizado que quer utilizar esses mesmos animais, numa luta pela sobrevivencia.

O argumento do filme tenta ser mais completo do que o primeiro, e mais versátil com a introdução de elementos mais humoristicos mas falha nestes dois pontos. Neste tipo de projeto não se quer muitos elementos mas sim deixar o registo fluir.

Na realizaçao Ben Weathley é o realizador escolhido, depois de uma carreira até ao momento razoavel, sem filmes de primeira linha, certo é que esta passagem para este projeto foi arriscada e não funcionou, o filme exagera no CGI e nas imagens produzidas pelo digital, e nem sempre com o realismo esperado para produçoes deste nivel.

No cast temos Statham a ser ele proprio, no prototipo de personagens que preenche a sua carreira, e pouco mais. Os secundarios são carne para canhão e o filme decorre para fazer funcionar o protagonista como heroi de ação.


O melhor - O filme tem sequencias de ação que se tornam comicamente absurdas

O pior - O tentar fazer o projeto denso


Avaliação - D



Saturday, August 19, 2023

Guardians of Galaxy Vol 3

 A Marvel tornou-se nos ultimos 25 anos a maior produtora de sucessos de Hollywood nesta ligação quase interminavel entre os herois de banda desenhada e o cinema de massas, sendo que uma das sagas mais populares foi estes guardios da galaxia, sob a batuta de James Gunn entertanto contratado para fazer o mesmo com a DC. Numa altura em que a fase 3 da MCU não estava propriamente a entusiasmar foi necessario este terceiro capitulo para novamente a critica voltar a estar do lado dos filmes da marvel sendo que também os espetadores correspoderam e os resultados comerciais foram ao encontro do que de melhor a Marvel foi fazendo.

Sobre o filme podemos dizer que quem gostou dos primeiros dois capitulos vai gostar deste porque temos as personagens com os mesmos pontos do passado, com muito humor e ação, e uma banda sonora de eleiçao, elementos todos que fizeram deste grupo de super herois os de maior sucesso critico da Marvel. E daqueles filmes grandes e que demonstram bem o entertenimento puro, mesmo que pouco coeso e muitas vezes apenas absurdo.

Um dos pontos que joga a favor do filme e que tem muitas vezes sido um dos problemas dos ultimos filmes da MCU é ser concreto e direto, não ser dificil de ver nem compreender e provavelmente não estar muito preocupado naquilo que vem a seguir não so nestes herois mas em todos os outros e isso faz o filme singularmente resultar e tornar-se num divertido filme de massas.

Por tudo isto este e um capituo natural dos Guardioes da Galaxia, com o humor e espirito de equipa que foi fazendo desta saga o sucesso completo, fica a ideia na parte final de alguma despedida, pelo menos na formula como nos conhecemos mas ao ser uma triologia podemos facilmente dizer que foi das que melhor resultados obteve neste conceito.

A historia segue o grupo de guardioes de galaxia, os novos e os originais os quais tem que se juntar para tentar salvar Rocket de um temivel vilão que tem como objetivo criar novas sociedades, aparentemente perfeitas e que teve na origem da criaçao do pequeno heroi.

Em termos de argumento o filme é simples, cria um vilão, poder interminavel espirito de grupo e muita ação e comedia, sendo Drax a figura que melhor se encontra neste particular. No final fica  a ideia da despedida ou pelo menos uma nova roupagem, mas na marvel nunca se pode dar nada como adquirido.

Na realizaçao James Gunn voltou ao conceito que o fez feliz, e que ja conduziu a que fosse contratado para os rivais para uma especie de paralelismo no seu Suicide Squad. E irreverente tem espirito de estetica e acima de tudo assumiu e bem um estilo de cinema que acaba por ser a imagem de marca deste segmento. E dificil dissociar o realizador deste projeto.

O filme tras a equipa inicial que tao bem funcionou ao longo do tempo, com algumas novas presenças, como Poulter como uma especie de vilao/heroi, sem grande sublinhado, e um vilão, impactante o qual e criado por Iwuji um ator que tem aqui o seu primeiro grande destaque onde funciona com a intensidade que o filme necessita.


