Sunday, November 29, 2015

Hotel Transylvania 2

Os filmes de animaçao quando se tornam sucessos claros e uma questão de tempo até verem lançado as sequelas, este ano a Sony resolveu lançar o segundo episodio da saga de monstros Hotel Transylvania depois de um primeiro sucesso. Neste segundo filme os resultados não foram muito diferentes, ligeiramente pior recebido criticamente onde já o primeiro não tinha ido alem da mediania e comercialmente um novo sucesso de um filme que parece resultar particularmente junto dos mais pequenos.
Sobre o filme eu confesso ter gostado ou ter encontrado algumas virtudes no primeiro filme, que não consigo encontrar neste segundo, basicamente aqui temos muito pouco de novo, e um filme que ao não querer ou não dever utilizar a mensagem do primeiro filme acaba por não conseguir arranjar outra e mais não ser do que sequencias de acção e quisilias sem significado entre persoangens que nada oferecem mais do que realmente já tinham oferecido no primeiro filme.
Pior ainda o humor tem menos força ou aproxima-se mais de uma serie de acontecimentos em real sentido ou paralelismo o que acabou por ser interessante no primeiro filme, por tudo isto e facil concluir que não so estamos perante uma sequela bastante mais fraca do que a original, pese embora ainda consiga a espaços ter alguma graça ou algum sentimento, mas como estamos na globalidade perante um mediocre filme de animaçao.
Contudo em face dos resultados e facil prevel que vai existir um terceiro e sequentes filmes que irão fazer render um peixe que na minha opiniao já deu tudo o que tinha a dar, aproxima-se cada vez mais do humor ou estilo Sandler e todos sabemos como isso no live action tem não funcionado para o actor nos ultimos anos.
A historia continua com o nascimento do primeiro neto de Dracula, contudo uma vez que este e meio monstro meio humano vai ser a tentativa do protagonista descobrir o monstro que existe no seu neto que pode mesmo não ser nenhum.
Em termos de argumento temos muito menos conteudo neste filme do que no primeiro filme da saga, basicamente ficou o sentido de humor, as personagens sejam elas qual for nada acrescentam ou nada desenvolvem, a narrativa perde alguma da mensagen que já tenuamente existia no primeiro filme, sendo todas as fichas colocadas no humor do filme.
A nivel produçao a Sony mesmo não estando ao nivel da Dreamworks ou Pixar e já um estudio de segundo nivel com boas produçoes, contarna as debilidades tecnicas com mais cor, movimento e musica, neste plano estamos no mais alto de Hollywood.
No cast de vozes Sandler e os seus rapazes, defensores de um humor fisico e facil que funcionem bem com interpretaçao vocal, e nisso penso que as escolhas sao felizes, para cada um dos bonecos.

O melhor – Ainda funciona em alguns momentos no humor.

O pior – A falta de qualquer novo argumento a saga


Avaliação - C-

Bridge of Spies

Qualquer filme de Steven Spilberg é so por si um acontecimento num ano cinematografico, se a tudo isto juntarmos mais uma colaboraçao com Tom Hanks e um argumento dos irmãos Cohen temos tudo para que o filme resulta e mais que isso seja um sucesso a todos os niveis. Pois bem este e o filme que reune tanta estrela em segmentos tao diferentes. O resultado para já bastante interessante, comercialmente foi um dos poucos que resistiu ao outono desastroso nos EUA, em termos criticos as avaliaçoes essencialmente positivas alimentam esperaça nas lutas pelos trofeus, se os vai ganhar so o tempo o dira.
Spilberg e sem sombra de duvida um realizador indiscutivel, não porque os seus filmes tenham um cunho artistico especial, mas acima de tudo pela forma como os filmes se revestem de coraçao e mensagens positivas. Este e mais um dos tipicos filme que o realizador pega numa historia real e da-lhe o melhor lado que quer apresentar, arriscando nas breves cenas com efeitos e um final forte. E facil gostar de um fime de Spilberg porque ele pensa nisso e consegue, se é facil amar os seus filmes mais recentes isso e que já e mais discutivel
Bridge of Spies e um filme extremamente bem feito em todos os pontos, na historia selecionada, na forma alongada com que trata a cada promenor cada acontecimento na resoluçao do problema, na escolha de actores e cenarios tudo e bem feito, o problema e quando queremos tentar perceber se tudo e extremamente competente, ou se o filme nos marca, e principalmente no segundo ponto e um filme demasiado previsivel e nem a abordagem aqui nos suspreende, sofre por ser um filme standartizado de um grande estudio de uma historia forte mas que acaba por ser essas as limitaçoes do filme e dificilmente ser o grande filme do ano.
Mas de resto um filme que nunca e aborrecido em mais de duas horas de duraçao, que consegue o seu ritmo na forma facil e simpatica com que constroi as suas personagens, mesmo nos bipic ele consegue blindar os filmes com entertenimento com aquilo que não e factual no lado mais humano dos seus interpretes, e isto ele faz para os filmes emocionalmente serem fortes e isso poder ultrapassar algumas falhas historicas que o filme realmente pode ter.
A historia fala de um advogado contratado para defender um espiao russo preso, que mais não e contratado que uma encenaçao para um julgamente alegadamente justo, mas que com o tempo vai acabar por ser a missao da sua vida.
Com tanta força em termos de argumentistas, falhas basicas não seriam de esperar e não se encontram, e no lado humano das personagens que o filme capta a atençao e torna o filme mais proximo mais intenso, sem grandes dialogos ou trunfos e um filme simples, de uma historia forte potenciada no filme pelos valores mais humanos.
Spilberg e um grande realizador isso não e duvida so assim se percebe ser um dos mais mediaticos e mais amados sem nunca ter uma assinatura de imagem, aqui temos trabalho, sem grande espetacularidade pese embora nos momentos de berlim as coisas sejam capazes dos nos trazer elementos mais artisticos.
No cast poucas estrelas, Hanks e para os actores o que Spilberg e como realizador uma pessoa influente, uma estrela maior, e mesmo quando o filme não exige os seus maiores recursos funciona sempre porque preenche o ecra. Aqui ate da as melhores centas a Mark Rylance a grande surpresa e de longe a melhor interpretaçao do filme, a alma, e isso numa interpretaçao a registar em epoca de premios.

O melhor – A forma com que no lado subetivo consegue se tornar um filme proximo do espetador.

O pior – O ser demasiado previsivel em todos os seus procedimentos


Avaliação - B

Sunday, November 22, 2015

Learning to Drive

Existem pequenos filmes normalmente segundas escolhas de festivais que no ano seguinte conseguem a sua distribuição em cinemas selecionados conseguindo assim fugir de um anonimato quase natural. Um desses filmes exibido em 2014 mas apenas lançado nos cinemas americanos em 2015 foi esta comedia romantica, simples, que passou na mediania natural da critica e comercialmente surpreendeu tendo em conta o pequeno numero de cinemas em que estreou.
Existem filmes que quando começamos a ver ou lemos a sinopse sabemos perfeitamente tudo o que vamos ver, se por um lado estes filmes tiram o elemento surpresa, creatividade por outros tambem não defraudas as expetativas que possam existir, diz-se na giria futebolistica, não complicar. Pois bem e neste segmento que surge este filme, que o unico aspecto menos esteriotipado e não cair no facilitismo de tornar a relaçao central algo mais do que realmente ela é o que acaba por ter um bom resultado potenciando-a mais do que por caminhos mais obvios.
Mas se nisto temos uma pequena fuga para melhor, por outro lado o excesso de esteriotipos do filme, principalmente na forma xenofoba com que a personagem oriental e tratada acaba por ser muito facil, quase de propaganda politica. Por outro lado um filme com esta simplicidade tinha abertura para mais humor ou para dialogos mais fortes, algo que nunca parece ser o objectivo central do filme.
Enfim um daqueles filmes que so nos lembramos nos dias sequintes a ter assistido, que dificilmente marca qualquer espetador que tem acesso a ele, mas por outro lado isso tem dois lados. Um cinema convencional com poucos tiques e pouco risco, sabendo de temas como crise da meia idade e sempre um campo positivo para comedias moderadamente romanticas.
A historia fala de uma escritora que apos terminar o casamento tem dificuldades em encontrar motivaçoes para a sua vida, ate que começa a tirar aulas de conduçao e desenvolver uma relaçao mais forte com o seu instrutor que a vai ajudar bem mais do que dentro de um carro.
O argumento ate pode ter um principio com algumas variantes não muito comuns, pois bem o problema e que na concretizaçao tem pouco risco, pouca profundidade nas personagens e nos dialogos apenas joga com naturalidade existia espaço para mais.
Na realizaçao Isabel Coixet e uma realizadora experiente que sabe transmitir bem as personagens em desespero mas aqui tem pouco risco, principalmente comparado com Elgy parece-me claramente em desaceleraçao o que podera marcar o restante da sua carreira num nivel mais moderado.
No cast pouco ou nenhum riscos, em papeis simples Clarckson e Kingsley funcionam bem controlando todas as sequencias isoladas e funcionando bem juntos, num filme pouco exigente neste capiluto.

