Sunday, July 31, 2022

The Gray Man

 A Netflix apostou todas as suas fichas neste verão numa mega produçao dos irmaos Russo com um elenco de primeira linha, ação trepidante, e muitas cidades. Dizia-se que poderia ser o tipico filme de sucesso de verão nos cinemas norte americanos, mas desta vez para a aplicação que domina o mundo, sendo a sua grande aposta mediatica. Criticamente as coisas começaram por nao correr conforme esperado a mediania, quase negativa das avaliações contornou a expetativa positiva que poderia existir. Em termos comerciais sendo a grande aposta da Netflix sera certamente um dos maiores sucessos de sempre da aplicaçao.

Sobre o filme podemos começar por dizer que e um filme igual a muitos outros de espionagem com a intriga e traição que deposita todos os seus objetivos em efeitos e sequencias de ação de primeira linha. Embora caia no erro do exagero quase patetico, com a sequencia do avião bem gravada, mas completamente irrealista.

Outro dos pontos que o filme como entertenimento quer potenciar e a descontração dos dialogos do vilão e mesmo do protagonista, tendando dar um registo comico algo non sense, que encaixa muito melhor no registo de Evans do que no de Gosling. Fica a clara ideia que o filme não consegue ter o impacto esperado, principalmente porque é extremamente limitado nos fundamentos da sua historia e os promenores e muito pouco relevante para um filme com este custo e com estes interpretes.

Ou seja um daqueles filmes de açao do heroi contra o mundo que tem preenchido todos os anos os verões de diferentes produtoras. Numa produçao magalomana, principalmente pensada em percorrer cidades pelo mundo fora, mas que na sua base acaba por ser igual, ou mesmo inferior a maioria dos filmes do genero que estamos fartos de ver nos ultimos anos.

A historia segue um assassino profissional contratado pelo CIA que tem de tentar escapar a um plano da organização comandada por um psicopata assassino para o aniquilar, num jogo tipico do gato e do rato.

Em termos de argumento a base narrativa de quase todos os filmes do genero. O filme nao arrisca nas personagens, basicamente bonecos com proposito unico, nos dialogos introduzi algum humor que funciona moderadamente no filme dando-lhe o registo descontraido bem conseguido. Mas e na base narrativa totalmente previsivel que o filme falha em face do investimento.

Os irmaos Russo tornaram-se figuras de primeira linha depois dos sucessos totais em Avengers. Tentam agora seguir de forma autonoma viagem, com filmes com muitos meios, mas cujas historias ainda tem dificuldade em tornar-se funcionais, por serem filmes demasiado grandes para historias tao simplistas, e isso nunca faz carreira de autores mas sim de tarefeiros.

No cast Gosling tornou-se nos ultimos anos um ator algo preso a este estilo silencioso, carismatico que encaixa perfeitamente nas suas caracteristicas mas que parece nao aproveitar outras competencias que possa ter. Aqui parece por vezes algo desligado do filme, podem dizer que é propositado, mas isso faz perder todas as cenas para um Evans diferente do registo habitual, que acaba por ser o que o filme tras de melhor, muito por culpa do argumento ser essencialmente focado nas suas linhas,


O melhor - As falas de de Lloyd Hansen

O pior - 200 milhoes para um filme que ja vimos diversas vezes


Avaliação - C-



Wednesday, July 27, 2022

The Forgiven

E comum por vezes nos tropeçarmos num projeto com um elenco de primeira linha num filme com pouco mediatismo. Isso e o que aconteceu neste projeto de 2021 que viu a luz do dia apenas este ano. Em termos criticos o filme ate passou com um lado positivo, comercialmente o filme falhou, principalmente tendo em conta o poderoso elenco que apresenta.
Sobre o filme temos uma abordagem estranha, a forma como o filme se debate com uma festa estranhissima de alta sociedade em pleno deserto e o contraste com os habitantes locais e pesada, e o filme usa isso num choque cultural intenso, mas que o filme acaba por depois na abordagem narrativa colocar apenas como aspeto superficial o lado onde o filme poderia ser mais competente, mas o filme prefere se debruçar sobre as personalidades dos envolvidos.
Sobre a historia fica clara a ideia que o filme e muito mais rico na road trip da eventual redenção do que no local da festa onde o filme parece algo confuso com o excesso de personagens e a pouca ou nenhuma objetividade das mesmas, acabando por se tornar apenas uma excentricidade que serve como palco secundario, mas que fica com a ideia que o filme ai e apenas rebelde.
Ou seja um razoavel filme que e uma especie de thriller cultural, na forma como diferentes mundos se encontram num acontecimento fatidico. O filme aqui acaba por ter caminhos diferentes. De um dos lados o filme funciona, mesmo na quimica da personagem de Fiennes com a cultura de base, funciona pior no lado da festa e no que fica, apenas transmite a indiferença que o filme queria ter e pouco mais.
A historia segue uma festa de alta sociedade em pleno deserto do saara que fica marcado quando um casal convidado no caminho para a festa acaba por atropelar e matar um jovem local que vai conduzir a uma retaliação por parte da familia.
Em termos de argumento o filme poderia ter alguns atributos que poderia resultar num bom filme, principalmente a forma como tem um choque cultural muito intenso, mas o filme por vezes abandona esse aspeto, dando primazia a excentricidade das personagens do mundo ocidental isolando-o da narrativa do filme.
Em termos de realização Mc Donaugh e um realizador britanico de algum sucesso que ja teve em alguns filmes autenticos sucessos criticos. Aqui tem como maior dificuldade o filmar num contexto não ocidental que ele aproveita principalmente nos momentos mais aridos. Nao e o seu melhor trabalho, mas e competente.
No cast o filme tem uma lista de atores competentes em papeis proximos do comum nas carreiras o que faz com que essencialmente o filme jogue pelo seguro. O maior destaque vai para um Fiennes sempre em bom nivel, mas acima de tudo um conjunto de atores que aproveitam o que as personagens pedem deles embora fique a ideia que as mesmas procuras as suas caracteristicas.

O melhor - A luta cultural de uma parte do filme.