O melhor - O espirito da saga

O pior - Talvez algo longo e com sequencias de ação compridas


Avaliação - B-



Tuesday, August 15, 2023

Heart of Stone

 Num ano em que a Netflix tem estado bem mais parada do que habitual eis que surge mais uma sua grande produção encabeçada por Gal Gadot, numa especie de James Bond feminino, com passagens por diversos paises, como e normal neste tipo de conceito. Contudo a Netflix tem tido muita dificuldade em fazer funcionar este tipo de produtos, e novamente aqui os resultados criticos foram mediocres, sendo que comercialmente e o tipo de filme que tem todos os ingredientes para se tornar num sucesso da aplicação.

Sobre o filme podemos dizer que tem como inspiração Missão Impossivel, quer pela equipa, pelas traições, mas o que é certo que o filme acaba por não funcionar em nenhum dos elementos. Tudo começa nos efeitos, o filme leva a tecnoclogia para um nivel completamente inexistente o que conduz a que o filme seja um exagero, nas sequencias de ação, que são mais absurdas do que fantasticas, pese embora se perceba que o filme tem investimento neste patamar.

Outro dos pontos em que o filme falha é na narrativa, muito embrulhada entre os diversos apontamentos dos personagens que vao mudando de lado frequentemente. O filme torna-se confuso o que para um filme de massas acaba por ser bem prejudicial, e leva-o para a mediocridade global, neste, que parece ser a grande aposta de verao da netflix.

Por tudo isto Heart of Stone e um pouco na onde do que normalmente a netflix tem apresentado no cinema de ação, ou seja produçoes grandes, realizadores de segunda linha, estrelas de cinema mas muito pouca qualidade no resultado final, o que os faz saltar para outros projetos e abandonar ideias que poderiam ser o inicio de franchising como este.

O filme fala de uma espiã, que tem como objetivo impedir uma hacker de obter algo que podera ser uma arma que colocara em causa a humanindade, na qual tem de andar de pais em pais com a sua equipa para fazer o objetivo ser concretizado.

O argumento na base e igual a quase todos os filmes de espiões que me lembro, mas e trabalhado no detalhe de uma forma trapalhona, em que a tentativa de twist constantes acabam por condicionar o resultado final que o filme obtem.

Na realizaçao  Tom Harper e um realizador ingles de segunda linha, que tem aqui um filme com muitos meios, mas que nunca lhe da qualquer assinatura para alem dos efeitos e o espetaculo dos locais onde o filme e filmado. Fica a ideia concreta que Harper e um simples tarefeiro.

No cast Gadot e uma actriz em termos de açao monocordica, e que aqui demonstra mais uma vez este estilo, numa personagem muito igual ao que tem feito. Ao seu lado Dorman parecia estar a construir uma carreira mais rica, em que aqui parece um passo atras nesse trajeto.


O melhor - Para os portugueses as sequencias em Lisboa.

O pior - A forma como o filme consegue embrulhar uma narrativa simples numa grande mediocridade


Avaliação - D+



Sunday, August 13, 2023

Asteroid City

 Cada filme de Wes Anderson tornou-se numa acontecimento cinematografico que normalmente preenche salas em festivais de primeira linha com cast quase incomparaveis. Nos ultimos tempos parece que o cineasta tem afirmado o seu estilo de cinema, mas por outro lado tem tido alguma dificuldade em tornar os seus filmes unanimes, travando um pouco a excelente carreira que teve ate ao momento. Asteroid City e novamente isso, boas criticas, mas não excecionais com o melhor cast que tenho memoria, sendo que comercialmente todos sabemos que Wes Anderson não é para todos, mas os resultados são sempre dentro de um intervalo relevante.

Asteroid City tem o lado visual de Anderson do primeiro ao ultimo minuto, com imagens pensadas ao minuto, e sequencias e origanização que sempre vimos na sua forma de transmitir ideias e que tornou-o num dos maiores cineastas da atualidade. O que pode funcionar pior no filme é a historia demasiado estranha num formato que se perde e divaga em demasia e tira o filme o impacto que os melhores filmes dele ja tiveram.

