Friday, March 31, 2017

The Bye Bye Man

É normal todos os Janeiro de cada ano, depois do grande confronto entre os lançamentos dos candidatos aos oscares, algumas produtoras menores apostarem em pequenos filmes de terror de baixo orçamento para preencher agenda. Um dos filmes que viu a luz do dia em janeiro do presente ano foi este filme, que foi totalmente aniquilado pela critica com avaliações muito negativas que tiveram também impacto comercial já que este filme esteve muito longe da media de resultados de filmes semelhantes.
É inacreditável o número de filmes que falam sobre uma casa e os espiritos malignos que nela habitam, seja numa divisão ou seja objetos da casa. A historia e a forma é sempre a mesma, um grupo de pessoas vai para lá viver e as coisas começam a acontecer. O que pode mudar num filme deste? Muito pouco, ou a realização mais ou menos artística, e neste caso com excepção de James Wan as coisas usualmente são pobres. Sobrando apenas a capacidade de intensificar as reaçõs dos espetadores o que também neste caso o filme acaba por ser demasiado soft, nunca conseguindo em momento algum impressionar o espetador ou mesmo assustá-lo, outros dos objetivos do filme de terror.
Para além deste facto mesmo na limitação da escolha pelo tipo de filme comum de terror, narrativa mente o filme tem dificuldades, ora porque a estratégia que utiliza para manipular as personagens colocam em causa tudo o que vimos, ou pela existência de personagens que na essência aparecem sem grande sentido, e contexto desaparecendo em seguida, mas mais do que tudo pela forma quase inacreditavelmente absurda que o filme adopta como corpo narrativo central da sua historia.
Por tudo isto mais que mais um filme de terror, este acaba por ser um péssimo filme de terror, daquele tipo de historias que parecem nada funcionar, e que chega a dar ao espectador a ideia de que o absurdo é pensado e uma ideologia de um filme pouco emotivo, narrativamente inexistente e uma formula de ganhar dinheiro que na minha opinião parece estar ultrapassada.
A historia fala de um casal, que conjuntamente com um amigo alugam uma casa, na qual a mobília consta uma mesinha de cabeceira com umas inscrições estranhas que desperta um espírito que começa a assombrar a vida dos moradores da mesma.
Em termos de argumento, pese embora seja na base a formula comum deste tipo de filmes de terror, o adjacente é claramente pobre, quer na falta de dimensão das personagens, quer no absurdo da historia central quer no seu desenvolvimento. Sobra a ironia final da personagem menor, como único aspecto positivo de um argumento a todos os níveis pobre.
Em termos de realização Stacy Title uma jovem realizadora que tem estado relacionada com o cinema de terror tem aqui um trabalho simplista, muitas vezes pouco trabalhado, que tem como ponto mais negativo, nunca conseguir dar impacto emotivo e surpreender no filme.
Os casts dos filmes de terror normalmente não chamam a atenção para grandes atores, optando por adolescentes para protagonizar este tipo de filmes. Aqui completamente desconhecidos que também não será neste filme que vão ter outro tipo de protagonismo. Nos secundários conhecidos, basicamente nada de revelo.

O melhor - A quase sequela final

O pior - A incapacidade do filme ter impacto emocional e a narrativa absurda.

Avaliação - D

Wednesday, March 29, 2017

A United Kingdom

E notória ainda a dificuldade de produções europeias conseguirem entrar na corrida pelos oscares, principalmente quando as mesmas partem declaradamente com esse objetivo. Foi o que aconteceu com este filme sobre a origem do Botswana, produzido pelo Canal + este filme que ate conseguiu criticas razoaveis mais insuficientes para o lançar para os premios, acabou por so em Fevereiro ter a luz do dia nos EUA com resultados comerciais modestos, mas com a possibilidade de homenagear uma das historias de amor com mais impacto na politica universal.
Existem filmes sobre factos reais que valem acima de tudo pela historia que contam, este é uma delas, numa simples historia de amor contra muitas barreiras, o orgulho de um povo e as mudanças culturais, nesta simples historia temos muito daquilo que impera e imperou no mundo, com a politica de ambição economica, o amor impossível e o racismo, e quando estes temas se juntam principalmente num filme baseado em factos reais o seu impacto é desde logo assinalável.
Claro que depois o filme nem sempre é o mais maduro, cai nas disputas e nos dialogos esteriotipados e nas mudanças radicais de um momento para o outro de personagens o que para um filme baseado em aspetos reais lhe tira alguma maturidade e um peso documental. Também na segunda hora de filme e ultrapassada a questão da aceitação e entrando no lado politico o filme torna-se algo circular e perde algum do impacto emocional e da quimica do casal que foi tendo na primeira parte.
Ou seja não sendo em termos de filme uma obra de primeira linha, é daqueles filmes que com uma forma simples de contar uma historia, conta algo de bnastante interesse e impacto para a historia universal, que nos torna mais ricos e principalmente nos dá uma mensagem positiva. Mesmo não sendo uma abordagem totalmente artistica e um filme que cumpre os seus objetivos naturalmente, mesmo sem grande destaque.
A historia fala de um herdeiro de um trono de um pais africano que se apaixona por uma branca londrina, com quem decide casar. No momento em que tenta assumir o trono o casamento acaba por se tornar um intrave na aceitação do seu povo e mais que isso abre debilidades que colocam em causa a sua liderança e mesmo a autonomia do seu povo.
Em termos de argumento o filme parte do principio com uma base narrativa de impacto emocional elevado e uma historia que vale por si. No acessorio e naquilo que o argumento poderia complementar, muitas vezes a opçao pelo mais facil não permite que o filme vá para outros patamares de qualidade.
Amma Assante a realizadora britanica que tinha surpreendido com o seu Belle novamente tem um trabalho meritorio, competente mesmo que com pouco risco ou criatividade assumida. Denota-se um gosto pelas questões raciais, algo que nem sempre é tema nos filmes britanicos. Mas está a construir uma carreira pelo menos para já, consistente.
No cast Oyelowo é uma escolha consistente porque consegue transmitir emoçao aos seus papeis principalmente nos momentos de discurso, algo que o filme pede, e algo que ja noutros filmes tinha mostrado conseguir com impacto. Pike tem um papel mais facil contudo como casal o filme nem sempre funciona, parecendo ser mais forte nos momentos iniciais do que propriamente no desenvolvimento do filme.

O melhor - A historia em si

O pior - Para completar a historia e nos detalhes o filme escolhe o mais simples.

