Wednesday, November 29, 2006


The Perfume - The Story of a Murderer

Starring:
Ben Whishaw, Dustin Hoffman, Alan Rickman, Rachel Hurd-Wood, Corinna Harfouch
Directed by:
Tom Tykwer

Se existe uma obra que marcou o panorama literario dos ultimos anos, essa obra foi sem duvida, "Perfume" de Suskind, uma obra que dividiu critica e leitores, entre aqueles que se surpreenderam pela crueldade relatado por Suskind, e aqueles mais academicos que o mencionam como uma obra porno, de violencia facil e sem conteudo. Eu na minha opiniao concordo mais com a primeira sendo fã incondicional do livro. Dai que estava com alguma receptividade relativa ao filme, ja que me parecia uma tarefa extremamente dificil a transposição de obra tão singular para imagens.
Ninguem em Hollywood teve coragem para assumir tão grande risco, contudo, foi no cinema europeu que se encontrou coragem, uma conjugação de esforços de diferentes produtoras, e um realizador bem conceituado na europa, decidiram levar para a frente um projecto perigoso a partida.
E se o livro dividiu a critica e espectadores, esta divisao ainda e mais notoria no filme, ja que os amantes do livro ficam notoriamente desiludidos pelas limitações apresentadas do filme. Os que odiavam o livro por associação directa odiaram o filme, sendo o filme uma agradavel surpresa para aqueles que ainda nao tinham contacto com a obra de Suskind, ficando surpreendidos pela riqueza moral, e de conteudo da historia.
O filme tem atingido um sucesso bastante importante nos paises europeus, contudo a nivel critico, nao existe nenhum tipo de consenso, isto porque o filme ao tentar ser fiel a um livro que aponta para outras sensações que nao a imagem, torna dificil ser bem conseguido em termos de ritmo, movimento e encadeamento narrativo, aspectos algo deficitarios no filme, mesmo assim no meu entender a riqueza narrativa esta presente, e em determinados momentos o apelo ao alfacto e conseguido, tornando, mesmo que inferior em grande escala ao livro, o filme acabe por ser interessante.
O argumento, parece-me o possivel, mesmo assim acho que é extremamento longo, perdendo-se por alguns aspectos a partida mais irrelevantes, o que carece o filme de ação directa e movimento, mesmo assim parecia dificil fazer uma adaptação melhor da obra de Suskind.
A realização parece-me razoavel, se bem que me parece que um realizador mais ambientado com filmes de epoca poderia tirar mais dividendos das imagens que o filme nos oferece, ja que por vezes os planos nem sempre sao os ideais, apesar de bem construidos, talvez fruto de alguma imaturidade do realizador em grandes produções.
O ponto que gerou mais discussão na pre produção do filme residia na escolha para interpretar um papel tão intenso e marcante como o de Jean Baptiste, a partida sabia-se que dificilmente um actor conceituado arriscaria num papel extremamente perigoso e arriscado, daqueles que pode gerar sucesso ou destrui-lo por completo. Muito a semelhança do que se tinha passado com a escolha de Patrick Bateman em American Psyco, onde Pitt e Di Caprio foram falados, e estudados para o papel, mas acabaria por ser o na altura quase desconhecido Bale a ser selecionado para bem e sucesso do filme... Neste caso parece-me que a aposta tb se revelou conseguida, ja que Winshaw, nos parece caracterizar, princiapalmente a nivel fisico muito bem a personagem, dando o ar freak necessario a personagem. O filme e tb constituido por secundarios de luxo como RIckman e Hoffman, contudo as suas personagens sao obviamente ofuscadas por uma personagem tao forte como Jean Batiste.
Enfim um dos filmes mais aguardados do ano, e que apesar de se tratar de um filme razoavel deixa sempre a sensação de desilusão perante tão mosntruoso livro.

O melhor - A caracterização espacial do filme, a demonstração que as grandes produções europeias podem ir cada vez mais longe.

O pior - Adaptar um filme que era impossivel de ser adaptado para o cinema

Avaliação - B-

Tuesday, November 28, 2006


Saw 3 - Jogos Mortais 3

Starring:
Tobin Bell, Shawnee Smith, Bahar Soomekh, Angus MacFadyen, Dina Meyer
Directed by:
Darren Lynn Bousman

Se existe saga que de alguma forma tem revolucionado nos ultimos anos o cinema de terror, essa saga chama-se Saw, um conjunto de filmes sempre lançados na semana so Halloween, e que aos poucos entraram para o culto do cinema de terror pelo sadismo e acima de tudo pela surpresa de argumentos privisiveis. Foi assim nos primeiros dois titulos, extremamente simplistas sem grandes complexidades baseando-se apenas nos jogos sadicos de "Jigsaw".
Dai que se aguardava com alguma expectativa, o 3 filme da saga, principalmente porque o segundo filme acabou por conseguir manter o nivel do primeiro coisa que se afigurava quase impossivel. COntudo no melhor pano cai a nodoa. Quando pensavasse que a formula estava encontrada eis que a ambiçao dos produtores conduz a um filme mais elaborado, mais moralista e acaba por se alhear do que realmente era o trunfo do filme a sua simplicidade. Assim a historia fica mais desinteressante, passando a ser mais um filme de personagens, os jogos tornam.se demasiado crus e sem a dimensao psiquica que tão bem acompanhavam. e o filme mascara-se num moralismo algo deficitario. O resultado a nivel de bilheteira foi agradavel, contudo a critica pela primeira vez reprovou o filme. E isto porque o filme corta com o protocolo que bons resultados tinha dado, na ambiçao de fornecer mais conteudo, mais interação as personagens, contudo nao era isto que o filme necessitava, sendo esta contextualização efectuada de uma forma muito pobre.
O argumento e claramente muito pobre, tenta ganhar intensidade com a reviravolta final, contudo ela parece encaixada em forma de retalho, apenas com o objectivo de colocar um final surpreendente. Tambem a nivel de desenvolvimento da trama o filme parece algo disconexo e sem sentido.
A realização também nao é das melhores, optando por planos maioritariamente muito escuuros, que de alguma forma retira a dimensao sentimental ao filme.
A nivel de cast, nenhum dos Saws ficou marcado por grandes interpretações, observando-se mais uma vez um cast recheado de desconhecidos, e com talento muito diminuto.
Emfim o pior da saga, com distancia, e provavelmente dificilmente teremos um outro Saw de sucesso

O melhor - Mesmo assim e do melhor que se faz de terror em Hollywood.