O pior -  A excentricidade vazia da outra parte

Avaliação - C+


Tuesday, July 26, 2022

Prizefighter: The Life of Jem Belcher

A Amazon depois de apostar tudo nos projetos da Prime, lança aqui um projeto menor de uma nova produtora de nome Amazon. Trata-se de um biopic ingles sobre as origens do Boxe numa epoca bem distante. Este filme que tem como maior ingrediente Russel Crowe, novamente num projeto de boxe. Em termos comerciais o filme nao teve propriamente muita visibilidade e criticamente tambem nao foi propriamente um sucesso de um filme que os mais desatentos nem vão conseguir perceber a existência.
Sobre o filme temos o tipico filme de ligações familiares toxicas e a forma como a infliuencia dessa relação se desenvolve na personalidade de um campeão, quer pela ambição de ser um desportista de eleição, quer pela irreverência. O problema do filme para alem do preenchimento total de cliches do primeiro ao ultimo minuto, e o espetaculo horrivel de interpretações do primeiro ao ultimo minuto, que nos faz questionar em toda a linha como e possivel Russel Crowe e mesmo WInstone, preencherem este filme, e algo completamente inacreditavel em face do amadorismo apresentado.
Alias parece-me totalmente dificil fazer analise de qualquer aspeto neste filme sem questionar os seus interpretes. Tudo o resto e basico, muitas vezes mal explicado, com lacunas narrativas evidente, que torna o filme em muitos momentos quase amador, e nos faz perceber o facto de a Amazon nao fornecer sequer a Prime a este projeto.
Ou seja uma especie de biopic, que ate pode contar uma historia de vida irrelevante igual a muitas outras, mas cujo procedimento de produçao e interpretaçao do filme e um autentico terror. Mesmo do ponto de vista estetico fica a ideia que o filme quer ser iconico sem nunca ter a ideia do que está a fazer, em mais de hora e meia de cinema de qualidade mais que duvidosa.
A historia segue um jovem, influenciado por um avô problematico e alcoolico, que o leva a competir como boxeur de sucesso, mas ao mesmo tempo a fama e o sucesso leva-o aos erros do passado.
Em termos de argumento o filme e claramente simplista. A historia e igual a muitas outras mas o desenvolvimento das personaghens fica muito aquem ao longo do filme. O desenvolvimento do filme e recheado de buracos narrativos e um final sem grande sentido, alterando o foco na batalha final. Uma confusao.
Na realizaçao Daniel Graham, e um desconhecido que tem ao leme um filme que esteticamente tenta ter algum valor estetico mas e totalmente condicionado pelo argumento e acima de tudo pelas interpretaçoes, e isso acaba por tornar este nivel mais mediatico muito aquem.
No cast o filme e um terror, e deve-se a interpretaçao pessima de  Matt Hookings, não tem capacidade interpretativa nem dimensão para liderar o filme, toda a forma como a interpretaçao e conduzida chega a roçar o absurdo e para um filme que depende de uma personagem e uma catastrofe.

O melhor - A historia pode ser curiosa

O pior - Hookings

Avaliação - D-


Mr Malcom's List

 Julho começou algo timido em termos de lançamentos para o cinema, tendo este filme, sem grandes figuras mas tratando-se de uma adaptaçao literaria conquistado algum espaço, o que foi motivado pelo facto de estarmos perante uma clara inspiração nas obras de Jane Austen. Este filme acabou por ter boas criticas, melhor do que a receção do publico em geral. O esforço da expansão acabou por conduzir a um consistente valor comercial em face dos cinemas onde o filme foi exibido.

O filme e claramente um romance tipico de uma adepta de Jane Austen, toda a estrutura as personagens, o contexto e as resoluções são as tipicas de Austen, com a diferença e que o filme nao traz nada de novo, e previsivel, nem sempre engraçado, embora tente ter um teor mais ligeiro e sofre principalmente porque os interpretes nem sempre sao os melhores, resultando num filme que não é de Austen, poderia ser, mas dos mediocres.

Este e um daqueles filmes que nos primeiros dez minutos conseguimos perceber tudo o que vai acontecer ao longo das duas horas, quer pela previsibilidade de todas as opções do filme, mas principalmente porque estamos numa fase em que tem surgido diversos filmes semelhantes, quem sabe em busca do sucesso que Emma acabou por ter em 2020.

Ou seja um filme de prazer imediato, pouco imponente, que não tras nada de novo. O lado de epoca acaba por ser eficaz mas pouco mais, ficando a ideia que se trata de um filme de epoca de segunda, quase novelesco sem atores de primeira linha.

A historia segue uma nobre donzela que depois de ser rejeitada pelo solteiro mais desejado da corte por não preencher os elementos da sua lista, planeia uma vingança que envolve uma sua amiga, que tudo vai fazer para preencher todos os topicos da dita lista.

Em termos de argumento uma historia claramente inspirada nas historias mais comuns de Jane AUsten, mas que devido a esse facto torna-se tão previsivel que perde interesse. O filme tenta ir buscar o lado mais descontraido com algumas personagens mas nunca consegue ser minimamente engraçado.

Na realização Emma Holly James, foi a mãe da curta metragem de sucesso que agora filmou em longa  metragem. Uma abordagem tradicional com muito espaço verde e estruturas monumentais, sem grande risco. E a historia de base e inicio da realizadora, que temos de esperar o que vem a seguir. Aqui limitoou-se ao mais obvio.

NO cast a realizadora, assim como na curta metragem deu o protagonismo a uma Freida Pinto, que encaixa perfeitamente no lado estetico da personagem, embora seja clara algumas limitações interpretativas que acabaram por ser sempre um entrave a evolução da atriz. Como protagonista Sope Dirisu, um quase desconhecido que tem uma personagem demasiado estatico embora aqui pareça que o problema e a forma como a mesma foi escrita.


O melhor - As influencias de Austen

O pior - A total previsibilidade


Avaliaçãio - C-



Monday, July 25, 2022

The Phantom of the Open

 O cinema ingles nos ultimos anos tem arriscado mais quer em termos concetuais quer ir buscando as suas historias mais insolitas para projetos que marcam a rebeldia de um povo normalmente tradicional. Este peculiar biopic, produzido em 2021 mas que viu a luz do dia em 2022 e um desses casos. Apresentado no festival de Santa Barbara comercialmente a insolita historia captou alguma atenção que lhe permitiu alguma distribuição nos EUA. Comercialmente os resultados tendo em conta a expetativa ate foram razoaveis.

Sobre o filme temos sem sombra de duvidas uma historia curiosa, unica que o filme retrata com algum humor, não se levando a serio quem sabe um pouco como a propria personagem levava a vida e a sua ambiçao. O filme retrata situações unicas e quase irreais o que torna o filme ainda mais curioso por se tratar de um filme essencialmente sobre uma historia real que sem ter muito impacto no mundo merece ser contada.

A forma quase de sitcom do passado com que e realizada e a excelente construção do protagonista, favorecem um  filme que contudo a partir de determinada altura se torna algo repetitivo, perdendo alguma graça, sobrando a curiosidade de perceber como tudo vai acabar.

Um filme que longe de ser um grande filme é eficaz a contar uma historia peculiar. E um daqueles filmes que vale essencialmente pelo seu realismo, embora o filme tente dar o lado contextual temporal do momento e acima de tudo o insolito de todo o contexto em torno do personagem. Nao sabemos se tudo se passou como o filme nos conta, chegamos mesmo a duvidar que gostavamos que tivesse sido.

