Sunday, December 31, 2006


The Fountain



Se existe um autor que ganhou espaço pela sua singularidade, esse não me parece que tenha sido Lynch, mas sim Aronofsky, um autor capaz de unir a uma linha narrativa completamente alternativa, com originalidade, aos quais de alia uma forma de realização extremamente unica e um acompanhamento sonoro extremamente marcante. è obvio que nunca sera reconhecido publicamente como as coisas verdadeiramente especiais, nao e facil de se gostar, sendo mais facil o odio simplista.

Em a fonte mais um exercicio de um realizador que caminha para o unico e original numa historia extremamente original, e um sentido de realização fabulosa. COntudo Aronofsky neste filme caiu na sua propria teia, criando uma narrativa tão complexa e metafisica que cai numa grande confusão, acabando apenas por restar uma grande ideia, posta em pratica de uma forma extremamente poetica, mas que no final soa a intimista em mão, existindo dificuldade dos espectadores entrarem dentro de uma narrativa. A ideia e fabulosa o facto de unir tres historias num objectivo comum, encontrar a fonte da vida eterna, mas e posta em pratica de uma forma complexa, confusa e dificil, resultado uma divisao critica extrema, e uma ausencia de ligação ao publico, o que nao seria muito mau, e tipico em Aronofsky se os meios produtivos e as ambiçoes dos estudios nao apontassem para voos extremamente mais altos.

Mas o que falha no filme, que por exemplo esta presente de uma forma muito sublinhada em requiem for a dream do realizador, a simplicidade narrativa, neste filme encontramos um argumento absolutamente complexo extremamente metaforico, narrativamente poetico mas deficitario no ponto de vista de coesão de ligação, um argumento de tal forma a arrojado e original que acaba por nao entrar de forma familiar no agrado das pessoas.

A realização de Aronofsky e brutal, mostrando os predicados anteriormente assumidos, num filme com meios produtivos superiores e que o realizador consegue utilizar de uma forma eficaz na realização dos seus objectivos.

Excelente esta a escolha de Jackman para o papel principal, e que de alguma forma vem contradizer a opiniao anteriormente veinculada neste blog, apresentando uma personagem excelentemente interpretadas, das melhores dos ultimos anos, num risco impressionante de carreira, juntando um papel fisicamente exigente com uma densidade emocional extremamente forte, dominando todo filme com espetacularidade. Weisz sai-se bem no pos oscar sendo notorio o fascinio do seu marido em realizar grandes planos com as suas feiçoes que abrilhantam o filme.

Assim o filme mais dual do ano, e que na minha opiniao e demasiado literario para ser um filme ainda mais de 90 minutos


O melhor - JAckman, expetacular interpretação


O pior - O filme e extremamente dificil e a mensagem na minha opinião e transmitida de uma forma extremamente complicada


Avaliação - B-

Saturday, December 30, 2006


All The Kings Man



O mundo do cinema pode se tornar o mais cruel de todos, um objecto a partida infalivel, senao vejamos, um remake de um filme de grande sucesso, um realizador que apesar de estreante estava ligado em função menores a grandes sucessos, uma aposta total de uma produtora, e talvez o elenco com mais qualidade dos ultimos anos. Unico senão do filme o atraso de um ano no lançamento de forma ao filme ser melhor preparado para a possivel conquista dos oscares. Foi este o enstusiamante meio produtivo de um filme que colocou desde cedo agua na boca de todos os cinefilos espalhados por todo mundo. Era o vencedor antecipado do ano...e que rapidamente se transformou num dos maiores floops da historia do cinema moderno, despresado pelo publico e acima de tudo odiado por uma critica que nao poupou criticas a uma arrogancia total de um filme que pensou que tinha tanto em tao pouco.

O grande ponto fraco do filme assenta numa tentativa de adaptar o filme a uma realidade cinamtografica actual, e que acab por tornar o filme confuso, sem interesse e extremamente monotono, para alem disso o baile de estrelas esta ao serviço de uma manta de retalhos que nao permite que ninguem consiga fazer nada do filme.

As expectativas das pessoas e principalmente da critica tambem justificam classifiações tao baixas para este titulo que apesar de mediano esta longe de ser um pessimo filme.

Outro dos erros do filme foi tentar fazer um filme sobre a politica com suspense sendo uma autentica salada de fruta que nao se assume como nada, fica de bom neste aspecto algum ritmo que o filme adquire na segunda parte e que combate a monotonia criada na primeira.

O argumento e um autentico disparate pegado, e o principal motivo deste falhanço geral, que demorara muito tempo ate repor danos.

