Tuesday, January 17, 2017

Queen of Katwe

Hollywood sempre esteve atento a alguns dos feitos mais incriveis do mundo do desporto, sendo que a maioria dos mesmos dão origem a mais que grandes filmes, bons momentos de entertenimento e justas homenagens aos mesmos. Este ano e sob a chancela da Disney surgiu este filme da disney que junta duas realidades aparentemente distintas como é as favelas africanas e o xadrez. O filme foi bem, recebido pela critica o que lhe permitiu durante os primeiros dias ainda ser mencionado em listas de candidatos a prémios, e comercialmente, teve algumas dificuldades de expansão o que para o estudio em questão diminuiu o seu resultado.
Sobre o filme podemos desde logo dizer que se trata do filme natural de um grande estudio para um feito desportivo, ou seja temos um filme bem contextualizado em termos de espaço e realidade, com um realismo interessante relativo à forma de vida em africa. ALiado a este ponto temos na realidade um filme emotivo, que mesmo sendo esteriotipado consegue passar os sentimentos em questão, principalmente nas dinamicas familiares.
Assim, mais que um filme espetacular ou uma abordagem completamente diferente em termos artisticos, temos um filme competente, que percebe perfeitamente os pontos da historia que tem que sublinhar e mais que isso a mensagem que quer transmitir, e consegue faze-lo de uma forma simples, com um filme dinâmico, e que por vezes consegue ser mesmo engraçado em alguns pontos das suas personagens.
Pelo lado negativo, alguns dos defeitos tipicos dos biopic, a exagerar na beatificação de personagens, mais uma vez temos esse lado, que se percebe pela necessidade de fazer funcionar o filme em termos de espetadores, mas tal opção acaba por tirar algum realismo e dimensão ao filme naquilo que transmite. Parece a determinada altura ser um filme para os mais jovens mas que também agrada os mais velhos.
O filme fala de uma comunidade pobre no Uganda, no qual um indivíduo começa a ensinar xadrez, conduzindo uma das suas atletas ao mais alto nivel do desporto naquele pais, mesmo nas condições de vida diárias completamente distintas da maioria dos seus adversários.
Em termos de argumento temos um filme simples, ou seja, um filme que facilmente define os seus objetivos e os concretiza sem grandes rodeios ou fogo de artificio muito por culpa de um filme pensado com o coração e objetivo naquilo que quer ser. Poderiamos dizer que as personagens são pouco reais, acho que o filme sabe desse defeito e trabalha com ele.
Mira Nair é uma realizadora conceituada, principalmente na forma como consegue filmar em condições adversas fora de grandes metropoles, aqui um trabalho incrivel na construção das favelas africanas e naquilo que elas transmitem. Na abordagem podemos dizer que arriscou pouco.
No cast em termos de secundarios os actores com mais peso do cast o filme funciona, quer Oywelo quer Nyongo tem papeis intensos, versateis e que encaixam bem nos propósitos do filme. No papel principal a jovem e desconhecida até aqui Nalwanga, tem algumas dificuldades quando o papel lhe exige mais recursos dramaticos.

O melhor - O coração do filme.

O pior - A abordagem ser muito comum

Avaliação - B

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