O melhor – Nao complicar

O pior – Nao inovar


Avaliação - C

Saturday, November 21, 2015

The 33

Se existe historia nos ultimos anos que foi acompanhada pelos Media, e que se revestiu num hino a sobrevivencia foi a dos mineiros chilenos que passaram 69 dias soterrados, depois de um acidente numa mina, e que o mundo seguiu com paixao. Seria uma questao de anos, e de produção esta historia vir ao cinema. Contudo pese embora a paixao que revestiu a historia criticamente o filme não conseguiu avaliaçoes efusivas e comercialmente muito pelo facto de ter optado por actores e realizadora sul americana acabou por tirar ao filme algum star power que o poderia tornar bem mais forte em termos financeiros.
The 33 não e um filme que exige muito de si, e uma forma que se reveste de fabula de positivismo para contar ao mundo o que aconteceu, percebemos que e uma forma adornada da historia, já que os conflitos e a irmandada e sempre assim representada, o que e pouco realistica em termos da situaçao limite ocorrida. Mas não e um filme que quer ser detalhado, parece sempre querer ser mais uma homenagem, um registo para o mundo do ocorrido, de uma forma simpatica do que algo mais, e neste objectivo reside as virtudes e defeitos do filme.
Como virtudes a primeira hora de filme, a forma como nos oferece a imensidao e o risco de tal profissao, e o lado feliz de uma historia que melhor que muitos filmes pareceu desenhada para o sucesso. Do lado negativo a falta de profundidade das personagens, centrar-se em poucos mineiros, deixando grande parte deles como se não existisse. Nao tenta nunca espelhar de forma aprofundada as dificuldades e os limites de sobrevivencia de cada um nem os estados de espirito individual, trata sempre do grupo como um todo mas com quatro ou cinco individualidades.
Ou seja um filme mais emotivo do que racional, mais para provocar emoçoes do que ser detalhado, a mensagem já tinha sido dada em 2010 com a historia real e agora um documento e justa homenagem a quem passou por o que o filme descreve, mesmo que como valor artistico não seja mais que pontuar a historia.
A historia fala dos 33 mineiros que passaram 69 dias soterrados a luta pela sua sobrevivencia, mas tambem todos os mecanismos de resgate e a forma como a familia dos mesmos vivenciaram toda esta delicada operaçao.
O argumento procura sempre mais a emoçao do que a razao, e isso observa-se na forma como o tempo do filme e dividido pelo timing dos acontecimentos, parece-nos injusto a forma como priveligia uns em deterimento de outros, pese embora fosse dificil falar de 33 com o mesmo timing, mesmo assim parece sempre algo adornado, o que lhe podera tirar algum poder documental, mas que serve como devida homenagem.
Na realizaçao uma quase desconhecida sul americana que teve nas maos um projecto maior que ela, o filme e bem realizado com meios, e as sequencias de subsolo dão a prespetiva de imensidao exigida, não sendo um trabalho artistico e um trabalho eficaz.
No cast desde logo uma grande limitaçao na escolha de actores sul americanos ou hispanicos, Banderas não e um actor de luxo nunca o foi, refugia-se na extroversao e em tiques repetidos, que mesmo neste filme trás a personagem, a mesma coisa que o lado lamechas de Santoro. Parece-me obviamente que o filme com outros interpretes poderia ter dado um salto de qualidade, mas para o lado emotivo as escolhas foram positivas. Um filme claramente com mais destaque para os secundarios quase desconhecidos do que para os seus protagonistas com excepçao da quase sempre marcante Juliette Binoche.

O melhor – A historia real.

O pior – Resumir-se a quatro ou cinco protagonistas



Avaliação - B-

The Hunger Games: Monkingjay Part 2

Finalmente chega ao fim a maior saga de filmes juvenis dos ultimos cinco anos, aquela que deu origem a um genero proprio que conduziu a diversos filmes semelhantes e acima de tudo diversas replicas. Quatro filmes depois, a saga pode gabar-se de maioria dos seus filmes terem sido sucessos criticos na generalidade e comercialmente todos terem sido um sucesso e ser uma das grandes e mais rentaveis sagas dos ultimos tempos.
Eu confesso ter sido um fã do primeiro filme, por tudo que ele envolvia, pelo significado e atualidade metaforica de tudo que estava presente, com as sequelas tudo foi caindo, ate um terceiro filme completamente desnecessario. Neste quarto filme, temos uma primeira hora tambel ela a mais, que cada vez mais cimenta a teoria que apenas deveria ter ocorrido um filme na adaptaçao da Revolta, mas no final, consegue pelo menos recuperar alguns dos pontos, concretamente a metafora politica que na forma como ocorre e pouco comercial, e o termino quase melancolico sentimento que o filme nunca tem ate aquele momento. Dai que mesmo não conseguindo recuperar a força dos primeiros dois filmes, dá um retoque melhor do que o terceiro filme levou a perder.
Mesmo assim existe estilos que se foram perdendo no filme, a graça, a direçao das personagens que neste filme tem um mau balanço de tempo, como a de Annie, este filme tinha possibilidade de ter mais argumento, mais dialogo mais personagens e menos açao, claro que seria um filme com menos efeitos especiais, mas a saga já não necessitava disso, de um filme quase vazio, e que se não fosse os ultimos 30 minutos seria completamente inconsequente e não recuperava qualquer sentido do que os primeiros dois filmes foram.
Enfim um final ok para a saga que começou bem melhor do que acabou, dos quatro filmes temos um optimo filme que foi caindo, recuperando neste ultimo episodio porque era a consequencia de tudo, e era facil gostar, foi uma serie que claramente melhor do que as que procederam não se soube reinventar para ser historica, pese embora seja sempre uma boa saga.
A historia tras-nos a luta final contra o capitolio, bem como a definiçao amorosa da protagonista, num ultimo episodio em que a vida estara novamente em risco, bem como das pessoas que lhe sao mais proximas.
E no argumento que reside algumas das maiores dificuldades do filme, na forma como balançam o livro para o filme, colocam de lado, o lado que mostra mais as personagens e as personalidades das mesmas para ter mais acçao e esse balanço faz aspectos não terem a força que tem no livro e o filme sente a falta disso.
Francis Lawrence e um tarefeiro de Hollywood, ficara ligado a esta saga por tres filmes pese embora o melhor não seja seu, nunca conseguiu dar um cunho pessoal a uma realizaçao seguindo o esperado com objectividade mas sem arte, por isso e que sera sempre um tarefeiro.
No cast, a saga teve a sorte de ter apostado em Jeniffer Lawrence quando esta era uma simples desconhecida e sair como a senhora Hollywood com um oscar e outra nomeaçao, o seu carisma foi fundamental para o sucesso do filme, e a sua capacidade interpretativa tambem, tinha recursos para o filme, e o sucesso teve muito ela na base. Ja no lado masculino as escolhas iniciais não resultaram Hemsworth porque a personagem não exigia mais, Hutcherson porque não evoluiu como actor como fazia prever. As escolhas para secundarios foram sempre feitas pelo seguro para personagens pouco dificeis, com excepção da excelente escolha de Sutherland.