Nao e possivel sair do filme e não achar tudo demasiado estranho, e talvez seja a primeira vez em que num filme de Anderson isso não é ultrapassado pela riqueza da mensagem ou visual do filme, fica a ideia que o filme divaga entre a peça e o dentro da peça numa mistura que torna quase todo filme indefifravel para alem de alguns apontamentos curiosissimos tipicos do autor, mas que o epicentro da mensagem acaba por não existir.

Sendo eu um fa de Anderson e de alguns dos seus projetos mais famosos, posso dizer que aqui foi longe demais naquilo que é tornar o filme demasiado estranho, não sendo capaz de se aproximar e ser mais que diferente. POdemos dizer que a riqueza estetica de cada momento, ou o insolito de muitas situações valem o bilhete de cinema mas ja o vimos fazer num filme coeso e competente que não e o caso.

O filme fala da organização de uma peça de teatro, e da propria peça sobre um conjunto de pessoas que fica em cativeiro numa pequena cidade no meio do deserto americano conhecido pela existencia de uma cratera de um meteorito apos uma visita inesperada.

E no argumento que o filme tem mais dificuldades nesta colaboração de Anderson e Romain Copolla fica a ideia que o filme tem alguns pontos do primeiro mas e essencialmente a abordagem tipica do segundo, pela forma como no final tudo e mais estranho do que competente.

Se existe ponto onde Anderson e unico em Hollywood e na forma como transmite imagens e cria obras de arte em cada cena dos seus filmes. Neste filme consegue novamente isso com a formula que apenas ele consegue. E um excelente realizador que ja teve melhores argumentos.

No cast o filme tem um conjunto de atores de primeira linha que estranhamente da o protagonismo ao sempre igual Schawrtzam, um habitue e menino querido do realizador que na essencia é sempre igual. Joahnsson tenta dar mais diferença ao filme, e o resto sao cameos interessantes e pouco mais.


O melhor - A estetica do filme mais uma vez.

O pior - Um argumento quase indecifravel


Avaliação - C+



Saturday, August 12, 2023

Teenage Mutant Ninja Turtles: Mutant Mayhem

 Depois da varias tentativas com filmes de animação e live actions eis que surge mais uma tentativa de fazer rantabilizar a imagem e o conteudo das tartatugas mais famosas do mundo, desta vez de novo em animação, com estilo de humor mais atualizado, e uma roupagem diferente que ao contrario da maioria dos seus antecessores parece ter conquistado a critica com avaliações bem positivas. Do ponto de vista comercial as coisas foram moderadas talvez por a maioria das pessoas estarem um pouco queimadas com os projetos anteriores.

Sobre o filme a primeira coisa que ressalta é o estilo visual que o filme adota, numa especie de animação detalhadamente pouco rigorosa que da uma roupagem totalmente diferente ao que estamos habitualmente a ver e encaixa bem no estilo de filme algo desorganizado que o filme quer ser, e começa ai a forma como o filme se diferencia do projeto simples sobre a historia conhecida para ganhar dinheiro.

A historia ai é mais do mesmo na narrativa central, fica a ideia que o filme não da para mais, todos conhecemos a forma como as tartarugas ficaram assim sendo que o resto e basicamente arranjar um vilão poderoso para lutarem, na base central do filme temos pouco ou nenhum risco, o qual fica acima de tudo mais forte pelos detalhes, desde as referências a cultura pop atual, até algumas referencias cinematograficas que piscam o olho aos pais que foram acompanhar os mais pequenos ao cinema.

Por tudo isto parece claro que o filme tem alguns pontos bem interessantes em termos visuais e de curiosidade e algumas limitações que são proprias do conceito, não sei se é possivel ter um filme muito mais original e diferenciado sobre as tartarugas ninja, mas acaba por ser dos mais eficazes.