O pior - Ter chegado ao inevitavel, ou seja nao conseguir ter o nivel dos primeiros, sendo pior com diferença

Avaliação - C

Sunday, November 26, 2006


Winter Passing

Starring:
Zooey Deschanel, Ed Harris, Will Ferrell, Amelia Warner, Amy Madigan
Directed by:
Adam Rapp (II)

A Australia ultimamente tem vindo a ser um local onde actores de renome, tentam descansar da intensidade das produções norte americanas, aproveitando para fazer filmes mais suaves que apenas se baseam em argumentos intensos, deixando para segundo plano a força das imagens.
Contudo, observa-se que mais uma vez o argumento acaba por ser demasiado sentimentalista, acabando por mais uma vez ser um filme lento, chegando por vezes a ser mesmo penoso para o espectador, já que pouco ou nada se passa nos morosos 90 minutos de filme.
O filme acabou por se tornar pouco ou nada conhecido, sendo que nem os criticos se mostraram interessados num objecto demasiado intimista que acaba por se tornar estranho ao espectador, caracteristica que começa a se tornar comum nos filmes australianos, pois pensamos que quer Proposition, quer Litle Fish caem no mesmo erro.
O filme conta a história de uma jovem que apos a morte da sua mãe volta á sua terra natal de forma a recuperar as cartas desta. A relação da jovem com o pai e controbada, dai que posteriormente assistimos a um drama familiar tipico, entre a jovem e o seu pai, mediado por dois desadaptados que residem na casa, e depois o costume, o conflito inicial ate a redenção final, tudo a um ritmo penoso.
O argumento por um lado e demasiado intimista, por outro nao abarca uma historia original nem tão pouco interessante, não aproveita os conflitos interiores das personagens para enriquecer as interações, muito pelo contrario, ja que estas são limitadas ao necessario.
A realização, tipico da Australia, da todo o relevo as vivencias solitarias das personagens, esquecendo os planos móveis privelegiando o movimento singular, o que permite um aspecto visual interessante mas que paralisa um filme ja de si lento.
O cast acaba por ser rico, num filme tão pequeno como este, onde se ressalva Ferrel num registo dramatico, bem diferente do que estamos habituados, dai que seja estranho esta intrepretação, sendo obvio a melhor adequação do actor a comedia. Ed Harris e Deschanel acabam por ter o peso do filme todo nas suas intrepretações e se Harris tem qualidade para isto e muito mais, ja Deschanel parece-me que esta longe da qualidade necessaria para assumir um filme desta dimensão.
Um filme pequeno em todas as vertentes, e que lança o alarme de necessidade de movimento urgente para os filmes oriundos da Australia

O melhor . A critica à por vezes subvalorização do que realimente e importante nos intelectuais

O pior - O ritmo do filme...capaz de adormecer um hiperactivo.

Avaliação - C-

Saturday, November 25, 2006


007 Casino Royale

Starring:
Daniel Craig, Judi Dench, Mads Mikkelsen, Eva Green, Jeffrey Wright
Directed by:
Martin Campbell

Desde logo convem salientar que estou muito longe de ser fã da saga considerando a maioria dos titulos sem sabor, muito semelhantes entre si, e uma personagem quase mumificado, com tiques arrogantes.
Contudo James Bond ja tem mais de 20 sucessos, sendo uma obra singular no panorama cinematografico, contudo e depois de um periodo retratado por Brosman onde a saga em nada evoluiu, trazendo apenas filmes baseados em efeitos especiais e argumentos muito fracos. Sentiu-se a necessidade de revolucionar a saga, ja que os fãs passaram a simples seguidores. Para isso a aposta foi extremamente revolucionaria, desde logo deixaram riscos de lado e apostaram na final edição do primeiro livro do agente para o filme, por outro contrataram talvez o argumentista mais conceituado de hollywood, vencedor de dois oscares consecutivos, sendo que o seu ultimo filme como realizados Crash acabaria mesmo por ganhar um oscar. Um realizador que tinha sido responsavel pelo ultimo filme valorizado da serie "goldeneye". Todo os riscos se concentraram na decisao polemica de Daniel Craig para encarar o agente secreto mais conhecido do mundo. Houve discussão, manifestações boicotes, de tudo um pouco contra esta escolha, o actor humildemente pediu para os fãs aguardarem.
E desde logo podemos dizer que a resposta foi impressionante, primeiro porque este filme marca um recomeçar de uma serie que parecia caminhar para a morte, depois porque perde todo o cinzento que estava presente nos filmes anteriores e acima de tudo Daniel Craig acrescenta um ponto importantissimo e uma margem de manobra imensa a saga... ja que ao contrario dos outros Bons, concilia o charme com uma capacidade de actuação impressionantes.
Os resultados estao a vista o filme tornou-se num sucesso incrivel de critica, sendo que a nivel de bilheteira nao conseguiu sair do resisto habitual.
Em termos de historia vamos conhecer os primeiros passos de Bond como agente num filme que aposta em nos dar a conhecer a personagem, mais que a missão, num filme riquissimo quer do ponto de vista de acção, quer nos dialogos encetados pelas personagens.
O filme adopta um ritmo impressionante, com uma disponibilidade fisica total dos actores e como momentos de humor pouco comuns na serie.
Um dos pontos positivos do filme e a riqueza do argumento, articulado e interessante Harris mostra o porque de ser o autor mais conceituado do momento, oferencendo um filme ao mesmo tempo intenso e cativante, onde as personagens sao interessantes e os seus motivos tb.
A realização, Campbel apesar de nao ser um mestre, movimenta-se nos blocbusters de acção com muita segurança tendo em conta a sua experiencia em filmes da saga e na saga de Zorro.
Contudo o aspecto mais forte do filme acaba por estar concentrado na escolha muito feliz de Craig, carismatico, capaz de oferecer momentos de boa actuação a Bond, e acima de tudo com um humor quase currosivo que torna a personagem bem mais interessante, nao tenho duvidas a afirmar que a escolha abre portas de qualidade à saga. Por sua vez a escolha de Green, penso que sera mais discutivel, nao pela falta de qualidade de intrepretação, mas porque normalmente bondgirl significa beleza, e penso que esta caracteristica e extremamente discutivel na actriz francesa.
Enfim um filme que fãs pessoas que gostam pouco de Bond tornarem-se mais interessados na personagem, um filme que acorda o passado mas acima de tudo prepara o futuro.