Surpreendentemente acaba por ser o caloiro neste caso o realizador aquele que melhor se apresenta no titulo, apesar de provavelmente ser este que mais lesado sera com este floop, certo e que no capitulo da realização o filme esta muito bem conseguido, arriscando em planos fortes onde se salientam as magnificas imagens dos discursos politicos de penn, realizados com excelencia.

A nivel de actuações e era aqui que todas atençoes estavam colocadas com o maior cast dos ultimos anos, e apesar de nao serem eles a fonte negativa do filme o certo e que todos eles estao longe do seu melhor, com particular destaque para o cliche de Sean Penn nos seus discursos politicos teatralizados em excesso. Jude Law, ja demonstrou melhores momentos no cinema apesar de ser ele que preenche todo o filme retirando o protagonismo anunciado a Penn. Quanto aos outros secundarios de luxo como Ruffallo, Winslet, Hopkins, Clarkson e Gandolfini, seria exactamente igual se tivessemos a falar de simples desconhecidos ja que a sua participação mostra-se indiferente para o sucesso ou nao do filme.

Enfim um fenomeno inexplicavel onde tantos meios geram um objecto tao mediano como este


O melhor: Os promenores de realização de Zaillian, enfim com outro argumento poderia ser o inicio de uma carreira promissora.


O pior - A forma como o filme defrauda as expectativas, injustificavel


Avaliação - C+

Friday, December 29, 2006


Marie Antoinette - Maria Antonieta
Starring:
Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Asia Argento, Rip Torn, Molly Shannon
Directed by:
Sofia Coppola


Depois de Lost in Translation, o mundo cinematografico aspirou limites inultrapassaveis para a carreira futura de Sofia Copolla, ainda mais que esta apostava na mitica Rainha de França MAria ANtonieta para dar seguimento a sua pequena mas brilhante carreira. As luzes ficaram atentas ao que Copolla poderia fazer com mais meios produtivos, podia surgir um epico bélico de autor. Desde logo foi apontado como candidato aos oscares ainda nem argumento exestia. COntudo o belo começou a desmoronar quando veio os adiamentos de estreia, de final de 2005 foi adiado para outono de 2006, e sabemos que isto normalmente nao e um bom pronuncio e na realidade não o foi. Já que o filme por um lado ao estrear em Cannes teve uma divisão total de opiniões o que arrefeceu de forma brutal os animos relativos a um filme, que acabou por estrear sem grande alarido e sem grande atenção quer da critica quer do publico, sendo aqueles que apontavam a obra mestra da rainha coppolla a sua obra mais insignificante ate a data.

E a verdade é que o filme é extremamente insignificante, se por um lado a marca da autora e bem visivel, no caracter idilico que o filme adquire, a riqueza visual de imagens utilizando a premissa da prioridade das imagens pelo dialogo. COntudo muito fica aquem, o caracter bélico do filme, o factual, quando damos por nos ja o filme precorreu mais de metade e nada de concreto aconteceu, e o filme precorre este caminho pouco incerto desligado sem fio de condução vago, priorizando os promenores dos sapatos dos vestidos, parecendo a narrativa um mero acessorio em todo o filme. Este aspecto torna-o poro um lado extremamente aborrecido, e depois um total despredicio de meios, num filme quadro, extremamente desinteressante.

Assim o filme parece como aqueles livros muito descritivos mas que na realidade nada acontece, no final continuamos sem ter uma ideia de quem e ou foi Maria antonieta, nem em factos nem em ficção porque o filme nao nos dá nada. Saimos expertos em costumes da realeza, mas sera isso que os espectadores procuravam ou expectavam neste filme. Sinceramente nao me parece, sendo o filme deficitario em materia humana, sentimentos ou mesmo relações.

O argumento é totalmente inexistente, ou seja incompreensivel como uma vencedora de oscar nesta categoria pareça tirar ferias neste particular e limitar-se a demonstrar tiques de menina birrenta com a mania de surpreender.

Ja na realização Copolla parece melhor que nunca filmando com um primor artisitco impressionante, se bem que pareça sentir mais dificuldades em cenas de maior movimento.

O grande risco e que acaba por funcionar bem no filme e a Banda sonora modernista assumida por o filme, que se por um lado e claramente descontextualizado por outro dá o pouco movimento e acção ao filme extremamente parado.

De referir a qualidade do filme ao nivel tecnico onde se destacam, a direcção artisitica, vestuario e fotografia do melhor produzido este ano.