A historia segue o grupo de tartarugas mais conhecido do mundo, como tudo começou e a luta dos mesmos contra um temivel mutante que tem como objetivo anular todos os seres humanos a face da terra.

Em termos de argumento de base temos o filme possivel sobre tartarugas ninja no que diz respeito a historia central. Temos alguns apontamentos de atualidade nas curiosidades que tornam a historia algo diferenciada, mas não me parece ser o grande forte do filme.

A abordagem estetica do filme e irreverente, diferenciada e funciona, a batuta foi entregue a dupla que teve na origem dos Mitchell contra as maquinas onde ja tinham sido bem recebidos pelo seu estilo irreverente que aqui e colocado ao serviço da historia conhecida, numa dupla que ja e um caso serio no cinema de animaçao.

No cast de vozes, jovens para as tartarugas, e uma serie de atores que encaixam bem no estilo de personagem de cada um com maior aproximação ao registo de cada personagem. E daqueles casos que o filme aproveita bem estas presenças tambem a nivel comercial.

O melhor - O caracter estetico do filme.

O pior - A historia das tartarugas ninja todos conhecemos


Avaliação - C+



Friday, August 11, 2023

Insidious: The Red Door

 Treze anos depois de James Wang ter conseguido chamar a atenção para o seu terror estetico, e depois de quase quatro sequelas, algumas com sucesso outras nem por isso, eis que surge mais um filme com o elenco original apostado em fazer os espiritos regressarem a familia Lambert. Em termos criticos depois de dois primeiros filmes bem avaliados a mediania tomou conta do projeto e este filme segue esse percurso. Comercialmente a aposta era maior com o regresso das personagens e interpretes originais e o resultado foi consistente.

Sobre o filme podemos desde logo dizer que a mais valia do primeiro filme estava claramente enraizada na forma como Wang conseguia configurar as sequencias de terror do ponto de vista estetico que neste filme quase não existe, o filme dá alguns sustos visuais, mas mais proximo do que se faz nos parametros mais serie b do que propriamente com a riqueza estetica de Wang no primeiro filme.

Claro que o filme tem elementos que vão favorecer a aproximaçao do projeto aos amantes da serie, como trazer a equipa original, mesmo com o jovem Ty Simpkins ja como adulto, mas pouco mais fica a ideia que as referencias ao pesado terror do primeiro filme fica pela rama e perde-se algum, ou demasiado tempo naquilo que foi acontecendo as personagens no espaço de tempo e isso tira algum ritmo ao filme.

Por tudo isto este e um filme para ganhar dinheiro dentro de um sucesso de terror, depois de uma prequela de sucesso algo duvidoso. FIca a sensação que o filme deixa os elementos mais valorativos principalmente do primeiro filme para se tornar num filme totalmente banal em termos de terror, muito proximo do que se vai fazendo continuamente no terror de estudio.

A historia segue a familia Lambert destruturada, marcada pela entrada de Dalton na UNiversidade e a morte da avó paterna do mesmo. Com a entrada na faculdade e a exploração dos deus dotes artisticos algo do passado surge, mesmo que tenha sido retirado num alegado coma.

O argumento do filme é previsivel no retorno do processo, vai buscar os elementos do primeiro filme para tentar potenciar o terror, trás as personagens que ja conhecemos embora com os mesmos mecanismos e pouco mais. Na intriga do filme temos pouco trabalho e muitas opçoes obvias.

Na realizaçao temos WIlson que partilha aqui a interpretaçao com a realizaçao depois de muitos anos a ser protagonista de Wang. Nesta estreia como realizador fica a ideia que ficou alguma coisa por aprender já que me parece claramente que o filme é visualmente frouxo, algo que era uma imagem de marca da saga. Caso para dizer que nao aprendeu propriamente com o mestre.

No cast podemos dizer que temos WIlson naquilo que se tornou a carreira dele como ator de terror, alguns pontos interessantes nas expressoes faciais mais pouco. O jovem Simpkins funcionou melhor como criança do que como adolescente nos propositos do filme.