O melhor - Daniel Craig...a produtora foi abençoada na escolha

O pior - As linhas narrativas de Bond, criam barreiras que nao podem ser ultrapassaveis, provocando alguma previsibilidade em alguns momentos

Avaliação - B+

Friday, November 24, 2006


The Prestige

Starring:
Hugh Jackman, Christian Bale, Michael Caine, David Bowie, Scarlett Johansson
Directed by:
Christopher Nolan

Para os mais atentos aos ultimos anos cinematograficos, aqui estava talvez o filme mais esperado do ano. Por um lado porque Nolan tem sido talvez o autor em maior destaque nos ultimos 6 anos, e depois porque a obra de Priest se enquadrava plenamente o genero preferido de Nolan, dando espaço para brilhar no que de melhor ele faz...articular histórias.
O filma acabou por ter algum sucesso nas bilheteiras, mesmo que longe de grandes explosões, quanto a critica, apesar de positivas na sua maioria, ficaram como que surpreendidas com o filme, ainda tentadas a assimilar o que acabavam de ver. (tipico em Nolan ja que memento tb inicialmente teve longe da unanimidade critica que hoje recebe). Por sua vez o publico entregou-se ao filme, com as melhores pontuaçoes do ano em sites de opiniao publica geral.
Desde ja á que dizer que prestige, é talvez dos filmes mais completos dos ultimos anos, conjugando uma realização, argumento e caracterizaçao de personagens de um primeiro plano de Hollywood, dando um produto final brilhante. A historia conta-nos a luta entre dois magos, pela supremacia, com truques e mais truques Nolan surpreende o espectador segundo a segundo. Os truques são brilhantes e prendem o espectador a cadeira. O filme supera em toda a linha as expectativas ja de si altissimas, princiapalmente na riqueza de um argumento so possivel com criadosres unicos como Nolan. Desde ja a tristeza por este filme provavelmente ser esquecido nos premios, mas o facto de estar a um nivel superior nao permite que seja consumivel para todos.
O argumento e brilhante original, articulado surpreendente, constituido por dialogos grandiosos, e por um seguimento narrativo forte, Nolan traz-nos ao mesmo tempo um dos argumentos mais brilhantes e surpreendentes dos ultimos anos.
QUanto a realização, desde logo e reconhecido que Nolan e melhor autor do que realizados contudo parece-nos que a experiencia adquirida no blockbuster batman begins permitiu-lhe arriscar num filme que necessitava desse risco, e que acaba por ser bem sucedido no produto final.
Por fim de mencionar o excelente casting do filme, principalmente nos papeis principais. E se Bale encontra-se ao seu melhor nivel, que é de si o topo de Hollywood, levando para si os melhor momentos intrepretativos do filme. Acaba por ser Jackman quem mais surpreende, ja que nos pareceu uma aposta de maior risco e com menor provas dadas no cinema, oferecendo-nos uma intrepretação muito bem conseguida, e talvez o seu melhor papel desde que chegou a Hollywood, o resto do cast pouco ou nada e posto a prova, contudo a riqueza dos secundarios valoriza ainda mais este titulo. Um daqueles filmes, que facilmente ira figurar na historia como um filme de culto aperciado pelos grandes aperciadores de cinema.

O melhor - O passo dois ser evidente neste filme o transformar algo interessante em algo extraordinario.

O pior - Que a unanimidade critica so seja possivel em filmes academicamente correctos e sem qualquer tipo de risco. e se esqueça de premiar filmes como Seven, Memento e mesmo este Prestige...

Avaliação - A

Alex Rider - Operation StormBreaker.

