Friday, January 31, 2014

Grudge Match

Existe filmes que valem mais pela curiosidade associada a eles do que propriamente pelo seu valor isolado enquanto filme, um desses filmes foi esta comedia, que junta dois dos actores que interpretaram os maiores boxeurs da historia Lamota contra Balboa seria um combate que muitos gostariam de ver nao fosse os seus intepretes estarem neste momento a caminho dos 70. Talvez por isso a critica tenha negado completamente este filme considerando-o mesmo uma piada de mau gosto e isso conduziu a um pouco expectavel desastre comercial, que o torna num mal amado do presente ano.
Sobre o filme em si e alheando-se um pouco daquilo que é colateral é um filme engraçado pela sua curiosidade que acima é referido e utiliza isso como forma de potenciar o grande duelo, e nao se esquece do que realmente é, as tipicas referencias as personagens carismaticas de cada um são imensas, os cameos são engraçados principalmente os pos creditos, a forma com que determinadas sequencias tocam nos filmes miticos de cada um, funciona, e isso em termos de homenagem ou mesmo auto satira tem que sem valorizado num filme com objectivos limitados.
Depois temos o valor do filme enquanto filme isolado e aqui temos de concordar com a critica, ao dizer que a historia e mesmo o humor do filme e praticamente inexistente, a linhagem narrativa do filme e um festim de chliches mais que utilizados, o humor e demasiado tradicional e pouco arriscado e isso faz do filme um quase deserto de ideias que servem para as sequencias humoristicas de homenagem ou as curiosidades que funcionam mas que nunca podem fazer o filme.
OU seja temos um filme mais preocupado com os detalhes do que no seu corpo como um todo e isso acaba por potenciar saborosos apartes mas resulta num filme com muito pouco de novo em todos os aspectos, utilizando os cliches tipicos de cada uma das carreiras da forma que ja por diversas vezes foi utilizada.
A historia fala de dois rivais do boxe que se encontram passados trinta anos para um tira teimas, num contexto media que eles desconhecem mas que vai potenciar novamente uma rivalidade mais que desportiva uma rivalidade pessoal entre ambos.
O argumento e basico na sua genese na sua formula, nos seus dialogos, na pouca profundidade das personagens e conflitos que parecem feitos em piloto automatico enquanto se aguarda as referencias a Touro Enraivecido e principalmente a Rocky
Seagal e um realizador conceituado e que normalmente faz funcionar bem as suas comedias, onde e uma figura de topo, aqui demonstra claramente pouco trabalho pensando que a ideia de reunir estas duas figuras por si venderia o filme, ja o vimos a fazer muito melhor principalmente no que em realizaçao diz respeito.
O cast esta cheio de cliches De Niro e Stallone dao aquilo que na maior parte do tempo nos deram no caso do primeiro ultimamente numa vertente mais descontraida e pouco selectiva da sua carreira, quase dedicada em exclusivo a comedia, mas o filme pouco lhes pede a nao ser eles proprios, e isso e facil

O melhor - ALgumas curiosidades

O pior - ALgum vazio de creatividade no restante

Avaliação - C

Tuesday, January 28, 2014

Her

Spike Jonze é daquelas figuras de hollywood que ninguem consegue entender, se como actor tem prestações quase inexistentes nos filmes em que entra, se como produtor acaba por ceder a sua imagem a um projecto tão arriscado como Jackass e como realizador parece ter quase toque de midas ou seja arriscar em argumentos alegadamente absurdos e fazer meio mundo ficar admirado com o seu talento de os tornar consistentes quer esteja na escrita ou não. Um outro projecto com o mesmo resultado foi este Her que cativou a critica norte americana que lhe valeu a nomeaçao para o oscar de melhor filme, sendo que comercialmente em momento algum Jonze foi um ambicioso neste particular.
Confesso que quando ouvi a sinopse do filme fiquei extremamente confiante naquilo que ia ver, ja que nos parece que nos nossos dias um filme como este poderia muito bem ser uma analise social exagerada, e que se humor de Jonze tivesse bem potenciado poderiamos ter um dos melhores filmes do ano. E o certo e que depois de ver o filme as expectativas foram totalmente cumpridas. Desde logo pelo inicio do filme, toda a intodução e de primeiro nivel, o caminho da personagem para aquilo que o filme nos da, o nascimento da relação, a evolução o desinteresse total pela pessoa que todos os dias está ao nosso lado, tudo isso e subtilmente abordado num filme que consegue conjugar um valor mais emocional e sentimental na relaçao da personagem central com o seu programa, com uma parte mais comica, mais absurda de tudo aquilo que acaba por transmitir, e nisso o filme tem uma simbiose perfeita entre dois mundos que a determinada altura so é um.
Ao ponto de termos um argumento de primeira linha, original, creativo com dialogos de primeira estampa, une um valor moral interessantissimo, e que nao podia estar mais actual na forma como nos da um exemplo de uma relaçao actual, onde na maior parte das vezes a pessoa não e mais do que um simples aparelho informatico seja ele de que indole for, aspecto que pese embora ja tenha sido abordade de forma mais romantica nunca tinha sido assim exposta a nu.
O unico lado negativo do filme acaba por ser o filme não aguentar o ritmo com o seu desenvolvimento torna-se mais emocional, menos forte na mensagem, e a sua conclusão apesar de simbolica não tem o peso que todo o restante filme tem, por isso mesmo sem nunca por em causa o valor da obra enquanto todo, parece-nos que esse ponto mais bem trabalhado, mais intenso poderia nao so fazer de Her o filme do ano, mas quem sabe um filme para os proximos anos.
A historia fala de um individuo com problemas de relacionamento apos o divorcio que acaba por comprar um programa de computador com inteligencia artificial que gere todos os seus contactos e agenda, aqui começa a estabelecer uma relaçao com esta ferramente que o deixa fora da outra, ou melhor da nossa realidade.
O argumento e de primeira linha do que ja foi feito em hollywood a ideia, actual, creativa bem traduzida, ao qual e enriquecida com uma personagem central forte, intensa, dimensional, que lhe presta dialogos de grande envolvencia, tudo so possivel num dos melhores argumentistas da actualidade pelo menos o unico capaz de tornar ideias absurdas num filme de primeiro nivel
A realizaçao esta tambem ela de priimeiro nivel, Jonze pensa o filme sem perder a dimensao estetica do mesmo, o gosto, a cor a sociedade ligada aos seus aparelhos tudo e filmado com inovação e mais que isso com preocupação, e uma das melhores realizações do ano, e tamos num ano bem forte nesta materia.
Em termos de cast Pheonix e um bad boy, mas e um dos melhores actores da actualidade, aqui tem um papel diferente da sua carreira, mais fisico, mais suave, e neste registo funciona perfeitamente, com uma naturalidade brilhante o filme é ele, num nivel de exigencia brutal que cumpre com distinção uma referencia para a presença da voz de Johansson, uma mais valia em todo o filme.

O melhor - A creatividade que transpira o filme

O pior - O final deveria ser epico

Avaliação - A-

Sunday, January 26, 2014

Life os the King

O inicio de cada ano, é usado para o lançamento em poucos cinemas de filmes de segundo plano onde surgem alguns actores mais ou menos conhecidos, que ja tiveram melhores dias, neste filme temos um Cuba Gooding Jr longe do que ja foi, num projecto tipico de quem tenta renascer, mas neste filme quase nada resulta e se criticamente o filme conseguiu uma mediania que por vezes é valorizada contudo comercialmente o filme simplesmente não existiu.
Existem centenas de filmes no qual alguem consegue tentar dar a volta a um grupo de jovens delinquentes motivando-os para um intresse qualquer, dai que em termos de originalidade do ponto de partida este filme simplesmente não existe. É certo que ir para um caminho como este é facil, porque e facil aproximar-se emocionalmente do espectador e nisso o filme consegue, pese embora não se diferencie de qualquer um tipico filme banal com o mesmo guiao.
Aqui temos na personagem central o tipico ou seja, alguem com um passado negativo que tem nesta ligaçao aos jovens a oportunidade de ter a sua redençao, e nisso o filme esta longe de tambem ser original, o que o torna obvio, e quase sempre sabemos o que vai acontecer seguidamente, se bem que a intensidade e a emoção do filme é como um bolo simples resulta sempre.
O unico ponto algo diferente e o tema que vai conduzir a alteração dos personagens no caso concreto o Xadrez, a forma como este desporto consegue alterar as personagens em termos de respostas emocionais e mesmo desenvolvimento cognitivo e bem potenciado no filme principalmente no primeiro ponto, o que conduz ao unico ponto com alguma novidade do filme ja que tudo o resta ja vimos por diversas vezes.
A historia fala de um ex presidiario que depois de um trabalho na escola, começa por incentivar alguns alunos para o interesse pelo Xadrez, inseridos numa comunidade problematica os personagens vão finalmente tentar encontrar aqui uma motivaçao para lutar por algo.
O argumento e basico e repetitivo nao tem originalidade, segue um caminho que ja por diversas vezes foi utilizado, ou seja ao termos um filme simples, com poucas ambiçoes dai que uma reutilização de argumento nao seja um escandalo.
Em termos de realizaçao temos um filme simples pouco pensado para cinema, que não arrisca, é um filme que se integra naquele registo minimo onde basicamente o interesse é faze-lo e nao e adorna-lo.
EM termos de casting depois de um inicio de carreira brilhante Gooding Jr acabou por se perder em comedias de segunda divisao tentando agora ganhar novamente o reconhecimento em drama, contudo com filme com pouca visibilidade como este, mesmo em bom plano sera dificil traçar novo rumo