O melhor - O regresso das personagens do passado.

O pior - A perda do detalhe visual


Avaliação - C-



Wednesday, August 09, 2023

Joy Ride

 Percebe-se nos ultimos anos que a cultura oriental, ou pelo menos alguns filmes baseados nos emigrantes asiaticos nos EUA tem-se tornado sucesso comerciais e criticos depois de muitos anos ausentes dos grandes palcos. Neste verão em pleno expoente maximo comercial, surigiu este road trip por uma china reinventada. O filme funcionou criticamente sendo elogiado o seu caracter irreverente e cultural sendo que comercialmente o filme não teve grande resultados mesmo com alguma expansão de lançamento.

Sobre o filme podemos dizer que temos a tipica road trip feminino, que ja vimos noutros registos aqui com dois pontos que o diferenciam, desde logo a cultura asiatica diferenciada consoante as origens e a rebeldia, até exagerada das personagens as quais fornecem muitas vezes momentos de um humor exagerado, gráfico e obsceno, que funciona em alguns momentos, mas noutros é apenas exagerado.

A forma como o filme quer trazer uma asia, e principalmente uma China reinventada parece também ser mais ideologica do que real, as sequencias de evolução sem menção ao regimo politico ainda em vigor naquele pais é uma forma simpática de ver o filme, que acaba por tirar partido disso, tornando quase numa road trip exagerada a Las Vegas, com os exageros tipicos desse tipo de filme, ainda que neste particular circunscritos.

Por tudo isto Joy Ride é um filme simples de impacto comercial imediato, mas por outro lado parece tambémm claro que é um filme que não trás muito de novo ao genero para além da cultura dos personagens o que nos parece francamente pouco para tanto mediatismo de um filme. Fica a ideia que os filmes asiaticos e sobre esta cultura estão na moda mas são muito mais fortes quando também artisticamente vão buscar alguma da essencia dos mesmos.

A historia fala de quatro amigas que embarcam numa viagem à China de onde pensam serem naturais, nas quais para alem de uma diversão a quatro, tendo em conta as diferenças claras entre todas, acabam por tentar descobrir a mãe biologica de uma delas.

O argumento do filme na constituição da base do road trip é mais do mesmo, exagero, pontos de conexão e separação entre as personagens e o final mais que previsivel. O filme adota um humor exagerado que nem sempre funciona mas que acaba por ser o maior destaque do que vimos.

Na realização do projeto Adele Lim tem aqui a sua estreia como realizadora depois de alguns bons projetos como argumentista, quer no que diz respeito a outras comedias de sucesso do mesmo tema, quer no interessante filme Disney Raya. A realização é positivista no olhar do seu pais, embora sem grandes truques é um filme mexido e colorido mas pouco mais.

No que diz respeito ao cast, o filme é liderado por quatro atrizes provenientes da asia, onde o maior destaque mediatico vai para Hsu na sua aparição pos nomeaçao para os oscares, acompanhada por outras quase desconhecidas atrizes que preenchem cada uma o seu espaço e proposito no filme.


O melhor - Algum humor exagerado funciona

O pior - Muito não


Avaliação - C



Ruby Gillman, Teenage Kraken

 É conhecido que o verão é uma altura alta de projetos comerciais onde principalmente a animação adota uma posição importante na reunião dos mais pequenos em familia. A Dramworks uma das maiores produtores de animação trouxe um filme sobre a entrada na adolescência no mundo dos monstros marinhos. Criticamente as coisas não correram bem o conceito ficou longe de ter uma receção brilhante e comercialmente as coisas também não foram nada  famosas com resultados muito aquem do esperado para uma grande aposta de animação de verão.

Sobre o filme podemos dizer que tudo começa com um problema grande que é o facto de todos os temas do filme já terem sido recentemente tratados pela Disney com muito mais competência. Temos uma clara mistura de Turnig Red e Luca, com a agravante que é claramente inferior ao primeiro e muito inferior ao segundo, razão pela qual fica sempre a sensação que estamos perante uma abordagem claramente menos qualificada de temas, o que nos parece ter sido um pessimo timing da Dreamworks.