A historia segue um indivíduo positivo que a determinada altura decide participar no Open Britanico de Golf sem nunca ter jogado o desporto. Uma serie de desatençoes conduzem-no as eliminatorias e torna-se num fenomeno mediatico pela falta de jeito e registos historicos.

O argumento e curioso, a historia de base que conta e insolita e a o filme tenta tornar tudo ainda mais peculiar na forma como as personagens se movimentam, os contextos dos outros elementos e os dialogos. Nao e propriamente um argumento de primeira linha mas conta de forma competente uma historia interessante.

Na realizaçao Craig Roberts e um jovem ator que se dedicou a realização e com um projeto interessante. O filme tem dinamica, ter uma realizaçao independente competente e temporalmente eficaz e deixa alguma agua na boca no futuro de um realizador ainda jovem a estar atento nos proximos passos.

No cast o filme e dominado por completo por um excelente ator como Mark Rylance em grande forma. O filme e uma interpretaçao iconica e domina o filme. Talvez demasiado cedo para previsoes mas quem sabe poderá conduzir a uma nomeaçao pelo menos nos globos de ouro de comedia, de um ator em excelente momento de forma.


O melhor - Rylance

O pior - Torna-se repetitivo ao longo do tempo


Avaliação - C+



The Sea Beats

 Se existe genero, que principalmente de um ponto de vista critico a NEtflix tem conseguido impor alguma lei, com muitos filmes reconhecidos é a animação, seja ela mais comercial, como este filme, ou mais concetual, com algumas experiencias de filmes internacionais. Este ano, uma das grandes apostas de verão era este filme, com um realizador já com experiência de grandes produçoes Disney. Em termos criticos o filme funcionou com avaliações muito positivas, comercialmente será certamente um dos produtos fortes da operadora neste verão.

Sobre o filme podemos dizer que temos uma grande produção de animação. Alias ao final das duas horas de duração, que nos parecem excessiva para qualquer registo de animação, a ideia que fica é o nível produtivo do filme. A força das imagens, principalmente as de ação é impactante, mesmo que o filme em termos historicos e narrativos, seja algo simplista, e com valores morais de facil perceção, mas que também acabam por ser algo simplificados.

The Sea Beast tenta ser um filme de ação de animação, a intensidade das sequencias de ação são fortes, a inspiração nos filmes de piratas e de navegadores que fizeram historia também é bem patente, mas ao mesmo tempo fica a ideia que o filme se leva demasiado serio, falta humor, falta musica, principalmente para uma obra claramente alongada.

Mesmo assim é um daqueles filmes que impressiona pelo nivel produtivo, demonstrando a capacidade da produtora em ser realista e forte, próxima do que de melhor se faz na Disney. Provavelmente em termos narrativos ainda existem algumas arestas a limar, principalmente na forma como se pode construir filmes moralmente mais ricos, e com maios diversidade tematica

A historia segue um grupo de caçadores de monstros marinhos, em que apos uma acidente um dos seus principais ativos e uma criança que embarcou com eles acabam por ficar junto de um desses monstros com quem constroem uma ligação proxima e percebem que a luta poderá nao ter grande sentido.

Em termos de argumento o filme e algo parecido com muitos outros que ao longo dos anos foram sendo lançados em diferentes niveis produtivos. E daqueles filmes que nos faz sentir que e demasiado longo para o conteudo que tem, percebendo-se que e uma forma forma de dar mais impacto ao lado estetico das sequencias de açao.

Na realizaçao Chris Williams e um realizador experiente já com alguns projetos de primeira linha da Disney de sucesso. Aqui sem a chancela da consagrada produtora demonstra ainda a capacidade de ter sequencias de ação de animaçao de primeira linha, num trabalho impactante principalmente tendo em conta ser de uma produtora menor.

No cast de vozes a ressalva que vi com dobragem em português o que retira qualquer capacidade de analise as escolhas originais


O melhor - A capacidade produtiva das cenas de ação

O pior - Demasiado longo


Avaliação - C+



The Black Phone

 Adiado alguns anos devido a estrategias de lançamento este filme que marca o regresso de Scott Derrickson ao terreno que lhe deu toda a fama, depois de uma pequena passagem pelo mundo Marvel, foi deixando alguns fas do terror com agua na boca por culpa das mascaras do vilão. Finalmente lançado em plena epoca de blockbuster, o filme acabou por ser uma agradavel surpresa critica com boas avaliações as quais demonstra o conforto do realizador no género. Do ponto de vista comercial uma excelente camapanha domestica acabou por tambem o tornar num dos sucessos do verão, principalmente tendo em conta a expetativa inicial.

Este e um filme simples de terror, de serial Killer e acima de tudo de contacto espiritual, que pese embora tenha os ingredientes tipicos dos filmes de terror de qualidade duvidosa, acabou por funcionar porque o filme é competente nos elementos centrais. Desde logo a excelente composição estetica e interpretativa do vilão, o qual permite transmitir o medo. Outro dos pontos funcionais e a quimica entre os dois irmãos que fruto do sofrimento familiar criam empatia do publico e isso leva a uma proximidade maior com o espetador.

Em termos de aspetos menos conseguidos, obviamente o lado temporal, um filme que se tenta circunscrever a um aspeto temporal proprio, mas que o mesmo se torna irrelevante por algum descuido nesta materia. Num momento em que a maior parte dos conceitos tem benificiado de algum revivalismo cultural de contexto, surpreenda que o filme procure enquadrar o filme nesse tempo sem aproveitar outros elementos.

Por tudo isto surge um competente filme de terror. o qual não tendo ingredientes muito diferenciados mas que trabalha bem os que tem, sendo muito objetivo naquilo que quer destacar, tornando-se num filme esteticamente impactante, simples, e bem concluido, para ver e perceber que quando bem feito mesmo a historia mais comum do genero e capaz de funcionar.

A historia segue um jovem inserido numa familia com um pai violento, que ve diversos menores a serem raptados por um desconhecido, até que chega ao seu momento, e quando em cativeiro acaba por falar por um telefone com as anteriores vitimas do psicopata as quais poderão lhe dar dicas que o conduza á salvação.

Em termos de argumento a historia de base é igual a muitas outras com os elementos tipicos do genero. Nao e no argumento que o filme consegue destacar-se já que ele segue os procedimentos tipicos do genero, talvez com uma maior objetividade do que realmente quer destacar.