Avaçliação - C+

Monday, March 27, 2017

Bitter Harvest

A revolução russa e principalmente a epoca liderada por Staline na URSS nem sempre teve a atenção merecida em termos de grandes filmes, quer pelo lado russo normalmente ser algo pouco interessante para o publico americano mas principalmente pelo facto de normalmente o conhecimento concreto dos factos nem sempre ser o maior. Neste inicio de ano este pequeno filme tentou detalhar este ponto, sem grande sucesso já que criticamente o filme foi uma desilusão com avaliações essencialmente negativas. Comercialmente para um filme que teve um custo de produção de vinte milhoes de dolares os resultados também foram curtos.
Sobre o filme eu acho o epico bem feito um dos generos mais completos do cinema mas também aquele que mais sofre quando as coisas não são feitas com qualidade nos diferentes aspetos. Pois bem este e um esteriotipo do epico mal feito em todas as virtudes, principalmente no entorno narrativo do filme que apenas trata do lado sovietico porque em termos narrativos temos a tipica historia de salvação do heroi e de amor em tempo de guerra serie B.
Mas o problema do filme não é apenas narrativa num filme que é um portao escancarado para uma dinâmica emocional forte, o grande problema do filme acaba por ser aquilo que o mesmo nunca consegue transmitir em termos emotivos nas sequencias que deveriam ser o climax, o filme perde-se em frases feitas, em retornos temporais basicoes nunca conseguindo ganhar com simplicidade o lado intenso do filme nem nunca tentar ser acima de tudo um filme que se torna diferente em qualquer um dos pontos.
Isto leva a maxima de que para tratar de um momento historico em filme deve-se trabalhar tudo o resto que a mesma historia em contextos historicos diferentes não deixa de ser a mesma historia e um filme basico será sempre um filme basico em qualquer um dos pontos de observação. Gastar vinte milhoes de euro numa produçao como esta é algo incompreensivel nos nossos dias.
A historia fala de um casal, que de forma a resistir a independencia da ucrania da união sovietica tem de se separar em tempos de guerra numa autentica luta pela sobrevivencia em planos distintos.
E no argumento que residem os maiores problemas do filme, principalmente na incapacidade de conseguir algo de diferente, e um cliche do tamanho do mundo todas as opções narrativas do filme que nunca consegue ter qualquer tipo de sublinhado diferenciador.
Na realização o trabalho do alemão Mendeluk é simplista pouco ou nenhum risco nas sequencias de maior impacto valendo pela dimensão mais artistica dos momentos de neve. Mesmo assim ta´mbém não e neste ponto que o filme sobe de nivel.
Por fim no cast, Irons e ainda um aspirante a ator sem força para liderar um epico, ao seu lado Barks nunca comprobou aquilo que muitos pensavam que se poderia tornar depois de Les Miserables e nos secundarios muito pouco a registar.

O melhor – Alguns planos na neve russa

O pior – Um epico que nunca consegue ser


Avaliação - D

Sunday, March 26, 2017

Beauty and the Beast

Desde o momento em que foi anunciado este projeto que se percebeu que o mesmo se tornaria num dos maiores sucessos da disney, principalmente nesta sua nova fase de transformar os seus filmes mais conhecidos de animação em live action com a tecnologia de ponta atual. Este Bela e o Monstro foi desde logo um sucesso total nos trailers mas depois de lançado também em cinemas dando um pontape de partida estrondoso para a temporada dos blockbusters. Em termos criticos as coisas não foram tão unanimes com alguns a valorizar a capacidade tecnica do filme mas muitas outras vozes criticando a falta de magia do filme.
Sobre o filme eu considero a Bela e o Monstro um dos melhores filmes de animação da disney pelo que sempre pensei que poderia ter a tarefa facilitada nesta transposição já que em termos de argumento em si não deveria fazer grandes alterações. O filme acaba por seguir em linhas gerais o que já estava feito, tirando-lhe algum humor, o que me parece ser uma escolha estranha principalmente quando os blockbusters cada vez mais tem de ser descontraidos para funcionar, acabando por tornar o filme mais num musical, como já o primeiro tinha sido do que propriamente numa uma filme normal.
Mas e tecnicamente que o filme conquista em longa escala é impressionante a forma como a Disney consegue trazer a vida todos aqueles objetos que durante anos fizeram parte do nosso imaginario com um realismo e um espetaculo visual impressionante. O filme mais do que uma formula narrativa chama a si o nivel tecnico preparado tambem nas cenas e na forma como as mesmas facilmente estabelecem um paralelo com o que já tinhamos visto em banda desenhada.
Do lado negativo o cast do tridente principal que abaixo iremos detalhar, penso que num filme facil de funcionar nem sempre as escolhas foram as mais fortes para sustentar um filme de fama imediata, demonstrando que a disney sabe fazer dinheiro embora e estranho ir ver um filme e saber de toda a maneira o que vai acontecer de cima a baixo e nem a homossexualidade retratada acaba por alterar este sentimento
A historia e a conhecida da bela e o monstro, um jovem acaba por ficar aprosionada no castelo de um terrivel monstro de forma a libertar o seu pai, e percebe que tudo naquele castelo tem vida, fruto de um terrivel feitiço que tornou muitas das pessoas naquilo que não são.
Em termos de argumento nada de novo no filme, um ou outro apontamento na abordagem de uma ou outra cena sendo o restante o que já tinhamos visto anteriormente. Tem o marco do primeiro personagem homossexual que vale mais pelo dado historico do que pelo relevo do mesmo para a historia.
Billy Condom estaa um pouco na mo de baixo depois de ter ido completar a sequelas de Twilight, aqui tem um bom espetaculo visual no terreno onde sempre se movimentou melhor, ou seja o musical, temos luz e tecnica num regresso a um bom nivel de um realizador que estava algo desaparecido.
No cast as minhas duvidas nas escolhas, Watson embora por todos dito como a escolha natural, parece-me sempre repetitiva no naipe de expressões, acabando por ser sempre igual nas suas composições, não ainda demonstrando ser uma actriz de idade adulta. Evans e Stevens são ainda pequenos para um filme desta dimensão, principalmente o segundo, que na minha opinião sofre bastante quando lhe cai a mascara. O melhor a composiçao vocar de Ewan Mcgregor e Emma Thompson dando vida intensa a personagens que não meros objetos

O melhor – A valência tecnica de todo o filme.