Starring:
Alex Pettyfer, Ewan McGregor, Robbie Coltrane, Mickey Rourke, Bill Nighy
Directed by:
Geoffrey Sax

Desde algum tempo diversos estudios têm tentado criar um espiao adolescente que permita durante muitos anos fazer um franchising que enriqueça os bolsos de algum estudio. Inicialmente foi Rodiguez com os seus Spy Kids, o sucesso acabou por ser grande principalmente no primeiro filme. Depois veio o Agente Doody Branks com resultados bem mais mediocres. E agora a resposta inglesa, com Alex Rider, uma especie de James Bond jovem, originario da terra de sua magestade. Os resultados do filme foram catastroficos, principalmente a nivel de bilheteira, onde quase passou despercebida a tudo e todos.
O filme tem um defice de originalidade gritante, quase nos parece que tudo tem origem em filmes anteriores. A historia e completamente ridicula, a aposta exagerada, surgindo um filme ao mesmo tempo minimalista e extremamente decepcionante.
Desde logo a historia de um jovem que passado a morte do seu tio, percebe que foi treinado para ser um agente especial... Ao ser indicado para uma missão na casa de um milionario excentrico, a acção começa, sempre sem ter qualquer nocção de sentido.
O argumento do filme e totalmente inexistente, apenas adoptando um conjunto de tiques habituais neste filme, e acabam sempre por ser mal explorados no filme.
A nivel produtivo o filme, apesar de por vezes parecer ambicioso, nunca consegue impressionar neste sentido... demasiado pobre para um blockbuster.
A realização, apesar de bem conseguida, esta longe de ser brilhante, e que abre a discussao sobre a adequação de um realizados tao modesto para um filme com ambiçoes tao grandes.
O cast extremamente rico em nomes, acaba por ser um total despredicio de talento, com actores no seu pior registo, como Mcregor e Nighty...sendo tb a este nivel o filme uma frustração total
Enfim um blockbuster sem conteudo, e que felizmente o seu insucesso impedira de seguimentos ao mesmo nivel

O Melhor - A simplicidade do filme, se por um lado a debilidade e visivel, por outro em nenhuma altura tenta complicar um filme que tinha muito por onde complicar.

O pior - O despredicio de talento de dinheiro de efeitos num filme tao fraco e debil

Avaliação - D+

Wednesday, November 22, 2006


Flags of Our Fathers

Starring:
Ryan Phillippe, Adam Beach, Jesse Bradford, Jamie Bell, Ben Walker
Directed by:
Clint Eastwood

É engraçado, o mito do anti-heroi assumido neste filme, a tentativa de demonstrar que os herois não o são, quando o filme é realizado por aquele que actualmente mais se encontra de ser isso... ou seja o heroi maximo do cinema actual...
Flags of fathers demonstra que ClinT Eastwood atingiu o topo de uma carreira, ou seja combinar num filme um sentimentalismo intenso, uma acção fortissima,e uma moral extraordinaria... e pedir o maximo que alguem nos pode dar... E Eastwood dá-nos quase tudo nesta obra...
Apesar de ser respeitada pela critica, alguns sectores resistiram á critica, talvez porque não tenham palavras para descrever o estado de forma de eastwood como realizador e de haggis como argumentista, a unica salvação foi ignorar um filme impossivel de ignorar. O publico tambem se alheou do filme, talvez pela falta de actores de primeira linha.
O filme trata-nos sobrea a historia por de tras da foto mais conhecida do mundo, atraves de várias narrativas observamos o que se passou na ilha, a forma de lidar com o sucesso dos pretensos herois, e de forma mais retalhada a busca da historia por parte do filho de um dos herois... Depois impressionantes cenas de guerra, uma moratoria extremamente forte, e um ligação imocional intensa marca cada uma das narrativas, num filme completissimo nos mais variados niveis.
O filme apenas parece falhar num aspecto, na indefenição das personagens, que apesar de cativarem pela sua presença, pouco ou nada conhecemos sobre elas, sobre as suas motivaçoes, sobre as suas relações, e neste ponto parece-nos que haggis poderia ir mais longe, se bem que isto nao é um filme de personagens, mas de situações e motivos... explanados de forma brilhante no argumento.
A nivel tecnico o filme assume um primor impressionante, com as sequencias de acção a serem muito bem produzidas ao qual se associa uma brilhante fotografia.
Eastwood, surpreende, se a sua vertente dramatica e de realização emocional, estava mais que provado pelos seus mais recentes titulos, a genica e a juventude demonstrada neste filme, torna-o num dos mais brilhantes e polivalentes realizadores da historia.
O casting por muitos criticado, parece-me muito bem selecionado, primeiro porque o filme nao e de personagens, depois porque penso que com a excepção de Bradford, todos aparecem extremamente reais na forma como caracterizam e dao dimensao fisica às personagens.
Enfim talvez este nao seja filme para grandes aventuras nos oscares, principalmente porque se este filme vencesse, seria tres vitorias seguidas para haggis... e nos sabemos que a academia nunca daria assim tanto poder a uma pessoa... mesmo assim penso que a nomeação deveria estar segura.

O melhor - A forma como Eastwood nos tras um filme completo a todos os niveis

O pior - A falta de complexidade das personagens, exigia-se um bocadinho mais neste segmento

Avaliação - A-

Wednesday, November 15, 2006


Flyboys

Starring:
James Franco, Jean Reno, David Ellison, Martin Henderson, Jennifer Decker
Directed by:
Tony Bill