O melhor - O Xadrez como potencia emocional e racional

O pior - Ja vi este filme

Avaliação - C

Blue Jasmin

Quando Woody Allen anuncia um novo filme, o mundo do cinema fica expectante se vamos ter a tipica comedia com muitas personagens com que o autor e realizador fez carreira, ou vamos para um drama intenso que nos ultimos anos fez dele mais consagrado. O resultado foi um pleno misto das duas contabilidades tipicas de Allen, com um resultado positivo e forte em termos criticos que o conduzem para a primeira linha dos filmes do autor, e mesmo comercialmente num registo diferente conseguiu chamar a si alguma atenção
Sobre o filme podemos dizer que e um obvio filme de Allen, uma satira social, com a abrangencia e critica que normalmente esta bem presente nos filmes de Allen, e aqui tem uma aliada de luxo, ou seja uma personageme uma interprete que de alguma forma domina o filme de principio ao fim, consegue tirar de si, tudo, o que mais odiamos nas caracteristicas de alguem e isso acaba por dar ao filme a força completa que o filme acaba por ter.
COntudo e pese embora a grande força deste ponto, parece-nos claramente que o filme tem uma abrangencia limitada, ou seja, o filme e apenas mais um filme de Allen, com todas as virtudes e defeitos de dialogos exagerados bem escritos, de situações pouco ou nada comuns, mas que de alguma forma Allen lhe da a maior das normalidades e mais que isso consegue sempre encontrar um contexto optimo para o que depois poderia acontecer
O grande problema e que o filme não evoluiu ou seja, os saltos temporais nem sempre são funcionais, parece que o filme com uma linhagem temporal normal poderia ter um resultado mais forte, e tornar-se-ia um filme mais Allen ja que estes saltos acabam por não dar nada demais ao filme em si.
A historia fala de um socialite que acaba por entrar em depressão depois do suicidio do seu marido, que a deixa totalmente falida, aqui so lhe resta o apoio de uma irma que tem um nivel de vida completamente diferente daquilo que ela esta habituada.
O argumento tem o que de melhor Allen sabe fazer ou seja satira actual e o espelho de uma sociedade, aqui temos claramente todo o ponto na sua inteprete e personagem central e acima de tudo em todos os dialogos que a personagem interage com todo o rigor e mais que isso toda a força de um dialogos escrito por Allen.
E se em termos de argumento temos o melhor de Allen nao podemos dizer que na realizaçao o filme tenha o mesmo do seu autor, o filme parece menor nesta vertente, ou seja parece que estamos perante um daqueles filmes que provavelmente Allen nao prespectivou o seu valor.
Em termos de cast temos o que de melhor Allen sabe tirar dos seus interpretes principalmente Blachet num registo, intenso, forte e que domina o filme todo, numa personagem diferente de tudo o que fez ate hoje e que demonstra a qualidade que esta presente em si, ao seu lado Hawkins que tambem conseguiu a nomeação para o oscar acaba por andar todo o filme completamente apagada pela principal, e nem deixa grande luz para si, apesar de ser um bom papel

O melhor - Blanchet

O pior - Apesar de tudo falta algum rasgo de originalidade a linhagem central do filme

Avaliação - B-

Saturday, January 25, 2014

The Book Thief

Quando uma obra literaria best seller tem a sua adaptação ao cinema muitos aguardam que ela seja no minimo fiel, e neste caso sabia-se que se isso acontecesse teriamos obviamente um filme de primeira linha, e uma vez que seria lançado no final deste ano, um natural candidato aos oscares. Contudo quando as primeiras avaliações tiveram lugar percebeu-se que o filme não conseguiria se afirmar nesta corrida, e uma vez que o filme não era totalmente hollywoodesco também comercialmente não conseguiu se impor.
Sobre o filme podemos dizer que estamos perante um filme com muito coração, muito dele na sua personagem central, e neste ponto o filme funciona em pleno, no registo e no contexto em que é utilizado o filme facilmente cumpre este objectivo, na forma como filme os diferentes relacionamentos sobre uma toada positiva e quando isso acontece podemos dizer que o coração do filme está sempre bem presente e vivo.
Por outro lado o siginificado do filme é obvio e claro, ou seja dar um lado positivo a um contecto de guerra, contudo tambem aqui o filme tem lados negativos, desde logo por ser redundante desde o primeiro quarto de hora ate bem perto do final, o filme e quase sempre muito parecido, e por outro lado a narração totalmente desnecessaria, mesmo que esse ponto seja presente no livro.
Ou seja temos um filme com mais coração do que propriamente uma racionalidade intensa ou mesmo uma inovação, mas vem mesmo assim dar algum brilho e alguma força a um tema ja actualizado, nem sempre capaz de dar filmes diferentes, ja que uma tema tão sincero e forte como este não da aso a explorações muito diferentes pelo que o filme acaba por ser natural, mais que um surpreendente poço de inovaçõa.
A historia fala de um jovem analfabeta que acaba por ser adoptada por um casal pobre, que aos poucos lhe vai dando condições familiares e ensina-a ler criando o fascinio pelos livros, aqui começa a paixao da jovem pela leitura mesmo quando esta e proibida.
O argumento não é um poço de originalidade mas sim um poço emocional, e aqui mesmo sem grandes truques ou segredos acaba por ser um argumento bem competente, com dialogos emocionais fortes, que muitas vezes e dos pontos mais dificeis de conseguir.
Em termos de realizaçao um trabalho de um europeu, bem produzido, com preocupação contextual, numa realização nem sempre facil, mas que aqui acaba por se tornar forte e grandiosa, para um filme de estreia podemos dizer que temos um bom inicio, mesmo que o filme não tenha ido mais longe em termos de valor critico.
Por fim em termos de cast o filme e dominado pelos mais pequneos que dão coração, e intensidade emocional no filme e este ponto muitas vezes e o mais dificil e o mais necessario no filme, em termos de secundarios Rush e Watson ao nivel que o conhecimentos e sabemos que isso e muito elevado.

O melhor - O coração e a forma com que o filme consegue ser emotivo

O pior - A desnecessaria narração, surge quase como um tique

Avaliação - B-

American Hustle

Desde o momento em que este projecto foi anunciado o mundo do cinema ficou na expectativa pela junção de tanta gente conhecida em primeiro plano. A sua estreia veio a confirmar a riqueza critica do filme com avaliações essencialmente positivas que o colocou na primeira linha para os oscares pelo menos em termos de nomeaçoes, a este ponto juntou-se ainda um magnifico registo de bilheteira, que torna o filme um dos primeiros liders para a luta aos oscares.
Sobre o filme podemos dizer que estamos perante um filme extremanete diferente, desde logo na forma como conjuga uma intriga policial bem interlaçada, mas com muitos pontos envolventes que lhe dao um estilo proprio desde logo na forma como a musica e integrada em todas as sequencias nos detalhes, e mais que isso em termos de interpretação, onde o filme atinge a força maxima que um filme poderia ter.
E estes ingredientes fazem um filme que não é perfeito, por vezes emaranha-se um pouco naua historia no seu argumento nos recuos e retrocessos mas que se torna um filme unico, de excelente qualidade de cinema em todas as suas vertentes e o que diferenciam como claramente um dos melhores filmes do ano. E até acaba por nao ser no epicentro que o filme tem mais força, mas na forma silenciosa e tao bem caracterizada numa grande historia de amor, nos detalhes e nas duvidas que cria no espectador com particular ancora na personagem de AmY Adams, faz deste filme um dos filme mais inovadores e corajosos do ano.
Ou seja estamos perante uma nova moda do cinema, com um estilo de autor proprio que Russel criou, num autentico exercicio de interpretação que torna personagens simples em objectos complexos e desafios aos seus actores, e quando tudo isto se reune num filme normalmente temos um excelente filme, que certamente marcara nos proximos anos o cinema actual.
A historia fala de dois vigaristas que depois de apanhados pelo FBI sao obrigados a ajudar no sentido de os ajudar a capturar outros atraves de um projecto nflitrado que visa capturar entre mafios e politicos um esquema de corrupçao que pretende recontruir Atlantic City.
Em termos de argumento o filme e de excelencia em termos de profundidade de personagens na forma como esconde a sua formula pese embora esta fosse perceptivel e mais que isso na riqueza de dialogos de primeiro nivel.
Sobre a realizaçao Russel tem um estilo proprio de filmar e aqui o gosto e descutivel nem sempre e um filme de excelencia neste particular pese embora tenha bons momentos, contudo tudo resto que diz respeito a realizaçao e excelente, os cabelos, a produçao, o guarda roupa tudo funciona para os intuitos do filme.
Em termos de cast temos, as melhos interpretações do ano, na globalidade, Bale este impressionante na sua presença sobria, no seu desgaste fisico em tudo o que não e vistoso mas é dificilimo dai que a recompensa pela nomeaçao nos parece mais que justa, Adams e irresistivel na sedução e na devoção pela personagem central, e o coração do filme, Cooper ter a vertente comedia, e uma serie de apartes que merecem a atenção e Lawrence e a mulher do momento, aqui mais uma vez brilha na espontaneadade a sua melhor ferramenta