Scott Derrickson criou o seu nome e reconhecimento em alguns filmes de terror, que levaram a ser aposta para o primeiro capitulo de Dr. Strange. Talvez não tenha saido da aventura Marvel com maior conceito voltando ao seu formato mais comum, onde volta a ter o destaque necessário, com um trabalho interessante e focado no essencial.

No cast temos um Hawke em grande forma que mesmo com mascara consegue compor bem a sua personagem e ser reconhecido. Nos mais novos fica a clara ideia que a jovem McGraw e muito mais intensa do que o protagonismo de Thames.


O melhor - A capacidade do horror estetico do filme.

O pior -Nao aproveita o revivalismo da epoca que recua


Avaliação - B-



Thursday, July 21, 2022

Don't Make Me Go

 Na altura em que as plataformas de streaming começam a lançar os seus projetos de verão eis que a Amazon e a sua Prime, lançaram este drama familiar, em forma de road  trip, dos argumentistas de This is Us, com o objetivo de impactar emocionalmente familias. Em termos criticos a mediania da critica não chamou particularmente atenção a este projeto que me parece que também comercialmente tem alguma falta de argumentos para ser um sucesso absoluto.
Sobre o filme começamos por dizer que é o tipico filme de lagrima facil, cheio de cliches familiares e de destino, que nos leva na primeira hora e meia de filme a uma viagem tipica pai filha, que poderão ser os momentos finais de ambos, o que faz com que tudo tenha um caracter melancolico permanente e o filme tenha dificuldade em descontrair, pese embora tente, ainda que de uma forma algo duvidosa.

Mas se tudo corria com naturalidade para uma banalidade de projeto a tantos outros, eis que um twist completamente imprevisivel surge que torna o filme ainda mais dramatico e que torna ainda o impacto do filme junto do espetador mais desagradavel. E inequívoco que essa opção e surpreendente e o filme deixa as pessoas boquiabertas com tal escolha, mas ao mesmo tempo penso que essa opção quase que termina com todos que estavam proximos emocionalmente do filme, uma aposta de risco que não funciona no lado emocional que o filme vai querendo construir.

Ou seja um filme drama familiar, de poucos recursos que aposta tudo na diade pai filha e na construçao da mesma, mas que acaba por de repente ter uma opção completamente inesperada que faz tudo mudar. Pode até ter alguma riqueza ideologica tal opção mas todos ficamos com a ideia que demorara tempo ate o termino do filme ao espetador encontrar esse ponto.

A historia segue um pai solteiro, que apos se dedicar sempre ao cuidado da sua filha, descobre que tem um ano de vida, e embarca numa road trip com a filha de forma a tentar introduzi-la à progenitora, e acima de tudo partilharem naquele periodo os momentos que iriam fazer ao longo da vida..

Em termos de argumento é um filme melancolico, que tenta suavizar algo que é impossivel de suavizar, ficando a ideia que quando percebe essa impossibilidade acaba por tornar tudo ainda pior. E dificil sair da historia bem disposto e isso e um revez muito importante em qualquer filme.

Na realizaçao Marks e uma jovem realizadora que tem aqui o seu filme mais visivel, que ela aborda com coraçao, ainda que com uma abordagem simplista. Fica a ideia que o filme necessitava e tinha espaço para mais criatividade artistica mas que acaba por nunca tentar chegar a esse ponto.

No que diz respeito ao cast Cho é voluntarioso numa imagem mais seria, mas nem sempre parece ter a intensidade que o papel exige, algo que pode ser justificado com o facto de ser um ator claro de comedia. Bem melhor a jovem Mia Isaac que tem as desepesas  mais emotivas do filme, e que domina o filme em termos de interpretação.


O melhor - O Twist do filme e claramente surpreendente e vinca

O pior - A sensação não e a mais agradavel.


Avaliação - C+



Monday, July 18, 2022

Persuasion

 A Netflix é normalmente algo simplista nas suas grandes apostas de verão, sendo que mais uma adaptaçao de uma obra de Jane Austen, insere-se perfeitamente na politica de rendimento imediato e de alguma simplicidade de processo, ainda para mais com Dakota Johnsson como protagonista. Este filme acabou por estrear neste quente mes de Julho com criticas sofríveis e comercialmente como entrada para a grande aposta de verão da produtora que sera para a semana com The Gray Man dos irmºaos Russo.

Sobre o filme temos o tipico nas adaptaçoes mais simplistas dos livros da autora, ritmo baixo, algum humor, e acima de tudo muito dos pontos tradicionais da comedia de costume britanica nos espaços e nos lugares que escolhe. O filme escolhe um caracter algo descontraido marcado pela comunicação constante da protagonista com o espetador que acaba por ser o unico ponto diferenciador e de risco do filme em si.

De resto uma historia que nao me parece das mais fortes de Jane Austen, que o filme transforma numa comedia britanica de segunda linha com diversos cliches nas personagens e nas situações. Isso provavelmente seria esperado num filme que não fosse tão forte da autora mas fica a ideia que isso também acaba por acontecer devido a pouca aposta do filme em novos elementos e a preencher as suas personagens.

Por tudo isto sobra um filme simples, de uma historia igual a tantas outras, que chama a atenção pelos seus espaços e pelos costumes tao satirizados em filmes como este. Por outro lado falta ambiçao, arrojo em tornar o filme uma obra diferenciada que vai desde a forma como as personagens sao escritas até ao ritmo de filmagem, que leva o filme a ter serviços minimos e nada mais.

A historia segue três irmãos fruto de uma familia falida, em que a irmã do meio volta a encontrar com o seu grande amor, de quem abdicou devido ao facto do mesmo ser de outro nivel social, e que agora se depara com um individuo de sucesso, onde o passado pode nao ser reatado.

Em termos de argumento o filme tem os elementos típicos dos filmes de Austen, tratados de uma forma leve e cómica, mas com as personagens quase limitadas ao seu máximo, sem que isso conduza  a um aprofundar sobre as motivações ou mesmo as vivencias proprias das personagens.

No que diz respeito a realizaçao Carrie Cracknell e uma desconhecida realizadora britanica que tem aqui o seu projeto maior e com a chancela da Netflix que nem sempre da o espaço a grande assinatura. O filme limita-se a alguns momentos de dialogo da personagem com o espetador para se diferenciar mas e pouco no registo final. Tera de expor-se mais em filmes seguintes.

No cast temos uma Johnsson que encaixa no que o filme quer para a personagem central, com descontração, sem grande dificuldade. Ao seu lado Cosmo Jarvis, acaba por ter o seu proprio estilo, nem sempre com quimica com a protagonista, e um Golding claramente com mais tempo do que qualidade nos filmes que vai tendo espaço.