Ao nivel do cast, de referir que todo o filme esta ao encargo da capacidade de Dunst se exprimir facialmente, e se por um lado a actriz podera ser ainda bastante verde para tamanho encargo, parece-nos importante frisar que ela em momento algum compromete o filme, oferecendo uma das melhores interpretações da sua carreira, ja nos parece mais duvidoso a escolha do limitado Schwartzman para o papel do rei Luis 16, aqui a cunha familiar parece-nos ter sido factor chave na escolha.

ENfim uma das maiores desilusões do ano do ponto de vista geral, Copolla parece-nos ainda nao estar pronta para entrar no mundo das grandes produções, pois nao encaixa com o seu perfil como autora


O melhor - O nivel produtivo do filme, extremamente feliz em diversos niveis.


O pior - A forma como COpolla encara este historico filme de uma forma caseira imcompreensivel


Avaliação - C

Thursday, December 28, 2006


A good year - Um Bom Ano



Nos ultimos anos temos assistido a uma rejeição de Hollywood de obras mais intimistas e sentimentalistas, principalmente quando estas vêem de realizadores conceituados. E se com Crowe no seu ELizabethtown a obra acaba por se enquadrar perfeitamente na sua trajectoria cinematografica, este Good Year funciona como um choque termico na carreira movimentada do homem de acção chamado Ridley Scott. è certo que em Amigos do ALheio ja tentara dar uma dimensão mais pausada e menos fisica dos seus filmes, mas dai a entrar no terreno do sentimentalismo puro, e recordações de infancia e reencontro do eu vai uma grande distancia.

Pois bem, e isso que conta o filme, o regresso a um local onde a personagem arrogante interpretada por Crowe nao evoluiu, ou seja continua uma criança existindo uma busca da personagem do sua existencia mais pura, acedendo a sentimentos adormecidos. Tudo num filme emocionalmente interessantissimo, de deixar um sorriso no espectador sem despertar a gargalhada. Contudo nem critica nem espectadores estavam preparados para estes passos de Scott, a critica que continua preso a um grandioso mas passado Gladiador, e os espectadores mais adeptos dos filmes musculados do realizador, nao aderindo a uma vertente mais intimista do realizador. Scott nao se devera preocupar por realizar um dos floops gigantes do ano, ja que o mesmo sucedeu com o Papa dinheiro Verbenski quando arriscou no seu esquizoide Homem do tempo, devera ser objecto de estudo sim a negação critica a um filme claramente interessante.

A historia do filme é bonita, realizada e articulada para o ser, se bem que poderia ser mais, se não se prendesse a uma tentativa de humor a toda a linha forçada, mas que em nada compromete a força interior que o filme transmite.

E dos filmes que nos faz pensar, que provavelmente quem nos conheceu em miudo, tem uma ideia muito propria de nos, talvez diferente da que nos proprios temos, mas também verdadeira, na personagem de Max poderia estar qualquer um de nós.~

Para alem deste aspecto o choque cultural por vezes impercetiveis em culturas tao proximas como a britanica e francesa e inaltecida no filme, com a desadaptação do personagem ao seu novo meio, aqui por vezes caia num exagero ridiculo.

O argumento poetico acaba por ser interessantissimo, perdendo so em algumas situações de um lirismo desmedido, mas que esta construido de forma a gradualmente caminhar para a redenção da personagem ao seu passado, e uma nova contrução do futuro. ou seja o filme funciona em grande escala do ponto de vista dramatico claudicando nos aspectos mais humorisiticos.

A realização de Scott parece um estado de introspeção com planos fechados quase sem movimento, parecendo que o realizador, haituado a oferecer movimento conatagiante aos seus filmes, se limitou a observar o desenvolvimento de uma historia rica.

O cast, parece-me extremamente valioso para um filme tao intimista, ate os secundarios Finney e Highmore sao de primeira linha, e que nada trazem ao filme. Crowe parece-me desadaptado a comedia, nao e o seu genero,ou sera falta de habito dos espectadores em vê-lo neste tipo de papeis, mesmo assim soa a estranho. Brilhante foi a aposta em Collitard, desde Taxi que a espetacular actriz francesa merece mais oportunidades ja que me parece mais talentosa do que Tatou e com o charme e beleza de Belucci enfim a conbinação perfeita. E por fim a aparição daquela que muitos apontam para a estrela australiana do futuro a estonteante Cornish, que brevemente iremos ouvir falar com maior destaque.