Exitem filmes que são extremos paradoxos no panorama cinematografico. E este Flyboys acaba por ser dos maiores encontrados. Num meio termo entre top Gun e Pearl Harbor, surge um filme que nos parece do ponto de vista técnico produtivo e ambicioso, mas ao mesmo tempo limitado sob o ponto de vista de argumento e cast.
Dai que o resultado também seja ele dificil de definir, seria este um filme menor? ou seria uma mega produção? Os maus resultados são claros, do ponto de vista de bilheteira o filme foi um fiasco brutal, e do ponto de vista critico a indiferença foi a reaçao mais visivel relativamente a este filme.
O filme conta a historia de um batalhao de aviadores e das suas aventuras durante a segunda guerra mundial, desde os conflitos no grupo, paixoes e uniao á de tudo um pouco, com os esteriotipos tipicos deste tipo de filmes. Grande parte dos extensos 140 minutos sao passados em sequencias de ação no ceu, muito bem realizadas, com algumas aproximaçoes aos comics. O filme com o seu passar vai se tornando muito previsivel acabando com o final tipico.
O argumento do filme e muito deficitario, extremamente simplista para uma grande produção, e com uma sequencia narrativa algo desinteressante, faltando-lhe coraçao para ser um filme marcante.
Do ponto de vista de realização estamos perante uma das revelacoes do ano, ja que o estreante Bill nos parece que arriscou bastante e venceu um desafio dificil, sendo o filme extremamente rico do ponto de vista visual. com as sequencias de ação a depertarem ate o mais simples corpo morto.
COntudo as duvidas relativas a ambiçao do filme centra-se acima de tudo no cast escolhido, ja que novamente parece-nos que Franco esta longe do carisma necessario para assumir protagonismo em filmes de primeira linha, embora ja nao seja a primeira vez que o faça. Sendo importante referir que sempre que isto acontece os filmes se tornam em claros desastres de bilheteira. Terá ligação?
Tambem Hendersson nos parece um pouco mediocre, conduzindo a um cast de segunda que embora nao prejudique o filme, não permite dar a essencia necessaria as personagens ja de si limitadas.
Enfim a aposta mais "rica" na tentativa de fazer de Franco uma estrela maior, num filme a partida maior, mas que nao consegue sair da mediania.

O melhor - As sequencias de acção em ceu aberto... muito bem realizadas

O pior - Continuarem a insistir em Franco na liderança de filmes de acção... ate quando?

Avaliação - C+

Sunday, November 12, 2006


The Departed - Entre Inimigos

Starring:
Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg,
Directed by:
Martin Scorsese

O mito Scorsese tornou-se das maiores figuras vivas do cinema actual, na sua carreira encontramos uma duzia de obras primas capazes de constar nos manuais de todos os amantes de cinema, contudo o reconhecimento por parte dos premios incrivelmente nunca aconteceu. Como se podera explicar que um dos maior autores da historia nunca tenha ganho um simples oscar... E facil não se explica.
COntudo neste filme parece claro que Marty esta longe de se preocupar com isso, esquecendo todo o academismo que demonstrou em Aviador, e fazendo um filme muito na linha dos que lhe deram sucesso, envolvendo mafiosos, assassinos e acima de tudo uma brutalidade espetacular.
Contudo o mais engraçado e que neste filme finalmente o autor volta a ter um reconhecimento generalizado, sendo ate a data um dos mais fortes candidatos aos premios, e um sucesso de bilheteira. Parece que Marty encontrou-se de novo com o sucesso.
Mas este sucesso é explicado e justo pela forma como o filme e construido, com base numa historia muito interessante, com personagens de fazer historia no cinema, o jogo do gato e do rato, tem um dos capitulos mais interessantes da sua prestação no cinema, num filme complexo, forte emocionalmente, bem escrito principalmente em materia de dialogos e muito bem intrepertado.
A historia centra-se na tentativa de dois infiltrados um na policia outro numa familia mafiosa, encontrar o outro "rato", a busca faz-se a um ritmo brutal, num encadeamento de acontecimentos muito bem ligados e dispostos de uma forma muito bem conseguida. Para terminar num final magistral, bruto e seco, muito ao estilo que Scrosese gosta... quem nao se lembra do epico final de taxi driver ou mesmo recentemente de Gangs of new york.
O argumento, mais que original. acenta em ideias simples, demosntrando que sem ter de inventar muito se pode fazer um filme empolgante interessante e muito bem encadeado, capaz de provocar um interesse constante durante os rapidos 151 minutos de filme.
A realização esta ao nivel que Scrosese nos habituou, brilhando em grande escala os planos de Nicholson. Um dos pontos mais fortes do filme.
A intrepretação do filme esta a um nivel enorme, que nao surpreende tendo em conta o nivel de actores requesitados para o filme. Enquanto que Di Caprio e Dammon, se assumem a cada dia que passa como duas das maiores estrelas da da sua geração conjugando carisma com um grande nivel de interpretação, produzido ao melhor nivel de ambos para este filme. Por sua vez Nicholson demonstra mais uma vez a razão de ser o actor mais premiado de Hollywood, nao surpreendendo ninguem se juntar aos seus palmares mais uns titulos nesta temporada. De referir a excelente prestação de Walhberg, a querer retirar a sua faceta de heroi basico de acção, e que nos oferece a personagem com dialogos mais interessantes do filme, e talves a prestação que nos fica mais na retina, se exceptuarmos o sempre brilhante Nicholson.
ENfim um dos melhores filmes do ano, e que de certeza que iremos ouvir falar muito dele, entre dezembro e Março na epoca dos premios.

O melhor - A forma como todo o filme e construido, e a mestria de um autor em toda a sua plenitude.

O Pior - Que sea realizado por autor que tem na sua carreira filmes tão bons como Taxi Driver, e que juntam a todas as qualidades deste a originalidade.

