Sunday, January 15, 2017

Live By Night

Quando um realizador vence o oscar de melhor filme é comum a expetativa em torno do seu projeto seguinte ser a maior, já que é sempre complicado perceber o que se pode fazer depois de atingir o reconhecimento maximo. Este projeto de Ben Affleck tinha novamente alguns principios interessantes, ser um filme de gangsters, um cast recheado, ser produzido por Di Caprio e ser lançado em plena oscar season. Apos as primeiras exibições percebeu-se que seria o floop da carreira de Ben como realizador, avaliações medianas, algumas mesma com tendência negativa pautaram e encaminharam o filme para uns primeiros dados que o apontam como um floop comercial significativo.
Mesmo não sendo um realizador que artilha os seus filmes, e caindo por vezes naquela emocionalidade bacoca, é indiscutivel que Aflleck tem uma capacidade clara de preparar os seus filmes numa coesão narrativa impressionante. Ou seja os seus filmes são cuidados frase a frase para no final tudo encaixar na perfeição quer em termos morais mas principalmente naquilo que é o passado e o futuro, Ou seja mais uma vez os principios e as conluisões do filme são reunidas com mestria de um argumento bastante interessante, mesmo caindo no chaavão emotivo que por vezes os filmes dele caem.
Mas o filme tem dois problemas de base que lesam bastante o seu resultado final, o maior deles é o protagonista se existe ponto que hollywood conhece de Affleck são as susas limitações enquanto actor e aqui num papel que até exigia alguma qualidade dramatica e principalmente presença tudo sai ao lado numa personagem apagada, presa a uma expressão facil e movimentos pouco coerentes. Aliado a este ponto o filme sofre ainda de um inicio demasiado lento, dando a sensação que perde demasiado tempo numa introdução que na realidade pouco tem de interesse no desenvolvimento narrativo.
Mesmo assim temos um filme interessante, com o espirito gangster e acima de tudo tentando entrar no initimo de uma personagem complexa. É um filme extremamente coeso na forma como define o destino e as crenças das personagens, algumas vezes bem interpretado por alguns secundários. Pode não ser o melhor filme de Aflleck, isso parece obvio mas não me parece ser tão nefasto para a sua carreira como muitos apontam.
O filme fala de Joe, filho de um policia que depois de guerra enverda pela carreira do crime, até que acaba por ter problemas com o chefe da mafia irlandesa, acabando por se aliar ao chefe da mafia italiana para comandar os negocios numa pequena cidade.
Em termos de argumento eu penso que Aflleck tem aqui a sua melhor competência, a coerência e a coesão interna dos seus argumentos são impecáveis e aqui mais uma vez, no fim lembramo-nos de frases soltas que completam os acontecimentos, com personagens dinámicas e bem montadas. Apenas os tipicos chavões emocionais de algum facilitismo parecem ser algo menos funcional nos seus filmes.
Como realizador não sendo um trabalho de ponta, temos uma trabalho eficaz, bem trabalhado do ponto de vista de contextualização temporal, boas jogadas de luz, penso que é mais competente do que espetacular, parecendo contudo que os seus filmes ainda não têm uma marca de autor.
No cast o grande problema do filme Affleck, é um actor com recursos muito reduzidos para um filme e principalmente para um papel tão complexo, mas insiste em dar em si o protagonismo dos seus filmes, tendo logo a partida um handicap. Melhor nos secundários com prestaões muito meritorias quer de Messina, Cooper e Fanning.

O melhor – A forma como o filme consegue encaixar tudo no seu guião.

O pior – Ben Affleck o ator


Avaliação - B-

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