O melhor - O cast e a historia de amor disfarçada

O pior - Não precisava de começar a meio

Avaliação - A-

Last Vegas

Quando este filme foi aunciado e juntava em seu torno alguns dos mais conceituados veteranos do cinema actual, pensou-se que o filme poderia ter um registo ligeiro e sob a comedia da velhice, dai que o mundo do cinema ficou atento a esta no minimo interessante experiencia uma especie de ressaca da terceira idade. O resultado comercial contudo ficou longe para pior daquilo que Todd Phillips conseguiu na sua exploraçao dos limites na ressaca e criticamente não foi alem da mediania daqueles filmes cuja atençao nunca e mais do que o exigivel.
Sobre o filme podemos o dividir em dois pontos com resultados completamente diferentes em termos de comedia ou nos seus objectivos como comedia o filme falha, e pouco intenso quase nunca desperta gargalhada aos espectadores que acabam por gostar e se prender ao filme bem mais pelo segundo ponto a união clara entre as personagens a amizade natural que não e exagerada mas funciona sempre bem como uma dissertação sobre diferentes formas de ver a terceira idade e a implicação que isso pode ter.
Por tudo isto temos um filme leve, com uma produção elevada que leva ao filme alguns cameos especiais que dão alguma força ao filme que por si só, é algo pequeno para reunir em si cinco oscares de interpretação no seu elenco. POr fim o iinteresse amoroso do filme poderia ser tratado de uma forma mais abrangente o que faz com que em termos de comedia romantica o filme tambem não ganhe força contudo aqui percebe-se que o centro do filme é amizade.
Ou seja um filme simples sobre amizade e sob como todos podem passar tempo juntos de qualidade independentemente da idade, um filme com mais coração do que com a razão, com bons momentos principalmente sentimentais, mas que perde pela pouca força ou tradicionalismo excessivo da sua comedia que so funciona quando o tema é a velhice
A historia fala de quatro amigos que se juntam para comemorar a despedida de solteiro de um deles que vai casar com uma mulher mais nova, este evento ocorre em Las Vegas onde cada um deles tem um conflito na sua vida a resolver que podera ser bem mais facil quando partilhado.
O argumento e simples, na maior parte do tempo obvio, que consegue entrar bem e com algum humor na dinamica da terceira idade mas pouco mais em termos humoristicos, e um daqueles filmes que pensamos sempre que as personagens podiam ser ligeiramente mais desenvolvidas e em termos de humor um filme muito melhor escrito
A realização a cargo de um experiente realizador de comedia tem uma realização tradicional sem arrojo ou mesmo risco passa suavemente pela sua duração deixando as suas figuras intepretarem com naturalidade.
No cast temos veteranos actores a darem o seu lado mais satirico, Douglas o lado mais sedutor, De Niro o seu mau feitio, Freeman a sua superioridade intlectual e por fim Kline a sua excentricidade não sao papeis meritorios para carreiras tao ricas mas fica o coração que entregam

O melhor - O lado bom da velhice

O pior -MUitas vezes o filme entra em periodos longos sem humor

Avaliação - C+

Tuesday, January 21, 2014

Short Term 12

Falar de 2013, e falar das suas revelações terá obviamente de passar por Brie Larson uma presente assidua no que de melhor se fez em filmes sobre jovens, e provavelmente o novo nome que ficara relacionado com o futuro do cinema que teve neste ano a sua primeira aparição. Mas se a sua presença foi notoria como secundaria noutros filmes foi neste filme que saltou para a ribalta e mesmo sendo um pequeno filme sem grandes meios ou figuras de proa acabou por ser uma bem avaliado por toda a critica sendo uma das surpresas deste ano, contudo o filme era demasiado pequeno para conseguir um bom registo comercial e quem sabe isso impediu uma candidatura mais seria a qualquer luta pelo premios, principalmente os maiores.
Sobre este Short Term 12 podemos dizer que desde logo abraça um tema que poucas vezes e tocado e que em termos de situação de vida é um viveiro, que diz respeito à institucionalização de adolescentes a forma como se lida com o conflito emergente de quem forma a personalidade, e neste particular o filme é particulamente interessante não so no paralelismo simples mas forte que segue entre as personagens adultas e as mais novas, bem como na intensidade que consegue imprimir as mesmas, assim temos um filme que em termos de sensibilidade e emoção é forte.
Contudo contrapoem estes momentos de um maior peso sentimental com uma boa suavidade noutros pontos, consegue descontrair e ser suave, da o outro lado da questao de forma a retirar incidencia no conflito e no lado mais negro dos menores e isso funciona num balanço equilibrado de um filme maduro, nem sempre fantastico, muitas vezes deixa-se adormecer em excesso de pausa, e o ritmo nem sempre e o necessario mas isso nao poem em causa a valia do filme.
Ou seja um filme independente que merece destaque pelo tema, pela forma adulta e ao memsmo tempo emotiva com que o relata, não é em termos de argumento uma obra prima, nem tenta o ser, mas por vezes a simplicidade pode fazer um filme funcionar nos seus objectivos
A historia segue um grupo de jovens auxiliares numa instituição de menores com problemas que os conduz ao internato na mesma aqui seguimos as historias e os problemas de um grupo de jovens mas tambem dos auxiliares que tambem eles ficam presos a um passado com o mesmo registo de problemas.
O argumento do filme é mais competente do que excelente, pese embora os temas sejam actuais e bem escolhidos nem sempre o filme consegue dar as suas personagens uma densidade suficiente para o conduzir para um nivel mais elevado, mas parece que o filme funciona bem melhor quando tenta descontrair
A realizaçao do filme e a tipica de um filme independente movimentada, por vezes irritante, não é aqui que o filme tem o seu ponto forte, de mais um tipico filme cujo argumentista e realizador são a mesma pessoa mas e no primeiro lado que esta o merito,
Por fim o cast liderado por Brie Larson que demonstra carisma, complexidade e presença que sao ingredientes que nos levam a pensar que podera estar aqui o futuro de hollywood, neste filme tem um nivel de exegencia medio que passa com facilidade, mereceu os elogios mas fica a sensação que com mais dificuldade conseguiria tambem essa distinção ou talvez mais ainda

O melhor - A actualidade do tema e o tabu que muitas vezes ele é.

O pior - Ser sempre mais competente do que fantastico

Avaliação - B-

Dallas Buyers Club

Se existiu pre produção que chamou atenção pela forma como exigiu mudanças radicais aos seus interpretes foi a deste filme independente com actores conhecidos do grande publico que se tornariam quase irreconheciveis. Depois do sucesso da produção pelo anteriormente assinalado o filme saiu e desde logo foi um dos preferidos da critica não só como filme em si mas impulsionado pelas suas interpretações masculinas a esta altura as grandes favoritas na conquista do oscar no olhar de especialistas, e isso conduziu a que o filme conseguisse cumprir os seus objectivos comerciais ainda que sem grande brilho.
Sobre o filme podemos desde logo dizer que e um filme simples sobre uma historia complicada, e que a riqueza do filme esta totalmente na riqueza das suas personagens e na historia que tem para contar dai que o filme não utiliza muita creatividade é quese sempre um filme que se limita a seguir as personagens e isso chega para ser um bom filme, competente, muito bem interpretado mas não dá para o considerar uma obra prima onde é necessario mais, mais risco, mais inovação mais cinema.
Ou seja se por um lado estamos perante uma boa historia, bem montada e articulada, definida com bons dialogos, mas ao mesmo tempo não temos uma inovação natural, não temos uma abordagem diferenciada à historia, por outro lado temos uma realização competente mas que não melhora o filme, com uma predesposição demasiado cinzenta que acorda bem com o filme mas nada mais que isso, e grandes interpretações muito ajudadas pela configuração fisica trabalhada por actores que facilitam posteriormente o projectar de emoções que cada personagem da.
Mesmo assim estamos perante um filme simples, competente, que tem uma historia adulta, actual, preocupante com o efeito social que um filme para toda a gente deve ter, contudo parece-nos que a mesma historia poderia ter uma abordagem mais creativa, mais de autor mais diferenciada, porque assim arrisca-se a ser o bom filme que transofrmou fisicamente Leto e Matthew
A historia fala de um machista eletrecista que descobre estar infetado com o virus do HIV e mais que isso tem 30 dias de vida, aqui entra na luta contra a doença e na tentativa de combater os tratamentos estipulados pelas associação farmaaceutica norte americana procurando outros medicamentos pelo mundo e vendendo-os num club por si criado.
O argumento vale pela historia em, era muito dificil não termos um bom argumento com um campo e com um preceito tão interessante, aqui parece apenas potenciado em alguns dialogos principalmente os mais superfulos, porque o seguinte acaba por ser natural.
A realizaçao e claramente o parente pobre do filme, simples, muitas vezes sem cor, sem risco, sem grandes preocupações esteticas e o assumir da independencia por si proprio, Valle nao e um realizador de primeira linha, e consegue muito por tudo o resto ter um sucesso que muitos sonhavam no salto para o cinema de grande publico.
Seria injusto dizer que as interpretações valem pelas transformações fisicas, porque elas tem muito mais que isso, mas essas acabam por ser um trampolim para a loucura e unanimidade em volta delas. Math tem um papel intenso, bem definido, muito expressivo mais muito ajudado pela sua debilidade fisica, Leto tem um papel mais completo, mais dificil, mais fisico e que de alguma forma cativa, pela sua forma não exagerada mas totalmente feminina, pode ser menos chamativo do que por exemplo Fassbander mas e claramente um interpretação mais completa e bem mais dificil, entao deixa de haver espaço para Garner simplesmente funcional

O melhor - O trabalho de transformação estetica e a forma como isso torna as interpretações de excelencia

O pior - Com uma historia que por si daria um bom filme, bastava alguma creatividade para surgir uma obra prima