Enfim um filme forte, denso mas que ninguem estava preparado para assistir proveniente de Scott


O melhor - O reencontro gradual da personagem com o seu passado


O pior - A tentativa de fazer do filme uma comedia, em vez de assumir o seu teor melodramatico


Avaliação - B

Wednesday, December 27, 2006


Happy Feet



Num ano estranhamente fraco para o grande estudio da Warner, poucos acreditariam depois de tantos floops sucessivos que outro destino podesse ocorrer a sua aposta de animação para o Natal, principalmente depois de o mesmo estudio ter-se espalhado ao comprido com o seu Ant Bully. Pois bem o cinema e imprevisivel e acabou por ser esta historia animada de pinguins a salvar um ano para esquecer deste estudio. por um lado porque se tornou imediatamente como o grande sucesso deste final de temporada, e por outro porque atraves de algum consenso critico, prefilou-se como um dos filmes favoritos a brilhar na categoria de melhor animaçãos nos diferentes prémios.

MAs o que esta por detras deste sucesso, desde logo a aposta forte no markting, numa premissa de maximo risco, e por outro lado a moda do tema dos pinguins imperadores, ja brilhantara o ano anterior como o mega documentario marcha dos pinguins, Por ultimo tambem o conjunto de mega estrelas a oferecerem vozes favoreceu a evolução comercial do filme.

COntudo estamos perante uma das obras mais oborrecidas que a animação criou este ano, com uma adaptação extremamente musical o filme desenrola-se a ritmo de cruzeiro, com poucos motivos de interesse, concentrando o valor numa serie de premissas morais fortes e que sustentam o filme tao mediatico.

A seu favor joga a imagem afectuosa dos pinguins que disfarça alguma frieza e linearidade das personagens do filme, onde apenas sobressai as personagens parentais.

A nivel de argumento esta longe do que de melhor se viu em animação, não se podendo considerar um filme infantil embora por vezes seja extremista nesta conotação, sendo ambiguo a definição do seu publico alvo.

A realização e metodos produtivos, demonstram uma aposta forma e inovadora, com imagens revolucionarias e que muitas vezes surpreendem o proprio espectador, ao qual nao sera desconectado a experiencia do realizador em conciliar animaçao e imagens reais.

O cast de voz e apesar das personagens serem algo irritantes as vozes encaixam na prefeiçao, nos tb irritantes Wood e Murphy, sendo as outras vozes apenas adereços no filme.

Enfim a versao animada para aqueles que adoraram o deocumentario Marcha do Imperador.


O melhor - O primor tecnico do filme, evolução e talvez revoluçao no genero.


O pior - O filme e extremamente lento e o argumento desinteressante


Avaliação - C+

Tuesday, December 26, 2006


Deja Vu



è indiscutivel a capacidade de Buckheimer rentabilizar em sucesso tudo aquilo que produz, quer seja Blockbusters quer seja filmes de acção. Dai que ao auxiliar-se a um realizador de sucesso como Tony Scott previa-se um grande sucesso a caminho, contudo os resultados tiveram longe do esperado, primeiro porque esta epoca e mais forte para titulos mais intensos dramaticamente, e por outro porque o filme incidia num argumento algo complexo.

Mesmo assim o filme acabou por se converter num filme acariciado ao de leve pela critica que sublinhou a coragem de um filme dificil sobre varios niveis.

Se estamos habituados a vertente action de Tony Scott certamente vamos ficar surpreendidos com este deja vu, primeiro porque adopta um ritmo mais lento, e depois porque incide num argumento mais forte, neste capitulo dos filmes de acção. A historia refere-se a um policia que com novos mecanismos consegue assistir em tempo real aos acontecimentos que tiveram lugar 4 dias antes de forma a precaver um atentado bombista, o filme que começa a um ritmo calmo adopta a determinado tempo uma acção mais forte com promenores algo irrealistas, alias a falta de realidade do filme acaba mesmo por ser o ponto mais debil do filme, parecendo em determinados momentos um filme de ficção cientifica.

Os pontos fortes do filme assentam na coesao de um argumento dificil, mas que acaba por funcionar como um todo completo, apesar de por vezes adaptar alguns atalhos algo remendados que apesar de discfuncionais nao retiram o caracter pratico que o filme adquire.

A realização marca o regresso de Scott ao terreno onde melhor se movimenta como a acção, depois de uma tentativa frustadissima de entrar pelo terreno de filmes mais factuais e dramaticos como o Horrivel Domino.

A nivel de interpretação o facto de terem recorrido ao sempre fortissimo Washignton como estrela maior minorizou a partida os poucos riscos que o filme tinha neste particular. Brilha ainda neste particular a presença femenina de Patton, e ainda um vilão de serviço Caviezel, tentando relaçar a sua carreira pos Paixao de cristo.