O pior – O cast do tridente principal


Avaliação - C+

Saturday, March 25, 2017

Split

2017 começou em grande em termos daquilo que um filme pode esperar no sempre cinzento mês de Janeiro. M Night Shylaman há algum tempo afastado dos seus melhores resultados conseguiu com este filme novamente reunir algum valor critico, ainda que longe do que obteve no seu filme de estreia, mas tambem comercialmente este Split teve bons resultados principalmente tendo em conta a dificuldade natural que é estrear em competição com os filmes na corrida aos premios.
Eu confesso que estava algo expetante por este filme, quer pelo seu misterioso trailer mais acima de tudo porque muitos falavam na sua diferença. Mas confesso que quando o filme começa a desenvolver-se fiquei um pouco desiludido, desde logo porque o filme se torna algo circular até ao desenlace final, que acaba por tornar o filme bem diferente daquilo que estava a espera, tornando-o claramente mais serie B, muito irrealista, e nem o o aperitivo final torna na minha opinião este filme um dos melhores do autor, já que se torna redutor e simplista e tira a coerencia que muitas vezes um filme como este deve ter.
Ou seja o filme ate poderia ter uma premissa interessante a da luta pela sobrevivencia com a luta entre as diferentes personalidades da mesma personagem, nesse ponto e nessa introdução o filme até consegue ser promissor, contudo com o seu desenvolvimento penso que o filme torna-se repetitivo, não consegue ir muito para alem da premissa no que diz respeito ao potenciar da ideia, e a luta final e os lados passados do filme acabam tambem eles por serem pouto trabalhados e abandonados, fica a sensação que vamos ter sequela, mas ai penso que muito mais tem de ser respondido.
Shylaman tem alguns pontos muito comuns no seu filme, por um lado serem ou encaminharem-se para pontos que muitos pensavam que não seria a decisão do filme, os twist final, mas penso que o que diferencia os melhores dos piores filmes do realizador e a intensidade emocional do filme e aqui o filme so consegue algum destaque pela complexidade da personagem central e muito pela interpretação de Mccavoy.
A historia fala de tres estudantes que são raptadas por uma pessoa com multipla personalidade e entram em cativeiro tudo fazendo para sobreviver entre si, num espaço totalmente desconhecido.
Em termos de argumento temos de analisar o filme sob dois vetores, por um lado a base do filme, com a forma com que trabalha a personalidade multipla que me parece arriscada e corajosa, e que poderia ser uma boa base narrativa para o filme, e o seu desenvolvimento muito aquem daquilo que o filme poderia valer em si.
Na realização Shylaman tem uma forma particular de tornar ou os seus filmes demasiado negros ou demasiado claros em mudanças subitas, aqui temos mais na linha inicial, o seu açucar habitual no final do filme é sempre uma imagem de marca e aqui tambem tem.
O filme vive em demasia, por alguma fraqueza do guião da interpretação de uma James McCavoy em grande forma, num papel dificilimo, ele tem uma entrega notavel e é a alma mais forte do filme, num actor num ponto de maturação plena a estar atentos nos proximos anos.

O melhor – A interpretação de McCvoy

O pior – A premissa do filme se tornar no final num tipico filme de acçao serie B


Avaliação - C

Sunday, March 19, 2017

The Great Wall

Cada vez mais o dinheiro de mercados emergentes principalmente o asiatico tem chamado para algumas das suas produções figuras de renome. Neste que foi talvez o projeto mais ambicioso não americano foi Matt Damon que abandonou tudo, entre os quais um papel de oscar para protagonizar esta epopeia com muitos meios. O resultado critico ficou muito aquem do esperado com avaliações medianas tendencialmente negativas. Por sua vez comercialmente nos EUA o filme acabou por ser um floop tendo em conta o investimento tido em conta, algo que foi alterado nos mercados mais globais, sempre mais disponiveis para novas apostas.
Sobre o filme eu confesso que a forma de realizar do cinema oriental me parece algo repetitivo pela grandiosidade dos cenarios normalmente ser acompanhado por algumentos basicos que acentam em sequencias de luta bem montadas e mais que isso em cenarios e realizações de primeira linha. Este é mais um filme com esta bandeira, filmado na lingua inglesa mas com toda a inspiração oriental, apostando mesmo no lado imaginario de criaturas imaginarias para tornar tudo ainda maior.
E isto torna o filme pobre em novidade, pobre naquilo que significa enquanto obra isolada para o cinema e muito por culpa de uma historia de base repetitiva pouco complexa, e na maior parte do tempo previsivel ou mero pretexto para fazer funcionar um argumento que tem no epicentro as longas e cheias de efeitos especiais sequencias de acção.
Num momento em que quase os filmes de sequencias espetaculares de acção conseguem resitir no sempre complicado mercado global, parecia que existia espaço para mais, ainda para mais quando se trata da maior aposta do cinema chines em termos de investimento, fica a sensação que o medo de errar tornou tudo mais limitado em alcance.
A historia fala de um dois guerreiros presos pelo imperador que acabam por se tornar lutadores do exercito contra uns perigosos monstros que ponhem em causa a consistencia do imperio chines.
Em termos de argumento sabe muito a pouco aquilo que em termos de intriga o filme nos apresente. Ou seja parece sempre algo vazio, algo sem conteudo quer na dinamica das personagens quer mesmo nas motivações. O filme parece relaxar depois de apresentar as motivaçoes da luta e dar o protagonismo apenas aos efeitos.
Na realização Yimou Zhang e talvez um dos realizadores orientais apos Ang Lee de maior sucesso e habituado a gerir grandes filmes com orçamentos de hollywood aqui tem boas imagens num filme mais estetico do que competente. Gostava de o ver a sair do traidicionalismo de taiwan ou china.
No cast a opção de Damon por este papel em deterimento de protagonizar Manchester By the Sea vai ser considerado durante anos a opçao mais errada de carreira que há memoria, não apenas pela qualidade da segunda mas pelo vazio da primeira tendo em conta os padrões de Damon.

O melhor – A produção estetica do filme.