Avaliação - B

Sunday, January 19, 2014

47 Ronin

Há cerca de alguns anos que Keanu Reeves se encontra afastado das grandes produções norte americanas, sendo comum a sua presença nos ultimos tempos em filmes de artes marciais asiaticos. para o final deste ano surgia um novo filme com mais meios e mais ambições sobre a tradição japonesa de Ronin novamente com o actor a liderar um cast oriental. Pese embora as expectativas os resultados criticos foram desoladores com avaliações negativas para um filme que alguns ainda pensaram poder correr nos oscares, mesmo assim em termos comerciais e principalmente no mercado oriental o filme acabou por funcionar.
Sobre o filme podemos dizer que há muitos anos, mais de dez que não surge um grande filme de artes marciais, daqueles onde a honra e o amor são pano de fundo com a complexidade que merecem, e se neste filme mais uma vez estes pontos estão presente nunca conseguem estar ao mais alto nivel nem com a intensidade que se exige, em vez disso temos no filme uma preocupação exagerada em exprimentar efeitos especiais e novas creaturas o que nem sempre é condizente com a tradição funcional deste tipo de filmes.
Ou seja estamos perante um filme com um objectivo tipico de combate e luta pela honra e neste caso mais que isso pela recuperação do seu espaço, mas por outro lado o filme não se preocupa em potenciar esse ponto preocupando-se muito mais em provocar situações de combate nem sempre perfeitas em termos de coregrafia para nos mostrar um efeito especial novo.
Por isso estamos perante um desilusão enquanto filme tradicional de artes marciais, mas podemos ter uma porta aberta para um cinema diferente de mistura de generos que com um argumento diferente não tão preso ao tradicionalismo oriental poderá dar bons frutos no futuro, o que acaba por não ser o caso neste filme.
A historia fala de um jovem que e encontrado na floresta e acaba por se ligar a uma familia imperial, apos perder uma batalha acaba por ser novamente colocado na floresta junto dos seus apoiantes que juntos tentarao recuperar o trono, ou o poder perdido.
O argumento e limitado, ou seja mesmo na historia de base temos muitos poucos ingredientes novos, as persoangens são apenas caracterizadas com base na honra e os dialogos sao praticamente inexistentes.
A realização tem bons efeitos especiais e uma boa direcção artisitica depois nem sempre nos parece que as sequencias de luta nos dao aquilo que poderia dar, num realizador que para a estreia em longas metragens poderia ter sido quem sabe menos ambicioso
EM termos de cast pobre, Keanu Reeves esta fora de forma em todos os pontos mesmo no que diz respeito a sua capacidade de liderar um simples filme de acção, e neste caso tem muito pouco neste ponto para suportar a sua presença.

O Melhor - Pode ser uma porta aberta para o futuro dos filmes de artes marciais

O pior - Preocupar-se em demasia em explorar efeitos especiais

Avaliação - D+

Instructions Not Included

Se existiu uma surpresa neste terço final do presente ano, essa suspresa foi este filme escrito, realizado e produzido por um mexicano quase anonimo principalmente em termo globais no mundo do cinema, sem nenhuma figura de proa, mas que conseguiu não so uma grande distribuição do seu filme como arrecadou apenas nos EUA mais de 40 milhoes de dolares, e se o sucesso comercial parece obvio em termos criticos o sucesso não foi tão esclarecedor pese embora tenha reunido maioritariamente avaliações positivas.
Sobre o filme podemos dizer que é daqueles filmes que aproximam facilmente o filme e as personagens do espectador, desde logo por ser uma comedia, um pouco colada em excesso à Vida é Bela de Begnini, um pouquinho mais exagerada numa comedia mais fisica, mas o que é certo é que o coração esta lá bem presente princinpalmente depois da introdução inicial.
E é neste ponto que o filme é rico, na sinceridade e facilidade com que nos da uma relação entre pai e filho, com os erros bem definidos, que no inicio talvez nos coloque em duvidas o valor moral do filme mas que no final tão bem percebemos quando todo o filme nos dirige para um registo bem diferente. E é nesse quase absurdo que rapidamente nos torna tão sincero que reside o grande coração do filme, e por isso o grande valor do mesmo.
Claro que tem pontos que poderiam ser melhor trabalhados a luta pela custodia da menor, mesmo a relação entre os progenitores, mas para isso o filme teria de ter uma duração mais longa o que o poderia tornar ligeiramente mais aborrecido, esta aposta acaba por jogar pelo seguro, pese embora nos parece que uma densidade maior nestes pontos poderia ter catalputado o filme para outro valor.
Mesmo assim estamos perante um bom filme, com coração, sinceridade emocional, a espaços alguma graça numa montanha russa de emoções que muitas vezes o cinema sincero sem objectivos nos tras, a continuar a escrever assim devemos estar atentos ao trajecto em toda a linha de Derbez
A historia fala de um bom vivant que a determinada altura recebe um noticia que não esperava ou seja que foi pai, sendo que a menor lhe e entregue enquanto a mãe desaparece, ao longo de sete anos com todas as dificuldades inerentes acaba por criar e dar educação à menor criando com esta uma relação muito especial, nesse momento volta a aparecer a progenitora para uma disputa.
O argumento não tem na sua base uma originalidade obvia, contudo consegue-o ser onde é mais dificil ser na sua execução e principalmente na forma com que consegue fazer funcionar o grande sentimentalismo do filme, que o transfere para o melhor nivel de um argumento com coração.
A realização não e fabulosa, numa historia com tanto coração o filme poderia ter melhores arranjos em termos de cenarios e mesmo em termos esteticos, contudo parece-nos que com isso o argumento não seria tão puro, mas parece uma aresta a limar.
Em termos de cast Derbez tem um papel emocionalmente interessante embora me pareça nao ser um actor de primeira linha, mas da pelo menor o coração ao filme, melhor a jovem Loreto Peralta, que parece claramente ser uma boa promessa num filme onde durante muito tempo é ela que o domina.

O melhor - O coração do filme

O pior - No inicio ser um pouquinho "aparvalhado"

Avaliação - B

Saturday, January 18, 2014

The Adventurer: The Curse of Midas Box

É conhecido a predileção de hollywood por criar novos herois, ou seja a sua capacidade de gerenciar dinheiro com herois, capazes de conseguiu um franchising repleto de filmes. que consiga amealhar uma quantia significativa de dinheiro. Este ano, e de um pequeno estudio e de um realizador ainda menos conhecido surgiu este filme, primeiro lançado na internet e depois no cinema, mas os resultados foram pessimos desde logo em termos comerciais onde os poucos cinemas que estreou estiveram praticamente as moscas e tambem criticamente onde as avaliações foram essencialmente negativas.
Se existe terreno onde os grandes estudios com os seus meios quase interminaveis dominam sem qualquer tipo de duvida, esse terreno sao os filmes de aventura e a capacidade dos mesmos serem muito rentaveis, dai que se questione sempre como e que um estudio pequeno mesmo que recheados de apoio pode arriscar num terreno tão complicado como este. Pois bem depois de ver o filme é obvio que o risco correu mal, acima de tudo porque o filme ainda para mais passado em tempo de epoca nunca consegue ser intrigante do ponto de vista narrativo, nunca consegue criar uma historia interessante, ou mesmo no minimo uma personagem central carismatica.
Tudo isto falha e quando encontramos o filme o que observamos e uma tentativa de uma historia de aventuras com os papeis bem definidos de bons e maus, com um pequeno misterio que precorre todo o filme se bem que este nunca lhe da grande importancia, o que nos parece uma ma escolha ja que o mesmo poderia resultar bem na concretização do filme, pelo menos como forma de deixar o espetador mais atento.
A isto tudo une-se uma produção de baixo orçamento sem capacidade para dar ao filme um estilo visual proprio nem tao pouco capaz de usar alguns meios mais evoluidos que poderiam fazer o filme sentir-se pelo menos um bocadinho mais grande pois parece que o seu final aberto deixou a prespectiva de sucesso ao filme pelo menos para lhe dar um seguimento de segundo os resultados actuais devera estar fora de planos.
A historia fala de um jovem, que ve os seus pais e irmão raptado, ai junta-se a um curioso historiador e tenta encontrar o enigma por detrás de um dono de um hotel que podera estar relacionado com a caixa de midas, nada mais nada menos do que uma arma que quem a tiver podera governar o mundo.
O argumento é obvio, pouco creativo e pouco envolvente, no seu seguimento mesmo na tentativa de cruzar um simples filme de açao com a mitologia do rei midas, mas o filme tem muito pouco, em termos de intensidade de ação ou mesmo sentimental bem como em termos de dialogos e personagens e bastante pobre.
A realização num filme como este tem de se destacar com algum estilo visual ao filme, o que acaba por nunca acontecer, temos uma realização pouco imponente silenciosa o que num registo de acção é sempre negativo.
Em termos de cast muito pouco a destacar, um jovem actor sem grande carisma para heroi de acção, Sam Neil longe do registo que o tornou conhecido como um simples e vago vilão pouco auxiliado por Hadley, e Sheen um pouco perdido na carreira que mesmo assim consegue os melhores momentos de interpretação do filme