Enfim o action Movie de final do ano com explosões a moda de Scott e Buckheimer.


O melhor - A ideia inicial do filme prespicaz e forte para um titulo de acção


O pior - A falta de realismo de um titulo que é demasiado ivermosivel para o genero


Avaliação -B

Monday, December 25, 2006


Babel



Se existiu em filme que desde cedo se anunciou como candidato ao Oscares deste ano, esse titulo foi sem duvida Babel, a obra do mexicano Inarritu, desde a proclamada apresentação no Festival de Cannes, adiou a sua estreia nos EUA para a recta final do ano para poder almanejar lucros nas diferentes entegras de galardões.

E para ja podemos dizer que a estrategia esta a colher frutos, embora ate agora ainda nao ter ganho muitos premios, apenas alguns para Yakusho como melhor actriz secundaria, o certo e que a liderança nas nomeações para os conceituados Globos de Ouro sao um bom prenuncio para o que pode surgir nos Oscares.

Não se trata de um filme para um publico generalista, nem tão pouco um filme facil, o estilo Inarratu é como algo estranho que nem sempre as pessoas gostam. E isso observou se quer no publico em geral quer na critica que embora tenha aplaudido na sua maioria o filme, parece respeitar mais o filme de que adorar.

E a nossa opiniao vai nesse sentido a obra e indiscutivelmente de qualidade merece o nosso respeito, e interessante com conteudo, mas dificil de fazer amar, e aqui joga o facto de anteriores filmes que abordaram a mesma problematica terem sido mais marcantes mais explosivos.

Alias a falta de movimento e ligação do filme por momentos torna-se quase absurda, sendo a nossa opiniao de que Inarratu nao deveria ter medo de arriscar em historias sem paralelo como o fez em amor cão, do que fazer ligações insignificantes como neste Babel. Contudo este estilo e sempre algo que exige mestria para nao cair no disparate e neste aspecto o filme resulta muito bem.

Do ponto de vista politico tambem aqui Babel funciona na perfeicao salientando as virtudes e defeitos de diversas sociedades que o Argumentista Arriaga mostra conhecer muito bem, principalmente a mexicanda donde sao originarios, e onde saem os momentos mais brilhantes do filme.

O argumento do filme e de grande qualidade adulto, emocionalmente forte, denso e acima de tudo coeso nas parte, que deveriam ser assumidas como capitulos indiferenciados, mesmo assim o valor deste segmento do filme e sublinhado pela forma brilhante com que e contextualizdo os diferentes habitats do filme.

Inarratu apesar de ainda estar longe de Cuaron, no risco e na qualidade das imagens transmitidas, ao optar por um estilo mais indie acabo por apaixonar mais os criticos e colocar a camara a funcionar em prol do argumento e nao o contrario.

O cast acaba por ser o ponto forte do filme, dai o facto de ter 3 nomeaçoes de interpretação para as proximas ediçao dos globos de ouro. Neste aspecto acabam por ser as desconhecidas a brilhar num cast meticuloso mas que funcionou na prefeição. Mesmo os consagrados Pitt, Bernal e Blanchet demonstram estar em grande forma principalmente a superstar Pitt arredado de bons momentos a algum tempo.

Enfim um filme que ainda vai andar nas bocas do mundo na epoca de galardoes apesar de nos parecer um dos parentes que nao pode pedir muito mais que nomeações


O melhor - Babel no mexico, onde Inarratu e Arriaga movimentam-se na perfeição contextualização impressionante


O Pior - O ritmo do filme demasiado desacelarado para um filme que deveria ter tanto movimento.


Avaliação - B

Apocalypto



O sucesso critico e acima de tudo do publico tornaram Mel Gibson como um dos realizadores mais proeminentes e poderosos dos EUA, Radical nas posições que condicionam o facto de realizar os seus filmes em linguas mortas, nao tendo medo das reprecurssoes de mercado que este facto poderia ter nos espectadores.

COntudo a meio deste ano Gibson sofre um reves enorme, vitima de uma personalidade rude, declaraçoes anti semitas, fazem com que a super estrela caia fortemente na popularidade, facto que levou a que fosse severamente criticado, causando mesmo duvidas sobre a distribuiçao do filme.

De filme aguardado rapidamente apocalypto tornou-se uma manta de nevoeiro, que Hollywood assistia chegar com grande desconfiança.

E foi neste clima que o filme surgiu, depois das palavras de gibson, as opçoes para os OScares eram quase nulas, o sucesso comercial de um filme sem estrelas, falado em lingua morta como o MAia, e acima de tudo ao contratio de paixao de cristo a historia estava longe de ser intressante para um publico geral, parecia tambem condenado ao fracasso.