O melhor – NO final uma saga bem feita

O pior – Uma serie que foi perdendo força e graça.


Avaliação - B-

We are your Friends

O mundo MTV é sempre uma janela aberta no cinema, principalmente na ligaçao do cinema com a musica, neste filme obviamente para adolescentes uma das personagens principais da serie catfish tem aqui a sua estreia na realizaçao, com algumas figuras da atualidade no cast. Pese embora tal premissa particularmente proxima dos jovens o filme falhou por completo, e nem tanto criticamente onde a mediania ate foi expectavel, mas comercialmente com um dos piores resultados comerciais do ano para filmes de grande expansao.
Sobre o filme podemos dizer que tem duas partes completamente distintas, na forma como nos da a criaçao de um DJ bem como na importancia da musica, temos um filme com alguns bons momentos, muito potenciados por uma realizaçao creativa. Mas o que falha e com muita gravidade é mesmo um argumento sem personagens, recheado de cliches sem qualquer significado e que torna o filme de uma qualidade completamente inferior. Tudo e expectavel, todos os dialogos sao vazios todos os acontecimentos sao inconsequentes.
Mas no argumento pior que tudo e que encontramos pontas soltas que não sao terminadas por esquecimento o que e do mais puro amadorismo para um filme com alguns meios e actores pelos menos de uma primeira linha de popularidade em Hollywood. O cinema e muito mais que boas ideias, e a materealizaçao das mesmas, e nisto o filme falha.
Enfim um filme da moda, para quem não gosta de cinema, ou por sua vez não gosta muito de pensar no cinema, para a superficialidade do mundo noturno de discotecas e diversao inconsequente, pois bem e isto que o filme é na realidade, inconsequente.
A filme fala de um jovem que tem ambiçao de ser DJ com o apoio dos seus amigos de infancia, no lado pobre de LA, numa festa acaba por conhecer um mediatico DJ que o vai apoiar, pese embora se acabe por apaixonar pela alegada namorada do mesmo.
O argumento e do mais pobre e do mais mal conseguido que vi nos ultimos tempos em Hollywood, com buracos com bonecos no lugar de personagens com caminhos que não tem consequencia, e algo que pensai nunca ver em profissionais do cinema, e totalmente condiciona todo o resultado do filme junto do espetador.
Na realizaçao temos um Max Joseph esforçado, com a tentativa de dar algum toque pessoal ao filme, com creatividade com muitas inspiraçoes de bons cineastas e o ponto mais positivo do filme, na forma simples e original com que une cinema e musica, pena e que a historia e o argumento fossem a niveis muito baixo.
Um filme como este exigia actores da moda e não grandes actores e nisso a escolha foi facil Efron funciona no publico jovem feminino Ratajkowski junto do publico masculino, as personagens não pedem nada que um modelo não possa dar.

O melhor – Alguns momentos de realizaçao

O pior – O pessimo argumento em todos os sentidos


Avaliação - D+

Friday, November 20, 2015

Transporter: Refueled

Quando anunciaram um reboot de Transporter sem a presença do seu tipico protagonista ou seja Jason Statham de imediato pensei que meio caminho para o insucesso esta criado, desde logo porque a historia em si era limitada, e não se antevia alteraçoes nesta dinamica e por Statham funciona como poucos neste tipo de papel de pouca palavra muita acção. Pois bem o vaticinio estava correcto criticamente o filme foi um desastre num terreno que os anteriores tambem nao foram porficuos, mas comercialmente foi onde tudo desabou com resultados muito longe dos sucessos que a saga obteve ao longo dos anos.
Sobre o filme começo por dizer que pese embora reconheça o carisma de Statham para este tipo de papeis de acçao simples, nunca fui um fa claro de filmes com falta de complexidade narrativa. E este nisso é fiel ao original, basicamente temos quase nada a esclarecer o motivo das personagens, mas muitas preseguições a serem elas a protagonista da saga onde o unico realmente momento potenciado é mesmo as virtudes do carro. O problema e que se na teoria tudo e igual na forma de fazer existe muitas diferença a começar pelas frouxas e inarraveis preseguiçoes, o unico ponto onde este filme nao podia falhar, acaba por faze-lo, com frouxas e nada espetaculares sequencias de carro, que tem tanto de ridiculas como simplistas.
Mas o grande problema que alias segue toda a saga e a linearidade absolutamente pobre do filme, ou seja basicamente temos uma definiçao dos primeiros dez minutos de bons e maus, a luta entre eles, uma serie de frases feitas como se fossem dialogos comuns e uma tentativa de humor completamente falhada na personagem do pai do protagonista. A piorar tudo um filme realizado na riviera francesa que nunca aproveita a riqueza paisagistica deste espaço.
Por tudo isto e facil explicar as razões pelas quais a saga nao funcionou, e que viveu durante muitos anos num soro que sao os fas de Statham, que como e obvio viram pouco interesse num filme que nada inova e ainda para mais perde o seu protagonista. Provavelmente apenas veremos novamente Transporter de Statham quiser regressar caso contrario, podemos dizer que acabou.
O filme fala de um motorista que e contratado inicialmente por tres prostitutas decididas a dar o golpe ao lider de uma mafia, contudo a ajuda nao vai ser totalmente a acordada mas faz parte de um plano maior em que o motorista e muito mais que um simples veiculo de transporte.
E no argumento que reside a maior parte dos problemas do filme, porque quer dar todo o protagonismo as sequencias de acçao e perde dois pontos fundamentais, desde logo as personagens e os dialogos, sendo a linhagem narrativa ja ela pobre, tudo resulta num vazio total.
Na direcção do filme, um realizador da escola Besson, que deu o salto no ultimo filme de Paul Walker, já esse longe do sucesso e que aqui tem a sua obra com mais meios, mas que falha em toda a linha, todas as sequencias de acçao nunca tem força, e pior que isso as de luta são irritantes por excesso de movimento da camara que limita o alcance. QUando num filme a acção e protagonista e nao resulta so podemos dizer que a realização não funcionou.
No cast, temos quase ou nenhum risco, tudo criado de novo com actores pouco ou nada conceituados oriundos de pequenos papeis nas series.Ed Skerein, actor que deixou a guerra dos tronos para fazer este filme e um erro de cast, cheio de tiques de inexperiencia tornam a personagem num boneco que nunca foi com Statham, e das escolhas que provavelmente condicionara uma carreira.