O melhor - As produtoras pequenas arriscarem em filmes de acção

O Pior - A experiencia não ter resultado

Avaliação - D+

The truth about Emanuel

Todos os anos principalmente no inicio de cada ano, surgem em pequenos cinemas alguns filmes que preencheram alguns festivais, tendo passado ao lado dos mesmos sem o sucesso dos vencedores. Assim vamos um bocadinho às "borras" (sic) salve a expressão do que se passou nos festivais que ao longo do ano preencheram as expectativas dos amantes do cinema. Um desses filmes foi esta Verdade sobre Emanuel, que pouco conquistou em termos criticos com avaliações essencialmente negativas e pouca força nos festivais que entrou e que por isso claudicou por completo qualquer ambição comercial que podesse ter tido.
Sobre o filme podemos dizer que é dificil um filme sobre a tematica da morte resultar, principalmente quando em termos de argumento e realização temos alguem ainda inexperiente por estas andanças da 7ª arte, dai que essa inexperiencia seja de imediato observada na dificuldade de completar a realidade do filme com a profundidade sentimental e imaginaria da protagonista, neste ponto parece que este balanço e equilibrio nunca é realmente conseguido, passando um pouco ao lado daquilo que o espectador segue no filme.
Mas se este ponto faz com que o filme na sua essencia perca alguns pontos vitais, existem outros em que o filme funciona, desde logo na facilidade com que cria a diferença e o caracter da personagem central, a força central do filme, bem interpretada e caracterizada, sendo que quando tudo roda em seu torno o filme funciona. Pena é que esta força da personagem conduza muitas vezes a cruzamentos excessivos que faz com que o filme principalmente na sua conclusão não consiga ser eficaz, ficando sempre a ideia de que lhe falta a capacidade de ser abrangente e acima de tudo um filme para todos.
Assim estamos perante um filme ambiguo com bons momentos, principalmente no dialogos entre casais e na facilidade/estranheza do mesmo, mas noutros pontos o filme parece criar demasiados conflitos e pontos de cruzamento que acabam por nada resultar e quando assim é o filme precisa obviamente não so de mais tempo mas como de mais arte.
O filme segue uma jovem traumatizada pelo facto do seu nascimento ter resultado na morte da sua mãe, que vive uma vida de pensamento isolado, até que é contratada para babysitter de uma vizinha do lado, que acaba por descobrir não ser mais do que uma boneca, aqui acaba por criar uma relação de proximidade com base na perda com a suposta progenitora da dita criança.
O argumento e arrojado, consegue com alguma creatividade ter bons momentos, principalmente boas ideias, que nem sempre se mostram eficazes ou resultam na sua concretização com excepção da boa criaçao da personagem central.
EM termos de realização temos muito pouco não e um filme de risco, não e um filme ambicioso neste particular e isso resulta numa realização cinzenta pouco apelativa que nada enriquece o filme.
Em termos de cast Scadelário tem um bom papel, e tem o filme completamente preso à sua personagem uma actriz que ate ao momento teve pouco destaque mas que neste filme demonstra ter capacidade para mais, bem suportado por um sempre coerente Molina e por uma menos intensa mas funcional Biel

O melhor - A personagem e a interpretação de Emanuel/Scadelario

O pior - Nem sempre as melhores ideias serem traduzidas num bom filme.

AValiação - C

Friday, January 17, 2014

Open Grave

O cinema de terror tem nos ultimos anos vivido grandes crises de ideia, se os argumentos são quase sempre os mesmos, ja no que diz respeito as formas de filmar tem aparecido as mais valias principalmente no que diz respeito a uma forma propria de filmar. Para este inicio do ano surgiu este pequeno filme, apostado em algum suspense psicologico, muito num genero de todal desconhecimento que foi muito usado uma decada atras. Mas os resultados nao foram brilhantes a alguma negação critica, assinalavel com avaliações muito negativas surgiu um valor comercial quase inexistente de um filme pequeno com pouca expansão.
Sobre o filme podemos dizer que em termos de entertenimento esta formula quase sempre resulta ou seja o mecanismo de desde logo nada dar a conhecer ao espetador e depois ir dando aos poucos aquilo que realmente aconteceu pode não ser original mas acaba por ser minimamente conseguido na capacidade de agarrar o espetador e nisto o filme consegue o seu objectivo.
A este ponto funcional mais que positivo tem uma crueza e uma violencia que tambem funciona principalmente pela quantidade de mortes e uma vala comum incrivel que torna o filme visualmente aterrador o que acaba por ser uma imagem de marca e um objectivo concreto do filme. Outro ponto interessante e a capacidade do argumento jogar com o espectador dando-lhe sempre a direção que quer dar, se bem que com a sua premissa inicial de nenhuma personagem se lembrar de nada este ponto nao e dos mais dificeis ou mesmo exigentes do filme.
Como lado mais negativo o facto de ja termos vistos filmes muito semelhantes alguns mesmos mais densos em termos de argumento e personagens mas concretamente filmes maiores e com outro tipo de ambição. Para os objectivos propostos parece que o filme funciona e uma mais valia em termos de um cinema facil, e visualmente trabalhjado.
A historia fala de um conjunto de pessoas que se encontra juntos num espaço longuinquo e que de repente tenta perceber qual a real pessoa que esta ao seu lado, contudo começam a ser perceguidos por prisioneiros que podem mesmo ter sido conduzidos para la por um deles.
O argumento pese embora nao seja dificil ou original, e um argumento que tem em si o peso todo do filme, mesmo sem ser espetacular no essencial funciona que e na capacidade de conduzir o filme pelos seus trilhos bem definidos com pouca preocupaçao em dialogos ou mesmo personagens muito abrangentes.
GALLEGO ja tinha tentado um cinema estranho e misterioso em Apollo 18 aqui num filme com mais meios consegue menos sucesso mas consegue algum horror com imagens interessantes, denota estudo, algum estilo proprio que o pode conduzir a uma carreira propria no cinema.
Em termos de cast Copley e um exclente actor ja o demonstrou principalmente em Distrito 9 aqui tem uma prestação e um nivel de exigencia bem mais modesta, não podemos dizer que nao funciona mas tambem nao e por este registo que conseguira o sucesso que merece, se bem que o filme e inteiramente seu.

O melhor - Ser eficaz na condução do espectador pelos seus proprios caminhos

O pior - A originalidade nem sempre estar presente

Avaliação - C+

Wednesday, January 15, 2014

Austenland

Existe pequenos filmes curiosos que chamam a atenção pelo seu objectivo pouco usual, e um desses filmes que teve a luz do dia no presente ano, foi este filme inspirado na transposição do mundo de Jane Austen para os nossos dias. E se a ideia parece um pouco sem sentido e o valor critico do filme não foi propriamente elevado com avaliações essencialmente indiferentes e com surpresa que o filme ultrapassou a barreira de 1 milhao de dolares de lucro para um filme sem grandes interpretes ou mesmo ambiçoes e com estreia reduzida, o certo e que o filme conseguiu este ponto duplicando esta mesma fronteira.
Sobre o filme podemos dizer que assim com a propria logica e base do filme, a sua concretização e na maior parte do tempo absurda, no exagero, na perda de contacto obvia com a realidade o que faz com que as tentativas de humor nunca seja mais do que isso ja que tudo soa a estranho e absurdo desde o primeiro minuto desde o momento em que conhecemos a personagem central e sabemos que a vamos seguir ate ao fim do filme.
A primeira metade do filme chega mesmo a ser algo intrigante no objectivo que o filme tem, contudo com o decorrer do mesmo a estranheza deixa de existir sendo mais um filme sob a forma de comedia romantica disfarçada com um suspense bem mantido se bem que expectavel sobre qual a verdadeira paixao da personagem, mas nem com isto e quando saimos do universo Austen o filme ganha qualquer tipo de graça natural, parecendo sempre um filme romantico sem sabor igual a muitos outros com um principio bem mais estranho.
Por isso pensamos que estamos perante um filme de uma divisao claramente inferior do cinema actual, um filme curto de ambiçoes definidas e pouco corajosas, um filme acima de tudo para entusiastas dos filmes de epoca e com particular destaque dos filmes baseados em livros de Jane Austen ja que em termos de outro publico parece que o filme nunca tem força suficiente para o cativar.
A historia fala de uma viciada em livros de Jane Austen que acaba por gastar as suas economias numa viagem a um parque tematico da autora que lhe dara a possibilidade de viver no mundo dela, aqui começam os relacionamentos tipicos da autora, facto que nunca tinha vivido.
O argumento tem um principio estranho que com a sua caracterização inicial se torna algo absurda e isso faz com que o filme nao conquiste num momento inicial o publico, nem tam pouco surja grande empatia inicial entre a protagonista, por alguma estranheza da mesma. Em termos de graça e valor comico nao podemos dizer que o filme funciona.
Em termos de realização estreia de uma jovem que ja teve participaçao como argumentista noutros filmes podemos dizer que nao observamos risco, marca propria, e um filme simples realizado com simplicidade, e sem grandes objectivos neste ponto.
Por fim em termos de cast podemos dizer que a escolha de Russel encaixa bem no perfil, para um filme facil e intepretação quase em piloto automatico pena e que a personagem seja completamente obsoleta e algo irritante, Coolidge aparece no seu registo habitual com que pauta toda a sua carreira

O melhor - O ultimo terço do filme consegue chamar a si alguma intriga

O pior - Nunca conseguir ser engraçado

Avaliação - C-

Sunday, January 12, 2014

August - Osage Couty


Desde o momento em que este filme foi anunciado, que devido à riqueza do cast muitos o consideraram como um obvio candidato à Awards Season, mesmo que o seu realizador não fosse pródigo em grandes filmes, pelo menos em termos de carreira no grande ecra. Contudo após as primeiras visualizações percebeu-se que o filme poderia entrar em competição em algumas categorias principalmente de interpretações mas em termos de filme parece que o terreno sera mais sinuoso embora possa conseguir a nomeação que parece mais condenada depois do pessimo resultado de bilheteira que o filme obteve.
Sobre o filme podemos começar por dizer que o enredo e novelesco, exclusivo dentro dos conflitos de uma familia num curto espaço fisico que se reune depois da morte, por suicidio do patriarca, e se a premissa desde logo não nos parece o mais criativo e original, a forma como a abordagem é efectuada acaba por ser inovador, pois estamos perante um leque de personagens complexas, com conflitos muito latentes e muito por resolver.
E se a toada novelesca do filme não é original e o filme acaba por ser demasiado escuro para o que poderia ser, e que o torna um pouco estranho o certo é que esta abordagem mais intensa que acaba por melhor funcionar com conflitos que tem sempre o seu epicentro fisico, e este acaba por dar a oportunidade de brilho para as suas interpretes brilharem o que acaba por ser o sinal de destaque do filme.~
Contudo parece-nos claro que estamos perante um filme menor nesta competição aos oscares, uma abordagem que claramente dramatica o filme parece uma montanha russa de altos e baixos não so em termos de sentimentos mas tambem da intensidade do filme, e mesmo qualidade enquanto filme tem estes altos e baixos.
A historia fala de um conjunto de conflitos de uma serie de elementos da mesma familia que se juntam para o funeral de um dos membros, aqui surge uma serie de conflitos discussões que acaba por dar grandes revelações que ira mudar o curso de cada um e das suas relações.
Em termos de argumento podemos dizer que o principio esta longe de ser inovador e original, mas a abordagem acaba por ser pois e claramente um filme dramatico, pesado e de intensidade emocional, com dialogos nem sempre muito criativos mas que explora por completo a intensidade emocional de cada personagem.
Na realização temos um quase estreante na 7º arte, este segundo trabalho de Wells não tem na realização o seu ponto forte, muito pelo contrario, jogo demasiado com os planos escuros e pouco mais, falta arrojo para um filme que naturalmente teria outras ambições.
Por fim em termos de cast temos a mais valia do filme, dominado por completo num duelo de titas entre Streep e Roberts, em duas das melhores interpretações da carreira de ambas e se Streep ja nao surpreende ja que consegue impressionar de filme para filme, naquela que é a melhor actriz de sempre, ao seu lado temos uma Roberts que tem aqui talvez o seu melhor papel, intenso, forte, dificil, e que podera junto com Streep ser valorizado em termos de premios.