COntudo e apesar de estar longe de ser unanime o filme salvou-se mais no aspecto critico onde demonstra uma tecnica perfeita, numa historia simplista ao maximo. No aspecto comercial o filme passou por completo ao lado do publico, que depois de uma primeira semana razoavel, diluiu-se numa mare de novas estreias mais apelativas.

O filme apesar de a nivel de imagens ser inovador apelativo, arrojado, perde grande conteudo numa historia vazia, que se limita aos sacrificios de um grupo as maos de outro, optando por uma violencia fisica extrema que ja era visivel em paixao de cristo. Contudo o filme torna se quase vazio quer na complexidade das personagens, narrativas e dialogos.

EM determinado ponto o filme parece querer alterar para um registo mais denso emocional, mas rapidamente volta a uma narrativa extremamente fisica e com pouco cerbero.

A realização de Gibson, brilha por si so ao qual se une uma força e um risco grande, que neste particular ganha a esta medida, o filme pode ter demonstrado uma fraca evolução de um autor mas demonstra a autoridade com que Gibson se começa a assumir como realizador.

O argumento e o ponto que coloca este filme num patamar menor nesta fase de grandes filmes em Hollywood, ja que a sua presença e quase residual num filme que necessitava de maior complexidade de personagens para ser um marco no panorama cinematografico.

O maior risco do filme, ou seja optar por quase amadores para assumir um filme tao grandioso como este poderia albergar alguns riscos contudo parece-nos um aspecto que nao danifica o filme, talvez porque prespectivando defices a este nivel, Gibson optou por exigir uma maior interpretaçao fisica dos actores mais facil, do que uma intrepretaçao verbal e emocional mais exigente,

Um dos filmes mais aguardados do ano, e que por circunstancias de diversa ordem passou ao lado de um ano cinematografico intenso... Podera estar nos Golden GLobes como melhor filme estrangeiro apesar de nao ser previsivel


O melhor. O realismo da realização de Gibson, a cena do espetaculo de tortura entra na mente de cada cinefilo..


O pior - A historia do filme demasiado basica para um filme com ambições fortes


AValiação - C+

Sunday, December 10, 2006


Little Miss Sunshine



Todos uns anos, sai um filme independente que se torna rapidamente um sucesso brutal quer da critica quer dos espectadores, este ano esse filme foi sem duvida este Litle Miss SUnshine, estreado e aclamado no festival de sundance, o filme aos poucos foi conquistando uma critica fluente, e acima de tudo os espectadores, sendo um dos filmes mais rentaveis deste ano, tendo rendido perto de 100 milhoes de euros em todo o mundo.

O certo e que a aclamação do filme atingiu tal ponto que aparece nos primeiros lugares das apostas para os premios do ano, principalmente nas categorias de interpretação e argumento.

Sem duvida que estamos perante o esterioripo de filme independente com poucos recursos, com um argumento original e ao mesmo tempo revolucionario, sublinhando a relação entre as personagens, simplista ao maximo. COntudo nao podemos dizer que se trata de um filme sem objectivos, ja que o cast contem figuras de primeira linha do cinema actual, que de alguma forma asseguravam alguma visibilidade ao filme e que resultou na plenitude.

O filme fa-la nos sobre uma familia de fracassados que busca aos poucos o sucesso, numa viagem ate um concurso de beleza, as personagens tem todas elas conflitos internos fortes, que acabam por traduzir conflitos entre elas proprias, e neste ponto o filme resulta de uma forma brilhante, na moratoria que assume na lição que nos oferece, e na originalidade como transmite, sendo um dos titulos mais singulares do ano. Contudo parece-nos que o filme acaba por cedo encontrar a formula do sucesso acabando por pouco ou nada fazer mais do que a por em funcionamento ate ao final do filme. E dificil tambem obter um genero para este filme se por um lado assume-se como comedia, por outro lado mais parece a frio um drama familiar com uma intensidade emocional forte.

O agrumento do filme, e sem sombra de duvidas o ponto mais rico do filme, e um dos melhores argumentos concentrando audacia e originalidade, num ano algo monotono a este nivel.

A realização quase ou nada e avaliada, limitando-se a filmar de uma forma tradicional nos circuitos mais indies, onde imperam por vezes os aspectos sonoros do mesmo, utilizando por vezes em demasia os esteriotipos comuns do genero,.