O melhor - O carro

O pior - Tudo o resto

Avaliação - D-

Thursday, November 19, 2015

Enterteinment

Já passou diversos anos desde a origem do Festival Sundance e cada vez mais, aquele é um espaço onde novos realizador tentam a sua sorte, cada vez mais focados num sucesso pleno do que propriamente no espirito indie e anti-mainstream que deu à luz o projecto. Contudo todos os anos surgem titulos menos populistas e comerciais que homenageiam a origem do festival, como foi este ano com este peculiar filme, que acabou por agradar a critica especializada, se bem que em dose moderada e comercialmente simplesmente nao existiu limitando-se à participação em alguns festivais e exposição na internet.
Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata dos filmes mais dificeis de ver do ano, principalmente porque ao longo de mais de uma hora e meia de filme temos uma personagem completamente em silencio, porque o desenvolvimento do filme nao existe ou tem a velocidade de uma tartaruga paralizada, e porque na maior parte do tempo as sequencias do filme nao tem nenhuma logica ou fio condutor. Podemos dizer que e o espirito Lynch a aparecer, para mim parece-me um adormecer intencional do filme para fazer ter outro impacto as sequencias de stand up comedy disfuncionais, que são o unico ingrediente do filme.
Porque tudo o resto nao faz qualquer sentido, a repetiaçao de frases ou momentos sem qualquer tipo de objectividade que mais não é do que a tentativa clara do filme se assumir como diferente, rebeldes e a quebra de todos os sentidos de logica, percebemos a luta emocional e o desespero da personagem central, mas sabemos pouco ou nada sobre ela, podendo o filme com um estlo retilineo funcionar bem melhor com o mesmo tema e ingredientes.
O unico lado bom do filme e a forma como os momentos de stand up comedy acabam por ser intensos, pouco engraçados ou num estilo de humor que quase nao agrada a ninguem, mas que espelha bem a tentativa de alguns novos valores da arte extremamarem posiçoes para se fazerem ouvir. Aqui temos talvez o unico louvor que o filme obtem, mas a imagem final que fica e que o objectivo do filme é ser estranho.
A historia fala de um comediante num momento pessimo da carreira onde apenas actua em bares vazios e sem qualquer tipo de reforço do publico e a tentativa do mesmo conseguir reativar a relaçao com a sua filha.
O argumento e como todo o filme muito estranho, demasiado pausado, sem grandes dialogos, um estilo indie de há diversos anos em que o filme brilhava por ser diferente e ilogico, fica a sensaçao que algumas personagens valiam bem mais do que aquilo que o filme lhes dá.
Na realização Alverson tem bons momentos, e logica a inspiração em Lynch, mas a intensidade das imagens e completamente diferente, fragmentar um filme por completo e tentar dar algum sentido ou a falta dele, parece-me demasiado facil para quem quer ser cinenasta, nao sera neste estilo que alguma vez sera uma figura da 7 arte.
No cast temos alguns dos bons destaques do filme, principalmente a contruçao dificil de Gregg Turkington, um autentico outsider que tem todo o filme sobre si, e funciona nos objectivos dificeis que o filme poderia ter, consegue diferenciar bem a sua actuaçao em cima e baixo do palco, mas e no palco e nos momentos de stand up que o seu papel ganha outro fulgor junto com a falta de humor destes momentos o melhor do filme

O melhor - A stand up comedy potenciada por bons momentos de interpretação do seu protagonista

O pior - A falta de logica de quase todo o filme, que nunca funciona como um todo, e acima de tudo porque esse era um dos objectivos do mesmo.


Avaliação - D+

Sunday, November 15, 2015

Mistress America

Noah Baumbach é neste momento um dos argumentistas mais singulares do panorama indie norte americano, a sua capacidade de fazer historias comuns, conversas entre pessoas com a sua posiçao pouco definida tem-lhe dado uma capacidade de se assumir com um autor de renome no cinema actual. Muitas da vezes em colaboraçao com sua musa Greta Gerwing ambos tem conseguido assumir um espaço proprio que permite que pequenos filmes como este sem actores de renome consigam conciliar um bom suporte critico, sempre comum no realizador com um potenciar comercial cada vez maior em cada filme do realizador.
Sobre o filme, tenho que dizer que sei ver algumas das virtudes do realizador, a forma como ele consegue criar monologos em dialogos, o ritmo dos dialogos dos seus filmes, ter momentos extremamente engraçados de satira entre conversas serias, o non sense de muitas das suas sequencias que sao pensadas ao minuto. Mas tudo isto resulta em optimos filmes, que nunca vamos esquecer? Ai já tenho as minhas duvidas, nos ate podemos gostar de momentos ou algumas cenas do filme, mas no final ficamos com a ideia de que tudo e demasiado excentrico e sem sentido e isso tira em muito a força da mensagem final dos seus filmes.
Este e obviamente mais um filme que tem esse problema e se tudo ate começa bem com os momentos e desde a altura em que a musa Greta entra no filme que o complicador liga e ai torna-se um filme que ser ser diferente, que quer fugir da graça ou da futilidade simples, e isso ate pode ser artistico mas leva para um plano tao paralelo que no final a mensagem a transmitir já surge com intormissoes e sem o impacto que podia ter tido se fosse transmitido de uma forma mais simples.
No futuro perceberemos se o cinema de Boubach alguma vez rendera mais que isto, do que satiras urbanas a um mundo de excentricos, mas satirizar com isto de uma forma realmente excentrica parece um contrasenso uma auto critica que provavelmente Baumbach quer fazer, mas se o quer fazer mais alimentara aquilo que critica e isso parece algo indefinido no seu cinema.
A historia fala de uma jovem caloira da universidade em Nova iorque que com dificuldades de integraçao acaba por sair com a filha do futuro marido da sua mae, pessoa que a fascina e que vai inspirar a sua ambiçao literaria.
O argumento tem obviamente muitas virtudes a forma como Baumbach consegue fazer dialogos em cadeia e extremamente dificil e ele faz como poucos introduzindo bem muitas graças situaçoes insolitas que todos os nos recordaremos, parece-me ter mais dificuldades em formar tudo isso num bloco solido e numa mensagem bem impressa, podemos dizer que esta e a dificuldade de todos os seus filmes com excepção de While We're Young.
Como realizador cada vez mais assistimos menos risco de um realizador que tenta deixar este espaço para fazer a historia e o argumento brilhar, ele que muito poderia apreender com o seu amigo Wes Andersson e dar um assinatura pessoal na realizaçao que normalmente fica apenas pela escrita. Aqui quase nada a realçao, a não ser o lado claro da noite de Nova Iorque que brilha por si,
No cast o lado bom e o lado mau do filme, se com Lola Kirk o filme consegue ter uma das revelaçoes do ano, o filme é seguro nos seus sentimentos e na ligeireza com que os interpreta, por outro lado a excentricidade vazia de Gerwig, o papel que tinha mais para brilhar não convence e torna-se repetitivo no que fez por exemplo em Frances Ha.

O melhor – A forma como introduz a graça facil na mais insolita das situaçoes.

O pior – A dificuldade de tornar boas cenas num bom filme


Avaliação - C

The Stanford Prison Experiment

Este é um projecto que passou muito tempo na antecamara da produçao, o que fez com que ao longo do tempo ocorresse alteraçoes principalmente no cast já que o objectivo de colocar jovens no epicentro do filme, exigiu que se fosse actualizando os possiveis casts. O filme surgiu sem grande alarido, numa produçao obviamente independente que conseguiu resultados criticos interessantes pese embora não tenha praticamente existido na critica.
A experiencia de Zimbardo e mais que uma experiencia em si, uma discussão sobre a etica em termos de experiencias de ciencias com seres humanos no caso concreto a psicologia. O filme tinha um problema ao tentar contar a historia não poderia fazer ela mais do que realmente ela foi, dai que temos quase um documentario de sequencias longas de confronto mais psiquico do que fisico e o conflito interno de um mentor em manter a sua ideia. Mas grande parte disto por ser recolhido da realidade e limitado pouco abrangente e o significado poderia ser diferente. Dai que poderia funcionar bem melhor um filme baseado mas que fizesse outros factos da historia, que poderiam ter o mesmo resultado, mais sublinhado mas não teria o impacto do True Eventes.
Os probelmas do filme não sao dele mas do que realmente aconteceu e aqui o facto das personagens mais cativantes irem desaparecendo do filme sem nunca existir nenhuma que as contraponha, parece demasiado fragmentado em termos de cada personagem ter um bloco dai que o resultado final embora interessante e extremamente util numa discussao do que ali foi feito nem sempre funciona da melhor maneira em termos cinematograficos.
A mais valia do filme e a forma simples com que consegue criar uma intensidade e um clima de explusao sem nunca recorrer a uma violencia gratuida, e um filme com grande intensidade e impacto psicologico que vai crescendo com a duraçao do filme já que inicialmente tudo parece demasiado gratuito.
O filme fala de uma experiencia em que se juntam diversos jovens divididos em guardas e reclusos numa prisao ficticia de forma a perceber a interaçao dos mesmos durante duas semanas, com o passar do tempo a experiencia torna-se um autentica realidade.
O argumento quer ser factual, e acaba por se tornar demasiado documental pois não tem a opçao de fazer diferente, parece obviamente que não existindo esta opçao o campo de trabalho seria bem mais rico, os dialogos mais fortes e o filme essencialmente mais definido, mesmo assim de realçar a forma com que a intesnsidade psicologica e criada no filme.
Kyle P. Alvarez e um realizador novo que teve aqui o seu projecto mais visivel, e interessante a densidade do ambiente fechado que consegue criar, com um filme maioritariamente criado num corredor, é um bom começo de alguem que pode criar uma carreira interessante iniciando sustentadamente em filmes como este.
Temos aqui um naipe de actores jovens em ascenção que tem aqui um bom filme para darem mais um salto, Miller, Mann, Sheridan e particularmente Angarano, num regresso depois de em pequeno ter surpreendido tudo e todos com o seu Quase Famosos, tem bons papeis, daqueles que fazem actores das idades deles darem o salto, alguns não o precisvam como Miller e Mann, mas rapidamente estes actores serão casos serios. DO lado dos adultos Crudupp sem ser uma primeira linha é sempre competente.