O melhor - As interpretações.

O pior - Ser um enredo tipico de telenovela

Avaliação - C+

A.C.O.D

AO longo do ano, em termos de comedia, existe sempre uma panoplia de filmes menos conhecidos de novos realizadores normalmente oriundos na escrita que vem a luz do dia, e ao qual se associam alguns actores minimamente conhecidos. Um desses filmes foi este ACOD, sobre o divorcio e a forma com que este facto pode resultar no desenvolvimento de um adulto. O resultado foi totalmente decepcionante desde logo em termos criticos onde foi avaliado com uma mediania indiferenciada e isso resultou num resultado comercial quase irrisorio.
Quando se tenta fazer comedia sobre um assunto actual e serio, temos de saber abordar o assunto e acima de tudo facilmente abordar o genero de filme que queremos ter, com o perigo de chegarmos ao filme sem saber realmente o que ele é. E este e o grande problema do filme, por um lado nunca debruça o assunto de uma forma propria, tenta sempre ser discreto na forma como o faz, e por outro lado nunca e uma verdadeira comedia com a preocupação de ter graça.
Por este facto estamos perante um filme pouco interessante que na maior parte da sua duração não consegue ser engraçado e nem curioso, e mesmo alguns detalhes vocacionados para esta vertente acabam por raramente funcionar, sendo que o filme acaba por ser ao longo da sua duração um conjunto com muitos poucos objectos de interesse.
E é pena que o filme assim seja ja que nos parece que conduzido de uma forma mais seria e com um argumento mais capaz poderia ter sumo para um filme com um resultado completamente diferente, mas o certo é que os filmes valem por aquilo que são e não por aquilo que poderia ser.
A historia fala de um jovem empresario de restauração de sucesso, que devido ao casamento do seu irmão mais novo, tem de tentar juntar os seus pais, divorciados e em conflito permanente desde sempre, contudo rapidamente a uniao fica mais proxima do que ele realmente queria, entrando num conflito interno tipico da sua vivencia.
O argumento tem uma boa premissa inicial, ou seja durante grande parte da introdução o fillme da um bom prenuncio mas depois não evolui e aqui a pobreza das personagens na generalidade e o pouco arrojo dos dialogos e o factos fundamental.
Em termos de realizaçao a cargo de um estreante, tempos pouco ou memso nenhum risco, temos um filme demasiado focado em objectivos de argumento e nunca um objecto artistico, nao sera por este filme que o realizador conseguira a fama.
Em termos de cast Adam Scott e um actor que procura o salto para o primeiro plano contudo parece que o objectivo aqui seria este mas como todo o filme não funciona, falta carisma e graça natural e isso não se compra, de referir que os unicos bons momentos vem dos veteranod O Hara e Jenkins e o secundarissimo papel de ALba num momento pessimo da sua carreira

O melhor - O tema actual

O pior - O filme nunca funcionar em nenhuma das suas vertentes


Avaliação - C-

Jackass Presents: Bad Grandpa

Existe obviamente um imperio criado por um grupo de jovens com um grande gosto pela adrenalina e pela dor, chamado Jackass que iniciaram num programa do MTV mas que agora e quase uma empresa em diversas formas de entertenimento com o cinema no topo das prioridades. Este ano e com um registo completamente diferente surgiu um novo filme, contudo os resultados voltaram a ser positivos desde logo em termos criticos onde conseguiu avaliações misturadas que e sempre bom para um registo como este, e mesmo comercialmente conseguiu continuar o imperio que os primeiros filmes ja tinham conseguido.
Sobre o filme podemos dizer que o registo é alterado, desta vez temos um fio condutor que une cada um dos segmentos no estilo proprio do Jackass, e aqui temos a mais valia do filme, a ideia, a originalidade, a creatividade e acima de tudo isto tudo misturado num filme diferente que consegue num ritmo interessante ter o seu objectivo cumprido ou seja provocar gargalhadas sem fim no espetador.
E isto tudo sem perder o estilo proprio de Jackass em todas as situações é um filme com todo o humor do grupo que muitas vezes e criticado mas tem como vantagem ser ao mesmo tempo um filme com algum coração, mesmo que este tenha pouco destaque comparado com o tempo que é gasto com as tipicas idiotices, mas isto acaba por ser o ponto que mais funciona no filme, ou seja fazer o registo funcionar num registo diferente mas com o melhor do estilo natural.
Como lado negativo temos sempre um filme com um fio condutor reduzido, e isto facilita o filme, ou seja em termos de argumento o filme é limitado mas o seu objectivo e mesmo esse, e isso pode tornar o filme algo facil, mas o que é certo e que nao poderiamos nunca esperar aqui um filme rico, mas um filme limitado com um objectivo directo e que o cumpre.
 O filme segue as situações tipo apanhados que sempre foram tradicionais em Jackass contudo ao mesmo tempo temos a continuação das duas personagens centrais numa road trip, neste caso um avo e um neto muito particulares.
O filme tem um argumento reduzido ou seja basicamente um conjunto de situações criadas e montadas e depois o estilo Knoxville e um numero de pessoas apanhadas, e aqui temos de registar um estilo mais racional da forma como acaba por ser tudo montado comparado com o estilo que Jackass tinha seguido.
A realização e dificil principalmente pela dinamica de camaras ocultas necessárias e nisto o filme é prodigo visto tratar-se de alguem com muita experiencia no registo. Não é facil avalias a sua qualidade mas a sua funcionalidade está presente.
Em termos de cast penso que as personagens tem de ser simples, Knoxville e isto é o improviso, e a lição estudada e é bem acompanhado pelo jovem seguidor que terá certamente futuro como Jackass.

O melhor - A capacidade de juntar todas as sequencias num filme so

O pior - Pode-se não gostar do estilo, sempre exagerado


Avaliação - B

The Wolf of Wall Street

Quando Marty anuncia que vai mudar substancialmente de genero, muitas são as duvidas da capacidade deste veterano realizador conseguir integrar o seu cinema num genero como comedia, depois de ja o ter feito nos filmes para mais pequenos. Contudo apos as primeires visualizações, percebeu-se que o genio estava novamente presente com uma recepção critica de eleição, com muita polemica à mistura como é habito nos seus filmes, o resultado parece contudo ter colocado um filme tão politicamente incorrecto na corrida aos oscares potenciado por mais um sucesso de bilheteira cada vez mais usual na carreira do realizador principalmente desde a sua união a Leonardo DiCaprio.
Sobre o filme desde logo podemos dizer que as tres horas passam a correr, e isto porque a todos os niveis estamos perante uma obra prima de eleição do cinema, pelo risco, pela ambiçao de fazer um filme diferente, uma satira social como poucos arriscaram e mais que isso não ter limitações morais, o filme é um carrossel de loucura, um festim histerico de tudo o que a mente humana pode imaginar, num recheado emaranhado de excelentes interpretaçoes realização e argumento que o fazem facilmente num dos melhores filmes do ano, se não mesmo o melhor.
E para isto funciona o espirito do filme mais que isso é um filme descontraido, ligeiro, com uma crueldade e obescinidade peramente mas isso é o que tem de cativante o filme, o exagero declarado funciona unicamente como satira e mais que isso a formula de conseguir que um filme seja obra prima em todas as suas componentes esta apenas ao alcance de alguns e Scrocese e um deles.
Pode-se discutir as valencias morais do filme, aqui estiveram as maiores criticas do filme, mas quando a satira existe, e quando o cunho de autor esta presente podemos dizer que nem sempre se pode contar boas historias que de maus exemplos rezam a historia e aqui temos um desses casos, numa das melhores tres horas de cinema dos ultimos anos, muitos queixam-se do excesso de tempo eu ficaria mais duas.
A historia fala de um jovem ambicioso que se inicia em Wall Street e vai ganhando a pulso a sua empresa, que acaba por se tornar numa autentica maquina de fazer dinheiro, perante isto vamos seguir as extravagancias e estilo desde empresário num carrossel de esbanjar dinheiro.
O argumento e de excelencia na forma como conjuga cada conversa com uma satira e ironia impressionante, na forma como da uma vida a cada personagem principalmente a central e mais que isso como consegue dar ritmo a mais de tres horas de filme, impressionante.
Elogiar Marty pode ser redutor, mas nada mais se pode fazer a um realizador que consegue ser unico e dos melhores em tudo que toque, em genero que seja consegue sentir-se confortavel e mais que isso consegue demonstrar que em qualquer genero e sempre dos melhores, aqui mais uma vez num filme actual, mostra estarmos perante um dos, senão o melhor realizador da historia do cinema.
Por fim em termos de cast num momento em que se fala de nomeaçoes para os oscares, temos neste filme a fasquia colocada no topo, Leonardo Di Caprio ja em outras ocasioes, vitima de injustiça da academia, tem aqui um papel de excelencia, de grau de dificuldade maxima, que acaba por colocar num nivel superior, o filme é dele, e exige tudo ao maximo que se pode exigir a um actor e ele sai com nota maxima, se existir justiça a nomeaçao e garantida, provavelmente o pudor tradicional de hollywood não lhe dará o oscar o que sera pelo segundo ano consecutivo a maior das injustição. Pouco espaço para secundarios, Hill tem bons momentos, Reiner também, mas o filme é Di Caprio.