Avaliação - A-

The Grudge 2 - O Grito 2

Starring:
Sarah Michelle Gellar, Amber Tamblyn, Arielle Kebbel, Teresa Palmer, Jennifer Beals
Directed by:
Takashi Shimizu

Nunca o dinheiro fácili foi uma motivação tão obvia para um filme como esta sequela disparatada de The Grudge. Depois do primeiro titulo desta saga ter surpreendido no box office americano á dois anos, conseguindo mais de 100 milhoes de euros, era obvio (tendo em conta que se tratava de um filme de terror) que pouco tempo depois se seguiria a continuação. E se ja o primeiro titulo estava longe de ser um grande filme, sendo apenas mais do mesmo, ou seja um grupo de pessoas completamente presseguidas por espiritos, o certo e que o publico rendeu-se ao conceito tornando o primeiro filme, como um dos maiores sucessos actuais do cinema moderno de terror. Contudo, e para bem do cinema este filme teve longe desse sucesso, mesmo que a estreia tenha conseguido bons resultados, o certo e que rapidamente o filme saiu do boxoffice, ficando muito aquem do esperado e do primeiro titulo. E este facto esta muito relacionado com o falhanço critico do filme, quase unanimemente considerado um dos piores filmes do ano, o titulo foi arrasado por todos que se dignaram a emitir opinião.
E o certo é que o filme e um desastre total, primeiro porque não tras ingredientes novos a saga, limitando-se a replicar de uma forma confusa os acontecimentos do primeiro filme. Depois porque o misterio esta a partida resolvido, tendo o espectador resposta para todas as perguntas que se coloca desde o inicio. Terceiro porque em momento algum chega a impressionar o espectador falhando totalmente neste parametro. E por ultimo tras nos algumas das personagens mais desinteressantes dos ultimos anos. O filme chega mesmo a provocar a gargalhada de tão fraco que se apresenta. E por ultimo como nao consegue dar nenhum seguimento a um argumento tão fraco so deixa ao filme uma saida... matar os personagens todos, num espectaculo cinematografico decadente,e quase certo nos nossos cinemas, para meu completo desepero.
O argumento se é que ele existe é do pior que observei nos ultimos anos, colado ao primeiro sem nada de novo, e com personagens completamente básicas, parecendo desenhos com movimentos.
A realização acaba por ainda ser a coisa que se safa do filme, já que Shimizu, vindo da tradição asiatica move-se dentro do filme de uma forma tipica e com planos bem conseguidos e comuns neste tipo de filmes para os lados do sol nascente, alias esta orientação esta presente em todo o filme.
O cast é constituido por uma serie de desconhecidos em idade pre adulto com dificuldades de interpretação, onde se salienta pela negativa o protagonismo oferecido a uma actriz tão desinteressante como Tamblyn, também Gellar como nome maior do filme merecia mais respeito por parte do guião... apesar das suas limitações tb elas serem evidentes.
Enfim um filme horrivel, que vem demonstrar a falta de ideias no terror não esta apenas presente no cinema norte americano, mas que também ja infectou os ate aqui protegidos e aclamados asiaticos. Que demonstram que com os meios dos americanos ainda conseguem fazer pior de estes, ja tinha acontecido na sequela de The Ring, e agora com a saga Grudge.

O melhor - A falta de sucesso do filme deve interromper aqui a saga.

O Pior - Esta "doença" de filmes de terror sem conteudo tarda em encontrar a sua vacina...

AValiação - D-

Saturday, November 11, 2006


Children Of Men - OS filhos do homem

Starring:
Julianne Moore, Clive Owen, Michael Caine, Chiwetel Ejiofor, Charlie Hunnam
Directed by:
Alfonso Cuaron

Muita expectativa existia em volta deste titulo, primeiro porque a magnifica campanha publicitaria do filme conduziu a um burburinho interessante a volta do filme. Depois o argumento, pessimista transmitido sob a forma de alarme, e por ultimo o autor. Cuaron tinha aqui a sua primeira produção neste seu regresso a Hollywood, sem ser o frinchising Harry Potter, as expectativas estavam elevadas. E desde ja posso garantir que saimos satisfeitos com o filme.
O filme aparece claramente sob a forma de alarme, realista, duro, frio Brutal, sao adjectivos que encaixam perfeitamente neste filme, ainda inedito nos EUA, mas que esta a ser bem recebido no circuito europeu, tendo inclusive sido premiado no Festival de Veneza com dois premios menores..
A premissa do filme e brilhante, o mundo esta o caos, ninguem nasce a 18 anos e a humanidade aproxima-se do fim, a guerra instalou-se em todo o lado menos no Reino Unido, onde uma especie de ditadura tenta controlar um pais, onde grupos de revoltosos e terroristas querem dar de novo a esperança. De repente cheganis até Kee uma jovem negra que contra todas as leis das expectativas esta gravida... e o filme entra na tentativa de colocar Kee num barco que apode transportar para uma ilha que aparentemente tudo se desenvolve normalmente. (algures nos açores :))
COntudo o filme que inicialmente apresenta-se algo lento e moroso, na apresentação da situação, transforma-se rapidamente num dos filmes mais brutais e violentos dos ultimos tempos, dando uma visão catastrofica e completamente apocalitica da humanidade futura, preocupando e alertando todos os que visulizarem um filme negro e duro.
O filme é uma das obras mais singulares e de maior qualidade deste ano, podera mesmo estar em boa forma nos premios, contudo penso que o excesso brutal de Cuaron (quase mesmo doentio) coloca dificuldades a este nível.
O argumento e muito perto do brilhante, combinando uma boa premissa, com boas personagens e com uma boa linhagem de acontecimentos nao esquecendo algumas deixas de humor muito bem enquadradas.
A realização e muito bem conseguida, apesar de por vezes o excesso de movimentos da camara oferecerem dores de cabeça ao espectados, dá muito realismo ao filme, uma das caracteristicas mais vincadas do filme. O que e certo e que Cuaron demonstra estar ja no top de nivel de hollywood.
A banda sonora e um ingrediente chave no filme e que esta presente de uma forma bem complementar ao longo de todo o filme.
O cast consta com secundarios de luxo, como Moore, com uma prestaçao quase inexistente no filme e Caine, numa versão descontraida e dando alguma luz a um filme negro. Mas acaba por ser Owen a brilhar em grande escala no filme oferecendo-nos uma das primeiras grandes interpretações do ano, e que devera merecer a atenção dos diferentes juris, comprovando a excelente forma em que o actor se encontra depois de ja ter brilhado este ano na sua caracterização em Inside Man de Spike Lee.
Enfim um filme obsessivamente bem contruido e um dos produtos assumidamente de autor mais conseguidos da temporada.