O melhor – A intensidade do conflito psicologico que o filme tranmite.

O pior – As barreiras do que realmente aconteceu, não ser o mais cinematografico


Avaliação - C+

Saturday, November 14, 2015

Steve Jobs

Este é talvez um dos filmes com uma das pre produçoes mais atribuladas dos ultimos anos. Um projecto que teve alteraçao de realizador, protagonistas, totos pareciam ter receio de uma aposta tão arriscada, sustentada num unico pilar Aaron Sorkin, que depois de ser um vencedor nato na televisao queria ganhar na 7ª arte em projetos mais do que de realizadores de autor. As primeiras reações parecem que em termos de resultado critico o filme funcionou, as avaliaçoes são bastante entusiastas para um filme que tinha muitos anticorpos, contudo o lado negativo veio do lado que menos se esperava comercialmente o filme foi um rotundo floop e isso pode condicionar a corrida aos premios que esteve na mente de um filme como este.
Os biopic sao sempre obras dificeis, principalmente em vidas riquissimas como a de Jobs, dai que escolher apenas tres momentos para adaptar uma vida era uma escolha arriscada, mas e no risco que se define os grandes artistas do cinema, e este e obviamente um filme que é uma obra de arte, principalmente de escrita, a intensidade a profundidade a riqueza de cada linha dos dialogos e uma obra de arte literaria mas ao mesmo tempo capaz de condensar em tres momentos e em duas horas uma vida riquissima onde não interessa os promenores irrelevantes mas onde toda a obra e personalidade estao la todos.
Para isso o filme tem um aspeto que não e facil e nem sempre esta presente mesmo no cinema de autor, a capacidade de se reduzir a tudo o que e necessario, não precisa de muitos momentos basicamente vamos para tres espaços com os mesmos personagens ao longo do ano, esta forma original na forma de abordar um biopic, e que nos podemos considerar facilmente como aborrecida acaba por ser ela propria o que mantem o ritmo do filme e percebe-se porque o unico elemento que nunca poderia sair era Sorkin.
E obvio que muitos poderao dizer que outros aspetos da personagem ficaram de fora, as relaçoes quando nos sao dadas não tem a profundidade que muitos gostariam que tivesse, provavelmente porque cortaria o ritmo, bem como perde dez anos da vida de uma pessoa talvez os mais proveitosos e realizados mas aquele onde a sua personalidade foi menos vezes posta a prova.
A historia fala de tres momentos decisivos na carreira de Jobs, desde logo o lançamento do Macintosh, do Next e do Imac, bem como as suas relaçoes com tres pessoas fundamentais na sua vida, o seu amigo e co fundador da Apple o CEO que o despede e a sua filha.
O argumento e absolutamente brilhante so possivel em alguem que melhor que ninguem sabe fazer do dialogos a força e originalidade de um filme, e não se fica por aqui, para alem disso a abordagem torna tudo o que foi feito no biopic num all in e ganha completamente e dos argumentos mais brilhantes do ano, de um argumentista que e já ele a estrela dos seus filmes.
Boyle tem a posiçao mais silenciosa, não precisa de se destacar nem que seja porque não havia espaço para o fazer, basicamente so o conhecemos nas passagens entre as cenas, e no facto de adaptar a realizaçao de cada momento as estrategias de então. Sendo uma realizaçao de topo não e tao brilhante como o argumento mesmo sendo uma das melhores do ano e de um dos realizadores em melhor forma.
No cast, a escolha para Jobs era dificil, dai que as escolhas foram talvez para tres dos melhores actores do momento, Di Caprio e Bale recusaram sobrou Fassebender para um grande papel daqueles que muda uma carreira que não necessitava de mudar pois já estava num optimo caminho, e intenso, e espontaneo e carismatico e expressivo, não sendo um papel dificil e um papel que brilha num bom actor que ele é. Nos secundarios destaque para uma Winslet sempre ao bom nivel e que e o alicere mais do que tudo para a prestação de Fessbender e a muleta ideal para elevar os dialgoos.


O melhor – O argumento e abordagem do filme, de genio

O pior – Perder algum tempo da vida de Jobs onde ele foi bem mais decisivo para a evolução



Avaliação - A-

Heist

Facilmente se consegue perceber a razão pela qual 80% do cast deste filme surge e faz carreira em filmes de acçao serie B. Incrivel e perceber como alguem como Robert de Niro nos ultimos anos fez coleçao de filmes destes em papeis tirados a papel quimico que nada acrescentaram a sua carreira. Heist era mais um filme destes de acçao simples, serie B directo para dvd. Por isso não e de surpeender o resultado comercial inexistente de um filme que criticamente viu a negaçao ser o caminho mais natural.
Eu percebo que pequenos estudios apostem em filmes tão previsiveis de acçao simples sem grande historia dialogos ou mesmo qualquer elemento diferenciador. Tenho mais dificuldade em perceber como a LionGate e principalmente alguns actores embarcam em projectos claramente mortos a nascença e que nada trazem de novo para o cinema. Este e um filme obvio temos todos os tipicos ingredientes de um filme de segunda divisao de acçao, ou seja redençao, temos o mau que é bonzinho e o mau que é mau, sequencias de acçao que neste caso ocupam grande parte da duraçao do filme, e um pequeno twist que altera um pouco o resultado final do filme mas não consegue disfarçar a primeira hora de um cinema sem qualquer tipo de qualidade.
E neste cinema que reside a manutençao de alguns estudios e alguns actores, que rapidamente fazem uma carreira recheada de titulos e papeis semelhantes, e daqueles filmes que mesmo sendo basico foge ao desastre pelo facto de ser simples de ser o tipico filme que nunca vamos diferenciar a longo tempo de outros o que tambem por si so dentro do negativo não torna tudo pior.
Enfim um filme exclusivamente com motivos de interesse para os fas de filmes de acçao sem muito que pensar, e que não sejam exigentes em procedimentos como realizaçao ou mesmo espetacularidade das cenas, assume-se como um filme simples e de poucos meios e resulta num filme mau, que não e pessimo.
A historia fala de um funcionario de um casino que necessitado de dinheiro para salvar a filha com a ajuda de alguns criminosos profissionais tenta dar o golpe ao patrão, que conduz a um jogo do gato e do rato quer com a policia quer com os proprios lesados do golpe.
O argumento e repetido muito semelhante a outros filmes do genero e com os mesmos procedimentos standart que já vimos na maioria dos filmes de serie B, personagens esteriotipadas, dialogos by the book, salvando o argumento o ligeiro twist final, que mesmo sendo facil altera a definiçao basica do filme.
Scott Mann e um desconhecido que tem aqui o primeiro filme com figuras de proa, que não aproveita o filme como sequencia de acçao e limitado, e quase não tem assinatura para alem do basico não sera com filmes como este que ira sublinhar a sua presença.
No cast e perceptivel que actores como Dean Morgan, Bautista e Carano sejam vistos em filmes de serie B de acçao porque não tem carisma para os A e sao limitados para outros generos dai que isto sera grande parte das suas carreiras, agora De Niro num ano em que aparece em filmes de outra dimensao perder tempo neste registo parece-me obviamente um atentado a sua carreira ainda para mais quando as personagens por si já sao fracas.

