Existem factos que pela singularidade merecem ser especificados e tratados com detalhe em filmes mais ou menos complexos. Um desses factos foi a batalha judicial contra David Irving conhecido defensor britanico da politica nazi, que acabou por negar a existência do holocausto. Assim e pese embora tenha estreado como normalmente os filmes britanicos o fazem nos EUA, conseguiu criticas interessantes, ainda que de forma moderada e comercialmente tendo em conta que se trata de um filme que não teve expansão wide, acabou por resultar minimanente bem.
Sobre o filme, eu confesso que poucos filmes conseguiram entrar tão bem num tema, apenas em palavras e estudos como este denial entra na questão de Auschwitz, conseguindo ao mesmo tempo sustentar em termos de opinião e justificação ambos os lados, bem como transmitir ao longo de todo o processo a montanha russa de emoções da personagen central o epicentro de todo o debate. Mesmo sendo um filme algo previsivel com os truques tipicos dos filmes de tribunal. Denial consegue ser um extensivo estudo relativo a opiniões na genralidade e o campo de concentração mais conhecido do mundo na especialidade.
Sempre com a coerência e o rigor que os filmes BBC nos foram habituando ao longo do ano, contudo também com o tradicionalismo excessivo o que não lhe permite ter mais arte, mais novidade na abordagem, parece como a maior parte dos filmes britanicos de produção alargada, um filme demasiado preso na forma a alguns hábitos ingleses, o que condiciona a novidade do filme.
Mesmo assim, um bom tema, que é tratado com maturidade e competência, ainda que com pouco risco, quando bem interpretado normalmente funciona bem junto da maior parte dos espetadores, principalmente na forma como transmite informação e como a espaços consegue ser sentimental, ou não tratasse de um dos maiores dramas do último século.
A historia fala no confronto de ideias entre David Irving defensor das politicas Nazis e Deborah Lipstadt, professora que dedicou a sua vida ao estudo dos flagelos cometidos contra os judeus durante a segunda guerra e que conduzi a um julgamento de forma a assumir ou negar a existência das câmaras de gás em Auschwitz.
Em termos de argumento temos um bom principio, que tem como base uma historia real não só actual como com peso. O filme é detalhado e competente com um muito bom equilibrio na forma como as justificações de cada lado são apresentadas e num filme com opiniões tão divergentes nem sempre é facil.
Mick Jackson é um realizador inglês que andou afastado do cinema há mais de dez anos e que regressa com uma realização tradicional ou não fosse ele um realizador já veterano e sem ritmo de competição. Esta formula serve os propósitos do filme embora não o abrilhante.
No cast o filme tem eficacia, Weisz é uma garantia de intensidade e de proximidade com o público algo que a personagem exige. Mas o maior destaque vai para Timothy Spall, com uma personagem controversa. mas que a cria com mestria, intensidade e carisma. Claramente o aspecto mais oscarizavel do filme, de um actor que nos últimos anos tem assumido estar em boa forma.
O melhor - O debate detalhado sobre um dos acontecimentos mais importantes nos últimos cem anos.
O pior - O Pouco risco na abordagem demasiado tradicional
Avaliação - B-
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