Outro dos problemas do filme é o facto de cair no cliche tipico das personagens adolescentes humanas, com exagero, que tira alguma ligação das personagens e do espetador. O filme não é humoristicamente intenso, torna-se na ligação entre personagens feminino, mas não tem a atualidade ou a mensagem de Turning Red, percebendo-se cedo que a irreverencia dos primeiros e ultimos minutos não tem seguimento no desenvolvimento da historia.

Por tudo isto facilmente conseguimos concluir que este filme é em todos os niveis um ato falhado. O filme não é comercialmente atrativo, e repetitivo com o problema de ter menos qualidade do que normalmente os filmes deste genero conseguem ter, e fica refem da qualidade tecnica que efetivamente tem mas que fica ao dispor de uma historia mairitariamente mal contada.

A historia segue uma jovem que a determinada altura percebe que é um monstro marinho e tem de se adaptar a esta nova realidade com o objetivo de se tentar integrar numa comunidade onde tem receio que a vejam como realmente é.

O filme tem um problema de base que se trata da originalidade. Fica a sensação que o filme é o Turnig Red do mar e isso é um erro de palmatoria para quem quer ter uma abordagem nova de animação num filme pouco original. Comicamente fica a sensação que o filme também fica muito àquem, e por fim na mensagem não trás propriamente nada de novo.

Na realizaçao do projeto uma dupla de pessoas associadas à animaçao, alguns deles na escrita outros na produçao, que tem um projeto interessante do ponto de vista visual, que perde pela pouca ligação e impacto da historia, que provavelmente lhes da uma estreia pouco interessante.

No cast de vozes o filme escolhe bem Fonda e Collete nas personagens mais adultas femininas que cumprem aquilo que as personagens querem ser. O filme acaba por ter mais dificuldades nos outros pontos de vozes, já que parece sempre algo refem destas figuras.


O melhor - Alguma qualidade técnica das imagens

O pior  - O argumento repetitivo e pouco objetivo


Avaliação - C-



Sunday, August 06, 2023

Are You There Margaret? It's me Margaret

 Numa altura em que o cinema está avançando para projetos cada vez maiores, mediaticos e acima de tudo com efeitos, por vezes surgem pequenos filmes que passam completamente ao lado da maioria das pessoas mas que se tornam fenomenos criticos mesmo em generos não muito associados a este tipo de registo. Foi isso quer aconteceu neste comedia juvenil, produzida por James L Brooks. Em termos criticos o filme resultou em toda a linha com avaliações muito positivas, contudo comercialmente os resultados foram pouco mais que mediocres, mesmo sendo um filme a partida para toda a familia.

Para os que viram Edge of Seventeen da mesma realizadora, podemos dizer que o filme até podia ser a sua sequela natural, com outras personagens e com outros contextos mas no epicentro com o mesmo tipo de filme so que desta vez sobre uma forma mais precoce de adolescencia. O filme tenta entrar na mente de uma adolescente de 12 anos de idade com as suas preocupações familiares e de grupo, com o aumento de estar no epicentro de um debate religioso.

Õ filme tem bons momentos comicos e de realismo, principalmente nas conversas de grupo das jovens, em termos familiares e das questões relegiosas o filme parece mais perdido em fazer o seu debate funcionar, se calhar porque puxa tudo para o olhar simplista de uma menina de 12 anos, mas para isso nao necessita de ir acrescentando elementos ao longo da duração, curta do filme.

Nao e um filme comico em toda a linha, tem momentos divertidos, non sense, que transporta todos para as questões que se coloca em determinada idade. E claramente um filme mais feminino do que masculino, e muitos dos temas ficam um pouco pela rama, mas fica o sublinhando de alguem que tem dedicado a sua carreira a filmes sobre fases complexas da adolescencia.

A historia segue uma familia, cujos pais vem de origens religiosas diferentes, uma nova cidade onde uma adolescente de 12 anos tem de entrosar na nova dinamica, numa fase de descoberta, questões e acima de tudo de crescimento.

