Quando um realizador
vence o oscar de melhor filme é comum a expetativa em torno do seu
projeto seguinte ser a maior, já que é sempre complicado perceber o
que se pode fazer depois de atingir o reconhecimento maximo. Este
projeto de Ben Affleck tinha novamente alguns principios
interessantes, ser um filme de gangsters, um cast recheado, ser
produzido por Di Caprio e ser lançado em plena oscar season. Apos as
primeiras exibições percebeu-se que seria o floop da carreira de
Ben como realizador, avaliações medianas, algumas mesma com
tendência negativa pautaram e encaminharam o filme para uns
primeiros dados que o apontam como um floop comercial significativo.
Mesmo não sendo um
realizador que artilha os seus filmes, e caindo por vezes naquela
emocionalidade bacoca, é indiscutivel que Aflleck tem uma capacidade
clara de preparar os seus filmes numa coesão narrativa
impressionante. Ou seja os seus filmes são cuidados frase a frase
para no final tudo encaixar na perfeição quer em termos morais mas
principalmente naquilo que é o passado e o futuro, Ou seja mais uma
vez os principios e as conluisões do filme são reunidas com mestria
de um argumento bastante interessante, mesmo caindo no chaavão
emotivo que por vezes os filmes dele caem.
Mas o filme tem dois
problemas de base que lesam bastante o seu resultado final, o maior
deles é o protagonista se existe ponto que hollywood conhece de
Affleck são as susas limitações enquanto actor e aqui num papel
que até exigia alguma qualidade dramatica e principalmente presença
tudo sai ao lado numa personagem apagada, presa a uma expressão
facil e movimentos pouco coerentes. Aliado a este ponto o filme sofre
ainda de um inicio demasiado lento, dando a sensação que perde
demasiado tempo numa introdução que na realidade pouco tem de
interesse no desenvolvimento narrativo.
Mesmo assim temos um
filme interessante, com o espirito gangster e acima de tudo tentando
entrar no initimo de uma personagem complexa. É um filme
extremamente coeso na forma como define o destino e as crenças das
personagens, algumas vezes bem interpretado por alguns secundários.
Pode não ser o melhor filme de Aflleck, isso parece obvio mas não
me parece ser tão nefasto para a sua carreira como muitos apontam.
O filme fala de Joe,
filho de um policia que depois de guerra enverda pela carreira do
crime, até que acaba por ter problemas com o chefe da mafia
irlandesa, acabando por se aliar ao chefe da mafia italiana para
comandar os negocios numa pequena cidade.
Em termos de argumento
eu penso que Aflleck tem aqui a sua melhor competência, a coerência
e a coesão interna dos seus argumentos são impecáveis e aqui mais
uma vez, no fim lembramo-nos de frases soltas que completam os
acontecimentos, com personagens dinámicas e bem montadas. Apenas os
tipicos chavões emocionais de algum facilitismo parecem ser algo
menos funcional nos seus filmes.
Como realizador não
sendo um trabalho de ponta, temos uma trabalho eficaz, bem trabalhado
do ponto de vista de contextualização temporal, boas jogadas de
luz, penso que é mais competente do que espetacular, parecendo
contudo que os seus filmes ainda não têm uma marca de autor.
No cast o grande
problema do filme Affleck, é um actor com recursos muito reduzidos
para um filme e principalmente para um papel tão complexo, mas
insiste em dar em si o protagonismo dos seus filmes, tendo logo a
partida um handicap. Melhor nos secundários com prestaões muito
meritorias quer de Messina, Cooper e Fanning.
O melhor – A forma
como o filme consegue encaixar tudo no seu guião.
O pior – Ben Affleck
o ator
Avaliação - B-
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