Outro ponto forte do filme acaba por ser o cast e se os elementos de primeira linha acabam por nao ser brilhantes como Collette e Carrel, e acima de tudo o sempre igual Kennera, os pontos altos do filme vão para os actores mais jovens, principalmente para o adolescente problematico Paul Dano, apesar dos louvores tarem a se concentrdos na jovenzitoa Breslin.

Enfim um dos filmes, mais aperciados do ano, que apesar de ser um bom filme, aproveitou o facto de ser um ano fraco do ponto de vista cinematografico para brilhar a longo prazo


O melhor - O argumento algo refrescante nesta altura do ano


O pior - Ser um filme demasiado introspectivo, por vezes a qualidade nao salta tão a vista.


Avaliação - B

Thursday, December 07, 2006


Flushed Away - Pela Agua Abaixo

Starring:
Hugh Jackman, Kate Winslet, Andy Serkis, Shane Richie, Bill Nighy
Directed by:
Sam Fell, David Bowers (III)

Sem sombra de duvida que o ano de 2007, ficara para sempre associado à animação, as tentativas de rentabilizar produtos do genero atingiu niveis impressionantes, com os diferentes estudios a apostarem, nos seus produtos com maior e menor sucesso. Entre estes produtos, dois dos produtos de maior reconhecimento critico guaradara-se para o final do ano, a aposta britanica da Dreamworks, apesar de longe do sucesso estrondoso, de outros titulos da produtora, Flushed Away acabou por obter bons resultados principalmente criticos.
O enredo e interessante leva-nos para o submundo dos esgotos, onde reside uma autentica metropole habitada por ratos que se sentem ameaçados por um sapo vilão... ate aqui nada de novo, contudo a forma como a interção entre as personagens decorre acaba por demonstrar um humor inteligentissimo, por vezes algo adulto para um filme de genero, atingindo a falta de sentida tão apreciada actualmente como forma de humor.
A nivel tecnico o filme esta longe de ser revolucionario optando por apostar nas mesmas ferramentas ja utilizadas em outros titulos, e de uma banda sonora muito bem conseguida, onde se sublinha o excelente momento ao som de Dandy wahrols.
O argumento do filme acaba por parecer o aspecto mais debil do filme, é que pouco ou nada tras de novo, a nao ser uma boa adaptação da sociedade ao submundo dos ratos, mas por sua vez parece-nos que o encadeamento narrativo, acaba por ser o tipico sem grande originalidade e surpresa.
O cast de voz, acaba por resultar numa forma impressionante, principalmente a força da voz de JAckman, que acaba por caracterizar muito bem a personagem central, tb Winslet, Reno, Mckellen e Serkis brilham a grande nivel, no emprestimo de voz a personagens onde o humor e base construtiva
O filme acaba por ser dos titulos mais refrescantes de animação do ano, onde apesar de me parecer pouco corajoso, acaba por acertar nos pontos bases

O melhor - O cast de vozes, desde de Schrek que nao viamos nada deste nivel

O pior - A falta de ambição de um estudio com receio pelos recentes resultados dos filmes de animação

Avaliação - B

Monday, December 04, 2006


Borat : Cultural Learnings of America for make Glorious Nation of Kasakistan

Starring:
Sacha Baron Cohen, Kenneth Davitian, Luenell , Pamela Anderson, Pat Haggerty
Directed by:
Larry Charles