O melhor. O realismo e a caractarização espacial do filme do melhor que vi em cinema.

O pior - O filme depois de um bom arranque parece que demora a aquecer para o mitico final

Avaliação - A-

Everyone's Hero

Starring:
Whoopi Goldberg, Rob Reiner, Jake T. Austin, William H. Macy, Brian Dennehy
Directed by:
Colin Brady, Daniel St. Pierre, Christopher Reeve

De todos os titulos de animação deste ano, este é talvez aquele que se destina por um lado mais a consumo interno (EUA), e que se destina a um publico mais infantil, com ingredientes de magia e um argumento positivista com um humor suave e fisico e com ingredientes muito relacionados com o sonho. Dai que os resultados criticos e de bilheteira tenham acabado por ser demasiado fraquinhos para o tipico neste genero de filme.
O ponto que conduziu maior interesse do filme residia desta obra ter sido realizada numa fase inicial pelo malogrado actor Christopher Reeve, que devido ao facto de ter falecido, acabou por nao concluir o projecto que surge assim sob a forma de homenagem quer a si quer a sua esposa.
O filme relata a historia de um menor, fã dos NY Yankees que observa o pai a ser despedido pelo roubo do taco de um dos melhores jogadores desta equipa, depois surge a viagem do menor de forma a tentar devolver o talisma taco a estrela, sendo que tem como companhia nesta viagem um taco femenino com voz de goldber e uma bola "chata qb", enquanto isto e preceguido por um jogador de outra equipa.
O filme peca por ser extremamente infantil e por não ter uma gama de ingredientes de interesse vasta, sendo por vezes tão sonhador que acaba por exagerar e aborrecer, chegando no seu final a tornar-se mesmo ridiculo.
SOb o ponto de vista tecnico o filme esta muito bem produzido, apesar de nunca arriscar em grandes inovações o filme acaba por dentro das suas limitações especialmente de guiao, estar bem produzido.
O argumento e dos pontos mais debeis do filme principalmente se tivermos em conta outros titulos de animação, sendo demasiado simplista e pouco original.
O cast de vozes esta tambem ele longe de grandes brilhantismos, acabando por ser um aspecto demasiado indiferente ao longo de todo filme, com a excepção de Macy, que caracteriza de uma forma bastante agradavel um dos viloes da historia.
ENfim um dos filmes de animação do ano, que mais probabilidade tera de ser dotado ao esquecimento, se nao o for isso deve-se a todo o sentimento que possa estar sob a memoria de Reeve.

O melhor - A qualidade produtiva do filme, demasiado conseguida para um argumento tao limitado

O pior - Ser de uma forma obvia um parente pobre do genero...

AValiação - C+

Thursday, November 09, 2006


The Black Dahlia

Starring:
Josh Hartnett, Scarlett Johansson, Hilary Swank, Aaron Eckhart, Mia Kirshner
Directed by:
Brian De Palma

Se existe autor que caiu numa desgraça quase total nos EUA, ele chama-se Brian de Palma, depois de um incio de carreira completamente de sonho, rapido entrou na chamada depressão, parecendo não conseguir sair dela a cada filme que lança.
Agora tudo parecia apontar para o sucesso, o livro era bom, com grande história, o elenco tinha duas das actrizes mais conceituadas e respeitadas da actualidade, e o focto de abrir o festival de Veneza deixavam antever o regresso de Palma a aclamação critica. Puro engano! O filme apenas agradou a uma parcela muito reduzida de criticos, tendo sido apupada pelo resto, a performance na bilheteira foi uma catastrofe, capaz de destruir quase tudo que rodeou o filme.
Se bem que a negativa dada pela critica seja na minha opinião excessiva, é certo que um filme com tão bons ingredientes não podia ser tão mediano como este filme, e a forma confusa como o filme vai se desenrolado e o principal culpado do fracasso, ou seja, parece que de Palma nunca percebeu e se sentiu confortavel com o filme, sendo o resultado final confuso, e extremamente parado, com muito pouco misterio. O climax final com as constantes revelações apesar de interessante nunca chega a demonstrar todo o potencial que nos parece ter, assim como todo o filme, se bem que nesta fase nos parece mais visivel.
O filme parece-nos completamente uma carta fora do baralho para os oscars da academia, podendo mesmo aparecer em algumas categorias entre os piores do ano. Se bem que neste caso será sempre o exagero.
O argumento do filme parece a priori interessante mas parece-me que perde o seus trunfos na adaptação para cinema, ja que apesar do interesse continuar presente, nada de excepcional e mostrado.
De palma no que na realização diz respeito parece em boa forma, com planos bem conseguidos, apesar de alguma indefinição cultural, entre os planos interiores demasiado modernistas e os exteriores tipicamente mais antigos.
O cast recheado de estrelas parece-me estar em claro sub rendimento, e com tantas estrelas acaba por ser a mais pequena Kirshner a brilhar mais, e a dar um passo para o estrelato, já que rouba toda atençao do filme para as cenas em que entra. No sentido oposto parecem estar quer Swank quer Johansson em clara baixo de forma. Quanto a Harnett esta longe de provar o potencial que algumas fações lhe atribuem ao contrario de Eckhart que ne parece satisfatorio num papel mais exigente, e que vem demonstrar a boa forma do actor que ja surpreendera em Thank You For Smocking
Um filme que cria expectativas demasiado altas e que acaba por rapidamente não conseguir ultrapassar uma mediania revoltante tendo em conta os ingredientes utilizados

O melhor - Mia Kirshner daquelas actrizes que com a sua imagem preenche um filme cheio de estrelas

O pior - A confusão com que o argumento se vai tornando a cada minuto que passa. O remedio ajuda mas nao salva.