O melhor - Como fazer uma obra prima ser pensar no tempo ou mesmo no correcto

O pior - Pode-se discutir o imperativo moral, mas ninguém é Deus.


Avaliação - A

Friday, January 10, 2014

The Hobbit: Desolation of Smaug

Quando terminou a triologia de senhor dos aneis, que desde logo começou a ser badalada a adaptação do livro Hobbit ao cinema, alguns anos volvidos foi conhecido que para alem de um filme existiria mais uma triologia com o mesmo ambiente dos mesmos produtores e do mesmo realizador da saga de sucesso. POis bem depois de um primeiro filme que teve longe em todos os registos da primeira triade, eis que surge um segundo episodio, com melhores resultados criticos, a recepçao critica foi melhor do que o primeiro filme e comercialmente pese embora algo longe de Senhor dos Aneis mais uma vez os resultados são por si so consistentes.
Sobre o filme podemos dizer que estamos perante um filme que segue os passos do primeiro filme, num claro registo bem inferior ao epico que foi o senhor dos aneis principalmente os dois ultimos filmes, neste registo temos menos mundos, pelo menos de uma forma declarada, temos mais sequencias de acção principalmente a solo, menos humor e mais frases feitas. Dai que do filme surja apenas um registo heroico excessivo e um argumento que esta longe da riqueza contextual da triologia de senhor dos aneis.
E mesmo como filme isolado o filme tem alguns lapsos pese embora siga naturalmente o primeiro filme, em momento algum consegue se concluir, o seu final aberto demonstra claramente que sera sempre dificil observar este filme como um so, e que talvez um filme mais curto poderia resultar, e que estamos perante uma clara segunda divisão de uma historia extremamente semelhante.
Mas nem so de defeitos vive o filme, em relaçao ao primeiro filme não necessita tanto dos efeitos especiais como um todo e acima de tudo jogo nos cenarios e aqui a construçao de mundos e mais brilhante ou pelo menos novidade relativamente ao primeiro filme, tendo como principal trunfo para alem deste facto a animação de um dragão de nome Smaug.
A historia do filme fala da continuação da ode dos anoes com o hobbit Biilbo tendo em vista salvarem o mundo da escuridão aqui para alem de diversas lutas terão de ultrapassar na montanha onde reside um temivel dragão que pora em causa toda a profecia.
O argumento e de longe o ponto menos forte do filme, parece sempre querer render o peixe com uma historia mais limitada e para aumentar a sua duração resta sequencias de acção longuissimas, e poucos dialogos onde apenas resulta o mantido entre o heroi Bilbo e o vilao Smaug
Em termos de realizaçao Jackson torna-se perfeito na forma como realiza na terra media, e o seu mundo e percebeu.-se com a dificuldade de realizar fora dela, aqui mais uma vez demonstra a mestria que o conduziu ao sucesso desta vez com toda a naturalidade.
Por fim o cast se em temros de interpretações estamos perante um filme pouco exigente, Freeman funciona bem como hobbit, fisicamente e em termos de interpretação global o filme apenas consegue mais evidencia na boa caracterização vocam de Cumberbacht como Smaug, a mais valia do filme.

O melhor - Direcção artistica

O pior - Ser um claro parente pobre de uma outra triologia

Avaliação - C

Enough Said

Existe factos tristes que por vezes conduzem a que um filme que a priori seria silencioso se torna num acontecimento do ano. Após a morte de Gandolfini os amantes do cinema ficaram atentos ao seu ultimo papel, neste romântico Enough Said. Talvez por isso o real valor do filme foi tido em conta com avaliações criticas muito positivas ao qual se juntou um valor critico interessante tendo em conta os objectivos naturais do filme em questão.
Sobre o filme podemos dizer que cada vez é mais difícil fazer uma comedia romântica, por um lado e difícil conseguir juntar um filme que funcione como humor e como comedia, dai que desde logo este filme merecer totalmente o destaque por ser ao mesmo tempo um filme que consegue incuitir o humor de um filme adulto, com o romantismo de um adolescente pese embora o filme seja obviamente um filme de uma fase adulta, consegue definir esta relação com toda a força e inovação de um jovem.
E aqui esta o grande segredo do filme, principalmente na boa contextualização das duas personagens centrais os motores do filme, não so nos seus conflitos mas acima de tudo na forma fácil com que o filme consegue desde cedo aproximar os espetadores das distintas personagens.
Por este ponto e estando claramente num filme romântico com ambições curtas, e centradas na qualidade dos seus diálogos, estamos perante um filme excelente nos seus propósitos com muitas virtudes num dos filmes mais bem escritos do ano, e numa das melhores comedias românticas dos últimos anos, com uma simplicidade e ternura que funciona ao longo de toda a sua duração.
O filme fala-nos de uma mulher de meia idade divoerciada, massagista que tenta retomar a sua vida, começando um relacionamento amoroso platónico por um individuo com um aspecto nem sempre o mais atraente o problema surge quando descobre que o seu namorado não é mais do que o ex marido da sua nova cliente e amiga.
O argumento e rico principalmente em dois aspectos desde logo na definição e dimensionalidade das personagens e na descontração e simplicidade do dialogo entre o casal de protagonistas e neste ponto que o filme tem a sua grande vantagem e oferece o coração e a força a todo o filme.
A realização a cargo de uma quase desconhecida, não é propriamente uma valência de força no filme, mesmo assim serve os interesses particulares do filme, não colocando em causa os seus valores e mais que isso os seus objectivos directos
Em termos de cast temos um filme totalmente dominado pela sua protagonista, Dreyfus e uma estrela num papel que poderia ser fácil que ela faz cresces dotando-a de uma riqueza interpretativa brilhante poderá não ser o papel mais difil do ano, mas a capacidade da actriz transformou uma das melhores criações e interpretações do ano, e isso acaba por retirar algum brilho a também boa despedida de Gandolfini.

O melhor – A interpretação de Dreyfus

O pior – Ser na essência uma comedia romântica de alcance curto


Avaliação – B+

Sunday, January 05, 2014

12 Years Slave

Logo apos as primeiras visualizações que este filme sobre escravidão se tornou automaticamente o alvo a abater na corrida aos oscares a unanimidade critica, a actualidade de um tema que muitos pensaram para sempre ultrapassado, um excelente leque de actores, conduziram a que a critica e meio mundo ficassem rendidos a esta particular historia. Este ponto acabou por empolgar o filme para um consistente percurso de bilheteira, para um filme a priori para minorias tornou-se não so num filme universal mas até ao momento o mais serio candidato aos proximos oscares da academia.
Sobre o filme começo por dizer que tinha curiosidade de ver uma historia com um sentimento convencional realizada por um realizador cru, de personagens dificeis e depois de ver o filme posso dizer que a simbioso ocorre com toque de mestria e esta junção torna o filme mais que um belo filme uma obra de arte na maior parte dos momentos. E se a emoçao do filme esta la, sempre nos olhos da sua personagem central a unica que preocorre todo o filme, a crueldade das imagens e o risco também está, no humor muito negro utilizado, no contexto historico e na exploração dos limites do ser humano. Por isso é discutivel se estamos perante o melhor ou o mais brilhante filme de ano mas provavelmente estamos perante o mais global e indiscutivel filme do ano.
E o interesse e qualidade do filme é transversal a todos os seus pontos, desde logo em termos de argumento riqueza das personagens, elenco, força visual, pensamento das sequencias para estas terem mais peso, todo o trabalho e feito com perfeição e com o sentido de tornar todos os sentimentos que o filme quer dar ao espectador algo ainda mais grandioso e sublinhado, e muitas vezes e esta ambição que torna os filmes bons em obras primas e aqui estamos perante uma delas.
O unico senão do filme, torna-se na forma com que pouco contextualiza a relação chave do filme, ou seja dá pouco enfase à forma como e conseguida a relação que vai ser fulcral para a conclusão da historia, talvez o filme necessitasse e precisasse de mais meia hora e isso poderia tornar o filme mais lento e aborrecido mas com a mestria do restante certamente o filme conseguiria resistir a mais meia hora de bom cinema.
A historia fala de um musico negro livre que acaba por ser enganado e tornar-se escravo sendo privado da liberdado e negociado por diferentes patroes com tratamentos bem distintos que o vai conduzir ao limite minimo da condição humana enquanto ainda sonha pela liberdade que possuia.
O argumento nem sempre e prodigo em creatividade ou seja muitas vezes não é preciso um argumento de primeira linha de originalidade para dar-nos uma obra prima, muitas vezes a competencia em termos de personagens e historia nao exige grandes dialogos e tudo funciona como e o caso.
Steve Mcqueen e um realizador de sentido proprio, que gosta de filmar perto dos actores, e aqui opta novamente por esse registo, apesar de não aperciar este estilo, penso que em tudo o resto e quando sai, o filme tem tudo que uma boa realização deve ter, ou seja um sentido estetico originalidade e jogar com os sentimentos.
Mas o prato forte do filme é o cast desde logo liderado pelo lado mais sobrio de Eijifor que apenas brilha quando a personagem e obrigada a sofrer penso que nem sempre o filme lhe da todo o brilho pois permite brilhos de secundarios, principalmente de Fassebender a grande interpretação do filme, quando entra comanda o filme, tem força e nessa altura obriga Eijifor ao melhor de si para uma batalha de grandes interpretações, de resto apenas algum sublinhado para o sempre interessante Dano.

O melhor - A competencia de um grande filme.