O pior – A falta de complexidade narrativa do filme


Avaliação - D+

Office Christmas Party

Cada vez é mais comum algumas produtoras aproveitarem partes do ano para fazerem filmes tematicos, um dos periodos mais aproveitados de variadissimas formas é o Natal. Este ano sob a forma de festa de uma empresa surgiu esta comedia, com muitos habitues do genero de forma a conseguir amealhar alguns dolares comercialmente. Criticamente assim como a maioria dos filmes semelhantes os resultados não existiram. Ja comercialmente e principalmente porque se trata de festas cada vez mais comuns os resultados foram interessantes sem nunca serem entusiasmantes.
Sobre o filme, cada vez mais a comedia apenas aposta ou em piadas, ou trocadilhos sexuais ou aposta totalmente no exagero de situações normalmente em festas. Aqui temos este segundo ponto e em termos comicos podemos dizer que a formula do filme ou raramente resulta, ou na maioria das vezes se torna repetitivo apostando apenas no exagero e no extremar de situações. Porque em tudo o resto o filme não existe sequer em personagens em narrativa e em dialogos.
Alias ao longo do filme nós esquecemo-nos de onde o filme vem e onde quer chegar em termos de intriga, principalmente porque essa é totalmente colocada de lado ou para apostar em sequencias de exagero por si so em festas, por sequencias comicas isoladas que na maior parte das vezes até acaba por nem funcionar ou pior que isso aposta em lados amorosos que nunca são realmente aposta na formula do filme.
Por tudo isto mais uma comedia de baixa qualidade igual a muitas que no final do ano passado foram apostas por diversas produtoras com o objetivo de ganhar algum dinheiro na epoca de natal. Penso que cada vez mais e importante alguma criatividade e inovação no cinema comico porque a formula ou está repetitiva ou está mesmo pouco funcional.
A historia fala de um proprietario de uma empresa e dos seus aliados que na tentativa de resolver o problema em que a mesma esta implementada fazem uma festa de natal com o objetivo de contratar um famoso funcionário que poderá dar a volta à situação.
Em termos de argumento a historia e totalmente vazia sobre todos os vetores de analise, principalmente a intriga básica e completamente posta de lado ao longo do filme, em termos de dialogos, ou absurdos ou inexistentes. Em termos comicos o filme também está longe de ser de primeiro plano.
Na realização um habitue de filmes comicos e alguem que gosta de potenciar o aspeto gráfico dos mesmos. A dupla de realizadores tem usualmente uma formula muito propria de funcionar colocando a camera ao serviço da piada, contudo aqui normalmente não funciona.
No cast podemos dizer que pouco ou nenhum risco, Bateman, Aniston, Park e Mckinnon em personagens tipicas que nada trazem ao filme, principalmente por serem pouco desenvolvida.

O melhor – A forma como leva a tradição natalicia para algo mais atual

O pior – A dificuldade do filme em ser engraçado


Avaliação - D

Saturday, March 18, 2017

Why Him?

James Franco é sem duvida nos dias de hoje o actor e realizador mais ativo de hollywood, e mesmo que grande parte dos seus filmes acabem por não ter qualquer visibilidade, principalmente quando fica atrás do ecra e normal todos os anos lançar um filme com objetivos mais comerciais. Este ano acabou por ser esta comedia familiar de fim de ano, opondo-se a Bryan Cranston alguem que nos ultimos tempos tem colaborado em diversos projetos com Cranston. O resultado critico do filme foi péssimo com avaliações essencialmente negativas. Por sua vez em termos comerciais, o grande foco do filme, o resultado acabou por ser simpático sem nunca ter sido brilhante.
Sobre o filme, eu confesso que o tema sogro namorado da filha em disputa me parece gasto principalmente depois do sucesso de meet the parents, contudo este consegue a todos os niveis ser mais irrealista e absurdo e um humor que tenta ser adulto e atual, acaba por só a muito espaço conseguir funcionar em qualquer ponto. Alias penso mesmo que é no estilo de humor que o filme não resulta nunca conseguindo dar realismo nem à situação e muito menos ao conflito existente, tornando-se numa das comedias mais absurdas e sem grança que foi aposta de grande estudio nos ultimos anos.
E o grande absurdo do filme centra-se na forma como a personagem central, interpretada por Franco é montada, a mesma não existe não tem qualquer sentido ou coerencia e tudo onde ela entra acaba por se tornar assim, ou seja um filme que a determinado momento questionamos quais seriam os reais objetivos do filme porque no final não conseguimos em momento algum ter qualquer opinião sobre o que acabamos de ver.
Contudo tem cada vez mais sido moda no cinema de comedia, ir ao exagero tirar as personagens dos sentimentos basicos e mais que isso dar um teor sexualizado a todas as situações e dialogos, isso tem tirado alguma da força pelo numero exagerado de comedias com esta base, que quase secou tudo o que possa ser feito noutro tipo de contextos.
Sobre o filme fala de uma familia tradicional que embarca para conhecer o namorado da filha e depara-se com um excentrico jovem multimilionário, com uma forma de ser completamente diferente daquilo que todos os elementos estão habituados, sendo que uns vão se habituando melhor a esta questão do que outros.
Em termos de argumento a base do filme, é um habitue em comedias familiares, a concretização vai muito para além do razoavel, não tem graça, não tem personagens as situações tem tanto de absurdas como de irrealistas e nunca consegue conduzir o filme para um climax que parecia simples, já que nunca consegue retirar uma das personagens centrais da linha total do absurdo
Na realização John Hamburg, argumentista usual de filmes de bem Stiller entre os quais o Meet the Parents, tem aqui uma copia parecida num contexto diferente deste filme por si escrito, com a diferença de com a tentativa de ter um humor mais gráfico condiciona todo o restante do filme.
Se no cast a forma como Franco por vezes nos dá coisas absurdas já não nos surpreende já que tem sido uma constante, Cranston parecia um actor em melhor forma mas que deviso a continua presença em filmes acaba por se tornar versátil mas menos funcional, principalmente quando aposta por filmes como este.

O melhor - Teste à versatilidade de Cranston

O pior – O Absurdo que o filme rapidamente se torna


Avaliação - D

Sunday, March 12, 2017

xXx: The Return of Xander Cage

Catorze anos depois de Vin Diesel ter conseguido mais uma saga de acção de sucesso que depois abandonou eis que chega o seu regressa 14 anos depois, nesta especie de James Bond radical. Os resultados foram proximos do primeiro filme, criticamente mediocre, sem grandes motivos de louros, mas comercialmente forte principalmente nos mercados mundiais já que nos EUA esteve longe do sucesso ainda mais quando pautou a sua estreia no sempre complicado mês de Janeiro.
Sobre o filme, confesso que achei XXX um dos piores filme em termos de argumento ou de trabalho de uma personagem pelo que a minha expetativa relativamente a esta reaparição estava longe de ser grande e isso acabou por ser confirmado num filme completamente vazio, com uma intriga que faz os filmes de serie B serem complexos, sem personagens, sem sentido e apenas longas sequencias de acção que mais que espetacular parecem querer dar algum exercicio de estilo aos seus personagens interpretados por atores claramente deficitarios em capacidades de interpretação. Por este filme e mesmo pela saga em si podemos dizer que estamos perante uma forma simples de ganhar dinheiro sem qualquer exigencia em nenhum dos pontos que prefaz o cinema.
Comercialmente é um filme inteligente ao ir buscar algumas das figuras maiores de bollywood e do cinema chines o filme garantiu um sucesso economico em mercados emergentes de muita gente e garantiu o seu sucesso critico algo que sabia que dificilmente iria conseguir em prol da sua intriga, do seu argumento ou do seu resultado, já que este é claramente falivel a todos os niveis que se pode avaliar.
Os unicos pontos muito pequenos que o filme ainda consegue ter algum exercicio de originalidade é na apresentação das personagens e nas curiosidades adjacentes às mesmas, acompanhado com algumas referências cujo sentido ainda e misterio a saga avengers. Ja que em tudo o resto o filme é um total deserto de ideias, de cinema e pior que tudo de sentido.
A historia marca o regresso de Xander Cage, o triple x do primeiro filme que regressa a atividade para tentar descobrir o que esta por trás da morte do seu mentor, e tentar garantir que uma caixa que domina o mundo não caia nas mãos erradas.
Em termos de argumento este é um dos filmes blockbusters dos ultimos anos com o maior vazio de ideias, quer no global quer nos detalhes. As personagens são manequins de lojas e o desenvolvimento narrativo capaz de fazer um filme de serie b ser nomeado para o oscar de melhor argumento.
DJ Caruso um tarefeiro de pouca qualidade de hollywood foi o escolhido depois de momentos de maior sucesso em hollywood em filmes de acção que tinha desaparecido. O seu trabalho com muitos meios não é o pior do filme, mas claramente também não consegue dar ao filme qualquer assinatura particular para alem de tarefeiro.
No cast é dificil avaliar actores em personagens tão limitadas e inexistentes como estas, Vin Diesel é sempre igual, os secundarios tiveram apenas uma presença comercial, apenas se questiona como Collette uma atriz com alguma qualidade aceita um papel num filme como este.