O argumento do filme é particularmente detalhado na fase em que tenta entrar nas dinamicas e pensamento de uma adolescente. Nesse particular o filme é engraçado, curioso e muitas vezes realista. No restante fica a ideia que o filme promete muito mais do que realmente consegue concretizar.

Na realização do filme temos Fremon Craig, uma jovem realizadora que tinha tido sucesso critico no Edge of Seventeen e repete a dose neste filme, que marca acima de tudo pelo realismo das dinamicas e por um conhecimento muito detalhado da forma de pensar nas fases da adolescencia. Pelo menos ficara na retina como a realizadora dos adolescentes femininos.

No cast o filme tem na jovem Abby Ryder Fortsson a sua primeira figura, e ela encaixa perfeitamente na inocência, e curiosidade da idade. E um dos elementos que potencia melhor o filme, auxiliada por McAdams e Bates sempre competentes em registos mais tipicos das carreiras e um Safdie ainda a procura do seu registo como ator.


O melhor - A caracterização da adolescência enquanto grupo de pares.

O pior  - Fica pela introduçao de alguns temas que não os trabalha-


Avaliação - C+


 

Tuesday, August 01, 2023

The Beanie Bubble

 Num ano marcado pelas transposições para o grande ecrã de filmes sobre feitos de marcas, eis que a Apple uma das operadoras mais ativas neste âmbito lança mais um filme, desta vez sobre o crescimento da empresa de brinquedos Ty, e a forma como a mesma foi crescendo nas ligações do seu fundador. Criticamente ao contrario da maioria dos filmes coorporativos sobre feitos comerciais os resultados não foram brilhantes com uma mediania pouco empolgante para o filme. Em termos comerciais a Apple ainda não é uma aplicação de grandes dimensões, o que na ausência de figuras âncora podera levar o filme a alguma indiferença.

Sobre o filme podemos dizer que a história do sucesso e ascenção dos brinquedos Ty poderá ser bastante interessante no estudo de markting e principalmente como testamento da ligação do markting com o desenvolvimento tecnologico onde foi obviamente um pioneiro. O problema e que o filme e principalmente a forma como caracteriza a figura central de toda a industria faz com que o filme não se leve a serio e seja quase uma comedia de costumes sobre as ligações daquela personalidade.

Outro dos pontos em que o filme não é claro, e na forma como vai saltando temporalmente, esse estilo que o filme no final acaba por justificar com o twist final, acaba por não ser propriamente o mais facil de seguir ao longo das duas horas de filme tornando mesmo em alguns momentos o filme demasiado difuso, sobrando os aspetos peculiares dos personagens nas suas sequencias. O filme no fim tenta justificar este estilo com o enlace final, mas e discutivel se tudo foi a melhor opção.

Por tudo isto temos um filme que mais uma vez demonstra uma boa historia da ascenção e queda de uma marca, como ja vimos este ano em diversas produçoes. Esta leva-se menos a serio, muito por culpa da particularidade do seu interprete, mas também na forma demasiado infantil que o filme quer caracterizar o seu protagonista. No final temos uma boa historia que poderia, e deveria ter sido contada de uma forma mais funcional.

A historia fala da criação, ascenção e queda da empresa de peluches Ty, e acima de tudo como isso teve relacionado com as relações que o seu criador foi tendo com diversas mulheres ao longo da sua vida, e como tal foi influnciando o desenvolvimento da empresa, o sucesso e a posterior queda.

A historia do filme é interessante, principalmente no paralelismo das estrategias de markting, resultado e evolução tecnologica, isso e falado no filme mas não lhe é revestido de protagonismo quando me parece o marco mais claro do filme. O filme torna demasiado satirico nas personagens e isso faz com que não se leve propriamente a serio.

Pese embora tenha a produção de Glazer e Howard, a batuta da realização foi entregue a uma dupla de desconhecidos em estreia. A realização do filme não era facil, pelo paralelismo temporal e pelos saltos constantes temporais do filme. Nao se pode dizer que o filme ultrapassa essa dificuldade, o que pode estar associado a alguma inexperiencia. Fica um registo agridoce, uma boa historia por vezes contada na toada errada.