O melhor - A forma como a protagonista comunica com o espetador


O pior - Nao e de perto dos melhores livros da autora


Avaliação - C



Wednesday, July 13, 2022

Doctor Strange in the Multiverse of Madness

 2022 marcava um regresso em grande da Marvel com mega projetos, alinhados principalmente pelo sucesso brutal do ultimo Spider Man, e sua entrada em universos paralelos. Pois bem eis que tudo se reunia para que este Doctor Strange mais apostado do que nunca nesse multiverso fosse a concretização plena da ideia, ainda para mais como Sam Raimi o original realizador do primeiro Spider Man ao leme. As primeiras avaliaçoes contrariam um pouco essa expetativa devido a um excesso de mediania. Em termos comerciais a Marvel e sempre sinonimo de sucesso megalomano e este foi mais um.

Doctor Strange e de longo dos herois de entendimento mais dificil e ainda mais se tornou no momento em que o paralelismo de universos se tornou uma realidade. Pois bem o grande problema deste filme e que é de tal forma complicado em face do poder dos envolvidos que quase necessita de uma tradução permanente, exigindo um raciocinio permanente que faz os espetadores duvidares se vale a pena e isso leva ao custo claro do entertenimento.

E claramente dos filmes que menos entertem da Marvel, o excesso de mundos, personagens, novas personagens, mesmas personagens e uma mistura de tal forma complicada que o filme se distancia, captando a atenção em algumas sequencias de ação de primeiro nivel, e em algumas curiosidades, pequenas quando comparada com o que prometeu.

Por tudo isto e claramente um dos filmes mais estranhos e mais distantes do publico que a Marvel mostrou. Fica a sensação que o filme quer tocar em demasiados pontos enrolando-se num enredo cheio de nos que nunca são desatados. E isso sabe a pouco principalmente porque Strange tem talvez dos menores interpretes da saga, mas o filme não utiliza isso, ficando refém da sua própria complicação.

A historia segue Dr. Strange e uma jovem que lhe surge em sonhos que tem a capacidade de saltar entre universos. isso capta a atenção de uma cada vez mais poderosa Wanda, a qual permanece com o objetivo de reencontrar os seus filhos, custe o que custar.

Em termos de argumento o filme ate funciona em tornar Wanda o lado negro que ja se esperava em Wandavision, mas torna o caminho para esse confronto tal complicado que perde os ingredientes naturais de um filme de entertenimento, tornando-o demasiado complicado para funcionar. Pouco ou nenhum uso do humor sempre importante neste tipo de registos.

Sam Raimi pode ser considerado o pai dos filmes de herois, quando pegou na sua versão de SPider Man e tornou-a num sucesso mundial. Aqui regressa a casa de partida e podemos dizer que acaba por ter muitos meios, mas falta alguma assinatura no estilo e isso acaba por ser surpreendente. Um trabalho mais proximo de um tarefeiro do que alguem com uma carreira.

No cast eu acho Cumberbacht um ator com muitos atributos que merecia mais filme e mais personagem. Olsen encaixa bem no seu lado de vilã, e Mcadams quase não existe. O filme nao vai procurar as personagens e as interpretações limitam-se ao boneco em si.


O melhor - Alguns apontamentos de realização no multiverso

O pior - Demasiado confuso


Avaliação -. C



Tuesday, July 12, 2022

Good Luck to You, Leo Grande

 A prova que a hulu normalmente escolhe bem os seus projetos, e que contraria o vazio do filme anterior avaliado, foi a sua aposta nesta comedia sexualizada e arriscada, no qual se aborda a menopausa e os trabalhadores do sexo. Esta peculiar comedia conquistou com a critica com avaliaçoes interessantes e entrou na ordem do dia por alguns aspetos arriscados que lhe deu obviamente algum valor comercial.

Estamos perante um filme arriscado do primeiro ao ultimo minuto, que não e polemico porque trata de tudo com suavidade e alguma comedia e com delicadeza, que leva o filme ser empatico, mesmo que trate de temas dificeis. E um filme de dialogo entre duas personagens diferentes que se encontram num agendamento sexual. Na primeira fase apesar da riqueza de alguns dialogos na apresentaçao da personagem central o filme acaba por se tornar alvo obvio.

Quando entra dentro da sexualidade, dentro das possibilidades o filme transmite alguma quimica entre as personagens, que acima de tudo trasnmite bem a capacidade dos profissionais se ajustarem, e nisso o filme nunca tenta ser peotico ou idilico, e um filme onde todos sabem os seus lugares e os bons momentos que nos proporcionam e so isso.

Na fase final temos o mais risco, temos uma Thompson a exibir o corpo e toda sua realidade e aqui o filme deixa espaço para a coragem da atriz e acima de tudo para defender o seu valor moral, e ai o filme torna-se maior. Apesar de um filme que arranca com alguma previsibilidade o resultado e interessante e corajoso o que sem sempre vimos no cinema atual de estudio.

No que diz respeito ao filme, fala-nos de uma viuva que nunca exploroua sua sexualidade que contrata um prostituto com quem tenta descobrir o prazer com todas as barreiras de toda a existencia a colocar em causa a possibilidade da experiencia.

No que diz respeito ao argumento temos um filme que acima de tudo consegue ser engraçado e leve nos temas, consegue criar quimica entre as personagens nos dialogos sem as tirar das posiçoes de base. Nem sempre totalmente surpreendente o filme funciona com valores morais intrinsecos.

Na realizaçao Sophie Hyde e uma realizadora de festivais que nao tinha alcancado a fama mais globar, que acaba por ter aqui o seu filme mais mediatico. Filmado com simplicidade a opçao de deixar o argumento e os atores funcionarem acabou por ser a mais inteligente numa realizadora que merece atençao.

No cast temos duas excelentes interpretaçoes que encaixam. O maior destaque vai para THompson e para a coragem de se expor para uma actriz de primeira linha que ja conquistou tudo, dai o sublinhado maior. O jovem McCormack a ganhar espaço do cinema e uma agradavel surpresa encaixando perfeitamente num papel que exigia presença e suavidade, demonstrando ser um ator com versatilidade a estar debaixo de olho.


O melhor - A coragem de Thompson

O pior - AO inicio tudo  algo obvio


Avaliação . B-



The Princess

 Num verão que marca mais uma luta entre as grandes aplicações de streaming com diversos filmes a serem lançados e com produçoes mais variadas. A hulu com a ajuda da Disney lançou este filme de açao simples que nos tras a jovem Joey King como heroina de ação. Pese embora o filme tenha sido lançado em diversos mercados a indiferença total critica acabou por nao dar ao filme grande mediatismo, que acabou por com toda naturalidade ser apenas mais um produto para preencher a biblioteca do serviço.