O melhor – A apresentação das personagens que ocupa segundos no filme.

O pior – Reavivar um franchising que todos já tinham percebido ser completamente vazio.


Avaliação - D-

Saturday, March 11, 2017

Kong: Skull Island

A saga dos monstros tem sido um dos projetos mais ambiciosos e ao mesmo tempo dispendiosos que hollywood tem entre as mãos. Depois do sucesso comercial e critico de Godzilla surge aqui o segundo filme que nos fala de King Kong e a sua origem. O resultado critico do filme foi positivo com avaliações positivas e comercialmente as coisas mesmo sem serem extraordinarias parecem ir no bom caminho.
Sobre o filme confesso que a ideia de reboot atrás de reboot demonstra bem a falta de ideias que hollywood neste momento vive e nem o facto de trazer argumentistas de renome como Dan Gilroy para ideias já existentes me convencem sobre esta forma de fazer cinema. Sobre esta ideia penso que a mesma e mais comercial do que ideologica e que tem como objetivo maximo pautar a capacidade do realismo dos efeitos especiais atuais mais do que em termos narrativos trazer algo de novo ao já existente. Nesse ponto o filme segue este ponto sendo tecnicamente irrepreensivel, conseguinto intensidade das sequencias mais marcantes com um estilo de realização que segue a assinatura que Godzilla já tinha tido.
Em termos de argumento pouco risco, e alguma capacidade do filme em detalhes cumprir todas as necessidades de um blocbuster funcional, com intensidade nos climax, filme com ideias simples e algum humor, onde sabe perfeitamente quais as personagens mais proximas do publico trabalhando-as do ponto de vista do humor, e com uma boa gestão de tempo.
Por tudo isto e facil considerar este filme um bom projeto em termos comerciais já que consegue ter os elementos todos que fazem um filme agradavel de se ver. Mesmo que estes valores sejam mais significativos do ponto de vista tecnico do que narrativo, penso que existem franchising em pior estado, sendo que esta saga dos monstros tem conseguido com realizadores novos conseguir convencer comercialmente e criticamente.
A historia fala da origem do rei King Kong, um grupo que tenta descobrir umas ilhas não identificadas na terra percebe que a mesma é vivida por estranhos seres liderados por um gorila enorme, que mais que causar perigo tenta defender o seu territorio.
Em termos narrativos de base o filme tem uma historia simples e limita-se a seguir nos parametros base aquilo que o filme já era. Consegue dar alguma força do ponto de vista de entertenimento com personagens simples e momentos comicos que potenciam melhor as sequencias de acção, mesmo nunca sendo prodigo em originalidade.
A realização de um filme como este é sempre complicado porque obriga a auxiliar efeitos especiais com tentativa de assinatura propria e o filme consegue isso, sendo Jordan Vogt-Roberts uma das grandes surpresas do filme, consegue imagens de primeira linha e um realismo interessante em sequencias de uma dificuldade muito elevada.
Nao e um filme que exija grande coisa dos seus seus protagonsitas e acaba por não ter grandes momentos de interpretação. Penso mesmo que as personagens centrais do filme são demasiado vazias, dando mais força as secundarias principalmente Johnny C Reilley que tem o papel de maior destaque no filme.

O melhor – O nivel tecnico do filme.

O pior – Os protagonistas pouco carismaticos


Avaliação - B-

Wednesday, March 08, 2017

Catfight

As comedias independentes ainda vão sendo o genero que periodo a periodo lembram-se de actores e atrizes que entraram no esquecimento dando, no caso de sucesso um novo impulso a carreiras paradas. Isto e o que tenta fazer este particular filme que chama a si três atrizes longe do sucesso de outros tempos. Pena e que o filme mesmo conseguindo algumas boas criticas em festivais menores seja completamente inexistente em termos comerciais o que faz com que todas voltem ao lugar onde estavam.
Sobre o filme penso que a premissa do mesmo é interessante, uma ideia creativa da forma como duas enimigas mudam a face ao longo do tempo, o que acaba por juntar na intriga principal um lado moratório positivo mas mais que isso também me parece um filme curioso, com alguns momentos bem escrito mas que perde onde normalmente os filmes independentes melhor conseguem funcionar que é no detalhe.
E porque perde no detalhe? Pois bem na tentativa de ser moderadamente engraçado o filme exagera nos maneirismos e mais que isso na excentricidade dos secundários o que acaba o filme por ser demasiado estranho e se distanciar por vezes em demasia na initriga central. A satira na forma como existe o reverso da medalha já era descontraida e mais que isso para o filme funcionar neste aspeto mas parece que no restante vai longe de mais na tentativa de se diferenciar.
Ou seja um filme com um balanço moderado que é mais funcional em termos globais do que na especialidade, chegamos a determinada altura do filme a pensar que o filme poderia funcionar melhor principalmente apos o primeiro twist, mas depois demora algo para um novo confronto entre as personagens centrais o que faz o filme naturalmente ir quebrando o seu ritmo.
A historia fala de duas enimigas de infancia que encontram-se passado muitos anos com modos de vida completamente diferentes. Contudo um confronto fisico entre ambas vai mudar a vida delas, que acabam por se encontrar agora no polo oposto.
Sobre o argumento parece claro que o filme tem qualidade na forma simples como consegue contar uma historia curiosa e que mesmo com uma toada leve consegue ser moralmente interessante. Depois perde um pouco na definição das personagens com menos peso as principais mas com pior funcionamento as secundarias e isso acaba por tornar o filme em alguns momentos algo absurdo.
Na realização o filme depende em demasia das sequencias de combate e estas convenhamos poderiam ser de muito mais impacto, quer em termos esteticos quer em termos de duração. No restante a tipica abordagem de cinema independente, de um realizador que apenas se dedica a este estilo.
No cast duas actrizes que nunca foram de primeira linha em papeis proximos daquilo que foram transparecendo na vida privada Anne Heche como homosexual, com maneirismos masculinos e Oh mais sofredora e mais descontraida em papeis simples que funcionam principalmente pelas diferenças. O regresso de Silverstone é marcado por uma personagem demasiado desinteressante.