No cast a escolha de Galfinakis para protagonista leva o filme para um terreno de absurdo que sinceramente penso que não foi  a melhor opção, ja que tirou o lado mais dramatico e serio ao filme. A escola do cast parece ir a procura de alguma maior descontração, o que continua na escolha de Banks, mas também da própria Wisvapathan. Apenas Snook entra no regime mais dramatico mas sabe a pouco.


O melhor- O paralelo do markting com o sucesso comercial.

O pior - O filme assumir-se como uma comedia


Avaliação - C+



Hidden Strike

 Um filme que reune dois herois de ação de primeira linha como Chan e Cena tem tudo para ser um objeto preferido dos amantes de filmes de ação puro. Numa produçao chinesa a qual foi divulgada em termos internacionais pela Netflix, temos um filme de desgaste rapido, que criticamente ficou longe do sucesso, muito proximo do habitual no estilo de Chan e comercialmente duas figuras tão mediaticas resultarão certamente em muitas visualizações do conceito.

Sobre o filme podemos dizer que é o filme esperado que reune Cena e Chan numa dupla de herois de ação. O filme tenta ir buscar o lado fisico de cada um deles, com o aspeto mais descontraido que acaba por ser o territorio onde principalmente Cena tem estado mais funcional. O problema do filme é que para alem de uma intriga de açao limitadissima, o filme não reune mais nada e trás-nos talvez a pior produçao CGI que tenho memoria, exagerada, pouco realista, dando sempre a impressão que tudo foi filmado em tela verde.

Claro que nos dias de hoje a procura por dolares faceis é cada vez mais um objetivo de produtoras, que querem poucos custos, para depois fazerem render o peixe num outsourcing para plataformas de streaming, ganhando todo lucro. Numa pos produção dificil que deixou o filme muitos anos na prateleira, deixou amadurecer o maior desempenho de Cena comercialmente para se comercializar, embora fique um pouco fora de tom este filme para o que habitualmente temos visto no ator.

Por tudo isto fica a ideia que se trata de um filme básico, com muitos poucos elementos bem trabalhados, que é totalmente danificado por uma produçao que exagera num CGI de pessima qualidade que parece que nos leva para um mau video jogo de minuto em minuto. Nem a presença e o carisma mais que vincado de ambos os atores consegue salvar um filme onde fica a ideia clara que os dois estão em fases e fulgor distinto das suas carreiras.

A historia segue dois indivíduos mercenarios que são contratados para tarefas diferentes junto de uma refinaria chinesa, que contudo acaba por levar ambos para o mesmo espaço, numa luta por sobrevivencia dos seus familiares, e acima de tudo na procura de colocar em causa as ambiçoes de uma organização terrorista.

No que diz respeito ao argumento, tudo é muito rudimentar, desde a forma como as personagens são mais do mesmo neste estilo serie B, mas também na forma como a intriga e potenciada para as sequencias de ação, já que tudo o resto e trabalhado pela base minima.

Na realizaçao do projeto temos Scott Waugh realizador de produçoes de estudio de ação, sem qualquer registo brilhante, sendo um tarefeiro de ação. Aqui o exagero e o pouco do realismo do CGI, num exagero disparatado mancha por completo o seu desempenho e por isso podemos dizer que temos aqui uma daquelas manchas negras em qualquer carreira.

No cas Chan está numa fase descrescente enquanto heroi de açao, e necessita de cada vez mais apoio visual. Cena esta no epicentro da sua carreira, embora fique a ideia de muito melhor desempenho cómico do que em ação, mas o filme pouco ou mais exige aos seus protagonistas que a sua presença. Nota se também o pouco desenvolvimento de Asbaek que continua a ser o simples vilão de filmes de segunda linha.


O melhor - Cena funciona no humor.

O pior - O pessimo CGI


Avaliação - D+