Avaliação - C+

The Guardian - O Guardião

Starring:
Kevin Costner, Ashton Kutcher, Neal McDonough, Melissa Sagemiller, Clancy Brown
Directed by:
Andrew Davis

Desde logo, as prespectivas para um filme que reune Costner e Kutcher não podem ser muito elevadas, ja que se por um lado Costner a mais de 10 anos que não consegue fazer um bom filme, por outro Kutcher é quase um mestra na arte da má escolha de filmes, ou mesmo um desastre quase completo na intrepretação. A tudo isto junta-se um realizador que tirando o brilhante fugitivo, limitou-se a fazer titulos de acção sem grande conteudo. O risco era grande de este filme se afundar nas mares que estao presentes durante todo o filme. Contudo e apesar da reação da critica nao ter sido la muito boa, o facto do publico ter relativamente aderido bem, salvou em parte o titulo.
Desde logo convem realçar que o resultado podia ser pior, contudo o filme é bastante fraquinho nos diversos aspectos. Desde logo o argumento de um salvador que depois de uma missão que falha acaba por ir dar aulas para a academia onde encontra um jovem cheio de ambição, e depois o trajecto do costume. Contudo o filme apresentasse dividido em grandes blocos, demasiado soltos entre si e que pouca oferece para a coerencia interna do filme, depois o filme e estremamente penoso perdendo-se em aspectos secundarios. Os envolvimentos romanticos do filme estao tão mal enquadrados que parecem remendos para preencher espaços. A favor do filme esta alguma maturidade da forma como ele se assume, o facto de ter uma tonalidade emocional bem focalizada nas personagens o que aumenta a complexidade de um titulo a priore simplista. Contudo estes aspectos nao servem para cobrir grande parte das fragilidades do filme onde se destaca a sua excessiva duração em prol de aspectos secundarios.
O argumento do filme, é demasiado fragmentado, e cheio de aspectos pouco importantes, talvez o argumentista estivesse num processo obsessivo nesta construção
A realização acaba por ser dos aspectos de maior destaque do filme com destaque para as sequencias no alto mar, que apesar de mal enquadradas no todo do filme estão muito bem realizadas.
As intrepretações, apesar de pouco exigentes acabam com alguma surpresa por se enquadrar bem no filme, Costner muito igual aos seus ultimos registos ( o que nao e propriamente um elogio) e Kutcher dá uma imagem difrente agora como heroi de acção que me parece bem mais adequada as suas limitações intrepretativas.
Enfim o filme nao é um naufrago mas que entra muita agua isso entra

O melhor - A maturidade com que o filme aposta nas emoçoes num filme tipico de acção

O pior - A fragmentação do argumento e demasiado notoria e grave para um filme desta dimensao

Avaliação - C-

Thursday, November 02, 2006


A Praire Home Companion - Nos Bastidores da Rádio

Starring:
Lily Tomlin, Meryl Streep, Maya Rudolph, Lindsay Lohan, John C. Reilly
Directed by:
Robert Altman

Robert Altman é sem sombra de duvidas um dos autores mais reconhecidos no cinema actual, capaz de reunir sempre elencos recheados de estrelas que sonham ser dirigidas por ele. Contudo nos ultimos 10 anos Altman teria sido totalmente esquecido, não fosse Godford Park, que acabou por o trazer de novo para perto do publico e dos criticos, mesmo assim nao mais repetir nesta decada a fama atingida neste titulo.
Este seu novo filme vem na linha do que e tipico em Altman, ou seja um espaço e o constante movimentar de diversas personagens, sendo que altman diambula como um estranho por aquele lugar. Desta vez vamos ate aos bastidores de um programa de radio em directo que se encontra no seu ultimo programa, com toda a melancolia que assiste a este tipo de eventos. Aos poucos vamos conheciendo os dramas das personagens, e as ligações sempre ao som de musica country.
Também o aspecto mitologico comum em ALtman esta presente pela mão do anjo interpretado por Virginia Madsen que é como o destino.
O filme acabou por obter os melhores resultados de bilheteira de Altman nos ultimos anos, e mesmo as criticas foram na sua maioria positivas, mesmo que nao sejam apaixonantes.
E o filme é mesmo isso, interessante, emotivo principalmente na fase final, mas pouco intenso e um pouco aborrecido, ja que o sentimento de entranheza esta presente um pouco ao longo de todo o filme.
O excesso musical acaba tambem por retirar algum conteudo ao filme, ja que nao lhe da espaço para grandes desenvolvimento.
O argumento do Filme, e como e mais normal em Altman acaba por ser o ponto mais debil do filme, ja que a historia esta longe de grandes momentos e brilhantismo sendo apenas um conjunto de personagens num local em interação.
O cast ao melhor nivel apresentado por Altman, com excelentes prestações de Streep, Madnsen, Harelsson, e Reilly. revelando uma Lohan bem mais capaz do que a actriz de MTV que estamos habituados
O ponto forte do filme acaba por ser a forma como Altman realiza um estranho no seu proprio filme, pedindo licença para filmar, dando um realismo e uma sensação voyerista interessante.
O filme acaba por ser positivo, interessante mas longe de ser brilhante e de criar grandes expetativas.

O melhor - O estilo Altman ainda vale o que vale.

O pior - O argumento ter momentos de grande desinteresse, e aborrecidos

Avaliação - B-