The Princess e talvez dos filme mais simples e redutor que vi nos ultimos tempos. Ou seja um filme que tem uma unica ideia que a exploda ao longo dos 90 minutos sem qualquer tipo de preocupaçãpo de contextualizar, divertir ou ter sentido, sabemos que vamos ver Joey King contra o mundo para salvar a sua familia e o seu povo de um vilão e os soldados vao aparecendo e desaparecendo com um acrescimo de dificuldade.

Eu confesso que ja vi jogos de arcade dos anos 90 com mais argumento e ideias do que este filme, que deposita todas as suas fichas em King como heroina de açao o que acaba tambem por nao ser brilhante. FIca a ideia que a mesma tambem nao se sente propriamente confortavel com o genero, e o filme termina com uma clara dinamica de serie B fraca.

Ou seja um despredicio de tempo e dinheiro, um filme vazio e sem ideias do primeiro ao ultimo minuto, com atores baixos de forma e um contexto de epoca que tambem pouco tras para o filme. Compreendo que existe muito stocks de filme para estrear mas normalmente hulu tem algum selo de qualidade que neste filme nunca aparece.

A historia segue uma princesa raptada depois de recusar casar com um ambicioso individuo, que acaba por tomar posse do reino, o qual a princesa apos se soltar tentara combater um exercito quase sozinha.

O argumento e um vazio total, parece um mau jogo de computador em que os adversarios vao surgindo e a protagonista tem de os matar. Sem contexto, sem dialogos, sem personagens, enfim sem nada.

Na realizaçao Van Kiet e um desconhecido e continuara a ser pouco ou nenhum arrojo, o filme e de epoca mas nunca aproveita isso. As sequencias de açao sao basicas e o filme nem consegue ser filmado de forma diferente para ser serie b.

No cast King nao e uma actriz de açao e isso denota-se em todos os minutos do filme. Tudo e pensado para ela ser uma especie de Liam Neeson teenager mas isso e tal impossivel que o filme acaba por ser ridiculo nessa tentativa. Nos viloes Cooper e Kurylenko demonstram a pouca forma atual.


O melhor  - A curta duraçao

O pior - Todo o vazio de ideias


Avaliação - D



Monday, July 11, 2022

The Bob's Burgers: The Movie

 Quando as ideias escassam em alguns estudios e comum tentar revitalizar ou trazer o filme de uma serie conceituada, seja ela de animaçao ou mesmo um spin off de algo recente. Este ano surgiu o filme desta serie a qual teve algum sucesso dentro da animação de comedia norte americana na senda de outros conceitos que também ja tinham o seu proprio filme. Assim como a serie o filme conseguiu uma boa receção critica dentro de um estilo de humor que a critica normalmente gosta. Comercialmente os resultados são condizentes com o poder moderado da serie em si.

Sobre o filme podemos começar por dizer que quando existe um projeto de uma serie tornada filme caimos quase sempre num episodio de longa duração que arrisca um pouco mais em algumas personagens mas pouco mais. Pois bem e o que temos aqui, ou seja uma aventura da familia da serie, com maior duração, com o estilo estetico e de humor que a serie ja trazia.

Por isso fica a clara ideia que para os fas do conceito tem aqui mais de hora e meia de boa disposição para aqueles que nunca se associaram a serie temos um conteudo moderadamente engraçado com um metodo de imagem tradicional muito proximo do que se faz na comedia adulta de animaçao com momentos musicais disparatados mas pouco mais.

Ou seja mais que um excelente filme, esta obra garante no minimo hora e meia de alguma boa disposição e um humor algo imbecil, mas que funciona. Embora reconheça que normalmente os The Movies de series sejam sempre um caminho facil, preferindo outro tipo de abordagens.

Desta vez a familia vai ter de enfrentar dois problemas desde logo as dificuldades financeiras, e por outro lado a aluir da estrada mesmo em frente ao estabelecimento que coloca em causa a capacidade do mesmo funcionar, ficando tudo ainda mais dificil quando um cadaver e encontrado no buraco.

Em termos de argumento mais do mesmo do que vimos na serie, um humor imbecil adulto mas que funciona no seu disparate. A historia e a intriga e a habitual embora como estamos num filme com desenvolvimento.

Na realizaçao do projeto os criadores da serie tomam o leme do projeto sendo fieis ao estilo de animaçao da serie, como nao podia deixar de ser, o que por outro lado torna ainda mais o projeto um episodio maior.

Normalmente neste tipo de projetos as vozes sao elementos comicos pela sua estranheza e aqui volta a repetir, indo buscar as vozes originais sempre preparadas para ser o veiculo de transporte da piada em si.


O melhor - Tem graça

O pior - Um episodio grande


Avaliação . B-



Sunday, July 10, 2022

Code Name: Banshee

 Com a quantidade cada vez maiores de recursos para escoar o stock de filmes que se vão lançando são dezenas os projetos que acaba por manter ativos atores em melhor e em pior forma. O problema e que muitos desses filmes acabam por ser ideias pouco trabalhadas para um dinheiro facil. Este filme de ação acabou por ser lançado com criticas a uma receção do publico tenebrosa e comercialmente  acabou por nao ter qualquer tipo de valor.

Sobre o filme estamos a falar de um filme de serie c, numa especie de filme de espionagem que acaba por não ter qualquer intriga, com uma protagonista que na essencia não existe minimamente como personagem, sendo totalmente desprovidos de logica todos os pontos e movimentos dos personagens. Isso da um vazio filme de ação, mal realizado onde se denota que os objetivos e fornecer uns esteriotipos de personagens e um filme a tentar contextualizar.

Tudo funciona mal no filme, desde flashbacks mal realizados, uma narrativa simplista em termos de processos que acaba por no unico ponto que devia explicar falhar porque se torna confusa na forma como desenlaça o unico no narrativo. Num vazio total de conceito, personagens e açao.

Nao sei se este e um dos piores filmes do ano, questionando o porquê de ter tropeçado no mesmo. Talvez se explique porque razão o filme não teve qualquer dimensão, e também a cada vez maior dificuldade dos herois de açao do passado tem de encontrar os seus registos quando ficam mais velhos, mas nao e neste tipo de filmes que se alimentam.

A historia segue uma filha de um ex-agente do CIA que acaba por ser alvo de uma cilada que e perseguida por um indivíduo associado à morte do seu pai, que quer que lhe entregue o mentor entretanto desaparecido, e o qual tenta procurar para juntos tentar fazer frente ao grupo organizado.

Tudo no filme não funciona, o argumento e pouco interessante, sem personagens, sem dialogos. Os pontos de explicação do filme quase não existem e deixam alguns pontos por responder e a logica de movimentação das personagens também não tem particular sentido.