O pior - No fim poderia ser ligeiramente mais denso

Avaliação - A-

Lone Survivor

Quando foi anunciada a data e a tematica deste filme, muitos ficaram  surpreendidos pelo realizador de tipicos filmes de verão Peter Berg ambicionar neste ano intrometer-se na corrida aos oscares com um curioso filme de guerra. Contudo a estreia em cima da data limite fez com que as aperciações do filme resultassem em criticas divergentes entre quem gostasse do filme e do seu realismo e da sua homenagem e daqueles que acharam o filme demasiado proximo da propaganda militar e heroica dos americanos. O certo e que o filme devido a divergencia de opiniao ficou quase fora da corrida principalmente nos principais pontos. Ja comercialmente o filme ainda não teve a sua estreia pelos EUA tendo apenas por uma questao de timming estreado em cinemas selecionados dai que so mais a frente se tera noção do valor comercial deste filme.
Sobre o filme podemos dividir o mesmo em dois pontos distintos, e também com resultados diferentes, se no inicio temos um aborrecido filme de tactica militar, com uma terminologia que demonstra trabalho de casa, mas que satura o espectador pois os acontecimentos ou os objectivos do filme são sucessivamente atrasados e mesmo o salto entre personagens acaba por não dar nada de particular interesse ao filme. Durante este periodo temos muito pouco filme. Na segunda fase temos um ritmado jogo do gato e do rato na luta pela sobrevivencia e aqui o filme ganha e mostra os seus principais trunfos desde logo o realismo com que as sequencias são filmadas e a forma com que consegue por em imagens os limites do sofrimento humano
Aliado a este bom ritmo tem um final mais emocional, mais de homenagem a uma alegada historia verdadeira, contudo nestes casos existe sempre alguma dificuldade em perceber o real detalha historicos dos factos parecendo tambem aqui que possa ter existido algumas alterações para o filme se aproximar emocionalmente do grande publico.
Ou seja estamos perante um filme com alguns pontos positivos que o tornam um competente e directo filme de guerra, exigente, capaz, que mesmo estando longe do brilhantismo dos melhores filmes do genero, e um bom exemplar de uma moda que ja teve mais na moda, mas que Berg consegue aqui lhe dar algum destaque principalmente a custa de realismos e da capacidade de filmar o sofrimento humano.
A historia fala de quatro soldados integrados numa missão no afeganistão que acabam por ser cercados pelo inimigo, começando aqui uma luta pela sobrevivencia que vai testar os limites da condução humana.
O argumento não é particularmente interessante ou inovador no que diz respeito ao tipo de filme, demonstra um maior trabalho de casa na terminologia militar, tem alguns bons apontamentos em termos de detalhes em algumas conversas mas depois prende-se muito ao que ja foi feito em termos de evolução narrativa.
No que diz respeito a Peter Berg, podemos dizer que desde cedo se percebeu ser um realizador competente, que gosta de arriscar mas que ate ao momento tinha perdido fichas como obreiro de grandes blockbusters nem sempre bem conseguidos, aqui demonstra a capacidade a forma facil com que consegue dar realismo aos seus filmes com uma realização competente num genero dificil, podera ser o salto para um cinema mais de autor.
Por fim em termos de cast sentimentos diversos, Wahlberg nem sempre seleciona bem os filmes mas tem aqui uma das interpretações mais dificeis e eficientes da sua carreira, tem o seu lado ironico que funciona como poucos mas uma exigencia fisica e emocional intensa que acaba por desempenhar eficazmente demonstrando ser actor a mais para alguns filmes que faz. Ao seu lado os bons papeis de Forster e Hirsch dois jovens actores a procura de mais protagonismo e que ja mereciam principalmente o primeiro, um dos melhores valores actuais de hollywood e por fim Kistch, claramente o elo mais fraco do filme, limitado onde apenas em momentos de heroismo barato consegue algum protagonismo num filme que merecia um melhor quarto elemento.

O melhor - O realismo da realização na segunda parte do filme

O pior - Taylor Kitsch


Avaliação - B

Saturday, January 04, 2014

Thanks for Sharing

Nos ultimos anos tem sido bastante usual argumentistas de filmes com algum sucesso tentarem a sorte na realização, este ano e depois do sucesso The Kids are alright o seu argumentista munido do seu actor principal partiram numa comedia romantica sobre viciados em sexo. Contudo o resultado esteve longe do sucesso que teve enquanto argumentista e lhe valeu nomeação para o oscar, em termos de critica o filme foi mediano sem grande relevo, e mesmo perante um elenco de luxo nunca conseguiu uma estreia wide o que limitou e muito os seus resultados.
Sobre o filme podemos dizer que para comedia romantica e um filme muito redutor, ficamos sempre perdidos mais nas fantasias ou particularidades de um ou outro personagem e nunca vimos o filme como um todo coeso, não sendo em momento nunca mais do que a soma das tres partes, e certo que essas se unem em contactos mas estes nunca realmente manifestam qualquer relevo para a historia central do filme.
A este ponto junta-se alguma falta de força do tema central, a sexualidade poderia ser bem mais explorada do que como uma droga sempre representada como nociva e aqui o filme na forma como aborda quase e so este lado perde muito foco noutros pontos do mesmo tema, que poderia dar profunidade para um filme mais maduro e funcional e por outro lado tambem mais coração nas relações centrais.
Em termos de comedia o filme não arrisca muito e quase sempre um filme bem disposto mas nunca tem a pretensão da gargalhada facil, dai que em termos comicos tambem não estamos perante um filme de primeira linha, ficando sempre a ideia que quer ser mais serio do que realmente consegue ser.
A historia fala de tres homens integrados num programa de apoio em conjunto em viciados no sexo que vão acabar de ter nas suas vidas conflitos ou obstaculos que impedem o tratamento sendo a auto ajuda de cada um fundamental a passar ou resolver esses mesmos obstaculos.
O argumento esta longe do que o argumentista ja conseguiu as personagens parecem sempre ser mais ambiciosas do que conseguem ser os dialogos nunca tem a profundidade que ja foi observada no seu filme anterior e mesmo em termos comicos nao e um filme de primeira linha
Na realização temos uma realização simes quase sempre nos elementos bases de um filme sobre personagens nao existe primor nem grande ambiçao estetica num filme que apenas em epaço usa nova york e o seu melhor lado como pano de fundo.
No cast temos Ruffalo e Paltrow no seu registo habitual, mesmo nesta seleçao o filme nao arrisca, os interpretes estao num nivel vulgar sem grandes rasgos deixando o melhor momento a um cansado Tim Robbins que ainda acaba por ser o melhor de todo o filme.

O melhor - Tim Robbins

O pior - O sexo como algo redutor

Avaliação - C

Friday, January 03, 2014

The Best Offer

Desde o sucesso total que foi Cinema Paraiso, que sempre que Tornatore tem uma nova experiencia cinematografica o mundo espera uma nova magia. Contudo com o passar do tempo e da idade do realizador isso nunca aconteceu pelo que a sensação deste filme foi ser passado com um elenco proximo dos filmes de Hollywood. Talvez por isso a critica não aceitou bem o filme com avaliações muito negativas o que fez com que o filme so um ano apos a estreia na europa visse a luz do dia nos EUA e com uma estreia bem modesta.
Sobre o filme podemos dizer que é um misto de sensações por um lado temos toda a mestria na criaçao de um enredo, um filme cheio de promenores bem executados, personalidades fortes e interessantes e um tema que conjuga a mente humana com a arte e assim o filme se desenvolve com uma premissa interessante curiosa, e que vai prendendo o espectador ao ecra, muito pela força das personagens e pela sua multipla complexidade.
Mas como os Thrillers existe um momento em que o filme tem de se definir tem de se perceber aquilo que ele quer, e aqui nestes filmes o final e um jogo de risco que quase sempre tem de se vencer. E neste caso parece que o filme vence, porque consegue um fim interessante que apesar de algo previsivel e ensaiado e despistado, mas o certo é que o filme poderia ser mais concreto no seu final, menos subtil pois pensamos que o seu impacto seria superior.
Mesmo assim estamos perante um bom filme diferente do cinema europeu mas com alguma crueza dos mesmos que funciona não so nas personagens e na ligação destas, no sentido de humor inteligente e mesmo na sua chaves, num realizador mais dotado para filmes emocionais temos aqui um filme mais cerebral que numa epoca em que os thrillers vão perdendo espaço funciona, pese embora tenha surpreendido negativamente quem esperava por mais coração.
O filme fala de um leiloeiro de arte que é contratado por uma descendente que acaba de herdar uma fortuna em quadros, contudo sofre de agarofobia pelo que não consegue sair de um quarto, durante a avaliação dos objectos presentes na casa cria-se uma relação intensa separada por uma parede entre os dois isolados individuos.
O argumento e bem montado principalmente na forma com que é alicerçado todo o guião, na forma lenta com que apresente o epicentro do filme, na riqueza de alguns dialogos desde os mais simples aos mais complexos, apenas perde alguma força na sua conclusão, essencial, apesar de positiva fica a sensação que poderia ser melhor.
Para um experiente realizador de filmes de coração a estetica tem que estar presente, e neste filme está alias a estetica acaba por ser alicerçada na arte pintada e na forma com que esta acaba por ser fundamental no filme, e assim o realizador acaba por bem tentar pintar diferentes telas com rigor ao longo do filme e acaba por conseguir.
Em termos de cast Rush e sinonimo de competencia em personagens dificeis, aqui tem um papel envolvente, dificil, bem executado, a sua personagem domina o filme e ele sente-se como sempre comfortavel com isso, não precisa de grandes secundarios porque o filme é essencialmente ele.

O melhor - O alicerçar da personagem central.

O pior - Apesar de funcional o final poderia ser bem mais surpreendente.

Avaliação - B