O melhor – A ideia da intriga central do filme.

O pior – Alguns apontamentos especificos que tiram peso ao filme.


Avaliação - C

Tuesday, March 07, 2017

Wolves

Existe diversas formas de pensar um filme de desporto, mas a mais comum é que o filme seja baseado em factos veridicos de forma a homenagear os mesmos. Dai que é estranho para um filme exatamente sobre desporto que o mesmo seja criado de raiz, sob a forma de drama. Isto é o que represente esta pequeno filme que apenas agora chegou aos ecras e de uma forma silenciosa quem sabe aproveitanto a nomeação de Shannon ao oscar. Comercialmente o filme tinha quase nenhuma ambição, criticamente os resultados foram extremamente medianos e sem expressão.
Os filmes sobre desportos coletivos são na sua generalidade representações da realidade quando não o são, o mesmos tem por norma que ter algum elemento diferenciador que os retire de imediato da marasmo que são os filmes de domingo à tarde. Este tenta sublinhar-se com uma toada mais noir da forma de vida do protagonista totalmente emaranhado numa vida familiar caotica. COntudo o filme não consegue ser nada realista neste segmento juntando-se de imediato ao tipo de filme onde o impossivel acontece para a realização final, e nisso podemos dizer que o filme é claramente limitado no seu alcance.
Mas os problemas do filme não se ficam por esta incapacidade de se levar a serio e pela dictomia entre o drama intenso e o filme de domingo a tarde de ultrapassar adversidades. Na verdade parece sempre que o filme tem dificuldades na concretização das persoangens, na forma como as mesmas se manifestam durante os conflitos, parecendo sempre retraido e com dificuldade em se assumir. Por este respeito podemos dizer que se trata de um filme de serie B, sem capacidade de se impor em nenhum dos seus elementos.
Por este facto sublinho ser mais adepto de adaptações desportivas que aconteceram, pelo carater factual dos mesmos e pela exigencia ser menor, já que caso contrário parece-me pouco o que filmes como este representam em termos de dimensão e de significado.
A historia fala de um jovem inserido numa familia problematica muito por culpa de um pai alcoolico e com problemas no jogo, que acaba por condicionar a sua entrega ao basquetebol. No momento em que começa a ser observado por uma universidade o jovem ter de assumir a sua entrega ao desporto que ama.
Em termos de argumento o filme parece um conjunto de cliches, quer no lado familiar dantesco, que parece tudo fazer para complicar o seu desenvolvimento a todos os niveis, quer na realização desportiva e no climax final completamente desprovido de realismo, parecendo um conto de fadas para os mais pequenos.
Na realização Bart Freundlich é um realizador que gosta de desporto, mas que ainda não conseguiu se fazer notar em qualquer um dos filmes que assumiu. Aqui mais uma vez um trabalho simples, melhor nos momentos desportivos do que nos outros.
Por fim no cast se por um lado Shannon e garante de qualidade em personagens que apontam para o lado obscuro, Gugino funciona bem também no seu lado mais maternal. O problema é que o protagonista Taylor John Smith esteja longe de grandes virtudes, parecendo sempre algo perdido perante o destaque que lhe é dado.

O melhor - Alguns momentos de realização nas sequencias de jogos.

O pior - A forma como se faz algo tão pouco rebuscado partindo de algo não ocorrido

Avaliação - C-

Sunday, March 05, 2017

50 Shades Darker

Depois do sucesso do livro e principalmente depois do sucesso do primeiro filme, não existia forma desta sequela não se tornar facilmente num dos primeiros hits do ano 2017, mesmo após o primeiro filme ter ganho os razzie awards. Este segundo filme as coisas não melhoraram em termos criticos outra vez com avaliação muito negativas, e comercialmente com resultados interessantes mas mesmo assim longe do extraordinario sucesso que foi o primeiro filme.
Sobre a historia, convem sublinhar que desde o meu primeiro contacto com esta historia ainda em versão papel, percebi que se tratava de um vazio de ideias consumistas, moratoriamente discutivel e sem qualquer percepção do que é uma narrativa e personagens. Visto dois filmes o obvio aconteceu um pessimo livro tinha de resultar num filme com o mesmo valor. 
E inacreditavelmente pessimo o que vimos neste filme com quase duas horas de duração, as intrigas, os conflitos o suspense são presos a dois ou tres focos narrativas que desaparecem ou são resolvidos de uma forma que um adolescente com ideias conseguiria fazer de uma forma bem mais coerente. MAs o problema e que estes dois apontamentos acabam por ser totalmente abandonados para dar primazia a uma relação completamente apatica que apenas existe para servir as sequencias de sexo soft.
Ou seja um dos piores exercicios cinematograficos que tenho memoria, muito por culpa de um dos argumentos mais mal construidos quer na base quer na execução que me lembro. Claro que o livro tem culpa mas isto a determinada altura faz o espetador pensar que o objetivo do filme e ser fraco e ai cumpriu sem duvida alguma os seus intentos.
O filme segue onde o primeiro filme acabou, ou seja apos perceberem que com as suas filosofias de vida Ana e Grey não combinam o segundo tenta mudar para fazer tudo funcionar, mas o seu passado começa a ter aparições fugazes.
O argumento e completamente vazia, futil e consumista, sem qualquer imperativo moral, e na forma como acaba por se tornar ou resolver as suas tramas é absurdamente amador, a sequencia do helicopetro e uma das mais absurdas da historia do cinema.
James Foley não estava em forma no cinema pelo que se tinha dedicado nos ultimos anos a uma boa colaborãção em series como por exemplo house of cards. Aqui tenta o regresso num filme que nunca poderia resultar e que acaba por dar a machadada final na sua presença na setima arte, com excepçao do termino da triologia.
No cast, até acho que Johnsson cumpre o necessario para a sua personagem, pela simplicidade e por também a personagem não lhe requerer muito. Dorman tinha em si um peso maior por ser um filme cujo alvo é o publico feminino e falha, nunca transmite carisma e autoridade e isso era essencial.