O melhor – O ligeiro twist final

O pior – Ver De Niro neste tipo de filmes


Avaliação - C-

Friday, November 13, 2015

American Ultra

As sagas de agentes especiais foi um dos modelos mais seguidos em termos de base este ano no cinema principalmente evoluções creativas e originais dos mesmos como Kingsman ou mesmo Man of Uncle. Contudo tambem os americanos quiseram esta aposta que tem a sua maior excentricidade neste American Ultra, que criticamente ficou-se pelo parametro medio e comercialmente foi um desastre o que tornou facilmente considerar esta a tentativa mais frustrada do ano.
É facil perceber os motivos porque o filme não funciona, desde logo porque no filme tudo é estranho, desde logo a primeira meia hora no qual nos dao uma personagem sem grande sentido criada naquilo que Eisenberg nos entrega em quase toda a sua personagem, para se tornar de repente e sem grande explicaçao num banho de sangue entre bons e maus, sem explicaçoes sem fundamento e acima de tudo sem qualquer tipo de primor literario. No final pensamos que o objectivo do filme era a falta total de sentido das coisas e se assim o era podemos dizer que o filme resulta.
Ao olharmos para o filme temos mesmo pouco ou nada de interessante, um filme de poucas palavras e as que tem muitas vezes sao aventuras filosoficas das duas personagens centrais, pouca tentativa de sair da rama basicamente no final não sabemos quais as motivaçoes para tudo sabemos apenas que temos um agente especial e que o tentam matar, e tudo se centra na abordagem de cenas onde o filme recolhe alguns lucros principalmente na sequencia final no supermercado bem realizada e a fazer lembrar uma das melhores cenas do ano em Kinsgman.
Ou seja uma tentativa de fazer um franchising com um projecto absolutamente limitado sem qualquer tipo de condimento que nos permita agradar o filme, que e sempre estranho, nunca percebemos se quer ser uma comedia ou um filme de acçao violenta e nesta confusao acaba por nunca ser nenhum dos dois.
O filme conta a historia de um jovem bastante ligado a namorada que de repente percebe ter poderes extraordinarios de luta e de sobrevivencia tentando perceber que é algo que nunca pensou ser.
O argumento e muito pobre na linha de base inexistente em termos de contexto ou explicaçoes mas tambem no desenvolvimento inexistente de personagens e dialogos basicamente temos algumas sequencias de acçao com um contexto que nada se relaciona com as mesmas.
Nourizadeh e um realizador de comedia apocalitica como projecto X, aqui tem um filme tecnicamente ao mesmo nivel, desconcertante mas sem grande sentido, num estilo de cinema que tem assinatura e isso e de louvar mas que resulta numa obra tao estranha que poucos iram ficar agradados com a mesma.
No cast pouco risco Eisenberg e Stewart nos papeis tipicos das suas carreiras ele introvertido e com frases rapidas e ela no lado estranho e tiques que obviamente estão longe de fazer dela uma actriz de primeiro plano, tudo ainda falha mais com as pateticas apariçoes de Grace e o regressado Pullman como viloes de trazer por casa.


O melhor – A sequencia do supermercado

O pior – A falta de qualquer logica entre o filme e a sua historia


Avaliação - D+

Sunday, November 08, 2015

Ricki and the Flash

Sempre que Merly Streep lança um filme, o mundo da 7 arte fica imobilizado antevendo mais uma optima interpretaçao da actriz mais nomeada da historia dos oscares. Este ano prometia não só por ser um filme onde a actriz ia mostrar os seus dotes vocais, ainda para mais no rock, mas porque trazia o regresso de um realizador conceituado como Demme e uma argumentista irreverente como Diablo Cody. Contudo apos as primeiras observaçoes rapidamente se percebeu que não era material para os premios mas sim uma comedia simples, mas e obvio que numa altura em que comercialmente existem outros objectiso o filme acabou tambem por não resultar em bilheteira.
O que podemos dizer sobre este filme, desde logo que tendo em conta todos os intervenientes em cada um dos segmentos era obvio que se esperava muito mais conteudo e originalidade de um filme que acaba por ser na sua essencia um simples e totalmente previsivel comedia familiar de domingo a tarde preenchdio por elementos musicais e com um tipico happy ending. Se fosse um filme com poucas ambiçoes tudo estava correcto assim sendo parece claramente que uma equipa de luxo produziu mesmo muito pouco de substantivo.
E obvio que e um filme de emoçoes positivas com esse mesmo astral, e obvio que e sempre impessionante ver a capacidade de Streep se reinventar em papeis diferentes com distreza fisica e vocal, mas tudo o resto e demasiado by the book e de baixa exigencia, temos uma comedia tao igual a todas as outras que não tenta ser engraçada tenta sim ser positiva, mas quando juntamos alguns dos melhores em cada aspeto isto e obviamente muito pouco.
E facil perceber o que falha em longa escala no filme, desde logo a expetativa no espetador, depois o não conseguir nunca passar para um registo que lhe confira qualquer tipo de assinatura, mesmo musicalmente tempos pouco brilho a não ser algumas musicas antigas interpretadas pelo rock, e uma parte final com bons momentos de realizaçao principalmente na forma como as sequencias musicais sao realizadas da plateia, mas e tudo bastante pouco.
A historia fala de uma quase idosa, que mantem a vida na musica e totalmente desorganizada na tentativa do seu sonho, que e chamada porque a sua filha entretanto adulta se separou e tentou o suicidio ai vai tomar contacto com toda a realidade familiar que deixou para tras e questionar se as suas escolhas foram as mais correctas.
O argumento de Cody pode lhe dizer muito por ser a adaptaçao de uma historia que conhece mas em termos relativos e um argumento basico de uma argumentista que começou da melhor forma com um oscar em Juno mas que posteriormente nunca mais conseguiu encontrar o rumo do sucesso, colecionando alguns fiascos, este e mais um, já que nada tem de particularmente relevante que o diferencie de algo diferente.
Seria inimaginavel pensar que o realizador de silencio dos inocentes e mesmo de Philadephia tivesse um resto de carreira quase inexistente, colencionado filmes de serie b, sem qualquer tipo de assinatura, com excepçao de Rachel Wedding. Aqui pouco ou nada a destacar tirando alguns momentos musicais, mas muito pouco para um realizador que venceu um oscar cedo na carreira mas apostou numa carreira de musica mais do que de realizado de cinema.
Em termos de cast há que mais uma vez inaltecer a polivalencia de Streep, num papel que não e luxuoso mas rapidamente comparamos com outros da mesma e percebemos que os seus recursos sao inteminaveis e e obviamente a actriz mais intensa que o cinema alguma vez viu, neste filme mesmo sem ser dos seus melhores papeis não deixa espaço para mais ninguem.

O melhor – A polivalencia de Streep

O pior – Com tanta gente de qualidade em todos os segmentos surgir uma basica comedia de domingo a tarde