Na realizaçao Jon Keeyes e um realizador de filmes classe c, que vai por vezes encontrar alguns consagrados sem grande trabalho, mas os seus filmes são de qualidade claramente diminuida. Neste caso os flashbacks chegam a ser engraçados de tão mal inseridos que são. Claramente um daqueles realizadores que nunca saira de um nivel inferior.

No cast Jaime King explica porque nunca saiu da sombra de alguns filmes sem se assumir como alguem relevante em Hollywood. A personagem nao existe mas a sua prestação não a salva em momento algum do descalabro. Banderas vai funcionando em filmes europeus e mais associados à sua base, mas perdeu por completo o seu status em hollywood que lhe exige presenças como esta


O melhor - A unica cena minimamente de entertenimento surge quando a personagem de Banderas e confrontado pelos seus adversarios.

O pior - Tudo o resto


Avaliação - D-



Competencia Oficial

 Apresentando no ultimo festival de Veneza, este filme argentino com produçao também espanhola, que voltava a reunir Penelope Cruz e Antonio Banderas, chamou alguma atenção pelo seu grau de sátira que acabou por convencer alguma critica com avaliações interessantes e que lhe permitiu alguma expansão nos cinemas pelo mundo fora. Comercialmente o filme ate conseguiu resultados consideráveis tendo em conta que se trata de um filme não premiado em festivais e em língua espanhola, mas a presença de dois atores com este grau de mediatismo acabou por ajudar.

O filme antes de qualquer coisa e uma impressionante sátira levada ao extremo e a total reflexão sobre a industria e nisso o filme, principalmente do ponto de vista cómico e mesmo do quase exagero e ridicularização de posições acaba por funcionar, sem nunca perder o lado estético que o filme quer potenciar do primeiro ao ultimo minuto, com uma atitude moderna, original de captação de imagens.

E o filme funciona nos extremos, a forma como nos da dois lados dos seus interpretes e das carreiras e a forma como um lado acaba por ver outro e delicioso quase como um jogo do gato e do rato silencioso, moderado por uma extravagante realizadora cheia de métodos estranhos entre ambos para potenciar a relação ou mesmo a rivalidade, leva a sequencias e diálogos que dão intensidade a um filme muito curioso e que funciona bem na obtenção dos objetivos que quer ter.

Ou seja um filme curioso, bem realizado, bem interpretado, com um grau de sátira elevado, escrito com inteligencia que demonstra que cada vez mais pelo mundo fora se explora boas ideias com assinatura de autor, que quando protagonizado por bons executantes resulta em filmes de primeira linha. Um filme a ver, e a pensar.

A historia segue um multimilionário que octogésimo aniversário decide fazer uma ponte e  produzir um filme para ficar eterno. A historia segue os ensaios de produçao do filme com uma realizadora muito peculiar e dois atores diferentes com trajetos diferentes que alimentam uma rivalidade no estilo.

O argumento e original e é tratado de uma forma satirica que funciona. Fica a clara sensação que o filme encontra a toada certa para criticar e ridicularizar e isso torna o filme impactante. As personagens encaixam cada espaço que o filme quer preencher e o filme sai beneficiado com essa situação.

Na realizaçao temos uma dupla de realizadores argentinos dos mais reconhecidos naquele pais que desta vez fizeram um filme mais globar. Depois de muitas presenças do filme em festivais onde mostraram serviços, tem aqui um filme de autor onde o caracter estetico e pensado. O filme merece destaque e os realizadores devem ser acompanahdos.

No cast Cruz e Banderas sempre funcionaram muito melhor na sua lingua natal do que no cinema hollywoodesco. Aqui principalmente Cruz encontra o registo correto para a personagem e dá-nos um "Boneco" muito interessante. A dualidade entre Banderas e Martinez tambem funciona embora com menos brilhantismo


O melhor - A satira profunda do filme a industria

O pior - Pode ser algo estranho em alguns momentos


Avaliação - B



 


Wednesday, July 06, 2022

The Man from Toronto

 A Netflix pensou este verão como se uma produtora experiente se tratasse, conduzindo a que as suas estreias com os seus atores mais mediáticos fossem repletas de filmes de ação e comedias de ação com atores mediáticos e formulas que já resultaram no passado. Em termos de comedia surgiu mais um filme em duo de Kevin Hart próximo do que ja fez com outras estrelas da comedia e do cinema de ação, com o mesmo estilo. Contudo quando as coisas se tornam repetitivas ate a exaustão a critica é mais exigente e este filme foi totalmente dizimado pela critica. Comercialmente como qualquer objeto mediático da Netflix os resultados aparecem.

Sobre o filme podemos dizer que é mais do mesmo em termos da trajetória que Kevin Hart nos tem mostrado, ou seja o típico cinema de ação onde o ator fruto do seu humor físico acaba por tornar tudo cómico, ou pelo menos tentar. Em tudo isto e comparado com outros filmes do ator, este é claramente inferior desde logo pela historia de base ser totalmente insólita e sem sentido, mas acima de tudo porque parece que o humor de Hart nem sempre funciona, e isso seria certamente menos previsível.

No que diz respeito ao restante, o filme até tem um ou outra sequencia de ação bem filmada, ritmada com influencia em Kingsman, mas depois durante as mesmas tem outros apontamentos que nunca parecem funcionar, sendo mesmo irritantemente absurdos. Isso para uma produção de primeira linha é indesculpável, ficando a ideia que mais valia apostar numa abordagem mais simplista de ação, já que todos os filmes com Hart tem na comedia o seu ponto maior.

Ou seja um daqueles filmes com poucas ambições de verão, que acima de tudo tenta ser engraçado e curioso mas que nunca o é, ficando a ideia que falha na intriga, falha no lado cómico e também no ponto em que parecia ser mais difícil que é na química entre o lado mais "serio" de Harelson e o lado mais comico de Hart que não encaixa ao longo de todo o filme.

A historia segue um funcionário de um ginasio o qual vende uma estrategia de combate sem contacto fisico, que no momento em que se prepara para fazer uma surpresa a namorada acaba por se ver envolvido no meio de uma execução de uma rede criminosa que o confundem com um terrivel homicida profissional.

O argumento não é particularmente interessante, parecendo apenas um apontamento para juntar duas personagens completamente distintas. O desenvolvimento narrativo é também ele sofrível, e em termos cómicos o filme parece entregar as despesas ao estilo de Hart, sem que o argumento o potencie.

Na realizaçao Patrick Hughes tem alguns filmes de ação comedia que acabaram por ser mais mediaticos do que brilhantes. Acabando este por lhe seguir os passos na forma e mesmo no conteúdo. Hughes arrica pouco e isso faz o filme ser igual a muitos.

No cast, temos um Hart com a personagem típica para potenciar o seu estilo de humor, ao lado de um Harrelson que vale muito mais que estas personagens monocórdicas e pouco desenvolvidas.