O melhor - Já so falta um

O pior - Um argumento que parece escrito por um menor de cinco anos de idade.

Avaliação - F


Resident Evil: Final Chapter

A adaptação do cinema aos video jogos já tem quase mais de duas decadas. Um dos primeiros filmes que acabou no grande ecra foi Resident Evil, há cerca de quinze anos teve o primeiro filme, e ao que tudo indica tem aqui o seu ultimo, depois de filmes sempre a resultar melhor comercialmente do que em termos criticos, este ultimo episodio foi mais do mesmo. Ou seja em termos criticos uma indiferença ligeiramente melhor do que o negativismo de outros filmes, em termos comerciais muito aquem de outros filmes, confirmando o que já tinha dado mostras ou seja que se tratava de um franchising totalmente em rutura.
Sobre o último episodio, parece fundamental antes de mais contextualizar que em momento algum fui grande adepto da saga, principalmente porque me parece que se torna repetitiva de filme para filme, ressuscitando personagens conforme a disponibilidade dos seus interpretes e parecendo nunca ter um plano de inicio e fim para a saga. Neste filme é mais do mesmo, para um ultimo capitulo parecia obvio que mais que grandes sequencias de acção o filme deveria ter uma conclusão um elo narrativo que fizesse a ponte entre tudo, e acaba por não ter, acaba tudo por ser mais noventa minutos de sequencias de acção nem sempre bem realizadas e o final comum.
Alias os primeiros quarente minutos do filme são de uma total inexistencia de argumento, acabando por ser uma sequencia de preseguição e tiros, para potenciar a personagem central como heroina de acção. O problema e que ao longo da saga este tipo de sequências acabaram por ser mais de metade dos filmes, que nunca teve a capacidade ao longo de cinco filmes de ser aquilo que é mais necessario criar um intriga que realmente interessasse e deixasse os espetadores a procura do que viesse a seguir. Parecia sempre uma saga a preparar-se para o fim.
O ponto mais positivo e que provavelmente não teremos mais disto, a febre de adaptações de videojogos que nunca deu grandes resultados podera ter perdido aqui um dos seus antecessores esperando os adeptos do bom cinema que não regresse em mais um reboot simples, ou caso isso aconteça que venha com mais valias que este franchising nunca conseguiu ter.
O filme continua a saga de Alice, contra a colmeia e com os resultados do virus disseminado num futuro sem humanidade, neste ultimo capitulo tera respostas sobre a sua existência e mais que isso sobre a origem de tudo.
Em termos de argumento o filme baseia-se no final da saga, preenchendo o restante da duração com sequências de acção vazias a maior parte das quais sem grande fundamento ou importância para a historia. As personagens continuam vazias como os filmes anteriores.
Paul W S Andersson e a figura maior na adaptação dos videojogos ao cinema e um dos realizadores com pior critica de hollywood. Entregou-se a esta saga onde mesmo na abordagem foi repetitivo na tentativa de sequências de luta interessantes, pareceu sempre algo limitado nas abordagens.
E obvio que em termos de cast, este é o tipo de filme que não chama atores de primeira linha, dai que neste registo o filme seja quase inexistente. Jovovich apenas fazia carreira com esta personagem e os restantes são oriundos de series, procurando trabalho na industria maior.

O melhor – O fim da saga

O pior – Teve seis capitulos


Avaliação - D-

Logan

Esta marcado o arranque do periodo dos blockbusters que nos ultimos anos ascendeu a Março em deterimento do historico Maio. Para o arranque temos a FOX ainda com a chancela dos filmes X-men, fechar a triologia da sua personagem mais carismatica Wolverine. Os resultados parecem indiciar que se trata do melhor filme dos três criticamente surpreendeu pela positiva os avaliadores e comercialmente os primeiros resultados demontram sucesso, embora ainda seja precoce avaliar a sua dimensão.
Sobre o que vale a saga Wolverine até ao presente filme sempre me pareceu que se tratava de uma serie em bruto sobre uma personagem com muito mais potencial de entertinimento do que propriamente aquilo que os filmes aproveitavam dele, acabando na maior parte por ser filmes demasiado de acção, com nenhum reflexo das suas caracteristicas, algo que a saga x-men em si sobre melhor aproveitar. Este pese embora com mais nuances vai no mesmo caminho, de um filme duro, fisico e de acção plena, tentando nos dar o lado animal do personagem.
Mas é claramente no contexto que o filme tem as suas virtudes e mais que isso a sua coragem. Fazer um filme sobre super herois em decadência perto do fim, é uma atitude de total coragem da abordagem ao filme, mesmo que isso tira alguma espetacularidade ao filme, ou retire do mesmo a força dos efeitos especiais, o filme é mesmo isso sobre o fim, sobre a idade e sobre o momento em que deixamos de ser quem somos, mesmo que sejamos um super herois, e nesta abordagem esta não so a grande diferença criativa do filme, mas também o lado corajoso do mesmo.
Em termos do que realmente é narrativa temos alguma simplicidade e uma historia comum, sem grandes rasgos humoristicos a não ser uma ou outra situação isolada, um vilão algo froxo, mesmo que bem interpretado, mas e o fim de uma triologia paralela ao X-Men uma opçao errada da FOX, que acaba por dar alguma confusao a quem segue ambos os filmes.
A historia fala no futuro momento em que o professor xavier se encontra escondido aos cuidados de Logan, inserido na sociedade de uma forma anonima, até que o aparecimento de uma pre adolescente com poderes muito semelhante aos seus os vai fazem embarcar numa ultima aventura.
Em termos de argumento todo o valor e originalidade do filme esta na forma corajosa como que não tem medo de por super herois rentaveis no fim da linha. Na narrativa em si o filme não e propriamente diferente dos seus antecessores, uma abordagem mais ligeira e com algum humor seria mais condizente com o valor global de wolverine.
James Mangold e um realizador de um nivel alto em hollywood dai que a sua abordagem neste filme tenta mais ser artistica como se tratasse de um western dos tempos modernos, do que propriamente um filme de super herois, quase nunca pede ao filme grandes efeitos especiais, mas em termos de evolução temporal parece ser pouco arrojado.
No cast poucos filmes de super heroi exigem tanto de um actor como este de Hugh jackman, quer a niveis interpretativos como fisicos a interpretação é de muito bom nivel, constatando que mesmo em blockbusters em personagens bem escritas podemos ter excelentes interpretações, de um actor que encaixou como uma luva numa personagem desta dimensão, sendo que o mesmo pode-se dizer de Patrick Stewart embora sem tanta força global. Vamos ter pena de provavelmente não os ver mais nestes papeis.