Avaliação - C

Saturday, November 07, 2015

Spectre

Ao quarto filme parece ter chegado ao fim o legado de Daniel Craig como James Bond, e Spectre foi a anunciada despedida de um ciclo que comercial e criticamente dinamizou em muito a saga tornando-a mais actual. Para este filme contudo estamos longe de ter os melhores resultados principalmente criticos que Craig conseguiu, com avaliaçoes positivas mas bastante proximas da mediania e longe daquilo que conseguiu em Skyfall e principalmente em Casino Royale. Comercialmente um franchising como este nunca esta dependente da recepçao critica e tudo aponta que sera mais um grande sucesso.
Confesso que sempre fui um fa de Craig como Bond, principalmente porque permitiu que a saga de actualizasse, mas é certo que se aproximou de outros registos do genero como Missão Impossivel e outros que entretanto se foram lançando com mais ou menos sucesso, dai que para um filme de Bond resultar teria de ser muito melhor do que os outros, e este Spectre esta longe de o ser, muito pelo contrario, pese embora tenha os elemntos centrais de Bond, tem talvez a narrativa mais vazia desde que Craig tornou-se Bond, e tudo isto torna mais grave quando supostamente seria o filme que ligaria tudo.
OU seja se em termos de acçao e estilo temos o Bond mais traidicional e menos o lado musculado que Craig deu ao seus filmes, do ponto de vista narrativo nos ultimos tempos fomos habituados a uma intriga completa, que apenas aparece no conflito final da personagem, mas que por mais de duas horas e um quarto nada nos da do que sequencias interminaveis mas vazias de acçao.
Contudo temos de inaltecer a capacidade de acçao do filme, conseguir que o espetador tenha duas horas e meia de entertenimento sem nunca estar aborrecido e interessante principalmente na forma como o filme consegue adquirir um ritmo interessante e outras mais valias tipicas dos filmes de entertenimento funcional como algum humor. Isto acaba por tornar os danos menos reduzidos, mas comparativamente e um filme menos da passagem de Craig e o que tudo indica, mesmo o proprio filme a despedida do mesmo deste fato.
A historia fala-nos de Bond marcado pela morte de M, que tenta perceber a organização que esta por tras de todos os outros filmes que o leva a alguem muito proximo de si que o vai ter de levar a decidir o que quer para o seu fututo.
O argumento do filme e vazio poucas falas, uma intriga do mais simples que assistimos em Bond nos ultimos anos, onde apenas se safa o trazer do tema futuro para a personagem em dois ou tres dialogos claramente pouco para um filme com duas horas e meia de duraçao.
Na realizaçao Mendes e um prefecionista e de longe o melhor realizador que alguma vez pegou na saga, já o tinha demonstrado em Skyfall e aqui cumpre, e confortavel com os efeitos e sabe tirar dos mesmos o melhor proveito, narrativamente não tem a riqueza de outros filmes do mesmo, mas ficara na historia para alem de ganhar um oscar no filme de estreia do realizador que conseguiu melhores momentos na saga Bond.
No cast, a prestação de Craig foi sempre a descer, de um actor que poderia dar mais a personagem, fruto das criticas tornou-se no esteriotipo vazio e com tiques da mesma, no final penso que Craig sai mais limitado do que entrou e isso não e positivo para a sua carreira. Como vilao Waltz um actor de excelencia tem um vilao de pouco gas pese embora o peso que se lhe queira dar, começa bem mas quando tem mais destaque perde toda a intensidade que outroa já tiveram. No lado das bons girl, Belucci nada acrescenta do que uma cena, e por outro lado Sedux não parece a escolha certa porque lhe falta o ponto maximo para uma bond girl, sensualidade.

O melhor – Conseguir duas horas e meia de entertenimento de bom nivel

O pior – A falta de conteudo da historia


Avaliação - C+

Ant-Man

Esta aberta a segunda fase de super herois da Marvel com filmes so para si, essa estreia ficou aguardada para este pequeno super heroi, numa tentativa da Marvel rentabilizar algumas das suas figuras. E este inicio começou bem já que este filme conseguiu entrar no espirito Avenger que começou logo em todo o markting do filme mas tambem em termos de resultados comercialmente o filme conseguiu bons resultados a nivel mundial, tendo em conta que não e um super heroi muito conhecido e mais que isso e a estreia do franshising mas tambem criticamente com avaliaçoes essencialmente positivas.
Sobre o filme, observar um filme de super herois com um protagonista exclusivamente ligado a comedia como Paul Rudd e um realizador do mesmo genero como Peyton Reen deixou muita vez expectante na forma como o filme ia sair. Pois bem o filme para alem de ser de super herois e jogar com toda a realidade Marvel tem espaço para ser um filme de Peyton Reed no humor facil, por vezes fisico, e não sendo aperciador da maior parte dos filmes do realizador tenho que dizer que neste caso funcionou já que temos um filme engraçado, curioso e com boa acção todos os ingredientes para um filme Marvel.
Muito do fascinio do filme tem na forma e nas curiosidades do heroi em formato formiga, o que permite um conjunto de situaçoes completamente insolitas que funcionam tanto na exploraçao de efeitos especiais premissa fundamental de um filme de grande estudio mas tambem na componente humoristica, principalmente na sequencia final. O humor fica tambem a cargo de personagens secundarias mais ai já uma estrategia usual da produtora.
Do lado negativo um argumento limitado demasiado directo ao ponto algo que acontece nos herois menos fortes da Marvel, mas que aqui nos parece demasiado, parece-nos que o filme sendo o primeiro deveria ser mais contextualizado o que nunca consegue ser percebemos que em deterimento de mais longas sequencias de acçaoa a ligaçao das persoangens acaba por ser posta de lado, e falha tambem pela falta de força de um vilao que pouco ou nada da ao filme.
A historia fala de um ex presidiario que não consegue arranjar emprego que é salvo da cadeia por um estranho cientista que lhe propoe usar um fato que o transforma numa formiga para impedir que um seu disciplo utilize a mesma estrategia como uma arma militar.
O argumento e basico nas suas componentes narrativas na forma esteriotipada com que acaba por definir a maior parte das personagens. Tem como grande vantagem a forma como consegue integrar o humor, funcional nos principios do filme, ou seja a diferença entre as realidades nos diferentes tamanhos.
Peyton Reed tem aqui a realizaçao com mais meios que alguma vez teve nas mãos, como realizador de comedia sabemos que funciona aqui consegue utilizar bem os efeitos, principalmente nas diferentes realidades em proveito do filme e da comedia, e isso podemos dizer que sem ser magnifico e um optimo trabalho.
No que diz respeito ao cast, eu não sou fã de Paul Rudd, e parece-nos obvio que e o personagem que se adapta ao actor e não o contrario o que pode ser discutivel e que apenas funciona porque tudo e assim adaptado tenho mais dificuldades em perceber como se ira integrar num conjunto de protagonistas onde perderá obviamente força. Boas escolhas de Douglas, Lilly e Pena no apoio, pessima escolha de Corey Stoll em subida de forma como vilão, e um actor com demasiados recursos que não consegue utilizar numa personagem simplesmente ma


O melhor – A forma como a comedia e integrada no filme.

O pior – A falta de um vilão de peso


Avaliação - B-

Friday, November 06, 2015

Maze Runner: The Scorch Trials

As aventuras juvenis e um genero em voga na ultima decada, iniciado com Harry Potter, mas também na forma como a literatura começou a ter sucesso neste tipo de escrita simples e juvenil, aos poucos os maiores sucessos literarios começaram a ter a sua adatação com melhor ou pior resultado. Uma dessas sagas é Maze Runner, adaptada ao cinema por Wes Ball, tem aqui o segundo filme que perde relativamente ao primeiro, o que pode não ser bom perságio quer comercialmente onde não conseguiu desta vez atingir a mitica marca dos 100 milhões mas tambem criticamente onde foi bastante pior recebido do que o primeiro filme.
 Muitos dizem que em casos de triologias o segundo filme e sempre o mais dificil porque pode nao ter um começa nem fim logico, este filme sofre disso é certo, desde logo porque necessita que o espetador tenha bem presente o primeiro filme, que é de qualidade demasiado mediana para isto acontecer, e o fim tambem é aberto na tentativa de adoçar o apetite para o que vem no proximo. Mas se nestes pontos existem problemas esperados e no restante, ou seja no corpo do filme que outros surgem. Basicamente temos muito pouco neste filme, a não ser corrida e o encontro com os rebeldes, que ja deveriamos saber que existiam.
E neste vazio que dura mais de duas horas que as dificuldades mais dificeis de explicar aparecem, os efeitos apenas existem no clima de destruição, sendo que no restante as novas persoangens nao tem espaço para oferecer nada de particularmente relevante ao filme, so no final, com um ligeiro twis temos alguma força na historia ou algum desenvolvimento de um filme completamente para encher.
Maze Runer sofre de um mal, desde logo o exagero de filmes semelhantes deixam antever o que realmente o filme nos pode dar. Depois porque a historia de base, demasiado simplista perde para outros titulos mais atuais como o claro Hunger Games, o grande filme do genero, mas também em termos de twists para a saga divergente, dando sempre a ideia clara que é um parente pobre. Mas mesmo neste registo espera-se bem mais de um filme com muitos meios e alguns fas.
A historia segue o conjunto de fugitivos que pensam ter escapado do labirinto, agora tem que fugir novamente da preseguiçao de o grupo que os colocou na posiçao e tentar encontrar os rebeldes que tentam corrigir o mesmo mal com outras formas e diretivas morais.
Em termos de argumento se o primeiro filme ja nao fazia grande uso da sua conjetura contextual, este desaproveita ainda mais. Basicamente temos uma passeio por diveros planos, na busca pela sobrevivencia de diversas formas e diversos adversarios. As personagens nada crescem, as novas nada adicionam, enfim em termos narrativos bastante limitado.
Bell tem uma realizaçao parecida com o primeiro, sequencias de acçao bem realizadas, sem grande primor tecnico é certo mas da ao filme o ritmo que o mesmo necessita para conseguir aguentar mais de duas horas de duração. E um projecto pessoal que comercialmente esta a ser visivel mas falta o impacto que deveria ter.
No cast  a mesma aposta em jovens do primeiro filme, com papeis faceis, as novas aquisiçoes tambem nao fogem do tipico plano da carreira dos mesmos como Pepper e Taylor. Nao e um filme que exige muito dos seus protagonistas

O melhor  O ultimo twist, que nos questiona qual o lado está certo.