O melhor - Algumas sequencias de ação tem ritmo.

O pior - O filme e um conjunto de ideias repetidas nem sempre bem trabalhadas


Avaliação - D+








Monday, July 04, 2022

Cha Cha Real Smoth

 O festival de Sundance de 2022, foi pautado por alguma incongruência entre as opiniões generalizadas do publico e da critica algo que é comum mas que este ano se tornou ainda mais evidente. Junto do publico existiu esta obra totalmente pensada pelo jovem Cooper Raif que chamou a atenção principalmente do publico que o considerou como o melhor filme do festival. Em termos criticos o filme também recolheu boas avaliações embora sem o enstusiasmo do publico.

O filme e uma obra simples sobre um regresso a casa, e principalmente sobre os amores e desamores dos 20 anos, o filme não parece ter a ambição de fazer grandes dissertações sobre a forma correta ou incorreta de abordar estes momentos de vida, preferindo contar a sua historia e acima de tudo nos dar a sua personagens nas diferentes vertentes. O filme e descontraído, emocionalmente bonito, e acima de tudo consegue muitas vezes encarar o humor de uma forma particular que funciona.

Apesar de todos estes lados em que o filme resulta, parece que o seu impacto não é propriamente muito forte. Parece um filme de adolescente com um final menos idilico mas mais lógico na realidade. Podemos achar interessante as dinamicas das festas, o jogo do gato e do rato das personagens mas o filme acaba por nunca deixar de ser uma abordagem simplista e algo despreendida de uma fase de vida que a maior parte das pessoas passa, que o leva a ser competente, dentro dos limites que um filme desta natureza tem.

Nos ultimos anos temos assistido a um sundance mais vocacionado em premiar pelo lado do publico filmes mais emotivos, que transmitam de forma simples emoçoes mais positivas, e este filme consegue-o fazer na grande parte da sua duração, mesmo que o final não seja o Happy ending que todos esperamos, e o lado mais realista da vida e talvez o que o faça a todo o nivel ser mais maduro.

A historia segue um jovem que apos regressar a casa dos pais, apos concluir a universidade e sem encontrar o seu lugar no mundo do emprego acaba por começar a animar festas e ai conhecer uma mãe de uma jovem autista com quem vai criar ligações proximas de ambas, que o faz questionar os seus sentimentos.

Em termos de argumento a historia não é muito diferente de outros filmes de adolescentes, sobre a amor e corações partidos. Nos promenores o filme funciona, principalmente no estilo de humor adotado pela personagem principal e na forma como não cai no facilitismo do final idilico, optando por mais realismo. E um bom argumento dentro do tema que o filme aborda.

Na realização, Raiff surpreende num estilo simples, de cinema independente, sem grandes artimanhas ou mesmo ou fogo de artificio, deixa o argumento e os interpretes darem o seu melhor e isso por vezes no inicio de uma carreira e o melhor que se pode fazer. Nao e facil começar a conquistar o publico de Sundance e Raiff conseguiu.

No cast Raiff encaixa na personagem que escreveu para ele proprio, se calhar pensando ao promenor nas suas caracteristicas, dai que a personagem funcione, desconhecendo se por atributos de interpretação ou por encaixe de personagem em caracteristicas pessoais. Melhor uma Johnson a subir de nivel, filme apos filme, demonstrando que carreiras que começam mal, podem dar a volta.


O melhor - A forma como o filme consegue em especificidades narrativas se diferenciar

O Pior - A historia e um filme de adolescentes.


Avaliação - B-



 

Saturday, July 02, 2022

Men

 Alex Garland nos ultimos dez anos tornou-se num dos argumentistas realizadores mais interessantes principalmente do cinema britanico, embora o impacto do seu cinema começasse a ter uma expressao mais mundial. Este ano vinha mais um intrigante filme do realizador o qual ate conseguiu, ainda que de forma moderada convencer a critica, faltando o lado comercial. Neste ponto o filme perdeu o impacto por ter uma base quase indecifravel o que conduziu a um passa palavra nada interessante para o filme marcado pela sua falta de logica ou pela dificuldade de perceber o real intuito do filme.

Men e um filme que tinha muito para resultar. Prepara a intriga bem, ao conduzir a personagem marcada pelos acontecimentos recentes para uma vila isolada, com um senhorio muito particular, mas rapidamente trata-se de uma metafora quase impercetivel e incompreensivel para o comum mortal, transformando-se nua opera quase de horror e imagens fortes que ate podem ser bem realizadas mas que torna os objetivos do filme totalmente incomrpeensiveis para o que o filme no final acaba por ser.

Isso tem sido um dos grandes problemas de alguns filmes mais recentes em Hollywood,, mas que neste filme ainda se torna tudo mais agudo, que o facto do filme querer ser metaforicamenta tão impontente que acaba por ninguem perceber o filme, e aqui e claro. O filme tem uma hora interessante que desagua numa conclusao totalmente sem sentido aparente, onde o facto de ter imagens imponentes e ser bem realizado acaba por nao tornar nada interessante.

Por tudo isto temos um filme filme que tem muitos dos condimentos para ser um bom filme como bem realizado, bem interpreteado mas que no final perde-se na sua tentativa de chocar de ser diferente, o que o conduz para uma grande falta de sentido e logica que o torna sozinho no contacto com o espetador. Tenho pena que Garland tenha caido no grande defeito atual de alguns dos jovens talentos de hollywood.

A historia segue uma jovem viuva que marcada pelo acontecimento que marcou a perda do seu marido, desloca-se para uma casa de campo numa pequena vila inglesa, onde rapidamente se ve perseguida por diversas personagens que ali residem.

O argumento e peculiar. Ate consigo perceber que o filme tinha uma base ideologica interessante mas a sua concretizaçao nunca funciona. O filme nao tem logica e acaba por fazer desaparecer o pouco da personagem que inicialmente nos da, e o desenvolvimento da narrativa e das metaforas visuais que quer utilziar sao simplesmente incompreensiveis.

Garland tem alguns bons filmes Ex_Machina principalmente tem muita qualidade, mas os filmes que se seguiram acabaram por perder algum impacto por se tornarem algo confuso. Este acaba por ser bem realizado mas filme nenhum resiste a um argumento tao incompreensivel.

No cast o filme tras grandes interpretaçoes num flme que nao as aproveita. Buckley tem a intensidade e a dualidade que o filme exige, mas e as excelentes construções de KInnear que sao desaproveitas pela falta de explicaçao para as mesmas, numa interpretaçao de impacto que exigia melhor aproveitamento.

O melhor - Kinnear e as suas faces.

O pior - A confusao que leva a que ninguem na realidade entenda o filme.

Avaliação - D+