Pois bem se existe um fenomeno que certamente ira entrar para a historia deste ano cinematografico, esse fenomeno chama-se Borat, o peculiar jornalista Kasak que viaja ate aos Estados Unidos onde nos oferece um dos filmes mais aclamados do ano quer pelo o publico e surpreendentemente por uma critica que se rende a um humor politicamente incorrecto, sexista, xenofobo e racista.
Sacha que ja tentara a sua sorte com Ali G, sem sucesso, desistiu desta personagem em deterimento deste Borat, muito mais actual no humor com capacidade de conseguir chocar e fazer rir as pessoas numa mistura sob o ponto de vista de documentario na primeira pessoa que por ser tão arriscado tende a cair rapidamente numa obra de culto.
O filme é extremamente engraçado com um humor cru, poucas vezes inteligente, caindo na piada facil, e inconsciente que muitas vezes se fazem mas poucas vezes se tornam publicas e este e o grande segredo do filme, fazer humor com aquilo que todos fazemos mas nao temos coragem de assumir, e e neste ponto que Sacha brilha neste filme pela coragem.
O filme esta longe de ter um bom argumento limitando-se a gags de situações sem ligação entre si. O humor apesar de presente e muito bem conseguido, torna-se por vezes demasiado previsivel, e mesmo disparatado, sendo poucas vezes inteligente. Joga a favor do filme uma critica social mascarada, a um pensamento que por vezes existe nos americanos relativos ao que nao conhecem, parecendo que Sacha quer satirizar essa mesma visao recorrendo ao exagero profundo.
Podemos dizer que o filme acerta nos objectivos principais a que se propoe, parecendo apenas falhar em alguma falta de inteligencia do humor e a previsibilidade tipica deste filme.
O argumento se é que existe centra-se acima de tudo nos momentos de humor, nao tendo preocupações com a coerencia e ritmo, ja que este esta assegurado pelas gargalhadas. E dificil deste ponto de vista considerar esta obra com o filme, ja que me parece muito mais um show de humor liderado pela peculiar personagem
A realização sob o ponto de vista documentario, da um realismo interessante ao filme, levando as pessoas a pensar que o filme poderia ser uma especie de apanhados por parte do borat aos outros intrevenientes do filme.
O cast roda totalmente a volta de Borat, sendo tudo o resto acessorio e é logicamente na personagem que reside todo o interesse do filme, Sacha como criador da personagem assenta como uma luva, movendo-se como quer no papel. Sera exagerado pensar em premios para o actor, mas a euforia em volta do filme pode surpreender positivamente neste aspecto.
Enfim o filme boom do ano, que torna visivel o lado lunar humoristico de todos nos

O melhor - A coragem humoristica do filme, atraves de uma personagem para a eternidade

O pior - As piadas entrarem em ciclo, o que torna que estas se tornem menos eficazes com o prolongar do filme, nao fazendo o refresh necessario com o prolongar do timming do filme

Avaliação - B

Friday, December 01, 2006


The Queen

Starring:
Helen Mirren, Michael Sheen, James Cromwell, Sylvia Syms, Helen McCrory
Directed by:
Stephen Frears

Assim como aconteceu com o episódio do 11 de Setembro, também os ingleses quiseram destacar o seu momento mais marcante dos ultimos anos para lançar um filme, neste caso a morte da princesa Diana, capaz de revolucionar os sentimentos de um pais inteiro, e obrigar a uma reflexão politica nesse mesmo pais. Sendo que The Queen retrata esse facto, ou seja os episodios sentimentais e politicos da familia real na reacção a morte da princesa Diana. Para isso nada melhor do que um dos autores mais conceituados do Reino Unido Frears, e uma caracterização fisica impressionante de Hellen Mirren resultando numa clonagem quase perfeita da Rainha de Inglaterra.
O filme tem sido glorificado pela critica por todo mundo, sendo mesmo considerado por grande parte dos especialistas como um candidato serios aos diferentes galardões a ser atribuido no final deste ano. Para este aspecto tem contribuido a junção de uma parte de ficção, com um conjunto d noticias documentais retiradas dos arquivos de diferentes agencias noticiosas.
Outro ponto positivo do filme e forma com que o filme se torna imparcial, não tomando posição, tendo a maturidade de dar pontos positivos e negativos, dos diferentes lado, permitindo uma reflexão racional e comedida ao maximo.
COntudo parece-nos um filme pouco objectivo, quase documental, que de alguma forma poderia ser o objectivo do realizador que mas que retira algum interesse e emoção de um filme que facilmente apela a mais coração.
O argumento apesar de estar a ser extremamente aplaudido nos diversos festivais parece-me algo simplista sem grandes controversias, optando por se refugiar no mais factual possivel, observando-se a notoria preocupação em fugir a polemicas gratuiras.
A realização é bem conseguida, apesar de arriscar pouco em mecanismos produtivos, podendo o filme ser bastante mais grandioso do que realmente acaba por ser utilizando imagens reais de forma a contornar possiveis exigencias de produção.
O cast, parece-nos escolhido de uma forma correcta, valorizando a forte imagem fisica de personalidades tão celebres, sendo assustadora a presença fisica de Mirren, muito proxima da Rainha Elisabete. A nivel intrepretativo e salvaguardando que Mirren enche por completo o ecrã, nao me parece o papel tao exigente como o mencionado pela imprensa. De referir que a nivel se secundarios as semelhanças fisicas tb elas estao bastante presentes.
Enfim um filme que apela para a reflexão critica de uma politica interna que de alguma forma pode nem ser sempre tão interessante as outras pessoas

O melhor - A capacidade sempre dificil do filme nao tomar posição num tema tão emotivo

O pior - A baixa ambição do filme, feito de uma forma muito simplista, talvez se soubessem o sucesso que o filme se iria tornar teriamos imagens mais fortes

Avaliação - B-