O pior - Ser um total vazio no desenvolvimento da história

Avaliação - C-

Tuesday, November 03, 2015

Nasty Baby

O cinema independente vai ganhando fãs, não só pela actualidade dos temas que muitas vezes aborda, mas também pelo estilo mais refletivo que dia apois dia assume como sua assinatura. Este Nasty baby e obviamente um filme desse estilo totalmente criado para festivais, independentes ou não, o certo é que e um filme pensado para a critica e menor para o resultado comercial do mesmo. E nesse particular os resultados foram medianos, uma vez que comercialmente o filme como se esperava não obteve qualquer tipo de resultado significativo e criticamente pese embora tenha avaliações essencialmente positivas foram insuficientes para dar ao filme qualquer impulso bastante significativo.
Nasty Baby e um filme estranho, marcadamente independente no ritmo pouco acelerado, na forma como os dialogos parecem desconcertados de qualquer lógica comum, é um produto base para quem gosta deste estilo de cinema, mas incapaz dos tradicionalistas na lógica de um argumento como eu me assumo enquanto amante de cinema. Por isso e que mesmo valorizando o facto do filme tratar de um tema tão actual e pertinente o faz de uma forma despegada sem impacto, mais preocupado com as eloquencias de cada personagem do que fazer a mensagem passar de forma sublinhada ao espetador.
E pese embora algumas conversas tenham a sua graça, e o facto da geração de uma vida ser complementar a perda de outra parece-me obviamente que o filme tem uma crise de arrogancia preocupando-se pouco com o espectador, parece uma conversa de amigos com estilos semelhantes em busca de um objectivo comum, e sentimos sempre a sensaçao que o filme nao esta com a nossa forma de ver o mundo.
Mas e um estilo cada vez mais assumido uma vanguarda independente do cinema, baseado em um ou outro sucesso que talvez tenha como Noah Baumbach mas o mesmo ja conseguiu impacto na forma como os seus filmes atingem o espetador que os seus seguidores ainda tentam
A historia fala de um casal de homossexuais que tenta geram um filho com a ajuda de uma amiga de um deles, perante as indecisoes desta aposta a relação de cada diade vai ganhando contornos proprios que fica ainda mais em risco com o aparecimento de um estranho sem abrigo.
Do ponto de vista do argumento e facil assumir a actualidade de um tema tanto em discussao em diversos contextos, mas parece que o filme quer ir para alem do tema, quer sublinhar a eloquencia das suas personagens num estilo pouco ritmado, e baseado em dialogos existencialistas que tiram ao filme algum do impacto que o tema por si so poderia ter.
Este e um projecto completo de Sebastian Silva e se em termos de interpretaçao e principalmente em argumento o sentimento e agridoce, tudo parece pior quando falamos numa realizaçao inquieta numa abordagem deliberadamente amadora, como forma de estilo. Isto tudo poderia ser um bom sinal se nao fosse uma marca standartizada de autores que nao conseguem fazer outro tipo de arte, já o tinha feito em Crystal Fairy e torna-se assim um dos realizadores mais rebeldes e inconsequentes do cinema.
No cast Silva assume o protagonismo e penso que e neste lado que ele melhor funciona, da realismo a personagem num papel nao muito dificil mas cuja a ligaçao com o seu colega tem de ser intensa e isso consegue mais pela interpretaçao do que pelo guião.

O melhor - A atualidade do tema

O pior - A dificuldade de fazer um filme que se exigia como sendo facil

Avaliação - C-

Sunday, November 01, 2015

No Escape

A passagem de alguns realizadores do cinema de terror para o cinema de acçao e apenas uma questao de tempo principalmente quando este estilo resulta pelo impacto fisico dos seus filmes. Este ano, com este No Escape, foi a vez John Dowdle responsavel por sucessos de terror como Quarentena e As Above So Below, ter a sua oportunidade. Mas esta passagem quer criticamente quer comercialmente esteve longe de qualquer sucesso com resultado bastantes negativos em ambos os planos.
O cinema de acçao tornou-se nos ultimos anos com o bom resultado de alguns filmes e sequelas muito exigente, já não exigimos acçao de tirar o folego mas acima de tudo uma intriga completa ou pelo menos que nos surpreende, e é nesse particular que este filme falha em larga escala, rapidamente nos primeiros 30 minutos percebemos tudo que se vai passar a seguir e no fim temos a total sensação que se falhamos foi por colocar pontos que acabam por não existir. Ou seja narrativamente temos um dos filmes mais basicos e serie B que há memoria.
Perdendo na riqueza da intriga e argumento tornava-se necessario para o filme funcionar a força das imagens ou pelo menos a força das sequencias de acçao, e mesmo aqui o filme, acaba por falhar se bem com muito menos impacto do que narrativamente, temos sequencias longa de acçao, de sobrevivencia, e algum sentimento de claustrofobia na sequencia do hotel no restante uma fuga ao longo de mais de uma hora de filme, com pouco realismo, e onde as personagens simplesmente deixam de existir.
Mas o lado mais negativo vem no fim, como a forma que um conflito a escala mundial se resolve com uma familia e alguns amigos, tudo torna-se quase tao limitado como os filmes de acçao de video de herois do genero como Seagal e Van Damme, que tiveram sucesso nos anos 90, mas que no panorama atual não fazem qualquer tipo de sentido.
A historia fala de uma famalia que por motivos de trabalho ve-se obrigada a ir residir para um pais asiatico, logo na primeira noite desencadeia-se uma guerra civil que visa matar todos os estrageiros no pais por um grupo de rebeldes, começando ai uma fuga pela sobrevivencia dos elementos deste agregado.
Em termos de argumento este No Escape e dos filmes mais pobres de acçao dos ultimos anos, vazio, sem qualquer tipo de conteúdo a não ser arranjar um contexto para um jogo do gato e do rato, as personagens não sao expostas a nenhuma definiçao de elas mesmas, e os dialogos sao apenas os basicos, muito pouco para a acçao do seculo XXI
Este era um filme que poderia marcar a passagem do realizador para um genero mais facil de ser unanime, mas falha, mesmo que o filme permitisse uma sensação de cerco, o filme nunca consegue utilizar este ponto para criar esse impacto no espetador. E certo que e um filme sem grandes meios, mas poderia ser mais creativo.
No cast pouco ou nenhum destaque, Owen Wilson na minha opiniao e um actor comedia limitado e não funciona noutro genero, sendo a acçao o genero onde na minha opiniao tudo corre pior, não ter disponibilidade nem vigor fisico e tudo parece demasiado falso, no filme ficamos com a sensaçao que o lado forte do filme e Lake Bell, tambem ela limitada mas mais talhada para o genero, a presença de Brosnan e a habitual, de um actor que consegue estar vinte anos a repetir papeis

O melhor – Os primeiros dez minutos servem para contextualizar a diferença de culturas

O pior – O unico conteudo relevante do filme esgota-se nesse mesmo período


Avaliação - D+