O melhor – A coragem de uma abordagem limite num filme de super herois.

O pior – Como os dois filmes da triologia demasiado rigido na narrativa


Avaliação - C+

Punching the Clown

O cinema independente é cada vez mais uma constante ao longo de todo o ano, um dos generos mais comuns nestye tipo de industria acaba por ser o melodrama sob a forma ligeira de comedia. Um dos filmes que foi exibido em alguuns festivais durante o ano passado foi este pequeno filme, que conseguiu reunir criticas aceitaveis pese embora a sua pequena dimensão. Comercialmente a falta de grandes figuras principalmente nos principais papeis acabaram por resultar em inexistencia comercial.
Se existe coisa que numa comedia é sobjetivo é a forma como a mesma funciona em termos de humor junto ao publico, eu pessoalmente nunca fui fã do sentido de humor masoquista e o filme e na essencia isso e nada mais, ou seja uma hora de espetaculos de sitcom muitos dos quais cantados, com um sentido de humor proprio mas que no meu caso não funcionou não conseguindo me fazer libertar uma unica gargalhada, ficando apenas a mensagem que mesmo as coisas sem piadas que metem piada por isso acabam por poder funcionar.
Ou seja na essencia temos um filme pequeno sobre o mundo da industria da televisao com alguma satira mas que perde pela aposta no sentido de humor muito proprio, nem sempre engraçado e um ritmo na minha opinião demasiado lento, em determinados momentos o filme torna as sequencias de stand up demasiada longas e as mesmas acabam por ser demasiado repetitivas e nem sempre engraçadas.
Podemos sempre sublinhar a mensagem e conteudo subjacente mas mesmo esse quando os filmes acabam por ser algo lentos e repetitivos acabam por se diluir naquilo que o filme realmente vale como obra e aqui parece obvio que se trata de um filme na essencia demasiado cinzento.
A historia fala de um comediante cantor, que depois de um insucesso no mundo da televisão acaba por fazer sucesso com o seu insucesso, tornando-se de repente uma figura da televisao onde a sua falta de talento ou mesmo de graça acabam por ser os seu principais ingredientes.
Em termos de argumento parece-me claro que se trata de um filme com um objetivo claro mas que na sua concretização tem algumas dificuldades principalmente em encontrar o seu tom, muitas vezes o filme torna-se demasiado repetitivo com sequencias muito longas o que lhe quebra o ritmo.
Na realização Gregori Viens um desconhecido da setima arte tem um trabalho simples dando primazia a sua personagem e momentos de televisão. Parece-me que quer o filme quer a realização não são passiveis de grandes valores assumidos.
Em termos de cast, o filme é totalmente entregue ao seu protagonista o humorista Henri Phillips o que torna o filme quase auto biografico e por isso de dificil analise enquanto interpretação. Nos secundarios com a presença de Sarah Silverman e JK Simmons o filme não explora muito as suas personagens.

O melhor – A critica de que cada vez mais a falta de talento pode conduzir ao sucesso

O pior – Um filme demasiado repetitivo e na essencia demasiado preparado para um espetaculo de stand up comedy


Avaliação - C-

Friday, March 03, 2017

Collateral Beauty

Collateral Beauty foi apresentado logo no inicio do ano como um dos filmes como ambições de prémios, principalmente pelo excelente elenco reunido e mais que isso pela formula de emoções ganharem vida num filme positivo em momentos de natal. Após as primeiras visualizações percebeu-se que criticamente o resultado foi absolutamente destastroso com avaliações muito negativas, o que o tornou de uma forma clara em termos criticos um dos grandes floops do ano. Em termos comericias e contagiado pelas avaliações as coisas também não correram pelo melhor com resultados modestos principalmente tendo em conta o naipe de actores que o filme conseguiu reunir.
Sobre o filme em si, eu penso que a intenção do filme até é original, numa mensagem positiva, o problema e claramente a forma como o resultado é concretizado e o facto do filme em grande parte da sua duração ser um total vazio de ideias, conjugando lugares comuns de uma forma previsivel e sequencias interminaveis da personagem central sozinha, para demonstrar a sua tristeza. A grosso modo, expremido o resultado do filme temos muito pouco para além de uma ideia ambiciosa que poderia resultar mas que na essência nunca o consegue fazer.
E porque é que não consegue fazer, pois bem o filme nunca dá primazia as interações da personagem central com os diferentes vetores do filme, acabando por o dividir com outras personagens o que reduz a presença a duas ou tres cenas o que é muito pouco para o filme, que parece que a determinado momento desiste de ir mais longe e acaba por atalhar para um final previsivel, que até pode funcionar com algum impacto mas surge a ideia que vem demasiado cedo e que na realidade pouco se passou até la, para alem de um exagero de sequencias do protagonista em bicicleta e de dominos a ruir.
Para um filme com este cast o resultado final teria obviamente de ser muito mais forte, o filme teria de ter muito mais conteudo e o resultado ser completamente diferente. Não poderia ser apenas um filme de historias multiplas mal desenvolvidas com a força de um filme de matine. Sem muito se perceber porque parece termos aqui um filme que se perde, e parece desistir muito de si à imagem da personagem.
A historia fala de um empresário extrovertido que apos a morte da filha por cancro acaba por ficar depressivo e sem qualquer reação. Com a ajuda de três colaboradores o mesmo vai começar a interagir com três vetores distintos, o amor, o tempo e a morte, que acabaram por estar ligado a qualquer um dos colaboradores.
O argumento tem uma premissa original e que bem potenciada num bom argumento poderia resultar com alguma diferença e impacto, o problema e que o filme não consegue criar essa intensidade, esse conteudo quer nas personagens quer no desenvolvimento da narrativa resultando em tudo demasiado pobre.
Na realização e num filme nem sempre muito trabalhado sob o ponto de vista das personagens e dos seus movimentos, e na cidade de Nova Iorque que o realizador consegue no ponto de vista estetico potenciar mais o filme, com bons momentos, bem realizador coloridos dando ao filme o que melhor nova iorque tem, contudo e insuficiente para fazer o filme resultar noutros aspetos. Frankel é um realizador de filmes familiares normalmente com algum resultado mas neste caso as coisas não funcionaram.
Do ponto de vista de cast, deve ser um dos melhores elencos que há memoria, sendo todo ele mal aproveitado em personagens vazias pouco exigentes. Apenas no fim Will Smith tem alguns bons momentos de intensidade dramatica, mas quando o filme neste ponto de vista já não tem grande resolução.

O melhor – A forma como alguns planos de Nova iorque nos são dados

O pior – Ter os melhores condimentos do mundo e fazer uma sandes sem grande sabor


Avaliação - C-